O papa alerta sobre o ´virus´ da hipocrisia


Papa alerta sobre o ´virus´ da hipocrisia


É preciso rezar muito para não se deixar contagiar pelo “vírus” da hipocrisia, disse o Papa Francisco em sua homilia nesta sexta-feira, 16, na Casa Santa Marta. A hipocrisia, disse, seduz o ser humano com o fascínio da mentira.


O Papa recordou a cena retratada por Lucas na passagem do Evangelho do dia – Jesus e os discípulos, no meio de uma multidão, que pisa nos próprios pés, de tão numerosa que é –, chamando à atenção para a advertência sincera de Cristo aos Seus discípulos: “Atentos ao fermento dos fariseus”. “O fermento é uma coisa muito pequena”, observa Francisco, mas como Jesus fala sobre ele, é como se quisesse dizer “vírus”. Como um médico que diz para prestar atenção aos riscos de um contágio.


“A hipocrisia é a maneira de viver, agir e falar, que não é clara. Talvez sorria, talvez seja sério… Não é luz, não é escuridão… Move-se de uma forma que parece não ameaçar ninguém, assim como a serpente, mas tem o fascínio do claro-escuro. Tem o fascínio de não ter as coisas claras, de não dizer as coisas claramente; o fascínio da mentira, das aparências … Aos fariseus hipócritas, Jesus dizia também que eles estavam cheios de si mesmos, de vaidade, que eles gostavam de caminhar nas ruas, mostrando que eram importantes, pessoas cultas”.Jesus, no entanto, tranquiliza a multidão. “Não tenham medo”, diz Ele, porque “não há nada escondido que não será revelado, nem segredo que não será conhecido”. Como se dissesse, observa ainda Francisco, que se esconder não ajuda, embora o fermento dos fariseus leva as pessoas a amar mais as trevas do que a luz.


“Esse fermento é um vírus que fará com que você fique doente e morra. Cuidado! Esse fermento leva você às trevas. Cuidado! Mas há alguém que é maior do que isso: é o Pai que está nos céus. “Cinco pardais não se vendem por duas moedas? No entanto, nenhum deles é esquecido diante de Deus. Até os cabelos de sua cabeça estão todos contados”. E, em seguida, a exortação final: “Não tenham medo! Vocês valem mais do que muitos pardais”. Diante de todos esses medos que nos colocam aqui e ali, e que nos coloca o vírus, o fermento da hipocrisia farisaica, Jesus nos diz: “Há um pai que ama você, que cuida de você”.


E há uma só maneira de evitar o contágio, diz Papa Francisco. É o caminho indicado por Jesus: rezar. A única solução, para evitar cair naquela atitude hipócrita que não é nem luz, nem escuridão, é a metade de um caminho que nunca vai chegar à luz de Deus.


“Rezemos. Rezemos muito. ‘Senhor, protege a tua Igreja, que somos todos nós: protege o teu povo, o que se tinha reunido e se pisoteava entre eles. Protege o teu povo, para que ame a luz, a luz que vem do Pai, que vem do Teu Pai, que Te enviou para nos salvar. Protege o Teu povo, para que não se torne hipócrita, para que não caia na apatia da vida. Protege o Teu povo, para que ele tenha a alegria de saber que existe um Pai que nos ama tanto”.

Se Deus existe, por que existe o sofrimento?

Se Deus existe, por que Ele permite tanta desgraça, especialmente com pessoas inocentes?


O sofrimento faz parte da vida do homem, contudo, este se debate diante disso. E o que mais o faz sofrer é o sofrimento inútil, sem sentido.


Saber sofrer é saber viver. Os que sofrem fazem os outros sofrer também. Por outro lado, os que aprendem a sofrer podem ver um sentido tão grande no sofrimento que até o conseguem amar.


Por que existe o sofrimento -


No entanto, só Jesus Cristo pode nos fazer compreender o significado do sofrimento. Ninguém sofreu como Ele nem soube enfrentá-lo [sofrimento] e dar-lhe um sentido transcendente. Ninguém o enfrentou com tanta audácia e coragem como Cristo.


Há uma distância infinita entre o Calvário de Jesus Cristo e o nosso; ninguém sofreu tanto e tão injustamente como Ele. Por isso, Ele é o “Senhor do sofrimento”, como disse Isaías, “o Homem das Dores”.


Só a fé cristã pode ajudar o homem a entender o padecimento e a se livrar do desespero diante dele.


