Contemplar Cristo com os olhos de Maria



Contemplar Cristo com os olhos de Maria




Ponto de partida: João Paulo II, para comemorar os 25 anos de seu pontificado, escreveu a Carta Apostólica “ROSARIUM Virginis Mariae”: (cf. Números 9 a 15)


« Transfigurou-Se diante deles: o seu rosto resplandeceu como o sol » (Mt 17, 2). A cena evangélica da transfiguração de Cristo, na qual os três apóstolos Pedro, Tiago e João aparecem como que extasiados pela beleza do Redentor, pode ser tomada como ícone da contemplação cristã. Fixar os olhos no rosto de Cristo, reconhecer o seu mistério no caminho ordinário e doloroso da sua humanidade, até perceber o brilho divino definitivamente manifestado no Ressuscitado glorificado à direita do Pai, é a tarefa de cada discípulo de Cristo; é por conseguinte também a nossa tarefa.
Contemplando este rosto, dispomo-nos a acolher o mistério da vida trinitária, para experimentar sempre de novo o amor do Pai e gozar da alegria do Espírito Santo.
Realiza-se assim também para nós a palavra de S. Paulo: « Refletindo a glória do Senhor, como um espelho, somos transformados de glória em glória, nessa mesma imagem, sempre mais resplandecente, pela ação do Espírito do Senhor » (2Cor 3, 18).


Maria, modelo de contemplação: A contemplação de Cristo tem em Maria o seu modelo insuperável. O rosto do Filho pertence-lhe sob um título especial.
Foi no seu ventre que Se plasmou, recebendo d’Ela também uma semelhança humana que evoca uma intimidade espiritual certamente ainda maior. À contemplação do rosto de Cristo, ninguém se dedicou com a mesma assiduidade de Maria.
Os olhos do seu coração concentram-se de algum modo sobre Ele já na Anunciação, quando O concebe por obra do Espírito Santo; nos meses seguintes, começa a sentir sua presença e a pressagiar os contornos.
Quando finalmente O dá à luz em Belém, também os seus olhos de carne podem fixar-se com ternura no rosto do Filho, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura (cf. Lc 2, 7).
Desde então o seu olhar, cheio sempre de reverente estupor, não se separará mais d’Ele. Algumas vezes será um olhar interrogativo, como no episódio da perda no templo: « Filho, porque nos fizeste isto? » (Lc 2, 48);
em todo o caso será um olhar penetrante, capaz de ler no íntimo de Jesus, a ponto de perceber os seus sentimentos escondidos e adivinhar suas decisões, como em Caná (cf. Jo 2, 5);
outras vezes, será um olhar doloroso, sobretudo aos pés da cruz, onde haverá ainda, de certa forma, o olhar da parturiente, pois Maria não se limitará a compartilhar a paixão e a morte do Unigênito, mas acolherá o novo filho a Ela entregue na pessoa do discípulo predileto (cf. Jo 19, 26-27);
na manhã da Páscoa, será um olhar radioso pela alegria da ressurreição
e, enfim, um olhar ardoroso pela efusão do Espírito no dia de Pentecostes (cf. At 1,14).


As recordações de Maria: Maria vive com os olhos fixos em Cristo e guarda cada palavra sua: « Conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração » (Lc 2, 19; cf. 2, 51). As recordações de Jesus, estampadas na sua alma, acompanharam-na em cada circunstância, levando-a a percorrer novamente com o pensamento os vários momentos da sua vida junto com o Filho.
Foram estas recordações que constituíram, de certo modo, o “rosário” que Ela mesma recitou constantemente nos dias da sua vida terrena.
E mesmo agora, entre os cânticos de alegria da Jerusalém celestial, os motivos da sua gratidão e do seu louvor permanecem imutáveis. São eles que inspiram o seu carinho materno pela Igreja peregrina, na qual Ela continua a desenvolver a composição da sua “narração” de evangelizadora.
Maria propõe continuamente aos crentes os “mistérios” do seu Filho, desejando que sejam contemplados, para que possam irradiar toda a sua força salvífica.
Quando recita o Rosário, a comunidade cristã sintoniza-se com a lembrança e com o olhar de Maria.


Rosário, oração contemplativa: O Rosário, a partir da experiência de Maria, é uma oração marcadamente contemplativa. Privado desta dimensão, perderia sentido, como sublinhava Paulo VI: « Sem contemplação, o Rosário é um corpo sem alma e a sua recitação corre o perigo de tornar-se uma repetição mecânica de fórmulas e de vir a achar-se em contradição com a advertência de Jesus: “Na oração não sejais palavrosos como os gentios, que imaginam que hão de ser ouvidos graças à sua verbosidade” (Mt 6, 7).
Por sua natureza, a recitação do Rosário requer um ritmo tranqüilo e uma certa demora a pensar, que favoreçam, naquele que ora, a meditação dos mistérios da vida do Senhor, vistos através do Coração d’Aquela que mais de perto esteve em contacto com o mesmo Senhor, e que abram o acesso às suas insondáveis riquezas ».
Precisamos de deter-nos neste profundo pensamento de Paulo VI, para dele extrair algumas dimensões do Rosário que definem melhor o seu caráter próprio de contemplação cristológica.


Recordar Cristo com Maria: O contemplar de Maria é, antes de mais, um recordar. Convém, no entanto, entender esta palavra no sentido bíblico da memória (zakar), que atualiza as obras realizadas por Deus na história da salvação. A Bíblia é narração de acontecimentos salvíficos, que culminam no mesmo Cristo. Estes acontecimentos não constituem somente um “ontem”; são também o “hoje” da salvação.
Esta atualização realiza-se particularmente na Liturgia: o que Deus realizou séculos atrás não tinha a ver só com as testemunhas diretas dos acontecimentos, mas alcança, pelo seu dom de graça, o homem de todos os tempos.
Isto vale, de certo modo, também para qualquer outra piedosa ligação com aqueles acontecimentos: « fazer memória deles », em atitude de fé e de amor, significa abrir-se à graça que Cristo nos obteve com os seus mistérios de vida, morte e ressurreição.
Por isso, enquanto se reafirma, com o Concílio Vaticano II, que a Liturgia, como exercício do ofício sacerdotal de Cristo e culto público, é « a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força », convém ainda lembrar que « a participação na sagrada Liturgia não esgota a vida espiritual.
O cristão, chamado a rezar em comum, deve também entrar no seu quarto para rezar a sós ao Pai (cf. Mt 6, 6); mais, segundo ensina o Apóstolo, deve rezar sem cessar (cf. 1 Tes 5, 17) ».
O Rosário, com a sua especificidade, situa-se neste cenário diversificado da oração « incessante », e se a Liturgia, ação de Cristo e da Igreja, é ação salvífica por excelência, o Rosário, enquanto meditação sobre Cristo com Maria, é contemplação salutar. De fato, a inserção, de mistério em mistério, na vida do Redentor faz com que tudo aquilo que Ele realizou e a Liturgia atualiza, seja profundamente assimilado e modele a existência.


