Dons do Espirito Santo


Dons do Espírito Santo            


Dom da Fortaleza


É um Dom Infuso em nós pelo batismo, que robustece a alma para praticar, por extinto do Espírito Santo, toda classe de virtudes heróicas com invencível confiança em superar os maiores perigos ou dificuldades que possam surgir.


Este dom é absolutamente necessário para a perfeição das virtudes infusas, especialmente a virtude da fortaleza.


Seus efeitos são:


1 Proporciona à alma uma energia inquebrantável. 


2 Destrói por completo a tibieza no serviço de Deus.      


 3 Torna a alma intrépida e valentes diante de toda classe de perigos ou inimigos.    


 4 Faz suportar os maiores sofrimentos com gozo e alegria.


 5 Da à alma o “heroísmo nas pequenas coisas” além do heroísmo nas grandes.


 


Vícios opostos a este dom são:


– O temor exagerado ou timidez  – A frouxidão natural


“Meios para fomentar e crescer neste dom:”


*Recolhimento, fidelidade a graça, invocação do Divino Espírito Santo etc… Alguns meios específicos:


1 Acostumarmo-nos ao cumprimento exato do dever apesar de todas  as repugnâncias.                        
2 Não pedir a Deus que retire a cruz , mas somente que nos dê força para levá-la santamente.                                 
3 Praticar com coragem ou com debilidade, mortificações voluntárias.                                             
 
4 Buscar na Eucaristia a fortaleza para nossas almas.                          


 


Este dom aperfeiçoa a virtude moral da fortaleza.


 


 “Temor a Deus é o princípio da Sabedoria (Sl 110, 10)


Dom do Temor de Deus


É um Dom Infuso em nós pelo batismo, pelo qual a inteligência do homem, sob o extinto do Espírito Santo, adquire docilidade especial para submeter-se totalmente a Divina Vontade por reverência a excelência e majestade de Deus, que pode nos infligir um castigo.


Existe 4 classes de temores segundo Santo Tomás:


1-Mundano: não vacila em ofender a Deus sara evitar um mal temporal. Este temor é sempre mal.


2- Servil: é aquele que serve a Deus e cumpre sua divina vontade. Este embora imperfeito é bom em si.


3- Filial: serve a Deus e cumpre sua Divina Vontade, fugindo da culpa só por ser ofensa a Deus e pelo medo de star separado dEle. Este é bom e perfeito.


4- Inicial: é o que ocupa um lugar intermediário entre o servil e o filial. Foge da culpa, principalmente, enquanto ofensa a Deus, porém, misturando nesta fuga certo temor da pena.


Qual destes temores é o Dom do Espírito Santo ? Segundo Santo Tomás, só o temor filial entra no Dom do Temor, porque se fundamenta na caridade e reverência a Deus como Pai e teme separar-se dEle pela culpa.  


Seus efeitos são:


1-Um vivo sentimento da grandeza e majestade de Deus que submerge a alma em adoração profunda, cheia de reverência e de humildade.


2-Um grande horror ao pecado e uma vivíssima contrição por tê-lo cometido.


3-Uma vigilância extrema para evitar as menores ocasiões de ofender a Deus.


4-Desprendimento perfeito de todo o criado.


Vícios opostos a este dom são:


SOBERBA E PRESUNÇÃO


“Meios para fomentar e crescer neste dom:”


*Recolhimento, fidelidade a graça, invocação do Divino Espírito Santo etc… Alguns meios específicos:


a) Meditar com freqüência na infinita grandeza e majestade de Deus.


b) Acostumar-se a tratar a Deus com confiança filial, porem cheia de reverência e respeito.


c) Meditar com freqüência na infinita malícia do pecado e conceber dele um grande horror.


d) Por um especial cuidado na mansidão e humildade no tratamento com o próximo.


e) Pedir com freqüência ao Espírito Santo  o temos reverencial de Deus.


 


Este dom aperfeiçoa a virtude teologal da Esperança e a virtude moral da Temperança.


 


Dom do Conselho


É um hábito Infuso sobrenatural pelo qual a alma em graça sob a inspiração do Espírito Santo, julga retamente, nos casos particulares, o que convém em relação ao fim último sobrenatural.


Seus efeitos são:
Preserva-nos do perigo de uma falsa consciência.                                                              


 – Resolve-nos com segurança infalível e acerto, multidão de situações difíceis e imprevistas.