Muitos filósofos sem fé fizeram muitos sofrer. Marcuse levou muitos jovens ao suicídio. Da mesma forma, Schopenhauer, recalcado e vítima trágica das decepções, levou o pessimismo e a tristeza a muitos. Zenão, pai dos estóicos, ensinava diante do sofrimento apenas uma atitude de resignação mórbida, que, na verdade, é muito mais um complexo de inferioridade. O mesmo fez Epícuro, que estimulava uma fantasia prejudicial e vazia, sem senso prático. Da mesma forma, o fazia Sêneca. E Jean Paul Sartre olhava a vida como uma agonia incoerente vivida de modo estúpido entre dois nadas: começo e fim; tragicomédia sem sentido à espera do nada definitivo.


Os materialistas e ateus não entendem o sofrimento e não sabem sofrer; pois, para eles o sofrer é uma tragédia sem sentido. Os seus livros levaram o desespero e o desânimo a muitos. ‘O “Werther”’, de Goethe, induziu dezenas de jovens ao suicídio. “’A Comédia Humana”’, de Balzac, levou muitos a trágicas condenações. Depois de ler ‘“A Nova Heloísa’”, de Rosseau, uma jovem estourou os miolos numa praça de Genebra. Vários jovens também se suicidaram, em Moscou, depois de ler ‘“Os sete que se enforcaram”’, de Leonid Andreiv.


Um dia Karl Wuysman, escritor francês, entre o revólver e o crucifixo, escolheu o crucifixo. Para muitos, essa é a alternativa que resta.


Esses filósofos, sem fé, levaram muitos à intoxicação psicológica, ao desespero e à depressão, por não conseguirem entender o sofrimento à luz da fé.


Quem nos ensinará sobre o sofrimento? Somente Nosso Senhor Jesus Cristo e aqueles que viveram a Sua doutrina. Nenhum deles disse um dia: “O Senhor me enganou!” Não. Ao contrário, nos lábios e na vida de Cristo encontraram força, ânimo e alegria para enfrentar o sofrimento, a dor e a morte.


Alguns perguntam: “Se Deus existe, por que Ele permite tanta desgraça, especialmente com pessoas inocentes?”.


Será que o Todo-poderoso não pode ou não quer intervir em nossa vida ou será que não ama Seus filhos? Cada religião dá uma interpretação diferente para essa questão. A Igreja, com base na Revelação escrita e transmitida pela Sagrada Escritura, nos ensina com segurança. A resposta católica para o problema do sofrimento foi dada de maneira clara por Santo Agostinho († 430) e por São Tomás de Aquino († 1274): “A existência do mal não se deve à falta de poder ou de bondade em Deus; ao contrário, Ele só permite o mal porque é suficientemente poderoso e bom para tirar do próprio mal o bem”(Enchiridion, c. 11; ver Suma Teológica l qu, 22, art. 2, ad 2).


Como entender isso?


Deus, sendo por definição o Ser Perfeitíssimo, não pode ser a causa do mal, logo, esta é a própria criatura que pode falhar, já que não é perfeita como o seu Criador. Deus não poderia ter feito uma criatura ser perfeita, infalível, senão seria outro deus.


Na verdade, o mal não existe, ensina a filosofia; ele é a carência do bem. Por exemplo, a doença é a carência do estado de saúde; a ignorância é a carência do saber, e assim por diante.


Por outro lado, o mal pode ser também o uso errado de coisas boas. Uma faca é boa na mão da cozinheira, mas na mão do assassino… Até mesmo a droga é boa, na mão do anestesista.


O Altíssimo permite que as criaturas vivam conforme a natureza de cada uma; permite, pois, as falhas respectivas. Toda criatura, então, pelo fato de ser criatura, é limitada, finita e, por isso, sujeita a erros e a falhas, os quais acabam gerando sofrimentos. Assim, o sofrimento é, de certa forma, inerente à criatura. O Papa João Paulo II, em 11/02/84, na Carta Apostólica sobre esse tema disse: ““O sentido do sofrimento é tão profundo quanto o homem mesmo, precisamente porque manifesta, a seu modo, a profundidade própria do homem e ultrapassa esta. O sofrimento parece pertencer à transcendência do homem”” (Dor Salvífica, nº 2). “De uma forma ou de outra, o sofrimento parece ser, e de fato é, quase inseparável da existência terrestre do homem” (DS, nº 3).



Felipe Aquino

Como incentivar as crianças a gostarem da Palavra de Deus?