Aprender Cristo de Maria: Cristo é o Mestre por excelência, o revelador e a revelação. Não se trata somente de aprender as coisas que Ele ensinou, mas de “aprender a Ele”. Porém, nisto, qual mestra mais experimentada do que Maria? Se do lado de Deus é o Espírito, o Mestre interior, que nos conduz à verdade plena de Cristo (cf. Jo 14, 26; 15, 26;16, 13), de entre os seres humanos, ninguém melhor do que Ela conhece Cristo, ninguém como a Mãe pode introduzir-nos no profundo conhecimento do seu mistério.
O primeiro dos “sinais” realizado por Jesus –a transformação da água em vinho nas bodas de Caná – mostra-nos precisamente Maria no papel de mestra, quando exorta os servos a cumprirem as disposições de Cristo (cf. Jo 2, 5).
E podemos imaginar que Ela tenha desempenhado a mesma função com os discípulos depois da Ascensão de Jesus, quando ficou com eles à espera do Espírito Santo e os animou na primeira missão.
Percorrer com Ela as cenas do Rosário é como freqüentar a “escola” de Maria para ler Cristo, penetrar nos seus segredos, compreender a sua mensagem.
Uma escola, a de Maria, ainda mais eficaz, quando se pensa que Ela a dá: obtendo-nos os dons do Espírito Santo com abundância e, ao mesmo tempo, propondo-nos o exemplo daquela « peregrinação da fé », na qual é mestra inigualável.
Diante de cada mistério do Filho, Ela convida-nos, como na sua Anunciação, a colocar humildemente as perguntas que abrem à luz, para concluir sempre com a obediência da fé: « Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra » (Lc 1, 38).


Configurar-se a Cristo com Maria: A espiritualidade cristã tem como seu caráter qualificador o empenho do discípulo em configurar-se sempre mais com o seu Mestre (cf. Rom 8, 29; Fil 3, 10.21). A efusão do Espírito no Batismo introduz o crente como ramo na videira que é Cristo (cf. Jo 15, 5), constitui-o membro do seu Corpo místico (cf. 1 Cor 12, 12; Rom 12, 5). Mas a esta unidade inicial, deve corresponder um caminho de assimilação progressiva a Ele que oriente sempre mais o comportamento do discípulo conforme à “lógica” de Cristo: « Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus » (Fil 2, 5). É necessário, segundo as palavras do Apóstolo, « revestir-se de Cristo » (Rom13, 14; Gal 3, 27).
No itinerário espiritual do Rosário, fundado na incessante contemplação – em companhia de Maria – do rosto de Cristo, este ideal exigente de configuração com Ele alcança-se através do trato, podemos dizer, “amistoso”. Este introduz-nos de modo natural na vida de Cristo e como que faz-nos “respirar” os seus sentimentos. A este respeito diz o Beato Bártolo Longo: « Tal como dois amigos, que se encontram constantemente, costumam configurar-se até mesmo nos hábitos, assim também nós, conversando familiarmente com Jesus e a Virgem, ao meditar os mistérios do Rosário, vivendo unidos uma mesma vida pela Comunhão, podemos vir a ser, por quanto possível à nossa pequenez, semelhantes a Eles, e aprender destes supremos modelos a vida humilde, pobre, escondida, paciente e perfeita ».
Neste processo de configuração a Cristo no Rosário, confiamo-nos, de modo particular, à ação maternal da Virgem Santa. Aquela que é Mãe de Cristo, pertence Ela mesma à Igreja como seu « membro eminente e inteiramente singular » sendo, ao mesmo tempo, a “Mãe da Igreja”. Como tal, “gera” continuamente filhos para o Corpo místico do Filho. Fá-lo mediante a intercessão, implorando para eles a efusão inesgotável do Espírito. Ela é o perfeito ícone da maternidade da Igreja.
O Rosário transporta-nos misticamente para junto de Maria dedicada a acompanhar o crescimento humano de Cristo na casa de Nazaré. Isto permite-lhe educar-nos e plasmar-nos, com a mesma solicitude, até que Cristo esteja formado em nós plenamente (cf. Gal 4, 19). Esta ação de Maria,totalmente fundada sobre a de Cristo e a esta radicalmente subordinada, « não impede minimamente a união imediata dos crentes com Cristo, antes a facilita ». É o princípio luminoso expresso pelo Concílio Vaticano II, que provei com tanta força na minha vida, colocando-o na base do meu lema episcopal: Totus tuus. Um lema, como é sabido, inspirado na doutrina de S.Luís Maria Grignion de Montfort, que assim explica o papel de Maria no processo de configuração a Cristo de cada um de nós: “Toda a nossa perfeição consiste em sermos configurados, unidos e consagrados a Jesus Cristo. Portanto, a mais perfeita de todas as devoções é incontestavelmente aquela que nos configura, une e consagra mais perfeitamente a Jesus Cristo. Ora, sendo Maria entre todas as criaturas a mais configurada a Jesus Cristo, daí se conclui que de todas as devoções, a que melhor consagra e configura uma alma a Nosso Senhor é a devoção a Maria, sua santa Mãe; e quanto mais uma alma for consagrada a Maria, tanto mais será a Jesus Cristo”. Nunca como no Rosário o caminho de Cristo e o de Maria aparecem unidos tão profundamente. Maria só vive em Cristo e em função de Cristo!


