Ser um Voluntário Doutores em Alegria – VIDEO

 
O que é ser um voluntário Doutores da Alegria?

A unidade na diversidade, pois alguns dos participantes são do Movimento Rosário Perpétuo, outros não, como podemos contar com a participação desde o inicio com Elina que é Evangélica.  Professamos a fé de maneiras diferentes, mas cremos no mesmo Deus e quando se trata de praticar o bem, a união só demonstra que a fé é transformada em obra! Atualmente os integrantes são, Elina, Elizete, Adri, Lucia, Alan, Manu, Denis, Carol, Rosilda e Jean.
Tudo começou em dezembro de 2005, quando uma jovem chamada Emanuelle teve uma iniciativa com uma amiga de colégio que resolveram que iriam ao um hospital visitar os doentes no natal. Mas sua amiga desistiu e como trabalhávamos todas juntas, achamos que a intenção era valida e não deveria deixar ser concretizada.
Então formamos um grupo, confeccionamos as roupas e arrecadamos alguns poucos brinquedos e doces e fomos fazer uma experiência.
Fomos aos hospitais de nossa cidade, visitando as crianças e os idosos. O dia foi tão gratificante, que o que era pra ser somente uma visita virou um projeto. Ao longo dos dias novos membros começaram a fazer parte deste grupo, outros ficaram pelo caminho.
Então passamos a fazer nossas visitas no natal e na páscoa. Quando não vamos aos hospitais vamos a comunidades carentes para levar um pouco de alegria aos pequeninos.
È difícil transcrever o que sentimos quando estamos fazendo esse trabalho, pois é um misto de alegria que se reflete em cada rosto das crianças, uma sensação de dever cumprido, e também de tristeza de ver tanta desigualdade social, tanta miséria.
Situações como essa serve como incentivo para o próximo encontro, cria uma expectativa de querer cada vez mais conseguir arrecadar mais doce e brinquedos para que possamos fazer a nossa parte e não somente ficar lamentando e reclamando da vida. Colocamos em pratica o que disse Jesus: “o que fizeres a um destes meus pequeninos é a MIM que o fazes.”.
Doar um pouco de tempo, sair do nosso mundo egoísta e mesquinho, dá o pouco que temos e pra quem recebe é muito ou a única coisa que vão ter infelizmente!
Só tenho a dizer que vale muito à pena esse trabalho, é o tipo de coisa que o dinheiro não compra, e o tempo não apaga, vai ficar pra sempre em nossa mente cada sorriso sincero, cada olhar que recebemos.
Todos deveriam um dia fazer essa experiência de ser voluntário, pode ter certeza que jamais iram se arrepender e nunca mais deixariam de ser um voluntário a espalhar um pouco de carinho e alegria a quem mais necessita.
Elizete
Uma Voluntária Doutores da alegria

Doação de medula


Informações sobre a Doação de Medula Óssea


 
Passo a passo para se tornar um doador


• Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar Medula Óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, através de punções e se recompõe em apenas 15 dias.


• Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as medulas do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível pode chegar a UMA EM CEM MIL!


• Por isso, são organizados Registros de Doadores de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.


• Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.


• A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo.


Caso você decida doar
1. Você precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante).


2. Onde doar:
É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos Hemocentros de cada Estado. No Rio de Janeiro, além do HEMORIO, o INCA também faz a coleta de sangue e o cadastramento de doadores voluntários de medula óssea.


Locais de doação


3. Como é feita a doação
Será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (10ml) e preenchida uma ficha com informações pessoais.


Seu sangue será tipado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante.


Seu tipo de HLA será incluído em nosso cadastro.


Quando aparecer um paciente, sua compatibilidade será verificada.


Se você for compatível com o paciente, outros exames de sangue serão necessários.


Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para decidir quanto à doação.


Seu atual estado de saúde será então avaliado.


A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias, após a doação, pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.


4. Mais informações


Central de Notificação e Captação de Órgãos


Perguntas e Respostas sobre Transplante de Medula Óssea


Importante: um doador de medula óssea deve manter seu cadastro atualizado sempre que possível. Caso haja alguma mudança, a pessoa deve entrar em contato com o REDOME.


O Transplante de Medula Óssea é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e algumas outras doenças do sangue. 
 