Incentivar as crianças a gostarem da Palavra de Deus é um valioso investimento


As crianças são de grande importância para o Reino de Deus. É prazer de Deus, por intermédio do Seu Filho Jesus Cristo, alcançar o coração delas. Conduzi-las a ter um encontro pessoal com Jesus é um grande desafio, mas também a mais doce esperança de um mundo melhor. Não foi por acaso que Jesus ordenou que deixassem as crianças irem a Ele. O Senhor estava diante de cristãos em potencial. Ao proferir essas palavras, diz a Escritura que Ele estendeu as mãos sobre as crianças e as abençoou.


Como incentivar as crianças a gostar da Palavra de Deus


O ensino bíblico para crianças deve ser valorizado por todos que fazem parte da vida delas. Este, sim, é um valioso investimento! Não vai existir fase mais adequada – para que sejam construídos e reconstruídos os pilares para uma vida saudável e comprometida com o mundo – do que a infância.


A figura da criança é apresentada, na Bíblia, desde muito cedo. Moisés e João Batista são exemplos de apóstolos que eram comprometidos com o mundo espiritual desde que eram crianças. Moisés recebeu um chamado, João Batista foi batizado no Espírito enquanto sua mãe, Isabel, recebia a visita de Maria.


A Palavra de Deus nos ensina por onde e como conduzir os filhos a este encontro com Deus, preservando a criança dos valores passageiros, impostos por ensinamentos que vêm de outras palavras. Como a palavra proferida pelas novelas, pelos excessos de desenhos animados, pelos colegas da escola e, também, pelo livre acesso a certos conteúdos da internet. É preciso deixar claro que a Palavra à qual me refiro está na Sagrada Escritura. Portanto, os filhos deverão ter a oportunidade de conhecê-la com a decisão da família de ser ou não ser uma família cristã. E a partir disso promover ações possíveis em que seus filhos consigam se aproximar da leitura bíblica.


Será primeiramente pelo testemunho dos pais que os filhos vão se deixar seduzir pela Palavra do Senhor. É comum ver pais ensinarem aos filhos quem é o Papai do Céu e a pedirem a Sua bênção, contudo, o tempo passa e este ensinamento não evolui. É uma fé tipicamente folclórica. A criança não frequenta a igreja, nunca viu os pais lendo a Palavra, não experimenta fazer caridade desde a mais tenra idade, não cresce habituada a reconhecer os seus pecados (mesmo tão mínimos) e cresce longe do costume de orar pelas pessoas que estão ao seu redor, em sua cidade e no mundo.


Incentivar um filho a gostar de ler e viver a Palavra de Deus é, antes de tudo, habituá-lo ao ambiente que tenha sinais de Deus. A criança é muito inteligente para perceber quando a família fala e não vive. Principalmente, aquelas que dizem crer em Deus, mas não testemunham esta crença com atos concretos de fé.


Seria muito bom que, antes de dormir, as crianças ouvissem histórias bíblicas ou assistissem a DVDs sobre os milagres e o amor de Jesus. É importante escolher um lugar da casa em que seja possível colocar algo que sinalize que, naquele ambiente, os seus proprietários são cristãos. As visitas, os vizinhos e os familiares precisam saber e respeitar essa decisão. É fundamental também educar os filhos dentro dos ensinamentos do Evangelho, mostrando-lhes sempre, com as leituras, como Deus gostaria que eles crescessem em graça e sabedoria.


Mesmo tendo a religião e a espiritualidade como base familiar, é necessário cautela, prudência, informação e inteligência para que nada saia diferente do que se espera. Várias são as passagens bíblicas que confirmam este querer de Deus com relação aos nossos filhos. Deuteronômio 6:4-9; Marcos 10:13-16; Josué 4:1-9  são passagens bíblicas que causam nas crianças a curiosidade sobre o mundo espiritual.


Como incentivar as crianças a gostarem da Palavra de Deus?


Sendo pais que se lembrem do jeito de ser de Jesus! Caso contrário, os filhos terão aversão não só à Palavra como também a tudo que lembre o Divino. Em seguida, colocando em prática o que aqui foi proposto.