– Inspiram-nos os meios mais oportunos para governar santamente os outros.                       


 – Aumenta extraordinariamente nossa capacidade e submissão aos legítimos superiores.           


 


“Meios para fomentar e crescer neste dom:”


1-Fidelidade a graça de Deus


2- Recolhimento interior, para perceber as moções divinas.


3- Invocação ao Espírito Santo.


4- Abertura, docilidade, delicadeza e atenção as inspirações divinas.


 


Vícios opostos a este dom são:


Por defeito: PRECIPITAÇÃO e a TENACIDADE


-Por excesso: A LENTIDÃO


Este dom aperfeiçoa a virtude moral da Prudência.


 


É indispensável à intervenção do Dom do Conselho para aperfeiçoar a Prudência, sobretudo em certos casos repentinos, imprevistos e difíceis de resolver que requer uma solução rapidíssima. É muito difícil conciliar:


a-                 A suavidade com a firmeza


b-                 A vida interior com o apostolado


c-                  O carinho afetuoso com a castidade mais perfeita


d-                 A necessidade de guardar segredo sem faltar com a verdade


e-                 A prudência da serpente com a simplicidade da pomba.


Para todas estas coisas, às vezes, não bastam às luzes da prudência, requer-se a intervenção do Dom do Conselho.


“DIVINO ESPÍRITO SANTO ILUMINAI-NOS COM SEUS SETE DONS, AMÉM!


 freiricardo@hotmail.com


 

A força do exemplo


A força do exemplo
As crianças são como esponjas, se colocadas em água suja, absorverão



O exemplo é um forte elemento na educação das crianças. A família, os professores, os personagens das histórias a elas narradas e até mesmo os apresentadores dos programas infantis de televisão têm enorme responsabilidade sobre seus gestos e atitudes, cujas características são cuidadosamente apreendidas pelos pequenos. As crianças são como esponjas. Se colocadas em água suja, absorverão água suja. Quando colocadas em água limpa, absorverão água limpa. As crianças tendem a repetir aquilo que os adultos fazem. Muitas histórias servem de pretexto para que reflitamos sobre nossas atitudes diante de nossos filhos, alunos, pequenos aprendizes. É o caso desta pequena mensagem, cujo autor é desconhecido:


“A tigela de madeira”


Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velhinho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa. Mas as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de se alimentar. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, o leite era derramado na toalha da mesa.


O filho e a nora irritaram-se com a bagunça. – “Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai”, disse o filho. – “Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão.” Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. E desde que o velhinho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora passara a ser servida numa tigela de madeira.


Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes, ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe dirigiam eram de admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou alimento cair ao chão.


O menino de quatro anos de idade assistia a tudo em silêncio. Numa noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança: – “O que você está fazendo?” O menino respondeu docemente: – “Ah! Estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem quando eu crescer”. O garoto sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que estes ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.


Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente o conduziu à mesa da família. Dali para frente e até o final de seus dias o senhor fez todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando o garfo caía, o leite era derramado ou a toalha da mesa ficasse suja.


Gabriel Chalita
http://blog.cancaonova.com/gabrielchalita/


 


 


 

O segredo da cura


O segredo da cura
Peça que o Espírito Santo o cure onde você realmente precisa


Em Lucas 5,1-5 temos um reflexo do que todos nós já passamos ou estamos passando. Pedro disse a Jesus: “Senhor, trabalhamos a noite inteira e não conseguimos nada” (idem 5b). Isso é reflexo do que vivemos e dizemos tantas vezes a Jesus: “Senhor, de que adiantou tanta luta?”. Diante do desespero nós diremos sempre essa mesma frase.


O primeiro segredo da cura dos traumas de Pedro, que representa a Igreja, foi quando Cristo chegou e ele estava consertando a rede. À noite não tinha como ver que este objeto estava rasgado, e ele só viu isso de manhã.


Quando as coisas não estão bem em nossa vida, quando nos acontecem situações difíceis, buscamos culpados ou desculpas. Fracassos não resolvidos são semente de novos e maiores fracassos.


Você quer ser curado de seus traumas? Então é preciso consertar suas “redes”! O ser humano é capaz de realizar o ótimo, mas também capaz de realizar o péssimo, pois é como uma rede que vai se estragando ao longo da vida. Existem pessoas que trazem traumas desde a barriga da mãe, em sua infância, ou provocado por outras pessoas. A nossa grande missão é consertar as “redes”; é preciso lavar nossas “redes”, nosso coração, que é sede das emoções e das decisões.