 CEMO
Praça Cruz Vermelha, 23, 7º andar – Centro
20230-130 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2506-6215  Fax: (21) 2509-2121
 

Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME)
 
 
Quando não há um doador aparentado (um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos (brancos, negros amarelos etc.) semelhantes, mas não aparentados. Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante, foi criado o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), instalado no Instituto Nacional de Câncer (INCA). Desta forma, com as informações do receptor, que não disponha de doador aparentado, busca-se no REDOME um doador cadastrado que seja compatível com ele e, se encontrado, articula-se a doação.


Campanha Nacional de Doação de Medula Óssea



Graças a uma campanha liderada pelo INCA em parceria com os hemocentros, várias empresas e instituições no Brasil, a partir de junho de 2004, foi possível aumentar o registro brasileiro de doadores que, em 2003, só oferecia 11% do material utilizado para os transplantes. Hoje, o registro já responde por 40% dos doadores encontrados e até setembro de 2005 alcançou a marca dos 151 mil doadores cadastrados.


Apesar de crescente, este número ainda é insuficiente para atender à demanda de pacientes, principalmente, pelo fato da probabilidade de se achar um doador compatível dentro do Brasil ser de um em cem mil. As parcerias firmadas com instituições e empresas tem auxiliado o INCA a atingir a meta dos 250 mil doadores cadastrados até 2007.  Um exemplo disso foi o convênio firmado em outubro de 2005 com o grupo Arcelor que dará apoio financeiro e estrutural à Campanha. 


Existem critérios para selecionar os pacientes que passam pelo transplante?
O critério é a entrada no sistema do Registro Brasileiro de Receptores de Medula Óssea (REREME) através do qual será efetuada a conexão com os dados existentes no REDOME e a localização do doador. Se o paciente tem a indicação do transplante e for inscrito no REREME, ele fará o procedimento (transplante) logo que for localizado o doador. O transplante só não será realizado uma vez que o estado geral do receptor piore.


Quantos hospitais fazem o transplante no Brasil?
São 42 centros para transplantes entre familiares e oito para transplantes com doadores não-aparentados: INCA, Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo (HCUSP), Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HCUFPR), Universidade de Campinas (UNICAMP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Hospital Amaral Carvalho – Jaú/SP, Hospital Real Português-Recife/PE e Hospital Albert Einstein-SP/SP.


Quantos transplantes o INCA faz por mês?
A média é de dois transplantes com doadores não-aparentados. Mensalmente são realizados sete transplantes do tipo autólogo (de uma pessoa para si mesma) e com doador aparentado.
Em 2004, o INCA realizou 86 transplantes, sendo 49 alogênicos (de outra pessoa) e 37 autólogos.
Em 2003 foram realizados 72 transplantes (26 autólogos e 46 alogênicos).


O que a população pode fazer para ajudar os pacientes?
Todo mundo pode ajudar. Para isso é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação.
O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas. Saiba mais.


Importante: um doador de medula óssea deve manter seu cadastro atualizado sempre que possível. Caso haja alguma mudança, a pessoa deve entrar em contato com o REDOME.


REDOME / REREME
Rua do Resende, 195, térreo – Centro – Rio de Janeiro / RJ
Telefones do REDOME.: (21) 3970-2382 / 3970-4100
Telefones do REREME.: (21) 3970-4076 / 3970-4324
Telefax.: (21) 3970-3968
e-mail: redome@inca.gov.br
 

Doação de sangue



Doação de Sangue 


Com todo o avanço da ciência, ainda não foi encontrado um substituto para o sangue humano. Por isso, sempre que uma pessoa precisa de uma transfusão de sangue para sobreviver ela só pode contar com a solidariedade de outras.Várias pessoas precisam de transfusão, entre elas, vítimas de acidentes e pacientes com câncer. A maioria delas necessitam de alguns componentes do sangue. Logo, uma simples doação pode beneficiar muitas vidas.
O sangue é composto pelo plasma (parte líquida) e por um conjunto de células conhecidas como hemácias (células vermelhas), leucócitos (células brancas) e plaquetas. Na doação de sangue, esses componentes são separados para atender adequadamente à necessidade de cada paciente. Por exemplo, as hemácias, corrigem a anemia aguda ou crônica; as plaquetas corrigem alguns tipos de sangramentos; os leucócitos ajudam no combate às infecções e o plasma mantém o volume, fornece anticorpos e corrige outros tipos de sangramentos. Existem quatro principais tipos sangüíneos, A; B; O; e AB cada um deles é dividido entre Rh Positivo ou Rh Negativo.