Suplicar a Cristo com Maria: Cristo convidou a dirigirmo-nos a Deus com insistência e confiança para ser escutados:« Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á » (Mt 7, 7). O fundamento desta eficácia da oração é a bondade do Pai, mas também a mediação junto d’Ele por parte do mesmo Cristo (cf. 1 Jo 2, 1) e a ação do Espírito Santo, que « intercede por nós » conforme os desígnios de Deus (cf. Rom 8, 26-27). De fato, nós « não sabemos o que devemos pedir em nossas orações » (Rom 8, 26) e, às vezes, não somos atendidos « porque pedimos mal » (Tg 4, 3).
Em apoio da oração que Cristo e o Espírito fazem brotar no nosso coração, intervém Maria com a sua materna intercessão. “A oração da Igreja é como que sustentada pela oração de Maria”.
De fato, se Jesus, único Mediador, é o Caminho da nossa oração, Maria, pura transparência d’Ele, mostra o Caminho, e “é a partir desta singular cooperação de Maria com a ação do Espírito Santo que as Igrejas cultivaram a oração à santa Mãe de Deus, centrando-a na pessoa de Cristo manifestada nos seus mistérios”. Nas bodas de Caná, o Evangelho mostra precisamente a eficácia da intercessão de Maria, que se faz porta-voz junto de Jesus das necessidades humanas: « Não têm vinho » (Jo2,3).
O Rosário é ao mesmo tempo meditação e súplica. A imploração insistente da Mãe de Deus se apóia na confiança de que a sua materna intercessão tudo pode no coração do Filho. Ela é “onipotente por graça”, como, com expressão audaz a ser bem entendida, dizia o Beato Bártolo Longo na sua Súplica à Virgem. Uma certeza esta que, a partir do Evangelho, foi-se consolidando através da experiência do povo cristão.
No Rosário, Maria, santuário do Espírito Santo (cf. Lc 1, 35), ao ser suplicada por nós, apresenta-se em nosso favor diante do Pai que a cumulou de graça e do Filho nascido das suas entranhas, pedindo conosco e por nós.


Anunciar Cristo com Maria: O Rosário é também um itinerário de anúncio e aprofundamento, no qual o mistério de Cristo é continuamente oferecido aos diversos níveis da experiência cristã.
O módulo é o de uma apresentação orante e contemplativa, que visa plasmar o discípulo segundo o coração de Cristo.
De fato, se na recitação do Rosário todos os elementos para uma meditação eficaz forem devidamente valorizados, torna-se, especialmente na celebração comunitária nas paróquias e nos santuários, uma significativa oportunidade catequética que os Pastores devem saber aproveitar.
A Virgem do Rosário continua também deste modo a sua obra de anúncio de Cristo. A história do Rosário mostra como esta oração foi utilizada especialmente pelos Dominicanos, num momento difícil para a Igreja por causa da difusão da heresia. Hoje encontramo-nos diante de novos desafios. Porque não retomar na mão o Terço com a fé dos que nos precederam? O Rosário conserva toda a sua força e permanece um recurso não neglicenciável na bagagem pastoral de todo o bom evangelizador.


Aprendendo das grandes figuras da Igreja:


Pe. José Kentenich:


O “Ave” no ouvido
O “Magnificat” nos lábios
O Filho nos braços
A espada no coração
A língua de fogo sobre a cabeça
A serpente debaixo dos pés
Vestida de sol
Coroada de estrelas
Transfigurada junto a Deus


Chiara Lubich:


“Entrei na Igreja um dia, e com o coração cheio de confiança, perguntei-lhe: ” Por que quiseste permanecer na terra, em todos os pontos da terra, pela dulcíssima Eucaristia, e não encontraste um modo, tu que és Deus, para trazer deixar também Maria, a Mãe de todos nós que peregrinamos?” No silêncio, parecia responder: “Não a trouxe porque quero revê-la em ti. Ainda que não sejais imaculados, o meu amor vos virginizará, e tu, vós, abrireis braços e coração de mães à humanidade que, como outrora, tem sede de seu Deus e de sua Mãe. A vós, portanto, lenir as dores, as chagas; a vós enxugar as lágrimas. Canta as ladainhas e procura espelhar-te nelas”.


Cantemos as ladainhas:


Ladainha da “Lumen Gentium”


Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós,
Senhor, tende piedade de nós
Santa Maria, Mãe de Deus,
Filha predileta do Pai
Mãe do Verbo encarnado,
Templo do Espírito Santo
Virgem escolhida desde toda a eternidade,
Nova Eva,
Filha de Adão,
Filha de Sião,
Virgem Imaculada,
Virgem de Nazaré,
Virgem envolvida pelo Espírito Santo,
Mãe do Senhor,
Mãe do Emanuel,
Mãe de Cristo,
Mãe de Jesus,
Mãe do Salvador,
Colaboradora do Redentor,
Vós que acolhestes a Palavra,
Vós que destes ao mundo a Vida,
Vós que apresentastes Jesus ao Templo,
Vós que mostrastes Jesus aos Magos,
Vós que alegrastes a mesa de Cana,
Vós que participastes da obra da salvação,
Vós que sofrestes junto da Cruz,
Vós que implorastes o dom do Espírito,
Mãe dos viventes,
Mãe dos fiéis,
Mãe de todos os homens,
Eleita entre os pobres do Senhor,
Serva humilde do Senhor,
Serva da Redenção,
Peregrina no caminho da fé,
Virgem da obediência,
Virgem da esperança,Virgem do amor,
Modelo de santidade,
Membro eminente da Igreja,
Imagem da Igreja,
Mãe da Igreja,
Advogada nossa,
Auxílio dos cristãos,
Socorro dos pobres,
Mediadora da graça
Elevada à glória celeste,
Glorificada no corpo e na alma,
Exaltada acima dos anjos e santos,
Rainha do Universo,
Sinal de consolação,
Sinal de esperança segura,
Sinal da glória futura,
Cordeiro de Deus, que tirais os pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor,
Cordeiro de Deus, que tirais os pecado do mundo, ouvi, Senhor,
Cordeiro de Deus, que tirais os pecado do mundo, tende piedade de nós.



Festa de Nossa Senhora Auxiliadora.


Fonte: www.cancaonova.com

Matrimônio


Estados de Vida, o matrimônio



“Cristo quis nascer e crescer no seio da Sagrada família de José e Maria. A Igreja não é outra coisa senão a família de Deus. Desde suas origens, o núcleo da Igreja era em geral constituído por aqueles que ”com toda a casa” se tornavam cristãos. Quando eles se convertiam, desejavam também que “toda a sua casa” fosse salva. Essas famílias que se tornavam cristãs eram redutos de vida cristã num mundo incrédulo”.


