Fraternidade e Segurança Pública – A paz é fruto da justiça


ORAÇÃO DA CF 2009


Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus,


que nos abrigais à sombra de vossas asas,


defendeis e protegeis a todos nós, vossa família,


como uma mãe, que cuida e guarda seus filhos.



Nesse tempo em que nos chamais à conversão,


à esmola, ao jejum, à oração e à penitência,


pedimos perdão pela violência e pelo ódio


que geram medo e insegurança.


Senhor, que a vossa graça venha até nós


e transforme nosso coração.



Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo,


para que a Campanha da Fraternidade


seja um forte instrumento de conversão.


Sejam criadas as condições necessárias


para que todos vivamos em segurança,


na paz e na justiça que desejais.


Amém.

O poder das palavras

 









O PODER DA PALAVRA


A palavra tem o poder de fazer uma pessoa recuperar a alegria

Queria falar para você sobre o poder da palavra. Há palavras de amor, como: “Seja bem-vindo”, “Estava com saudade”, “Te amo tanto!”, “Que bom que você está aqui”… Com as quais nos exercitamos no cotidiano. São pequenas palavras de amor, mas que têm um poder de fazer as pessoas melhores.

E como os jovens e as crianças estão carentes de palavras de amor! Os filhos aprendem com os pais a utilizá-las, com a pessoa que trabalha em suas casas, por meio das gentilezas. A palavra tem o poder de fazer uma pessoa acreditar nela mesma e a faz recuperar a alegria.

Há também palavras de desamor. A palavra pode ser um veneno que traga maldição para a vida das pessoas. Essa palavra que tem poder quando utilizada com amor, também destrói quando é usada com desamor; pois podemos dizer coisas que destroem as pessoas. Há palavras de desamor como: “Você não!”, “Você não serve para nada!”, “Não te perdôo!”, “Eu te odeio!”…

Outro tipo de palavra é a da indiferença, que não é nem palavra de amor e nem desamor. Como, por exemplo, se você trabalhar em um consultório médico e as pessoas chegarem preocupadas e você ser indiferente com elas. Cristão não pode ser indiferente! Esse é o mal do século, porque as pessoas estão transformando tudo em “Eu”; “Tudo é para mim!”…

Não existe filho de Deus de segunda categoria; você é filho de Deus de primeira categoria! Você não é pequeno nem incapaz, mesmo algumas que pessoas tenham dito palavras de desamor para você. Todos nós somos carentes e não precisamos de palavras de desamor, precisamos é de palavras de amor!

Deus nos cerca com palavras de amor. Por isso, não use palavras de desamor e de indiferença. Permita-se ser um espelho de amor. Transborde amor, com gestos e palavras! Mas para isso você precisa sentir o amor maior, que é o Amor de Deus.

Falando sobre o poder da palavra, pegando esse mesmo conceito palavra de “amor”, de “desamor” e de “indiferença”, um grego diz que devemos atentar para as seguintes palavras antes dizer algo, elas são:

– Credibilidade: se eu for um mentiroso as pessoas não vão acreditar em mim. Nós não devemos mentir para ter credibilidade.

– Fragilidade: quando uso palavras de amor para chegar ao ponto fraco do outro. Todos nós temos um ponto fraco, ou seja, o nosso lugar frágil. Jamais podemos fazer do ponto fraco do outro motivo de humilhação, pois tudo que humilha o outro não edifica.

– Razão: é se preparar para levar a palavra, ter discernimento para saber o que a pessoa precisa ouvir. Pense um pouco na palavra de desamor que você profere: “Não gosto de gente assim”, “Você não me agrada”, “Saia daqui!”, “Eu te odeio!”…

Hoje peça aos anjos para retirar de você todas essas palavras [negativas], e tome mais cuidado com o que você fala.


Gabriel Chalita
Fonte: Canção Nova

Arsenal de infantilidades

 



Arsenal de infantilidades


Trazemos um excesso de sentimentos infantis


‘…enquanto o herdeiro é menor, em nada difere do escravo, ainda que seja senhor de tudo, mas está sob tutores e administradores, até o tempo determinado por seu pai. Assim também nós, quando menores, estávamos escravizados pelos rudimentos do mundo. Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção. A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! Portanto já não és escravo, mas filho. E, se és filho, então também herdeiro por Deus’ (Gálatas 4; 1-7).