Doar sangue é um processo seguro, sem riscos tanto para o doador quanto para a pessoa que vai receber esse sangue. Há um maior conhecimento dos riscos das transfusões e uma conscientização dos profissionais dos bancos de sangue, isso tudo muito fiscalizado pelos órgãos responsáveis.


Pela facilidade e segurança com a qual pode ser retirado, associado ao enorme beneficio para quem dele necessita, doar sangue pode ser considerado um gesto simples de pessoas dispostas a ajudar o próximo. Quando doado para aquele que não conhecemos pode ser considerado um ato de profundo humanismo e respeito ao próximo. Até você pode precisar um dia de uma transfusão de urgência.
 

 Como doar sangue


Doar sangue é um procedimento simples. O processo de retirada assemelha-se ao da coleta que fazemos, comumente, quando nosso médico pede um hemograma, (apenas um pouco mais demorada, cerca de 10 minutos). Não é necessário estar em jejum, mas não se ter alimentado nas últimas 4 horas. Não acarreta nenhuma reação física e não há nenhum risco de contrair AIDS ou outra doença qualquer, pois a agulha utilizada é descartável.


Para se tornar um doador regular de sangue é preciso:


Ter entre 18 e 65 anos de idade
Pesar, no mínimo, 50 quilos
Cadastrar-se em um banco de sangue devidamente credenciado
Preencher honesta e minuciosamente os formulários de saúde
O histórico médico do candidato a doador é rigorosamente analisado, pois a assistência médica depende de doadores sadios. As informações são tratadas confidencialmente, mas, se houver algum impedimento, ele é recusado, garantindo-se a confiabilidade do banco de sangue e a segurança do doente necessitado de transfusão. Após o surgimento da AIDS e os estudos sobre hemofilia contraída em transfusões, aumentaram os cuidados e, mesmo o sangue já coletado é examinado criteriosamente.


A doação de sangue é paga?


Não. A doação de sangue é ato voluntário e altruísta. Nos últimos dez anos, com a facilidade de informação pela mídia falada e escrita e com a multiplicação de campanhas, aumentou muito o número de doadores espontâneos. Há algum tempo atrás, os hospitais pediam que parentes e amigos do paciente que recebera transfusão arranjassem doadores. Hoje, a população já ciente das necessidades dos bancos de sangue, que, muitas vezes necessitam de sangue suficiente para atender emergências graves (casos de grandes desastres, por exemplo) tem-se prontificado muito mais, e há doadores regulares cadastrados.


Os cuidados com o sangue doado


Cerca de 450ml é a quantia padrão de sangue coletado em uma bolsa, a cada doação. Muitos testes são feitos, para garantir que é puro, antes de ser usado em uma transfusão. Habitualmente, é processado em várias partes, para atender à necessidade de pacientes diversos. Plaquetas, por exemplo, podem dar uma oportunidade de vida a uma criança com leucemia, enquanto glóbulos vermelhos têm importante papel na recuperação de uma vítima de acidente de carro, com choque hemorrágico, por exemplo.


A regularidade na doação de sangue


Como doar sangue não prejudica a saúde, pessoas saudáveis podem fazê-lo a cada 3 meses (homens) ou 4 meses (mulheres). Se todos os doadores cadastrados fizerem sua doação duas vezes ao ano, haverá um grande aumento do suprimento nacional disponível.


Sangue para próprio uso


Modernamente, são possíveis dois novos tipos de transfusão, bastante seguros:


Autodoação ou doação autóloga – Para uma cirurgia planejada, é possível ao paciente doar o seu próprio sangue com antecedência. Desta maneira, ele estará disponível caso seja necessário.
Recuperação intra-operatória – Durante a cirurgia, o médico coleta o sangue perdido para, depois, reintroduzi-lo no próprio paciente.
Como a maioria dos pacientes que necessitam de sangue não planejara a autodoação pelos motivos mais diversos, entre os quais as cirurgias de emergência, há enorme necessidade de que pessoas saudáveis se prontifiquem a doar sangue para hospitais.