…cada homem tenha sua mulher e cada mulher seu marido. Que o marido cumpra seu dever em relação a mulher e igualmente a mulher em relação ao marido. A mulher não dispõe de seu corpo, mas sim o marido. Igualmente o marido não dispõe de seu corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro… (1Cor 7, 2-5)


• A família é Igreja enquanto comunidade de batizados (Efésios 5,32)
• Compêndio 340 – A aliança nupcial de Deus com Israel prepara e prefigura a Aliança nova realizada pelo Filho de Deus com a sua esposa, a Igreja.
• O casal cristão é chamado a ser estrutura sustentadora de uma família capaz de encontrar relações novas
• Atos 11,13-14 – O Espírito Santos batizará toda a sua casa
• Atos 16,16-34 – Extensão da salvação pra família


O Concílio Vaticano II chama a família de Igreja Doméstica porque é no seio da família que os pais são “para os filhos, pela palavra e pelo exemplo os primeiros mestres da fé”.


• O lar é assim a primeira escola de vida cristã e, “uma escola de enriquecimento humano” (GS 52)
• Analogia com as desordens (escolares; sociais; comunitárias e na igreja)
• É preciso ser uma benção e romper com toda maldição
• Deus coloca a nossa frente às duas opções benção e maldição (Dt.11,26)
• O louvor do diabo em nossa casa e por todas as nossas gerações (Tiago 3,10).
• A Salvação de Jesus rompe os laços que nos prendiam as maldições e abrem as comportas do céu, derramando assim chuva de bênçãos sobre nós.


CIC 1669: todo batizado é chamado a ser uma benção e a abençoar.


• A benção é o encontro de Deus com o homem.
• As famílias precisam novamente se encontrar com Deus.


Podemos encontrar dois exemplos claros disto no Livro dos atos dos Apóstolos: o primeiro acontece quando Pedro foi acusado por entrar na casa de incircuncisos e comer com eles, e respondeu á acusação narrando que havia sido enviado por Deus para entrar na casa de um homem pagão, anunciar a boa nova e batizar no Espírito Santo não somente a ele, mas a toda a sua casa.(Cf. At 11,1-18).


O outro exemplo narra a libertação milagrosa de Paulo e Silas da prisão, que acabou na conversão do carcereiro, a quem eles prometeram: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa”. O carcereiro recebeu o batismo no Espírito e os levou para sua casa, onde lhes ofereceu uma refeição e se alegrou com eles. (Cf. At 16,16-34).
Sacramento do matrimônio
Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, os sacramentos são “sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, mediante os quais nos é concedida a vida divina” (n. 224). Em que sentido são da Igreja? São “num duplo sentido: enquanto acção da Igreja, que é sacramento da acção de Cristo, e enquanto existem «para ela», ou seja, enquanto edificam a Igreja.” (n. 226). E qual a relação com a fé? “Os sacramentos não apenas supõem a fé como também, através das palavras e elementos rituais, a alimentam, fortificam e exprimem. Ao celebrá-los, a Igreja confessa a fé apostólica. Daí o adágio antigo: «lex orandi, lex credendi», isto é, a Igreja crê no que reza” (n. 228).


Fonte: Cancaonova.com


Mulher curada, mulher missionária



Mulher curada, mulher missionária




“Eu te bendigo, Senhor, a ti que me fizeste melhor!”



Todos somos feridos na nossa identidade. A grande cura só aconteceu quando comecei a aceitar que era mulher, quando pude dar graças a Deus por ser mulher: Traços, órgãos genitais, etc…


 


Gostaria de contar-lhes o meu testemunho. Sou primeira filha de uma família de 3 irmãos. Quando minha mãe estava grávida, meu pai queria que eu fosse um filho homem. Daí começou a grande ferida de não ser aceita; quando nasci meu pai não me deu muita atenção. Logo com o nascimento do segundo filho que foi homem meu pai se alegrou e colocou até o seu próprio nome no meu irmão.


Fui crescendo com essas feridas na minha identidade. Não aceitava ser mulher, por isso gostava de tudo que fosse serviço de homem. Quando criança gostava de jogar futebol, lavar carro, gostava de dirigir carros. Logo que aprendi a dirigir, como morávamos numa cidade do interior e meu pai tinha fazenda, aprendi a dirigir caminhão, sempre quis chamar a atenção do meu pai, queria agradá-lo, provar que existia, queria ser notada por ele.


Serviço de mulher, como lavar louça, arrumar casa, cozinhar tudo isso eu detestava, e para ajudar, minha mãe com suas frustrações de nunca ter trabalhado fora dizia que fogão e tanque não davam futuro a ninguém, me incentivava a estudar, a ser independente. Com tudo isso foi sendo gerado em mim uma grande perversão na minha Identidade de mulher.


Chegou o tempo do casamento, e toda mulher quer se casar, ter uma casa e filhos para cuidar, eis ai o grande conflito, como eu detestava cozinhar, lavar, passar, arrumar… ufa que coisa chata!


Com isso me envolvi no mundo do trabalho, sou formada em Educação Física com especialização em natação e hidroginástica; chegava a dar 13 aulas por dia para não ficar em casa. Tudo o que envolvesse trabalho fora de casa era comigo mesmo, até trabalhos na igreja (comunidade).


Ao longo da caminhada de fé, Jesus me chamou a me consagrar, a dar a minha vida a Ele no carisma de resgatar a família na comunidade Católica Sagrada Família onde faço parte há 11 anos e sou consagrada há 6 anos e missionária há 2. E dando a minha vida fui enviada de São Paulo onde tinha empregada, não colocava a mão em nada dentro da minha casa, para Palmas no Tocantins, onde passei a não ter empregada e me vi obrigada a fazer tudo numa casa. Imagine os primeiros meses, que infelicidade. A casa para limpar, comida para fazer, roupas para lavar e passar e ainda tinha a missão.


Como estive envolvida no mundo do trabalho por 13 anos, sentia que havia algo errado dentro de mim, alguma coisa não estava bem encaixada, algo estava fora do lugar, foi aí que, fazendo um percurso de antropologia pude aprender sobre a graça de ser mulher.