É necessário ter equilíbrio e dosar as coisas; ter disciplina no comer, em tudo. Sem disciplina espiritual não acontece cura. A indisciplina não deixa que a graça de Deus entre em nossa vida. As pessoas que não são capazes de fazer pequenas renúncias, não farão as grandes. Você quer ser uma pessoa curada? Cuide da sua alimentação; não prepare seu inconsciente para ter fome.


O grande poder de cura é a Palavra de Deus, é essa Palavra que tem poder de restauração. Quando ela entra em seu inconsciente começa a agir. Mesmo que você não sinta, saiba que a Palavra está agindo. Mas Deus não nos violenta nunca, Ele só age em nós quando permitimos Sua ação. O Todo-poderoso trabalha no diálogo, Ele cura cada coisa que vamos pedindo, por isso a necessidade de fazermos um roteiro. Preciso me conscientizar quais as áreas da minha vida precisam ser equilibradas.


99% das doenças vêm de traumas; e o trauma é o grande inimigo seu e meu. Existem pessoas que confessam seus pecados desde a infância, porque são traumas. O povo e os padres precisam se convencer de que não adianta reclamar. O trauma é como uma torneirinha pingando; enxugamos o local, mas depois está molhado novamente. Muitas pessoas fazem uma confissão sincera, mas, mesmo assim, continuam pecando, porque, na verdade, são portadoras de traumas e precisam ser curadas na raiz.


Por isso peça que o Espírito Santo venha curá-lo nas áreas que você realmente precisa.


Os traumas atingem três áreas:


– Física,


– Espiritual,


– Psicológica.


É preciso identificar quais são os seus traumas. Use sua memória para retomar a situação de pecado que você viveu, naquele em que você sempre caiu e peça a Deus o discernimento para descobrir a raiz desse mal [pecado].


Padre Léo


 


 


 

Namorado(a) não aparece só com novenas

São José, Santo Antônio, santa paciência!
Namorado(a) não aparece só com novenas


Dias atrás foi comemorado o Dia de São José. Operário e bom marido, o santo carpinteiro é lembrado no dia 19 de março como um exemplo de pai de família e bom esposo. De uns tempos para cá, o santo tem sido venerado por boa parte das mulheres solteiras, que, em busca de um marido com essas qualidades, ficam “esperando o José”. 13 de junho é dia de Santo Antônio, santo muito conhecido por todas as solteiras em busca de um bom par para toda a vida – essa devoção é muito motivada também pela festividade nacional que a antecede : o Dia dos Namorados, no dia 12 de junho.


Apesar de 44% da população brasileira ser solteira, de fato, não está nada fácil encontrar um bom namorado. E os homens também relatam que, “mulher para casar”, hoje em dia, está difícil. Diante da árdua tarefa, há quem acredite que a solução é rezar, rezar e rezar… Esperar em Deus, e só. Não recrimino essa prática, de jeito nenhum. Afinal, é bíblico “pedi e recebereis, batei e abrir-se-vos-á” (cf. Mt 7,7). Porém, será que a oração sem atitude é o bastante?


Boa parte dos solteiros desfiam orações em torno de um alguém para amar, fazem promessa aos referidos santos, vivem reclamando que estão sozinhos ou que estão “esperando”. Porém, esse povo nem olha para os lados, não se arruma, nem se penteia direito, não sai de casa, nem nada. E aí como é que o seu “José” vai encontrar você? Ser desleixado consigo não é nem de longe a atitude correta que vai fazer a sua “Maria” chegar até você. (Porque os meninos católicos também procuram a sua “Maria”, uma alusão a Nossa Senhora, a esposa perfeita).


Quando eu fazia faculdade, lá na Federal de Viçosa (MG), eu era do “povo da capela”, um grupo de amigos que rezava junto, ia para o restaurante universitário junto, para o grupo de oração universitário junto, enfim, éramos muito felizes e unidos. Porém, me incomodava o fato de que, boa parte das meninas, preciosas aos olhos de Deus, escondiam sua beleza por trás daquelas camisetonas bem largas de igreja, sabe? Essas que possuem a logomarca do patrocinador do evento católico nas costas e fazem com que as pessoas pareçam aqueles ônibus com propaganda no vidro de trás do veículo? A mulherada vivia para cima e para baixo bem relaxada, e alguns meninos, por sua vez, se assemelhavam aos descuidados, que passam meses fora de casa, com aquela barba crescendo, chinelão e pé sujo a toda hora, sabe?


