Namoro. Sexo ou convivência?


Namoro. Sexo ou convivência?

 

 

O sexo é uma das formas de expressão do amor. É um encontro entre duas pessoas que se amam, e que tendo compromisso uma com a outra, conseguem viver o amor efetivo, afetivo e sexual na sua dimensão mais profunda atingindo a plenitude para a qual Deus os fez. 

 

O sexo somente é resposta de amor quando o casal convive e nesta convivência expressam o amor em atitudes concretas, onde um pensa no outro, um quer o bem para o outro, um se preocupa com o outro e a conseqüência deste pensar e deste agir é o desejo do afeto, o desejo do toque, do abraço, do beijo e por fim o desejo de um encontro mais íntimo que é a doação física de um para com o outro.

 

Esta dimensão na mulher se dá muito mais na sua interioridade, ou seja, seu desejo é despertado na convivência, no companheirismo, na expressão do afeto, do carinho, ela precisa da segurança do amor de seu companheiro para se abrir, para se entregar por inteira sem reservas. É a maneira como é tratada que lhe desperta o desejo deste encontro mais íntimo. Caso contrário, ela tem dificuldades em se abrir ou soltar-se.

 

Para que o casal atinja a sua plenitude no encontro sexual, necessita de alguns critérios, ou seja, seu inconsciente almeja, que este encontro seja o mais pleno profundo, pois o seu eu interior sabe o que ele pode alcançar se este momento for o resultado do verdadeiro amor existente entre os dois.

 

Estes critérios são: compromisso entre os dois; certeza de que estão juntos para sempre; segurança do sentimento de um para com o outro; convivência, amizade, companheirismo, cumplicidade, respeito, amor efetivo e amor afetivo, para que este encontro seja o transbordamento do amor no físico.

 

A mulher somente consegue ser livre se estiver inserida num relacionamento com estas condições, ela é muito sensível ao amor. E é ela que leva o homem à esta dimensão de um encontro mais profundo, pois tem o papel de levá-lo ao amor efetivo e afetivo para depois ele a conquistá-la no amor sexual.

 

Homem e mulher se encontram para viver a complementaridade.

O homem por sua natureza é mais fisiológico, seu impulso e desejo sexual são mais externos e rápidos, e a mulher mais lenta, porque e para quê? Para que ela possa levar o homem, a descobrir dentro de si o amor efetivo e afetivo. Este amor é mais aparente e desenvolvido na mulher, justamente para que ela leve-o a descobrir dentro de si esta forma de amar.

 

Então o homem precisa conviver com a mulher antes de ter a relação sexual, para que nesta convivência desabroche o amor que está guardado nele, ele vem com esta necessidade, e para isto é que quer encontrar uma mulher, para o seu complemento, ele não tem consciência desta sua busca, por isto muitas vezes parte para a intimidade. É a mulher que precisa ser firme e muitas vezes dizer não ao impulso sexual do homem, para dar-lhe tempo de encontrar nela o amor efetivo e afetivo, ele tem essa necessidade e intui, mas não sabe expressá-la. Para isto existe o namoro.

 

A não expressão do amor nesta dimensão acarreta muitas conseqüências para o casal, como a falta de diálogo, perdão, compreensão, falta de paciência, fidelidade, pois esta é uma forma de exercitá-la. Se o casal não pode ficar sem o sexo como farão quando a esposa estiver na sua recuperação pós parto? Quando vier uma doença? A continência sexual, ajuda no exercício da auto superação nos aspectos físicos, psicológicos e até espiritual.

 

Concentração, e superação de limites, também são efeitos positivos de uma escolha equilibrada. Percebe-se que quem tem uma necessidade incontrolável pelo sexo apresenta dificuldades em outras áreas, principalmente no aspecto psicológico. A espera por este encontro favorece o diálogo, amizade, altruísmo, sendo o contrário uma atitude egoísta.

 

Se o namoro não for vivido neste contexto do amor efetivo e afetivo, terá inúmeras dificuldades na vida futura quando estiverem casados.Se você desejar saber mais sobre amor efetivo e afetivo, consulte as publicações anteriores a esta.


Deixo aqui uma reflexão a tantas perguntas vindas por e-mail sobre a castidade, vivê-la ou não? A resposta está dentro de você, e depende das suas escolhas. Você quer uma vida plena, um(a) companheiro(a) que valorize o seu ser , lhe valorize para sempre? Valorize a sua escolha e a sua liberdade, não seja escravo(a) de algo que não faz parte da sua natureza humana e não lhe traz a paz que você almeja.


 

Boa escolha!!!