Os catequistas também precisam fazer uso de metodologias mais inovadoras e tecnológicas para esses ensinamentos ministrados nas paróquias. O sacerdote, por sua vez, ao perceber a presença de crianças nas Celebrações Eucarísticas, deverá referir-se a elas de forma especial, distante de uma linguagem complexa. Dentro desse contexto é muito bom ressaltar que nossa espiritualidade nos aproxima de Deus, com isso, contagiamos as pessoas que estão ao nosso redor sendo amáveis, dóceis e responsáveis com nossa família e com o mundo no qual estamos inseridos, usando uma linguagem decente e respeitosa. E demonstrando que queremos ser filhos de Deus amáveis e amados. Este será sempre um bom começo pra que os nossos rebentos possam entender a Palavra de Deus e gostar dela.



 



Judinara Braz

Como ajudar um dependente químico

No primeiro estágio da dependência química, a pessoa não considera ruim o uso que faz dos entorpecentes


A vida acontece num processo contínuo; é movimento, é mudança. E as pessoas, para mudar, precisam se sentir prontas e decididas pela transformação. O modelo dos estágios de mudança (a pré-contemplação, a contemplação, a preparação, a ação, a manutenção e a recaída) é uma das muitas formas usadas no tratamento da saúde mental para preparar alguém para a transformação.


Como ajudar um dependente químico
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com


De modo geral, há cinco princípios norteadores para a abordagem motivacional:


1. Expressar empatia – Por meio de uma escuta reflexiva, você acolhe e compreende o ponto de vista do outro sem necessariamente concordar com ele. Frases como “entendo o que você diz” ou “partindo do seu ponto de vista” são valiosos instrumentos a serem usados nesse princípio.


2. Desenvolver a discrepância – Mostre a diferença entre seu comportamento, suas metas e o que ele pensa que deveria fazer para alcançá-las. Em meu consultório, costumo usar a figura do “caminho”, ilustrando onde ele está agora, aonde quer chegar, qual o melhor trajeto a percorrer para atingir o ponto de chegada.


3. Evitar a confrontação – A pessoa deve ser sempre “convidada a pensar sobre o assunto”. Faça uso de perguntas como: O que você pensa sobre isso? Podemos pensar juntos em um plano de mudanças de hábito?


4. Lidar com a resistência – Aquele que precisa de nossa ajuda pode resistir às sugestões ou propostas que você fizer. Seja compreensivo e aguarde vir dele a decisão de quando e como mudar. Forneça informações que o ajude a considerar novas e diferentes alternativas. Exemplificando, ao abordar alguém que faz uso abusivo ou nocivo de álcool, esclareço sobre os danos do consumo de alto risco, as doses de bebidas consideradas seguras pelos especialistas e a diferença no teor de álcool que cada bebida contém. Aguardo que ele me interrogue: “O que fazer e como parar?”.


5. Fortalecer a autoeficácia – Esse princípio está relacionado à motivação da fé que a pessoa tem em si mesma, em sua capacidade de mudança. Encorajar e estimular cada passo são atos importantes para que ela se sinta fortalecida e permaneça firme no decorrer do caminho.


Após nos aprofundarmos nesses princípios, vamos refletir sobre o primeiro estágio, que é a pré-contemplação. Nele, a pessoa não considera ruim o uso que faz da substância. É aquele usuário feliz que não vê seu comportamento como um risco para a sua saúde, a de seus familiares e da sociedade. O que fazer nesse estágio? A informação aqui ainda é o melhor instrumento a ser utilizado. Conscientizemos e esclareçamos sem nos impor. Deixemos o primeiro passo partir dele. Depois, façamos recomendações ou o motivemos em estratégias para reduzir ou cessar o consumo. Esse será o ponto de partida da próxima etapa: a contemplação. Por enquanto, resta-nos observar o discreto movimento do rolar da pedra.



Érika Vilela


Um estudo sério sobre os efeitos da pornografia



size810169computadorUm estudo da “Family Research Council” afirma que a pornografia é uma grande ameaça ao matrimônio. Patrick F. Fagan, diretor do Centro de Investigação sobre o Matrimônio e a Religião, descreve os efeitos sociais e psicológicos da pornografia em seu estudo “The Effects of Pornography on Individuals, Marriage, Family and Community” (Efeitos da pornografia no indivíduo, no casamento, na família e na comunidade). (Roma, 17/2/2010, zenit.org)


Contrário ao argumento de que a pornografia é um prazer inofensivo, Fagan faz referência às evidências clínicas que mostram que a pornografia distorce de modo significativo as atitudes e percepções sobre a natureza da sexualidade. Se os consumidores regulares de pornografia são homens, tendem a ter uma tolerância maior com o comportamento sexual anormal, observava o estudo. Também é um habito muito viciante, devido à produção de hormônios que estimulam as partes responsáveis pelo prazer no cérebro.problemascasamento


Ao tratar sobre as consequências para o matrimônio, Fagan faz referência a estudos que demonstram como as mulheres são afetadas pelo consumo de pornografia dos maridos. Em muitos casos, as esposas desses consumidores de pornografia sofrem danos psicológicos profundos, observava. Entre eles, sensações de traição, perda e desconfiança. Podem também se sentir pouco atrativas ou não aptas sexualmente, o que por sua vez pode levá-las à depressão.