E a primeira graça de ser mulher é ser mãe, eis a primeira vocação da mulher: ser mãe. Na passagem de João 19, 25-27 vemos Jesus dizendo 4 vezes “Mãe”, lembramos dos 4 pontos cardeais, todo o nosso ser é chamado a ser fecundado, a ser mãe, a gerar vida.


Aprendi que a mulher é como um cristal, frágil, mas ao mesmo tempo bela. Com a liberação feminista a mulher quis se transformar em ferro, ou seja, se igualar ao homem. Hoje vemos muitas mulheres que tem que provar que são ferro, e muitas vezes eu quis ser ferro. Na verdade um cristal precisa de um homem de ferro.


Quando aceitamos a nossa verdadeira identidade, aceitamos que somos frágeis, que somos cíclicas (relógio, todo mês). E o mundo quer nos dizer arranque sua menstruação (fique igual ao homem). Hoje o mundo quer dizer que todos somos iguais. Tudo isso faz com que tenhamos uma grande perversão na nossa identidade, e era isso que acontecia comigo.


Pude perceber que a minha identidade de mulher estava destruída, que vivi numa verdadeira bagunça interior, não me compreendia. A cura se deu quando pude perdoar o meu pai por não me aceitar por ser uma menina, e aceitar e deixar Deus Pai me amar, e me deixar proteger por Ele, aceitar o meu corpo e dar garças a Deus por ser mulher, por Deus ter me criado mulher, aceitando os meus traços, órgãos e minha feminilidade.


Aceitar as variações que o meu corpo tem todo mês, e que há momentos que não me sinto disponível, nem para os outros e nem para Deus! Assim me reconheço frágil e me deixo abrigar e amar. E ao reconhecer que sou cristal, na minha casa, passei a ser mãe de verdade. Hoje estou mais presente na educação das minhas filhas, levo o evangelho e a presença de Deus como a luz da minha casa. Faço todas as coisas sem murmuração. Com meu esposo nem se fala, ele diz que tem uma nova mulher.


Pude constatar a cura da minha identidade com uma oração muito simples, quando dizia para Deus que aceitava, por Ele ter me criado mulher e dando graças a Ele por me ter feito de modo tão maravilhoso, o salmo 138 me ajudou nesse processo de cura, fui recriada com essa palavra.


A segunda graça que recebi foi a da dignidade Batismal. Tive mais consciência que esse corpo que Deus me deu de mulher é templo do Espírito Santo. Que sou filha amada, em quem Deus põe toda a sua afeição (Mt 3,17).


Como Catarina de Sena, pude perceber que ao receber o batismo, o Senhor nos dá um brasão, nos devolve a dignidade de filhos, que sou selada com o Espírito Santo (Rom 8,15). Tenho dons para serviço dos meus irmãos mais pobres. Tudo isso me fez me sentir muito digna.


E ao receber essa dignidade de filha de Deus, o próprio de Deus me dá três capacidades: 1) A de amar, dentro de mim tem uma fonte inesgotável de amor. 2) Tenho a capacidade de relação, ou seja, de ensinar a amar, e 3) capacidade de desejo (desejo do céu). Que no fundo da minha alma tem um sacrário com a presença de Deus que é inviolável, nem o demônio pode penetrar, há uma “terra santa” dentro de mim, e sou chamada como mulher a levar esse sacrário, essa presença de Deus à humanidade. Como a Virgem Maria quero levar o seu povo onde Deus me enviar.


Louvo e agradeço a Deus por ter me escolhido e acolhido, como mulher, a levar a
sua palavra. “Em vós eu me apoiei desde que nasci; desde o seio materno sois o meu protetor, em vós eu sempre esperei. Mas vós tende sido o meu poderoso apoio.” (Sl 70, 6-7).


Curada posso servir melhor a Deus. E dentro da missão que trabalho hoje, a minha fecundidade se deu como mãe espiritual, hoje tenho vários filhos(as) e famílias sendo gerados no Evangelho de Jesus Cristo.


O Senhor fez em mim maravilhas.


Maria Helena Trevizani Pereira de Oliveira


Missionária Consagrada da Comunidade Católica Sagrada Família


Palmas/TO


sagradafamilia.palmas@sagradafamilia.org.br



O purgatório existe??


Abaixo colocamos partes dos escritos de Maria Sima, uma senhora austríaca falecida recentemente, que durante muitos anos teve a visão das almas do Purgatório.

A tradução e gentileza é de Karl, e isso vem mostrar que tais visões e revelações não são uma exclusividade do Cláudio, embora o carisma dela tivesse uma conotação um pouco diferente: Ela recebia as visitas das almas, que contavam sua história e pediam que Maria rezasse ou sofresse por elas. Muitas almas devem a sua salvação a esta alma vítima.
 
As  Almas  do  Purgatório  me  disseram…                      
 
Este é o titulo de um livro escrito por  Maria Simma,  uma senhora nascida na Áustria no ano de 1915, na pequena aldeia de “Sonntag”, em família muito pobre. Segunda de oito filhos, desde pequena rezava muito pelas almas, como a sua mãe. Teve a graça de receber visitas de almas desde os seus 25 anos de idade, pelo resto de sua vida. Não pretendemos resumir o livro, mas apenas mencionar alguns itens.
                                                                                                                                                                     (1)
Pode parecer estranho, porém não é novidade na história da humanidade. Encontramos uma série de relatos, inclusive feitos por santos canonizados, como o Santo Cura d’Ars, São João Bosco, Santa Catarina de Gênoa (que escreveu muito a respeito), e muitos outros. O mais interessante é que todos esses relatos são muito semelhantes um ao outro.
 
A primeira alma veio à sua casa no ano de 1940, das 03 às 04 horas de madrugada. Diz ela: Ouvi al- guém andando no meu quarto e acordei. Olhei para ver quem podia ter entrado. Era um estranho, que andava lentamente. Perguntei severo “Como entraste? Que coisa perdeste? Que fazes tu?”  Mas como não me respondia, levantei-me de um salto para segurá-lo, e toquei no nada…  O homem havia desapa-recido. Voltei à cama e de novo comecei a senti-lo. Outra vez me levantei para segurá-lo, mas de novo esbarrei no nada. Perplexa voltei à cama. Ele não voltou, mas não consegui mais dormir. Aliás, minha mãe dizia que desde pequena nunca tive medo de nada. Pela manhã, após a Missa, encontrei-me com o meu Diretor Espiritual. Ele me disse: “Se tudo acontecer de novo, não pergunte quem és, mas pergunte que coisa queres de mim?  
 