Obs: Para saber se você pode coletar uma autodoação, converse com seu médico.


A segurança de pureza do sangue nos hemocentros


Atualmente, está havendo grande evolução nas medidas de segurança adotadas para garantir a pureza do sangue coletado:


Coleta de sangue sob supervisão médica
Uso de equipamentos esterilizados e agulhas descartáveis
Preenchimento de formulários minuciosos do candidato a doador
Análise do histórico médico do doador e do seu estado de saúde
Teste de sangue para avaliação de doenças transmissíveis
Informação aos doadores, no caso de impedimento, sob suas condições de saúde e orientação, se revelarem estar em condições de alto risco
Possibilidade de receber denúncia confidencial de que um doador é de alto risco.
Uma transfusão de sangue pode salvar uma vida! Ofereça-se!



Editora responsável: Dra. Elisabete Almeida – drabete@lincx.com.br


 

Doação de orgãos


TRANSPLANTES E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS



1- O QUE É TRANSPLANTE?


Transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na troca de um órgão (coração, rim, pulmão e outros) de um paciente doente (Receptor) por outro órgão normal de alguém que morreu (Doador). Os transplantes inter-vivos são realizados com menos freqüência


Os transplantes são realizados, somente,  quando outras terapias já não dão mais resultados. Para alguns, portanto, é o único tratamento possível que possibilite continuar vivendo.


  2- O QUE É DOAÇÃO DE ORGÃOS E TECIDOS?


A doação de órgãos é um ato pelo qual você manifesta a vontade de que, a partir do momento de sua morte, uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas.


  3- QUEM PODE SER DOADOR DE ÓRGÃOS E TECIDOS?


Cerca de 1% de todas as pessoas que morrem são doadores em potencial. Entretanto, a doação pressupõe certas circunstâncias especiais que permitam a preservação do corpo para o adequado aproveitamento dos órgãos para doação.


É possível também a doação entre vivos no caso de órgãos duplos. É possível a doação entre parentes de órgãos como o Rim, por exemplo. No caso do Fígado, também é possível o transplante intervivos. Neste caso apenas uma parte do Fígado do doador é transplantado para o receptor. Este tipo de transplante é possível por causa da particular qualidade do Fígado de se regenerar, voltando ao tamanho normal em dois ou três meses. No caso da doação inter-vivos, é necessária uma autorização especial e diferente do caso de doador cadáver.


Não existe limite de idade para a doação de córneas. Para os demais órgãos, a idade e história médica são consideradas.


  FONTE www.ufpe.br/utihc/transplante.htm


4- QUEM NÃO PODE SER DOADOR DE ÓRGÃOS E TECIDOS?


Não podem ser considerados doadores pessoas portadoras de doenças infecciosas incuráveis, câncer ou doenças que pela sua evolução tenham comprometido o estado do órgão. Os portadores de neoplasias primárias do sistema nervoso central podem ser doadores de órgãos.


Também não podem ser doadores: pessoas sem documentos de identidade e menores de 21 anos sem a expressa autorização dos responsáveis.


  5- QUANDO PODEMOS DOAR?


A doação de órgãos como Rim e parte do Fígado pode ser feita em vida.


Mas em geral nos tornamos doadores quando ocorre a MORTE ENCEFÁLICA. Tipicamente são pessoas que sofreram um acidente que provocou um dano na cabeça (acidente com carro, moto, quedas, etc).


  6- QUERO SER DOADOR(A), A MINHA RELIGIÃO PERMITE?


Todas as religiões encorajam a doação de órgãos e tecidos como uma atitude de preservação da vida e um ato caridoso de amor ao próximo. A maioria das religiões, contudo, consideram este ato uma decisão individual de seus seguidores. As Testemunhas de Jeová, para quem a transfusão de sangue, por exemplo, não é admissível, a doação de órgãos e tecidos “limpas” de sangue é permitida.


  7- SOU DOADOR(A), MAS QUANDO CHEGUEI AO HOSPITAL NÃO ENCONTRARAM MEUS DOCUMENTOS NEM OS MEUS FAMILIARES. OS MEUS ÓRGÃOS SERÃO RETIRADOS PARA TRANSPLANTES?