 

Liseane C. Almada Selleti

Dificuldade em torno da identidade sexual



Dificuldade em torno da identidade sexual


No processo da TIP TERAPIA, quando abordado o inconsciente, encontramos nele todas as respostas para o sofrimento em particular de cada ser humano, ou seja, para cada angústia, dor, medo, agressividade…
Existe um registro negativo que ficou gravado nesta área mais profunda da interioridade que chamamos Inconsciente, os quais continuam vivos dentro de cada ser humano. Os registros são únicos e seus efeitos se expressam particularmente na existência de uma pessoa de uma determinada forma.
 
O método utilizado na TIP é o questionamento. Através dele realiza-se a pesquisa no inconsciente da pessoa que solicita ajuda em função dos seus sintomas. Portanto, o objetivo do terapeuta é decodificar, “deletar” esses registros negativos que estão gravados em seu inconsciente gerando uma série de sofrimento para si próprio e para aqueles do seu convívio.
 
Na maioria das vezes na entrevista inicial, o paciente não relata suas dificuldades em torno da identidade sexual. Isto, porque tocar neste assunto é muito sofrido, ou porque já fez terapias que o ajudaram a aceitar-se como é, ou por considerar algo resolvido, e assim sendo o terapeuta na maioria dos casos, para não dizer em todos, não vai investigar este problema especificamente, a não ser que o paciente solicite e este seja o seu objetivo.
Então, nos casos em que o terapeuta não sabe que em torno da identidade sexual tem um sofrimento, este acaba aparecendo como a expressão de um trauma que está registrado no inconsciente.
Na pesquisa realizada através do questionamento, o próprio inconsciente mostra um fato que gerou neste nível da interioridade condicionamentos que estão trazendo sofrimentos nesta área da qual estou me referindo.  
 
Como disse acima, nosso objetivo é pesquisar no inconsciente as causas do sofrimento sem saber o que vamos encontrar lá. Esses sofrimentos na maioria das vezes se nos apresentam como angústia, medo, ansiedade, insegurança, transtornos de humor… Para nós terapeutas é uma surpresa quando chegamos a um determinado registro negativo e o próprio inconsciente mostra a sua expressão na vida daquela pessoa. É uma surpresa porque para cada pessoa a forma como um determinado registro age é novo e inédito.
 
Vou relatar brevemente alguns exemplos de causas que estavam no inconsciente de alguns pacientes que ao lançar a pergunta ao seu inconsciente de como este registro age em você, o inconsciente mostrou as dificuldades em torno da identidade sexual.
 
Vejamos alguns exemplos:
 
Caso 1. (a mãe grávida de um menino no 4º. Mês de gestação)
O pai expressa preferência pelo sexo oposto da criança que se encontra em seu ventre. Esta se contorce lá dentro e conclui:
Eu não sou o que deveria ser.
Eu não agrado meu pai.
Eu sou um erro.
Para eu agradar tenho que ser o contrário, tenho que ser como menina.
Daí perguntou-se ao inconsciente: Dê-me cenas da sua existência que mostrem a expressão dessas Frases Registros e Frases Conclusivas em você, para entendermos como esses registros agem na vida e no seu dia-a-dia
Apareceram cenas como:
 
2 anos: estou na penteadeira mexendo nas maquiagens da mamãe.
6 anos: quero vestir as roupas da minha irmã, para agradar a mãe.
10 anos: estou na escola o professor fala meninos para um lado e meninas para o outro, eu fico em dúvida para onde devo correr.
Assim tem tantas outras expressões onde em cada pessoa o registro tem uma forma de expressar-se.
 
 
Caso 2. ( mãe grávida de um menino no 7º.mês de gestação, nega-se a amá-lo)
 
Pai procura a mãe para fazer um carinho, a mãe o rejeita virando de costas, o pai se chateia e pensa consigo: tomara que este bebê não seja homem para não sofrer, pois homem sofre. O bebê concluiu lá no útero materno: não é bom ser homem, homem sofre, eu quero ser mulher.
Perguntou-se ao inconsciente como esta conclusão do bebê se expressava na sua vida, ele respondeu que sente atração por homens, pois eles amam, não rejeitam como as mulheres, as mulheres desprezam.
 
 
Caso 3. (Abuso sexual de homem adulto para com um menino)
 
Menino de 6 anos é abusado e forçado a uma relação sexual por parte de um tio.
Concluiu este menino: eu não sou homem, este tio me vê como mulher, eu não sei o que sou.
Expressão em sua vida: uma menina me olha e eu penso que não sou digno de amá-la, nem de ser amado por ela. Só posso ser amado por homem.
 