Na noite seguinte, o mesmo homem retornou. Perguntei: “Que coisa queres de mim?”  Ele disse:“Manda celebrar três missas por mim e serei libertado.”  Então compreendi que era uma alma do purgatório. O meu Diretor Espiritual me confirmou. Aconselhou-me a não rejeitar as almas do purgatório, mas de acolhê-las com generosidade. Por alguns anos continuaram poucas visitas, mas depois vieram mais e mais. Muitas vezes pedem Santas Missas por elas e de assistí-las.  Pedem para rezar o Santo Rosário, a Via Sacra ou outras orações em suas intenções.
 
QUE COISA É O PURGATÓRIO?  Conforme contam as almas, é uma invenção genial da parte de Deus. Imagina um dia lhe aparecer um ser extraordinariamente belo. Ficaríeis fascinados e atônitos por esse ser de luz e beleza. Tanto mais que Ele demonstra ser totalmente enamorado de vós. Queima já no vosso coração o fogo do amor que vos faz querer abraçá-lo. Mas eis que vos dais conta que não sois lavados há meses, tendes um mau cheiro, vos sentis horrivelmente feios… Então vós mesmos direis: “Não, não é possível que me apresente neste estado. Preciso primeiro me lavar, tomar um banho e depois tornar a vê-lo.  O purgatório é exatamente para isto. Para o pecador ter oportunidade de se purifi-car antes de abraçar Jesus.
 
Nenhuma alma do purgatório quer voltar para a terra, porque essas já têm um conhecimento de Deus infinitamente superior ao nosso, e não querem mais retornar às trevas deste mundo. Elas mesmas que decidem ir para o purgatório para se purificarem antes de entrar no paraíso.
 
QUAIS OS PECADOS QUE LEVAM AO PURGATÓTIO?  São os pecados contra a caridade, contra o amor ao próximo, a dureza de coração, a hostilidade, a calúnia, sexo livre, sim, todas essas coisas. Porém a maledicência e a calúnia são as mais graves, que necessitam de uma longa purificação.
 
E COMO EVITAR O PURGATÓRIO? Ter um coração bom para com todos. A caridade cobre uma multi-dão de pecados. Devemos fazer muito pelas almas do purgatório, porque elas nos ajudam  sempre. É preciso ter muita humildade. É esta a maior arma contra o maligno. A humildade elimina o mal. Uma história contada por Maria:
 
Conheci um jovem de vinte anos. Habitava um lugarejo vizinho ao meu. Este lugar foi duramente castigado por avalanches que mataram grande número de pessoas. Uma tarde, quando se encontrava na casa de seus pais, inesperadamente veio um desabamento terrível vizinho à sua casa. Ele ouvindo os gritos desesperados de socorro, se levantou para prestar ajuda àquelas pessoas. A mãe, fechando a porta, disse: “Não! os outros irão socorrê-los, não nós! Não quero que sejas um morto a mais.” Mas o jovem disse: “sim, eu vou! Não quero deixá-los morrer assim!”. Mas eis que ele também, ao sair, foi soterrado e morreu.
Dois dias depois ele veio visitar-me durante a noite e me disse: “Manda celebrar três missas por mim e serei libertado. Tive uma vida cheia de pecados, mas pelo grande ato de amor, colocando em risco a minha própria vida, o Senhor me acolheu assim tão depressa com benevolência. Sim, a caridade cobre uma multidão de pecados.”  Neste episódio se vê, como um só ato de amor desinteressado foi suficiente para purificar este jovem de uma vida toda vivida no pecado. O Senhor aproveitou este momento de amor para chamá-lo a si.                                                                            
(2)                            
                                                                                                                                                                 A SANTA MISSA  é o meio mais eficaz para facilitar a libertação das almas do purgatório, porque aí é o próprio Cristo que se oferece a Deus por amor a nós.  Se em vida tivermos rezado e participado das missas com todo coração, e durante a semana tivermos vivido segundo o nosso tempo disponível, essas missas trarão um maior proveito para nós quando morrermos, do que as que forem celebradas depois. Uma alma do purgatório vê muito bem o dia do seu funeral, se se reza verdadeiramente por elas, ou se simplesmente faz-se ato de presença ara mostrar que está lá. As almas dizem que as lágrimas não servem de nada para ajudá-las. Ao contrário, serve muito a oração.
 
O SOFRIMENTO E O PURGATÓRIO:  A primeira vez que uma alma me perguntou se eu queria sofrer por três horas por ela, eu disse para mim mesma: “se é só por três horas, vou aceitar”. Mas aquelas três horas me pareciam que duravam três dias, os sofrimentos eram terríveis. Mas no final olhei para o relógio e vi que haviam passado somente três horas. Esta alma depois me disse que por eu ter aceitado sofrer por três horas, ela havia sido poupada de passar mais vinte anos no purgatório. Mas é possível ?
Bem, quando se sofre sobre a terra, e ainda mais voluntariamente, podemos crescer no amor de Deus. Isto não é o caso dos sofrimentos no purgatório, que servem somente para purificar os pecados. Sobre a terra temos todas as graças, temos a liberdade de escolher.
 
INDULGÊNCIAS:  As almas dizem  que também as Indulgências têm um grande valor, seja para liberta-ção delas, seja para nós. Talvez seja até uma verdadeira crueldade não aproveitarmos esses tesourosque a Igreja nos propõe em favor das almas do purgatório. É pouco sacrifício para muito proveito.
 
As almas do purgatório não podem fazer nada por elas mesmas. São totalmente impotentes, e se os vivos não rezarem por elas, ficarão em completo abandono. Eis porque é importante utilizar o imenso poder , incrível, que todos nós temos nas mãos para ajudar a libertar as almas que sofrem. Esta é talvez a maneira mais bela de exercitar a caridade.
 
REENCARNAÇÃO:  As almas dizem que Deus nos dá uma só vida.  Não há reencarnação.
 