Não. Pessoas sem identidade, indigentes e menores de 21 anos sem autorização dos responsáveis, não são consideradas doadoras.


  8- O QUE É MORTE ENCEFÁLICA?


Morte encefálica significa a morte da pessoa.


É uma lesão irrecuperável do cérebro após traumatismo craniano grave, tumor intracraniano ou derrame cerebral.


É a interrupção definitiva e irreversível de todas as atividades cerebrais. Como o cérebro comanda todas as atividades do corpo, quando morre, os demais órgãos e tecidos também morrem. Alguns resistem mais tempo, como as córneas e a pele. Outros, como o coração, pulmão, rim e fígado sobrevivem por muito pouco tempo.


A morte encefálica pode ser claramente diagnosticada e documentada através do exame da circulação cerebral por técnicas extremamente seguras, embora existam opiniões contrárias a esta afirmativa.


Por algum tempo, as condições de circulação sangüínea e de respiração da pessoa acidentada poderão ser mantidas por meios artificiais, ou seja, atendimento intensivo (em UTI, com medicamentos que aumentam a pressão arterial, respiradores artificiais, etc), até que seja viabilizada a remoção dos órgãos para transplante.


É importante que não se confunda morte encefálica com COMA. O estado de coma é um processo reversível. A morte encefálica não. Do ponto de vista médico e legal, o paciente em coma está vivo. Para que a morte encefálica seja confirmada é necessário o diagnóstico de, pelo menos, dois médicos, sendo um deles neurologista. Estes médicos não podem fazer parte da equipe que realizam o transplante. Os exames complementares, ou seja, além do exame clínico, para confirmar a morte encefálica, que inclui eletroencefalograma e arteriografia cerebral, são realizados, pelo menos duas vezes, com intervalo de seis horas. Só então a morte encefálica pode ser confirmada.


  9- A MORTE ENCEFÁLICA PODE SER DIAGNOSTICADA EM QUALQUER HOSPITAL?


Em princípio sim, desde que o hospital conte em seu quadro de profissionais com um neurologista e os equipamentos necessários para a realização dos exames. Contudo, no Brasil as coisas ainda não são assim. Mas, excepcionalmente, ao suspeitar-se de ocorrência de morte encefálica, uma equipe e equipamentos podem ser deslocados de um hospital para outro.


  10- QUANTO TEMPO APÓS A MORTE ENCEFÁLICA PODE-SE ESPERAR PARA O TRANSPLANTE?


O Coração e pulmão são os órgão que menos tempo podem esperar. O intervalo máximo entre a retirada e a doação não deve exceder quatro horas. O ideal é que as duas cirurgias ocorram simultaneamente. O Fígado resiste até 24 horas fora do organismo. O Rim é bastante resistente, se comparado a outros. A espera pode ser de 24 a 48 horas. O Pâncreas, como no caso do coração e do pulmão, as cirurgias de retirada e doação, tem de ser feitas quase que simultaneamente. A Córnea pode permanecer até sete dias fora do organismo, desde que mantida em condições apropriadas de conservação.


  11- QUEM RETIRA OS ÓRGÃOS DE UM DOADOR?


Desde que haja um receptor compatível, a retirada dos órgãos para transplante é realizada em um centro cirúrgico, por uma equipe de cirurgiões com treinamento específico para este tipo de ocorrência. Após o procedimento o corpo é devidamente recomposto e liberado para os familiares.


  12- COMO FUNCIONA O SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS?


Se existe um doador em potencial (vítima de acidente com traumatismo craniano, derrame cerebral, etc..) a função vital dos órgãos deve ser mantida pelo hospital. É realizado o diagnóstico de morte encefálica e a Central de Transplantes é notificada. A Central localiza e entra em entendimento com a família do doador e pede o seu consentimento mesmo que a pessoa tenha manifestado em vida o desejo de doar. Após isso, o doador é submetido a uma bateria de exames para verificar se não possui doenças que possam comprometer o tranplante (hepatite, AIDS, etc.,,) Com tudo OK, a Central de Transplantes faz um cruzamento de compatibilidade com os pacientes em lista de espera, identifica um receptor e aciona as equipes de captação e de transplante.