 
Caso 4. (Menina abusada sexualmente por um homem)
 
Menina de 3 anos sendo abusada por um homem, o qual lhe ofereceu um doce, ela aceitou, ele a pegou no colo e a molestou, a menina tenta sair dos braços dele, ele a força e ela conclui: os homens não são confiáveis somente as mulheres, eu não vou confiar nos homens.
Assim o inconsciente mostrou ela adulta tendo relacionamento com mulher, ou seja ela confia somente na mulher, ela se permite expressar afeto somente para mulher, porque no seu inconsciente está registrado que o homem engana e a mulher confia.
 
 
 
Caso 5. (Mãe grávida de uma menina, no terceiro mês, deseja que o bebê seja menino)
No terceiro mês de gestação a mãe pensando que era melhor que fosse menino e o bebê era menina. Esta entendeu: sou errada sendo menina, então para ser certa tenho que ser como menino.
Perguntei como este registro se expressou na sua existência, vieram cenas dela tendo relacionamento com as meninas, onde seu inconsciente precisava agir como se fosse menino, se interessando por aquilo que seria do interesse do menino, para agradar a mãe. Esta paciente tinha também muitos problemas com seu namorado.
 
Portanto, no inconsciente estão registrados estes fatos com suas respectivas conclusões generalizadas, o que desvia principalmente a capacidade de amar do ser humano, ou seja, ele entende no seu inconsciente que deve expressar amor somente para aqueles que são o contrário, no sentido de homem ou mulher, do qual lhe causou um mal no passado. Ou deve comportar-se ao contrário do que é para agradar e dar felicidade a alguém que no seu inconsciente desejava o contrário do que é.
 
A capacidade de amar é inata em todo ser, devido aos traumas sofridos no passado, ele condicionado pelo inconsciente, somente desvia a expressão do seu amor, do afeto, para quem não lhe causa possíveis ameaças, ou não aciona os fatos passados em seu inconsciente.
 
Os pacientes ao fazerem esta descoberta, sentem um alívio enorme, pois descobrem que são sim homem ou mulher na sua essência, e que podem ser o que são. Ao desmanchar tal trauma ele descobre que pode amar a todos, sente-se livre para expressar seu afeto e passa a viver com mais liberdade.
 
Ao descobrirem no processo terapêutico, após ter feito o diagnóstico no seu inconsciente, que seu pai e sua mãe a queriam sim como menina ou menino e após decodificar o verdadeiro motivo pelo qual queriam um ou outro, o paciente descobre que foi sim querido e desejado, amado por ser o que é e como é. Então passa a aceitar-se como é, não precisando mais negar-se na sua identidade sexual.
 
E naqueles casos de abuso é realizado no inconsciente o processo terapêutico para “desmanchar” a atitude do agressor e refazer aquele momento através da realidade in potencial, que é o que teria acontecido se tal pessoa não tivesse aquele problema que o conduziu a nível inconsciente a praticar aquele mal, descobre-se que havia um trauma que o levava a ter determinado comportamento, e a incrível revelação do inconsciente é que aquele comportamento do agressor não era ligado, direcionado para a vítima, mas esta vítima acionava em seu inconsciente o trauma vivido no seu passado, no nível inconsciente o paciente compreende seu agressor e liberta-se também da mágoa que o prendia a ele, não deixando-o ser livre.
 
Lembro-me aqui de um caso de um pai que abusou da filha, porque havia sido abusado pelo vô quando era criança, este registrou que não era digno de amor, e o inconsciente revelou que fizera aquilo com a filha para afastá-la dele, pois ele não merecia ela como filha.
 
Uma vez removido esses registros do inconsciente surge na pessoa o desejo de mudar seu comportamento, aliás, é automática a mudança dentro de si, pois se percebe livre podendo ser como é.
 
A mudança de seus comportamentos e atitudes depende da própria pessoa, pois ela continua sendo livre em suas ações, somente mudará padrões de comportamento se desejar.
 
Nosso objetivo é remover os traumas de seu inconsciente, o que ela vai fazer com essas mudanças é de seu livre arbítrio.
 
Estão aqui alguns exemplos de causas inconscientes, de traumas que ficaram registrados neste nível da interioridade humana, que ao questionar o próprio inconsciente, de como tais traumas se manifestam na vida ou no dia-a-dia da pessoa, ele mostra as diferentes expressões em torno da identidade sexual.
 