EXISTEM PADRES NO PURGATÓRIO?  (Quando ouviu essa pergunta, Maria levantou os olhos para o céu como se dissesse: Ai, meu Deus!!!. Respondeu:) Sim, são muitos. Estão lá por não terem ajudado aos seus fiéis a terem respeito pela eucaristia. Negligenciaram a oração e a sua fé diminuiu. Porém, é também verdade, que muitos e muitos padres foram e vão diretamente para o céu.
 
EXISTEM CRIANÇAS NO PURGATÓRIO?  Sim, mas para elas o purgatório não é muito longo nem muito penoso, porque a essas falta o pleno discernimento.
 
PECADOS  CONTRA A NATUREZA:  As almas que eu conheci (do purgatório) não se perderam, mas devem sofrer muito para purificar-se. Em todas as perversões está presente a obra do maligno e, de um modo particular, no homossexualismo. Diria para rezarem sobretudo a São Miguel Arcanjo, porque é ele, por excelência, quem combate o maligno.
 
A PRÁTICA DO ESPIRITISMO:  Não é boa. É sempre o diabo que faz mover as coisas. Não é lícito chamar as almas. A mim elas vêm por permissão de Deus, eu não as chamo. No espiritismo, invocam-se os espíritos, mas é o próprio demônio  que vem fingindo ser a alma deste ou daquele outro. Apresenta-se com falsa aparência, sem ser chamado. Uma vez, uma alma veio encontrar-me e me disse: “Não deves acolher a alma que virá depois de mim, porque ela te pedirá muito sofrimento. Tu não tens saúde para aceitar aquilo que ela te pedir.” Fiquei perturbada, pois meu Diretor Espiritual me havia dito que devo acolher  com generosidade os seus pedidos. Pensei comigo: será que aquele é o demônio? Fiz o sinal da cruz e disse àquele homem: “Se tu és o demônio, vai-te!!!” De súbito soltou um forte grito e fugiu. E a alma que veio depois, era verdadeiramente uma alma que precisava muito da minha ajuda, e a atendi.
 
OS BENS MAL ADQUIRIDOS:  Fiquei mais conhecida, quando as almas começaram a pedir-me para suplicar às suas famílias a fim de que restituíssem um bem adquirido ilicitamente. Os familiares viram que o que eu dizia era verdadeiro. Muitas vezes as almas vieram encontrar-me para dizer-me: “Vai a minha família, em tal lugar, e diz ao meu filho, ao meu pai, ao meu irmão, para restituir tal propriedade, tal soma de dinheiro, tal objeto, e eu serei libertada do purgatório quando estes bens forem restituídos (porque eu participei do ato ilícito). E assim ficavam maravilhadas por eu conhecer tudo. Fiquei conhecida, porque os jornais publicaram esses acontecimentos.
 
UMA  PROPOSTA  PARA TODOS: (3)
Tenho uma proposta para fazer a todos aqueles que leram estes belos testemunhos. A proposta é esta: de tomarmos a decisão de nenhum de nós ir ao purgatório.  Isto é perfeitamente possível. Nós temos tudo nas mãos. São Jo ão da Cruz disse que a providência de Deus provê sempre, na vida de todo homem, a purificação necessária, a fim de que, quando chegarmos no momento da morte, possamos ir diretamente para o Céu. A providência coloca nas nossas vidas bastante contrariedades, provas, sofrimentos, doenças e faz com que esses meios de purificação sejam suficientes para nos conduzir, se assim quisermos, e ir direto para o Céu.
 
Mas porque são tão pouco utilizados? Porque nós nos rebelamos, não acolhemos com amor, com reconhecimento, este presente valiosíssimo que são as provas e os sofrimentos na nossa vida, e os perdemos por causa das nossas rebeliões e pela não submissão. Agora, peçamos ao Senhor, a graça de saber acolher verdadeiramente cada ocasião, a fim de que no dia da nossa morte, Jesus nos veja resplandescentes de beleza  e de pureza.
 
Certamente se nós decidirmos isto, não digo que o caminho será fácil, pois o Senhor jamais disse que seria, jamais prometeu a facilidade, mas o caminho será na paz e será um caminho de encontro e felicidade, isto sim. O Senhor estará conosco, sobretudo se quisermos aproveitar o tempo que nos resta aqui na terra, tempo este tão precioso, durante o qual nos é agora concedido crescer no amor, enquanto que as almas do purgatório não podem fazer mais nada por si mesmas. Cada ato de amor que nós oferecermos ao Senhor, cada pequena renúncia, cada pequeno jejum, cada pequena privação, cada luta contra nossas tendências e contra os nossos defeitos, os pequenos perdões aos nossos inimigos, em suma, todas as pequenas coisas que possamos oferecer, será para nós, mais tarde, um ornamento, uma jóia, um verdadeiro tesouro para a eternidade.
 
Agora acolhamos cada ocasião para sermos belos como Deus deseja desde já que o sejamos. E se víssemos em plena luz, o esplendor das almas puras, o esplendor de uma alma que é purificada, nós choraríamos de alegria, de maravilhados, tanta é a sua beleza. Uma alma humana é qualquer coisa de esplendido diante de Deus, e é por isto que Deus nos deseja perfeitamente puros. A nossa pureza não consiste em não havermos cometido jamais erros, mas em saber arrepender-nos dos que cometemos e em sermos humildes. Vejam! Isto é muito diverso. Os santos não são pessoas impecáveis, mas são aquelas que sabem levantar-se e pedir perdão, cada vez que caem.
 
Agora, acolhamos também, nós todos, esses maravilhosos meios que o Senhor colocou em nossas mãos para ajudar as almas do purgatório, que ainda sofrem por não terem chegado até Deus. Não esqueçamos que a oração das crianças têm um poder imenso no coração de Deus. Ensinemos as crianças a rezarem. Queria dizer também que os aposentados, e todos aqueles que têm o tempo livre, andassem mais assiduamente à  Santa Missa. Poderiam acumular sufrágios não somente para eles, mas também para os seus falecidos e por milhares e milhares de almas. O valor de uma só Missa é incomensurável. Ah, se todos se dessem conta!
 
Quantas riquezas nós perdemos, por causa da nossa ignorância, da indiferença, ou simplesmente pela nossa preguiça! E dizer, que temos em nossas mãos o poder de salvar os nossos irmãos, tornando-se nós mesmos co-redentores, junto com Jesus nosso salvador e redentor!   (ass.)   Maria Simma.
 