  13- QUEM SÃO BENEFICIADOS COM OS TRANSPLANTES?


Atualmente milhares de pessoas, inclusive crianças, contraem doenças cujo único tratamento é a implantação de um órgão novo. A espera por um doador, que as vezes não aparece, é angustiante. A lista de candidatos a um transplante de pulmão, por exemplo, é renovada a cada ano porque, simplesmente, a maioria dos candidatos morre sem conseguir um doador.


  14- QUEM RECEBERÁ OS ÓRGÃOS DOADOS?


Os receptores são escolhidos com base em testes laboratoriais que confirmam a compatibilidade entre o doador e o receptor. Quando existe mais de um receptor compatível, a decisão de quem receberá, passa por critérios tais como tempo de espera e urgência do procedimento. Em princípio, a família do doador não escolhe o receptor. Na escolha do receptor, os médicos, o candidato a transplante e sua família levam em conta fundamentalmente os seguintes aspectos para considerar o transplante: Todas as terapias foram consideradas ou excluídas? O paciente não sobreviverá sem o transplante? O candidato a receptor não tem outros problemas de saúde que inviabilizem o transplante? O candidato tem condições para assumir um estilo de vida que inclui o uso contínuo de medicamentos e freqüentes exames laboratoriais/hospitalares após o transplante?


  15- TENHO UM FAMILIAR EM LISTA DE ESPERA PARA UM TRANSPLANTE DE CORAÇÃO. SOU TOTALMENTE COMPATÍVEL COM ELE. SE EU MORRER O MEU CORAÇÃO PODE SER DOADO PARA ELE?


Em princípio não. Nem o doador, nem seus familiares, podem escolher o receptor. A não ser no caso de órgãos duplos e doação em vida. Caso contrário, o receptor será sempre indicado pela Central de Transplantes com base em uma série de critérios que incluem: 1) compatibilidade sangüínea; 2) histocompatibilidade; 3) peso e tamanho do órgão. Encontrado(s) o(s) paciente(s) que apresentam o perfil adequado para receber o órgão, será escolhido aquele em estado mais grave. Este poderá ser (ou não) o seu familiar. Em resumo: nós não podemos escolher quem receberá os órgãos de um familiar com morte encefálica. Isso evita a comercialização de órgãos.


  16- TENHO UM FAMILIAR ESPERANDO UM TRANSPLANTE. MATEMATICAMENTE FALANDO, QUAL A CHANCE DELE ENCONTRAR UM DOADOR?


É muito difícil responder a esta questão do ponto de vista de probabilidade. Mas considere inicialmente que ele seja do grupo sangüíneo A+. Na população brasileira, a chance de encontrar outro indivíduo A+ é algo em torno de 35%, ou seja, 35 em 100 ou 0,35. Mas o doador e o receptor devem ser também compatíveis em termos de tecido. Para a histocompatibilidade a chance de encontrar indivíduos semelhantes é menor. A probalidade de que você tenha um irmão histocompatível é de 25% (0,25) mas entre não parentes esta chance diminui para um valor entre 1 em 10.000 e 1 em 100.000 (ou entre 0,0001 e 0,00001). Para os matemáticos, neste caso, a probabilidade de se encontrar um indivíduo compatível (considerando a maior chance) para o grupo sangüíneo e para tecidos é o produto,


0,25 x 0,0001 x ? x ? = 0,00035


Ou de 3 a 4 em 100.000. Mas não é só isso. Considere, ainda, que o doador dever ser uma pessoa cujo órgão a ser doador tenha peso e tamanho semelhante ao do receptor e tenha sofrido um acidente cerebral e tenha boas condições de saúde e tenha chegado vivo a um hospital e cuja equipe médica tenha tido a boa vontade de entrar em contato com uma Central de Transplante. Estas variáveis são de difícil mensuração. Elas são representadas pelas interrogações acima e são números menores do que um. Logo, matematicamente falando, a chance de alguém encontrar um doador plenamente compatível é pequena. Contudo, existe e muitas pessoas recebem um órgão por transplante, vive muito tempo para a sua felicidade e a de seus familiares. Agora pense no seguinte: se você opta em ser NÃO DOADOR DE ÓRGÃOS E TECIDOS, você realmente está contribuindo para diminuir a chance de sobrevivência de outra pessoa e a felicidade de muitos.