Portanto na ADI, encontramos as causas dos transtornos expressos na área da identidade sexual, a pessoa em sua essência ou é HOMEM OU É MULHER, o inconsciente revela que não existe o meio termo, ele revela é que aconteceu uma distorção em torno do ser homem ou ser mulher, permanecendo no inconsciente esta gravação que leva a pessoa a negar o que ela é para um bem aparente, ou um bem distorcido.
Ao se desmanchar no inconsciente esta distorção, a pessoa faz a experiência de uma liberdade até então não vivida, pois era escrava daquele seu registro que a levava a agir de forma contrária à sua essência. O sofrimento em volta de sua identidade sexual, as angústias são um sinal de que sua verdade não é essa que pensa ser. Por isto sofre.
 
Não quer dizer que estas são todas as causas dos sofrimentos em torno da identidade sexual, são apenas alguns exemplos, para que você possa ter o conhecimento das possíveis causas, e conheça um pouco do que se passa na interioridade de tantos que sofrem nesta área, e conhecendo nos tornemos mais compreensivos, amáveis e acolhedores.
Portanto, estas revelações do inconsciente nos ajudam a compreender porque Deus é misericordioso, pois Ele conhece as causas dos problemas de cada pessoa, assim, nós também podemos ser ao sabermos e conhecermos que toda pessoa tem um motivo no seu inconsciente para ser como é.
 
No anseio de lhe ajudar, deixo aqui meu forte desejo de poder tê-lo trazido uma Luz, que possa lhe trazer paz para a sua inquietação.
 
Liseane Selleti
 
Contatos:
psicologia@padrereginaldomanzotti.org.br
 

Pela primeira vez Rabino participa do Sínodo dos Bispos


Pela primeira vez Rabino participa do Sínodo dos Bispos



Da Redação, com Rádio Vaticano




Bento XVI convidou o Rabino Shear-Yashuv Cohen, membro da Comissão mista Israel-Vaticano, para fazer um pronunciamento durante os trabalhos Sinodais, que terão início no próximo dia 5 de outubro. O Rabino Cohen será o primeiro não-cristão a falar num sínodo de Bispos católicos. 

Leia mais
.: Saiba quais bispos brasileiros participarão do Sínodo
.:Bento XVI preside Missa de abertura no Sínodo dos Bispos

Para o Rabino Cohen, o convite revela a intenção da Igreja em prosseguir as doutrinas de João XXIII e João Paulo II. “Tal convite, representa uma mensagem de amor, coexistência e paz para as gerações futuras”, disse ele.

Em Jerusalém, o Rabino Cohen declarou que “alguns rabinos radicais pensam que o diálogo inter-religioso seja simplesmente uma maneira de convencer os judeus a tornar-se cristãos. Eis porque se opuseram à minha intervenção no Sínodo”.

“Entretanto, falar no Sínodo”, acrescentou o rabino, “será uma ocasião para aproximar o dia em que todos os povos se reunirão todos juntos para dar graças a Deus. Apesar do passado de violência do mundo cristão, este convite, pode ser visto como uma declaração de respeito e coexistência com o judaísmo, como irmão mais velho do cristianismo”. As raízes cristãs e judaicas são as mesmas.

Shear-Yashuv Cohen é descendente de 18 gerações de rabinos e estudantes de Sagrada Escritura. É capaz de recitar de cór a Torah, ou seja os primeiros cinco livros da Bíblia, desde os oito anos. Por vezes recebe em sua casa, em Jerusalém, grupos católicos que se interrogam sobre as Escrituras.

Oração pelo nascituro


ORAÇÃO A NOSSA SENHORA PROTETORA DOS NASCITUROS EM DEFESA DA VIDA INDEFESA


Ó Senhora Nossa, Maria Santíssima! Carregados de imperfeições, pecados e vícios, ousamos comparecer diante de Vosso trono de bênçãos. Não viemos aqui para pedir-Vos nem ouro, nem prata, nem riqueza alguma. Nem sequer viemos falar de nossas necessidades espirituais.


Viemos tão somente para apresentar-Vos a nossa súplica em favor daqueles a quem é negado o direito sagrado de nascer; em favor dos que têm a vida ameaçada por aqueles que a deveriam defender.


Senhora ilumine as mulheres que têm o poder de gerar; mostrai-lhes quanto é maravilhoso ser mãe. Despertai a consciência dos médicos, para que jamais cortem essas flores em botão, sob o falso pretexto de proteção à vida das mães.


Ó vencedora das grandes batalhas de Deus! Fazei compreender aos homens que não é a fecundidade humana que torna o mundo pequeno, e sim as injustiças e a ambição desenfreada.