Essa palavra é muito concreta e humana, inicialmente podemos achar um absurdo assemelhar uma criança ao escravo. É simples porque uma criança não é capaz de fazer a separação das coisas. A criança é egoísta e o egoísta é aquele que se ocupa do seu mundo, para ele o outro é uma extensão da sua necessidade. As crianças são escravas de suas necessidades.


A maturidade de uma criança acontece à medida que ela vai crescendo. Uma criança é escrava porque ela não sabe a razão da regra, mas se submete a ela. Quando ela cresce e obedece a regra porque a compreende, ela deixa de ser escrava. Quantos jogos construtivos, que educam a criança para compreensão de regra, são jogos simples de encaixe, entre outros, não videogames nos quais, muitas vezes, a regra é matar.


O desconhecido nos escraviza. Tudo aquilo que você desconhece se torna soberano sobre você e muitas vezes você teme uma pessoa desconhecida, e aí está a infantilidade. Nós também trazemos as infantilidades nos nossos afetos, insistimos em trazer em nós um arsenal de sentimentos infantis, egoístas, só pensamos em nós e em nossas necessidades. A birra é o excesso da criança, excesso da infantilidade, pois nela a criança se sente fracassada por não conseguir seu objetivo. Quando somos afetivamente infantis, nos transformamos em verdadeiros monstros. Se você não disciplina uma criança, o seu destino não será diferente. Ensine-a a lidar com as impossibilidades.


Quantos adultos não têm coragem de dar opinião, não se manifestam, porque são infantis, são escravos de seus medos, isso é mesma coisa de birra, pos não sabem lidar com os limites.


Abandonemos as nossas birras que se manifestam na nossa cara feia, nas nossas respostas ríspidas, entre outras… Só não nos jogamos no chão porque não temos coragem.


Quantos adultos com medo de quarto escuro. Eu pergunto: Qual o mal de um quarto escuro? Mas quantas vezes fomos trancados nos quartos e disseram que lá dentro tinha um monstro? Uma criança não tem inteligência suficiente para saber que ali não há um bicho, porque a referência que ela tem é o adulto.


Como você pode curar seu medo de quarto escuro? Traga à sua razão o que o faz sentir medo. Entre no quarto escuro e diga: ‘Este quarto não pode me fazer mal’. Você hoje é adulto, maduro, olhe para as fases da sua vida que precisam ser curadas, olhe para você criança, você adolescente. Permita que Deus resgate a sua alma ferida. Muitas vezes é preciso voltar no tempo e se reconciliar com você mesmo.


Nenhum perdão será concreto se antes você não se perdoar; nenhum olhar será profundo se você não se olhar.


O que pode nos destruir na vida não é o que os outros fazem para nós, mas o que permitimos que outros façam de nós. O maior consolo que você precisa não é o dos outros, é de você mesmo. Não adianta o outro deixar você livre, se você se sentir escravo.


Deus é especialista em curar corações machucados. Pare de lamentar o que você não teve. Seja como o rio, que quando alguém coloca alguma barreira nele, ele não deixa de crescer, mas fica mais profundo.


Deus ainda prefere os miseráveis. Deus olha para você, e no momento da sua birra, Ele se encontra com você.


 


Padre Fábio de Melo

O fim do ciúme

 



O fim do ciúme


Como desenvolver os laços de confiança


Um relacionamento não se constrói apenas com momentos de carinho, beijos e abraços, mas também de esforço e ajuda mútua para resolvermos os pequenos impasses pertinentes ao convívio. Quando nos dispomos a viver com outra pessoa uma experiência de vida comum, a dinâmica do convívio nos permite influenciar e ser influenciados em nossos comportamentos. Por não sermos perfeitos, certamente, muitos ajustes precisarão acontecer dentro da vida a dois. Entre algumas dessas necessidades está a ajuda para o controle do ciúme.


Há algum tempo, escrevi sobre o ciúme como o veneno dos relacionamentos. Continuando a partir dessa reflexão, podemos, também considerá-lo como um bolo de sentimentos, o qual, quase sempre, esconde situações que nos conduzem à atitude de medo, insegurança e, muitas vezes, de pavor ao nos imaginar sendo passados para trás por alguém. Com isso, reproduzimos, dentro do relacionamento, atitudes características de nossa baixa autoestima ou das más experiências vividas nos relacionamentos anteriores.


