Estudos sobre as seqüelas físicas do aborto na mulher


Estudos sobre as seqüelas físicas do aborto na mulher



• Visão geral
• Morte
• Infecções
• Hemorragias
• Coágulos de sangue
• Cancro da mama
• Cancro cervical, dos ovários e do fígado
• Perfurações uterinas
• Lacerações cervicais
• Placenta prévia
• Complicações na gravidez
• Gravidez ectópica
• Incompetência cervical
• Doença pélvica inflamatória
• Endometrite


  Estudos: aborto e morte
 


Estudos recentes têm demonstrado que a prática do aborto induzido não é segura sob nenhumas circunstâncias e que, ao contrário do argumento popular, não é mais seguro que o parto. À luz de estudos recentes, o mito do “aborto seguro” está finalmente arrumado.


Um estudo sobre as taxas de mortalidade após a gravidez e aborto, realizado na Finlândia em 1997 e financiado pelo governo, revelou que as mulheres que abortam tem quatro vezes maior probabilidades de morrer no ano seguinte do que as mulheres que levam a gravidez até ao fim (1). Este estudo é apontado como o mais exaustivo até ao momento sobre o assunto. O mesmo estudo refere que após realizarem o aborto as mulheres aumentavam em 60% as probabilidades de morrer de morte natural, têm sete vezes maior probabilidade de morrer por suicídio, quatro vezes maior probabilidade de morrer de danos causados por acidentes e catorze vezes maior probabilidade de morrer de homicídio (2). Os investigadores concluíram que as taxas de mortalidade mais elevadas relacionadas com acidentes e homicídios podem estar ligadas às taxas de suicídio e de comportamentos de risco mais elevadas entre estas mulheres.


As principais causas de morte materna relacionadas com o aborto ocorridas num período de até uma semana após o procedimento são: hemorragias, infecção, embolia, anestesia, e gravidez ectópica [ gravidez na qual o feto se desenvolve fora da cavidade uterina; frequentemente nas trompas e raramente nos óvulos ou zona abdominal ] não diagnosticada.


Um estudo realizado em 1985 nos Estados Unidos aponta o aborto legal como a quinta causa principal de morte materna, mesmo sendo conhecido que uma grande parte das mortes como resultado do aborto não é oficialmente participada como tal. (3)


Um outro estudo publicado em 2002 refere que as mulheres que já se submeteram a um aborto têm um risco significativamente mais elevado de morte a curto e longo prazo do que as mulheres que dão à luz (4). Este estudo baseou-se em 173.000 registros médicos de mulheres com baixo rendimento na Califórnia, para os quais os investigadores estudaram as participações de mortes. Entre as várias descobertas que fizeram, constataram que as mulheres que tinham realizado abortos apresentavam o dobro da probabilidade de morrer nos dois anos subseqüentes. Também verificaram uma elevada taxa de mortalidade por um período de oito anos nas mulheres submetidas a abortos. Neste período estudado, as mulheres que abortaram apresentavam mais 154% de risco de morte por suicídio, mais 82% de risco de morte por acidente e mais 44% de risco de morte por causas naturais.


Em países onde a prática do aborto é legal, as taxas de mortalidade resultantes desta prática são geralmente muito baixas. A justificar os números baixos podem, no entanto, estar outras causas que não a segurança do procedimento. Um dos motivos é a simples omissão da palavra aborto na causa de morte. Mas existem outros fatores que mascaram a verdadeira dimensão dos números. Ficam apenas alguns exemplos de como o aborto pode resultar na morte da mulher sem necessariamente ser esta a causa “oficial” de morte:


Um útero perfurado durante o processo de aborto induzido dá origem a um abscesso [acumulação de pus resultante de uma infecção por microrganismos, geralmente bactérias] pélvico, sepsia (infecção generalizada do sangue) e morte.


Depressão profunda e sentimento de culpa após um aborto conduzem ao suicídio. Causa oficial: suicídio. Causa real: aborto.