NOSSA SENHORA FALA DAS ALMAS DO PURGATÓRIO, EM MEDJUGORIE:
 
Queridos filhos! Hoje desejo convidá-los a orar todos os dias pelas almas do purgatório. Para todas as almas é necessária a oração e a graça, para chegarem a Deus e ao Amor de Deus. Com isso, também vocês, queridos filhos, recebem novos intercessores, que os ajudarão na vida, a compreender que as coisas da Terra não são importantes para vocês; que só o Céu é a meta para a qual vocês devem encaminhar-se. Por isso, queridos filhos, rezem sem descanso, a fim de que vocês possam ajudar a si mesmos e também aos outros, para os quais as orações trarão a alegria.  Obrigado por terem correspondido a meu apelo.  (06.11.1986)
 
Elaborado em março de 2008:  K.W. Lay,  Laykw @ terra.com.br 
  
 OBS: Um pequena história sobre as almas, conforme a revelações de Maria Sima. Conta ela que certa vez viajava de ônibus e ao seu lado sentou um jovem, que se dizia ateu e que muito blasfemava contra a Igreja. Ela tentou contemporizar, mas ele se mostrava irredutível.

Quando saiam do ônibus, e assim que o jovem pisou no chão, ela vinha logo atrás dele. Então Maria simplesmente disse em seu coração: Que Deus tenha pena desta pobre alma.

E aconteceu que, 20 anos mais tarde, achava-se ela em oração e de repente vê aparecer diante de sim um senhor, na verdade uma alma do Purgatório, e lhe perguntou se o conhecia. Ela disse que não, pois eram tantos…
Então ele contou a ela a história do jovem herege, que 20 anos antes ela tinha visto no ônibos, e este lhe perguntou se ela lembrava. Sim, disse ela, lembro bem agora deste fato. Então a alma lhe perguntou se ela lembrava da frase que ela tinha pronunciado em seu coração, quando saiam o ônibus? Sim, eu disse: Que Deus tenha pena desta pobre alma!

Pois bem, disse ela: este seu desejo foi atendido por Deus, e na hora de minha morte, devido apenas a este fato, eu tive a graça da contrição final, sem o que eu teria me perdido eternamente. 
 
Vejam como é fácil salvar almas, basta um desejo ardente de fazer isso, tudo no amor de Deus, o único que salva. O amor é que salva, e nós podemos fazer parte deste grande mistério, na verdade a maior de todas as obras de caridade. Alias esta é a única caridade que verdadeiramente alcança o infinito: a que brota do amor, para levar a eternidade!

Aquela que brota do orgulho, para um bem finito, “já recebeu a sua consolação”. E esta não salva, antes faz perder eternamente! Então é falsa caridade! Mas é esta que parte falsa e podre da Igreja Católica tem buscado tenazmente.



Toda  “caridade” que visa construir um paraíso aqui na terra é obra morta, que não produz um só fruto de eternidade. Os padres que seguem esta falsa teologia, (talvez a Teologia da Libertação: SDJ) sem excessão, chegam diante do Juíz de joelhos… e de mãos vazias!
 
 
Fonte: Recados do Aarão 

Pressão para aprovar o aborto no Brasil não acabou



Pressão para aprovar o aborto no Brasil não acabou


Líder pró-vida destaca importância da formação no campo da Bioética


SÃO PAULO – A pressão para aprovar o aborto no Brasil continua; diante disso, é importante a formação permanente de todos os fiéis no campo da Bioética, considera uma líder pró-vida no país.


A Dra. Lenise Garcia, professora da Universidade de Brasília e presidente do Movimento Nacional pela Cidadania em Defesa da Vida “Brasil Sem Aborto”, recorda que duas comissões da Câmara dos Deputados rejeitaram, este ano, um projeto de lei que legalizaria o aborto no país (PL 1135/91).


Mas isso não significa que os grupos pró-aborto tenham enfraquecido. «Há forte pressão da ONU e de ONGs que contam com financiamento externo para que o aborto seja aprovado no Brasil, e de modo geral na América Latina, contra a evidente vontade da população», disse a professora, no contexto do IV Seminário de Bioética da Diocese de Taubaté (São Paulo), realizado dia 25 de outubro.


De acordo com Lenise Garcia, há também o problema do «relativismo vigente», que descarta «os argumentos que se apóiam nos direitos e na dignidade da pessoa humana».


No contexto da rejeição do PL 1135/91, a professora considera que «foi em parte a mobilização dos eleitores, que se manifestaram perante os deputados (por carta, telefonema, e-mail ou visitas pessoais), que conseguiu a vitória da vida nas duas comissões, e esperamos que a consiga no Plenário».


Segundo a professora, os eleitores devem verificar a postura de seus candidatos em «questões importantes» como o tema da defesa da vida. «A consciência das pessoas está crescendo, e também os meios para informar-nos sobre os possíveis candidatos ao nosso voto».


Lenise Garcia considera também que é preciso elaborar políticas públicas que reconheçam o papel da família na estruturação da sociedade. «É importante que a legislação e as ações administrativas sejam feitas tendo-se em vista a proteção à família, ao casamento, à maternidade (incluída a gestação), à infância, à adolescência e à velhice».


Um outro campo de trabalho imprescindível, de acordo com a professora, «é a formação permanente de todos os fiéis no que se refere aos atuais desafios da Bioética».


«É preciso que os fiéis conheçam a doutrina da Igreja sobre questões como reprodução assistida, aborto (inclusive nos casos em que alguns pretendem abrir exceções), uso de células-tronco, etc.»


A professora cita «excelentes documentos», como a encíclica Evangelium Vitae, de João Paulo II, e o Donum Vitae, da Congregação para a Doutrina da Fé, «que poderiam ser mais amplamente difundidos».


Além disso – prossegue Lenise –, há que incentivar os leigos para que «assumam com ousadia o papel que lhes cabe na estruturação da sociedade, como cidadãos livres e responsáveis».


«O leigo precisa compreender que não fala “em nome da Igreja”, mas que deve ser coerente com sua fé em todas as suas atuações sociais, políticas, econômicas», disse.


A professora destacou também a importância da oração no trabalho em defesa da vida.


«A oração é o nosso sustentáculo». «Todos os cristãos podem contribuir com as suas orações a Deus para que se preserve no mundo a cultura da vida», afirma.


 


Fonte: www.zenit.org