  16- AS PESSOAS TÊM VIDA NORMAL APÓS UM TRANSPLANTE?


Após o transplante, os receptores devem tomar diversos medicamentos. Os mais importantes são para evitar a rejeição. Estes medicamentos, que devem ser usados pelo resto da vida, podem causar uma série de efeitos não desejáveis. Para combater estes paraefeitos outras drogas devem ser administradas. As estatísticas mundiais mostram que a maioria (mais de 80%) das pessoas que receberam um coração por transplante, por exemplo, retornam as suas atividades anteriores. Alguns praticam esportes, existindo até federações de transplantados.


  17- QUAL O RISCO DOS TRANSPLANTES?


Existe os riscos inerentes a uma cirurgia de grande porte em si. Superada esta fase, os principais problemas após o transplante de órgão são infecção e REJEIÇÃO. Para prevenir estes efeitos a pessoa usa medicamentos que debilitam o sistema imunológico. Por esta razão, estão mais sujeitos a infecções e a outras doenças “oportunistas”.


  18- O QUE SIGNIFICA REJEIÇÃO?


O nosso sistema imunológico nos protege de infecções em geral. As células deste sistema percorrem cada parte de nosso corpo procurando e conferindo se algo difere do que elas estão acostumadas a encontrar. Estas células identificam um órgão transplantado como sendo algo diferente do resto do corpo e ameaçam destruí-lo. Numa linguagem figurada, isto é REJEIÇÃO. É, ao lado da DISPONIBILIDADE DE DOADORES, uma das grandes barreiras ao sucesso dos programas de transplantes. Em 1983, a barreira da REJEIÇÃO foi parcialmente superada com o advento de uma poderosa droga – a Ciclosporina – que, combinada com outras, inibe as células do sistema imunológico na sua tentativa de destruir o órgão transplantado. Como a rejeição pode ocorrer em qualquer tempo após o transplante, a maioria dos transplantados usa medicamentos imunossupressores pelo o resto de suas vidas. Os principais medicamentos utilizados são aqueles do grupo da Ciclosporina, Azatioprina e da Prednisona e são administrados de forma balanceada pelos médicos para cada caso. A rejeição ocorre na maioria dos casos de transplantes e pode ser mais facilmente controlada quanto maior for a compatibilidade entre o doador e o receptor. Em primeiro lugar, eles devem ter o mesmo tipo sangüíneo, ou seja, os mesmos fatores do sistema ABO e Rh. Em segundo, devem ter, ainda, a maior semelhança possível em relação ao sistema genético HLA. No momento do transplante, o objetivo da Central de Transplante é compatibilizar os doadores e receptores para o HLA, procurando os idênticos ou os mais próximos possíveis, em especial quanto estes não tem qualquer grau de parentesco. É uma questão de sorte: a chance de se encontrar um doador compatível varia entre um para 10 mil e um para 100 mil entre pessoas não aparentadas.


  19- QUEM FAZ TRANSPLANTE NO BRASIL?


Segundo o Ministério da Saúde, existe no Brasil cerca de 117 instituições cadastradas para realizar transplante de órgãos: Rim (111), Medula óssea (13), Fígado (6), Coração (9) e Pulmão (3). Deste total, 40 estão localizados na Região Sul (PR, SC, RS) dos quais, 20 são Hospitais do Rio Grande do Sul.


  20- QUEM PAGA A CONTA DOS TRANSPLANTES?


Em geral, os transplantes são pagos pelo Serviço Único de Saúde (SUS). A maioria dos planos privados de saúde não cobre este tipo de atendimento. À propósito, a grande maioria destes planos somente funcionam adequadamente enquanto você não precisa deles. No ano de 1996, foram realizados pelo SUS, segundo o Ministério da Saúde, 1954 transplantes de órgãos: Rim (1501), Coração (65), Fígado (115), Pulmão (6), Medula óssea (267), além de 1551 de Córnea. No primeiro quadrimestre de 1997 foram realizados 569 transplantes de órgãos no Brasil, sendo 420 de Rim, 15 de Coração, 40 de Fígado, 01 de Pulmão e 93 de Medula óssea.