Percebemos que o ciúme é, de fato, algo que acontece. Entretanto, se não houver o esforço para a mudança, ele poderá se tornar ameaçador para os casais. O ciúme, quase sempre, tem origem no resultado daquilo que conjecturamos ao presenciar uma situação, que, em razão de nossas inseguranças, nos faz nos sentir ameaçados e, por conseguinte, passamos a desconfiar de tudo e de todos. Algumas vezes, uma atitude que poderia parecer inocente para alguém, pode não ser tão inocente para aquela pessoa que vive às voltas com suas inseguranças e ciúmes. Isso não faz bem para quem sente e, tampouco, para quem está ao seu lado; pois, como resultado disso, tem-se um convívio bastante tumultuado e com discussões constantes.


Antes que prejudiquemos, com atos tempestivos, o relacionamento tão almejado, precisamos nos abrir também para a ajuda. Além do auxílio de profissionais, quando for o caso, a pessoa mais indicada para cooperar nesse processo de cura é aquela que está ao nosso lado. Esta, por sua vez, ao perceber que o ciúme está corroendo seu cônjuge, precisa ajudá-lo naquilo que o faz vulnerável. Talvez, ser mais atento quanto às brincadeiras ou aos tipos de conversas que podem já não ser tão convenientes com os amigos em razão dos compromissos assumidos, ainda mais quando se conhece os efeitos que essas atitudes podem causar na pessoa que amamos. Corrigir ou mudar tais atos é uma atitude de zelo e de atenção às novas necessidades do convívio, como também resposta ao pedido de socorro de quem sofre tais crises.


Precisamos nos sentir livres em nossos relacionamentos e não será exercendo o domínio de posse ou colocando a pessoa amada numa redoma que estaremos expulsando o ciúme ou garantindo a fidelidade que desejamos. O desenvolvimento dos laços de confiança entre os casais traz o amadurecimento para o convívio e tende a neutralizar as forças do ciúme. Vencer essas primeiras dificuldades é um ato de paciência e demonstra o zelo e o cuidado com quem amamos. As inseguranças se dissipam quando o casal aprende a reafirmar, a cada dia, seus propósitos com o outro, independentemente das crises que, normalmente, surgem ao longo da convivência.


Um abraço. Sejamos pacientes um com o outro.


 Dado Moura


 

Crise financeira



A crise financeira mundial


A crise financeira mundial, que está ocorrendo desde 2007, teve início com a falta de liquidez dos títulos chamados “Subprimes” no mercado imobiliário americano. Trata-se de um segmento a partir de pessoas com histórico para a inadimplência e que, consequentemente, oferecem menos garantia de pagamento, caracterizando maior risco. Por esses títulos são cobrados juros maiores que os de mercado, aguçando a ganância dos gestores de fundos de investimentos e bancos em busca de melhores retornos.



A crise se reflete na quebra (falência) de grandes conglomerados financeiros, na economia real e até nas classes menos favorecidas.



A crise nos EUA afetará o desempenho da economia brasileira em 2009, porém, em menor intensidade do que outras crises no passado recente, uma vez que o crescimento econômico atual do Brasil está mais relacionado a fatores internos, que tendem a continuar com desempenho positivo, mesmo com a política monetária restrita do Banco Central.



Os desdobramentos na economia real – aquela que produz e gera emprego – passam pela restrição dos empréstimos para novos investimentos e capital de giro redundando em desemprego (redução de postos de trabalho), o que reflete no consumo.



No caso da economia brasileira, os sintomas da crise são observados por meio da restrição ao crédito, pelo aumento das taxas de juros nas compras a prazo e, com o aumento do dólar, os produtos importados tiveram seus preços remarcados.



As ações do Banco Central, para superar a crise a partir dos fundamentos lógicos da Economia, não têm apresentado efeitos imediatos, o que torna imprevisível o seu fim, tanto que a projeção do crescimento do PIB – Produto Interno Bruto (soma em valores monetários de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país durante determinado período) para 2008 é de 5,4% e para 2009 apenas 3,8%.



O encolhimento do mercado de crédito e a consequente elevação das taxas de juros irão encarecer as aquisições de bens duráveis (automóveis, geladeiras, televisores, imóveis, entre outros), via de regra, feitas a prazo (à vista, possivelmente teremos queda nos preços). Nesse sentido, não se recomenda nenhum endividamento, principalmente aqueles com juros pós-fixados. Sempre que possível, comprar à vista negociando um bom desconto.






Prof. DR. Luiz Carlos Laureando da Rosa
Economista e pesquisador do NUPES
Núcleo de Pesquisas Econômico-sociais da UNITAU