Ó Senhora Protetora dos Nascituros! Fazei valer a Vossa onipotência suplicante diante do trono do divino Salvador, a quem protegestes contra a perseguição de Herodes, fugindo para o Egito.


Finalmente Vos pedimos Senhora: multiplicai os apóstolos da vida como as estrelas do céu e as areias das praias, para que os partidários do aborto e as mães e pais indignos deste nome, se sintam confundidos e humilhados, e, reconhecendo a sua crueldade, se voltem para Deus, fonte da vida. Fazei que, quanto antes, seja proclamado à vitória da vida sobre a morte e o sorriso das crianças seja a alegria de todos os lares.


  



Vem, depressa, em socorro de todos os NASCITUROS, levando-lhes, com teu Jesus, a certeza e a garantia de VIDA, de sobrevivência digna, de acolhida num lar afetuoso e de merecida educação. Tu o podes fazer, porque levas Jesus contigo, e porque “para Deus nada é impossível” (Lc 1,37).
Antecipadamente, ó Mãe e PROTETORA DOS NASCITUROS, te agradecemos este imenso favor: por Jesus Cristo, teu Filho, na unidade do Espírito Santo.


Amém!



Cada criança gestada é a marca registrada de Deus!

Médica aponta riscos da interrupção da gravidez em caso de feto anencéfalo






Médica aponta riscos da interrupção da gravidez em caso de feto anencéfalo


http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2008/09/16/ult4477u987.jhtm

Piero Locatelli

De Brasília

Atualizada às 13h15

A ginecologista e obstetra Elizabeth Kipman Cerqueira defendeu a continuação da gravidez em caso de bebês anencéfalos, durante a última etapa da audiência pública no STF (Supremo Tribunal Federal) que discute a possibilidade de antecipação de parto para esses casos.

A médica falou que os riscos sofridos pela mãe durante a gravidez, como a polidrâmia e a hipertensão, são facilmente tratáveis. O risco maior, segundo ela, ocorreira com a antecipação do parto, quando a mulher deve passar de três a onze dias internada, sendo que o processo pode até causar ruptura uterina e infecção.

Elizabeth destacou ainda a carga emocional dessa experiência. “É mais possível que uma mãe que faça aborto sinta remorso e arrependimento, mas a mãe que leva a gravidez até o fim, ou até a morte espontânea, não vai ter remorso de ter feito o que pôde enquanto pôde”, afirmou Elizabeth. Em seguida, ela ainda reiterou o argumento de que a antecipação de parto nesses casos seria uma atitude eugênica.

A médica começou sua apresentação lembrando que diversos especialistas que se apresentaram na audiência afirmaram que dentro do útero não é possível determinar a morte encefálica. “Quem afirma isso está passando por cima de critérios científicos”, afirmou a médica.

Desde a primeira audiência pública realizada no STF, porém, diversos médicos afirmaram que o diagnóstico de anencefalia pode ser dado com cem por cento de certeza através da ultra-sonografia, exame oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Elizabeth destacou um trabalho realizado por estudiosos nos Estados Unidos, que, segundo ela, provou que bebês nascidos vivos e com anencefalia não têm possibilidade de terem a sua morte encefálica determinada, muito menos quando ainda estão dentro do útero.

A obstetra disse ainda que, com 14 semanas, se identifica um caso de anencefalia, mas apenas com 24 semanas é que ela se desenvolve, pois o tecido nervoso continua crescendo, mesmo num feto anencefálico. “O feto é vivo. Seriamente comprometido quando nasce, com curtíssimo tempo de vida, mas está vivo”, disse. “Em 15 minutos, quantas vezes eu podia dizer eu te amo?”.

Ao final da apresentação, a médica mostrou um vídeo com depoimentos de duas mulheres com gravidez de bebês sem encéfalo. A primeira fez a antecipação do parto e não acha que foi a melhor opção, mostrando arrependimento e dizendo que sofria até hoje por conta disso. A outra optou por prosseguir com a gravidez e acredita ter feito a melhor escolha.

Aborto

A médica ainda ampliou os horizontes da discussão para todo tipo de aborto durante sua palestra, falando que o fim das pessoas ali não se resumia somente a antecipação dos partos nos casos de fetos anencéfalos. “Qual a intenção dessa discussão? É chegar ao aborto sim, e ao controle de natalidade”, disse. Ela disse que, quando o aborto é liberado, o primeiro impulso de grande parte das mulheres é abortar, mas que depois elas se arrependem. Ao criticar o controle de natalidade, a médica citou os problemas de países da Europa atualmente, com o excesso de pessoas mais idosas e a falta de mão de obra de trabalho.

Data Publicação: 17/09/2008