Fagan acrescentou que os consumidores masculinos de pornografia tendem a diminuir sua implicação emocional em suas relações sexuais, o que acaba fazendo com que suas esposas sofram através da diminuição da intimidade de seus maridos. Em um estudo, os maridos afirmavam desejar menos suas esposas por causa do longo tempo dedicado à pornografia.


A pornografia também tem impacto no lado físico nos relacionamentos. A exposição prolongada promove a insatisfação com o outro e com seu comportamento sexual. Fagan fazia referência a outros estudos que mostravam que os consumidores de pornografia veem cada vez mais o casamento como um confinamento sexual e isso os leva a duvidar do valor do matrimônio como instituição social.


O distanciamento emocional das esposas e o próprio casamento sofrem as consequências. Fagan dizia que o consumo da pornografia e de outras formas de contato sexual “online” é considerado por muitas esposas tão prejudicial para a relação como uma infidelidade na vida real.


De fato, os homens e as mulheres reagem à pornografia de modo diferente. Um estudo realizado por estudantes teve como resultado que os homens se transtornavam mais pela infidelidade sexual enquanto que as mulheres pela infidelidade emocional.


Fagan cita um estudo que revelou que 40% desses viciados em sexo perdem suas esposas. Um estudo sobre relatos de advogados de divórcio indicava em 68% os casos de divórcios ocasionados por uma das partes que se envolveu em interesses amorosos na internet, e 56% os casos em que uma das partes tinha um interesse obsessivo nas páginas pornográficas da web.


Leia também: Carta da esposa de um viciado em pornografia: uma leitura obrigatória para todos os maridos


Como deixar o vício da pornografia?


Guerra à pornografia na internet


Um perigo da internet para os relacionamentos


Luxúria e Castidade


O estudo de Fagan observa ainda que o consumo frequente de pornografia trás como consequências uma menor autoestima e uma menor capacidade entre homens de levar uma vida social significativa. Um estudo sobre viciados em pornografia revelou que eles se sentiam angustiados e percebiam que importantes aspectos de suas vidas estavam se deteriorando através de seus vícios.


A pornografia gera percepções distorcidas de realidade social: uma percepção exagerada do nível de atividade sexual da população geral e uma estimativa que aumenta a probabilidade da atividade sexual pré-matrimonial e extramatrimonial. Também gera uma imaginação do predomínio de perversões como o sexo em grupo, a bestialidade e a atividade sadomasoquista.


“Um exemplo é que o uso repetido de pornografia induz a doença mental em matéria sexual”, conclui.


Entre as distorções criadas pela pornografia estão três crenças:


1. As relações sexuais na natureza são algo recreativo.


2.Os homens são em geral sexualmente dominantes.


3. As mulheres são objetos ou bens sexuais.


Em consequência, Fagan descreve como a pornografia promove a ideia de que a degradação das mulheres é algo aceitável. Além disso, posto que os homens utilizam a pornografia com muito mais frequência que as mulheres, seu predomínio conduz à ideia de que as mulheres são objetos para o sexo ou bens sexuais.vidasexualnocasamento


Fagan conta que uma grande quantidade de pornografia é de conteúdo violento. Um estudo dos diferentes meios pornográficos encontrou violência em quase 1/4 das cenas de revistas, e mais de 1/4 nas cenas de vídeos, além de mais de 40% na pornografia “online”. Os estudos sugerem que há uma conexão entre a exposição da pornografia e as agressões sexuais, acrescentou. Inclusive o consumo de pornografia não-violenta aumenta a vontade nos homens de forçar suas parceiras sexuais quando estas não consentem.


O consumo de pornografia se associa também a delitos sexuais, afirmava Fagan. Ele cita um estudo de delinquentes sexuais na internet, condenados, que informava que haviam passado mais de 11 horas por semana vendo imagens pornográficas de crianças na internet.


Outros estudos revelaram que uma grande porcentagem de estupradores e violentadores de forma geral viu pornografia durante sua adolescência.


Prof. Felipe Aquino