Um estudo publicado em 1990 mostra as principais causas de morte resultante do procedimento do aborto legal entre 1979 e 1985 nos EUA (5) :


 


22,2% por hemorragia
13,9% por infecção
15,3% por embolia
29,2% da anestesia
19,4% de outras causas
Estudos mais recentes não parecem indicar um cenário diferente. Num destes estudos a comparar as taxas de mortalidade das mulheres resultantes de abortos e nascimentos, os autores comentam: “Ainda que alguns especialistas médicos continuem certamente a defender a opinião que o aborto é uma alternativa segura a dar à luz, isto não pode ser mais caracterizado como um ‘fato estabelecido.’ É na melhor das hipóteses uma opinião não substanciada, mais provavelmente uma esperança, e na pior das hipóteses, um mantra ideológico.” (Reardon, D. C., T. W. Strahan, J. M. Thorp and M. W. Shuping (2004). Deaths associated with abortion compared to childbirth: a review of new and old data and the medical and legal implications. The Journal of Contemporary Health Law & Policy 20(2): 279-327.)


 


A infecção do trato genital é uma complicação que surge com freqüência após um aborto induzido. Uma outra complicação que pode levar à morte da mulher é a formação de um abcesso pélvico, que resulta quase sempre de uma perfuração do útero ou, em alguns casos, também dos intestinos.


A infecção do ventre e das trompas resulta algumas das vezes em danos permanentes. As trompas de Falópio [ cada um dos dois canais, à esquerda e à direita, que se prolongam até aos ovários e que terminam por uma região em forma de funil ], sendo um órgão frágil e extremamente fino, podem sofrer aderências [ união de dois órgãos ou de duas superfícies contíguas normalmente separadas ] em resultado de uma infecção. A infecção típica que envolve estes órgãos é conhecida como a doença pélvica inflamatória (PID) A febre que se poderá seguir após um aborto induzido pode indicar esta condição clínica.


Mulheres com uma infecção provocada pela bactéria Chlamydia trachomatis submetidas a um aborto induzido correm o risco de desenvolver PID. Para além de ser difícil de tratar, esta situação pode levar à infertilidade mesmo com tratamento adequado e a possíveis gravidezes ectópicas no futuro.


Também têm sido reportadas outras infecções pós-aborto, como a pancreatite [ inflamação do pâncreas ] com necrose [ Processo de degeneração que termina na destruição de células e/ou tecidos ]possivelmente induzida pelas drogas administradas no decorrer do aborto clínico para minimizar as dores ou pare induzir o aborto. (1)


 


Em pelo menos 1% dos abortos realizados durante o primeiro trimestre de gestação ocorrem lacerações [ lesão resultante de um rasgamento de pele até ao tecido subcutâneo ] cervicais significantes que necessitam ser suturadas. O risco de danos cervicais é maior em adolescentes, em abortos durante o segundo trimestre, e quando quem os realiza utiliza inadequadamente a laminaria durante o processo de dilatação do colo do útero. (1)


Danos físicos e psicológicos resultantes do aborto são mais frequentes em jovens e adolescentes. Ao contrário das mulheres mais velhas, nestas idades o colo do útero ainda está imaturo, havendo por isso o risco de uma dilatação difícil e potencialmente traumática. Nestes casos o colo do útero é pequeno e apertado, especialmente em casos da primeira gravidez, e especialmente susceptível a danos durante a dilatação. Os problemas da prática do aborto nestas condições levam a outros problemas em gravidezes no futuro. Algumas das complicações mais graves ocorrem em adolescentes/jovens.


A DPI é uma doença infecciosa do trato genital superior que pode afectar o útero, ovários, trompas de Falópio e outras estruturas relacionadas. Quando não tratada, esta condição pode causar infertilidade, dores pélvicas crónicas, e aumentar o risco de gravidez ectópica que pode colocar a vida da mulher em perigo. Das pacientes com uma infecção de clamídia [ género de microrganismos patogénicos para diversos animais e para o homem ] na altura do aborto (cerca de 20 a 27% das pacientes que se submetem a um aborto), 23% desenvolve a DPI dentro de quatro semanas. Aproximadamente 5% das pacientes não infectadas com clamídia desenvolvem DPI nas quatro semanas após um aborto no primeiro trimestre. (1)


O mínimo a esperar de quem executa abortos é um exame para determinar se a mulher tem clamídia e, caso tenha, tratar esta infecção antes do aborto. Claro que este procedimento só atrasa o aborto. E no caso das clínicas de aborto, tempo é dinheiro.