Não digo que é preciso comprar roupas de grife, nem que cada um não possa ter o seu estilo, mas, por favor, muitos jovens confundem a humildade que Jesus pede com desleixo pessoal. Convenhamos, a mulher é mulher. Precisa ser feminina, pois como é que o seu “José” vai chegar até você se está toda escondida e descuidada, sem zelo para consigo? E você rapaz, será que não confundiu o “desprendimento” com relaxamento? Não será assim também com a sua futura família e, por isso, ninguém se aproxima para um relacionamento?


É possível viver a feminilidade, sem ser vulgar, sem decotes extravagantes ou roupas apertadas a ponto de dificultar a respiração. É possível, sim! E o outro só vai enxergá-la feminina quando você se mostrar feminina. E homens, é possível que sejam masculinos, sem ser “ogros”, concordam? Senão, pessoal, não há santo que os ajude a encontrar alguém para amar!


Há também as solteiras à espera do homem perfeito e os solteiros à espera da mulher “padrão novela”, e deixam passar boas oportunidades de relacionamento com quem está próximo – que não é perfeito, é humano, mas pode ser um bom companheiro. “Ah, não, ele é muito alto!”; “Ela é muito baixinha!”; “Ele não é de igreja”; “Só namoro quem reza o terço”; “Ela já foi muito rodada”; “Ele não pensa do jeitinho que eu penso”.


Pré-requisitos como esses limitam a sua escolha a aspectos que não necessariamente definem a pessoa como A PESSOA certa para você? Quem é que disse que para ser um bom namorado, noivo, marido, isso depende da aparência, do credo, do passado? Isso são estereótipos que só revelam quão preconceituosos nós somos. Santa paciência!


E, sinceramente, não é porque isso ou aquilo deu certo com seu amigo ou amiga que você seguirá a “receitinha mágica” para conseguir um namorado ou namorada. Será que adianta rezar o dia inteiro e dispensar todo o mundo, à espera da pessoa perfeita, que se enquadre exatamente ao que você quer? É claro que é importante você ter um mínimo de requisitos, por exemplo, seu escolhido deve ser uma pessoa com quem você goste de conversar – pois no fim da vida, é isso que resta, a conversa. Mas, limitar sua escolha àquele ou àquela que preencha uma lista gigante de requisitos, parece um barco furado.


É muito importante fazer sua escolha em Deus, pois Ele sabe o que é melhor para você. Mas o seu escolhido não irá bater à sua porta, independentemente de quantas novenas você tenha feito. Reze, sim, mas também olhe para os lados, se abra às pessoas que considera confiáveis e se dê a oportunidade de quebrar estereótipos e viver um relacionamento com alguém que tem potencial para fazê-lo feliz, alguém que cuide de você. Não viva de novena em novena pelos santos do dia, mas faça essas e outras orações na esperança de que Deus reserva o melhor para você e ciente de que é preciso fazer a sua parte.



Mariella Silva de Oliveira
mariellajornalista@gmail.com

O papel da Virgem Maria na Igreja



O papel da Virgem Maria na Igreja


A Igreja experimenta continuamente a eficácia da ação de Mãe


São Bernardo, doutor da Igreja, disse que “Deus quis que recebêssemos tudo por Maria”. De fato, por ela nos veio o Salvador e tudo o mais. Sem dúvida, o papel preponderante da Santíssima Virgem na vida da Igreja é o de Mãe.



A Igreja, como o Cristo, nasce no seu regaço:“Todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, a Mãe de Jesus e de Seus irmãos” (At 1,14).



Neste quadro de Pentecostes São Lucas destaca a pessoa de Nossa Senhora, a única que é recordada com o próprio nome, além dos apóstolos. Ela promove, na Igreja nascente, a perseverança na oração e a concórdia no amor. É o papel de mulher e de Mãe. São Lucas também faz questão de apresentá-la explicitamente como “a mãe de Jesus” (cf. At 1,14), de forma a dizer que algo da presença do Filho, que subiu ao céu, permanece na presença da Mãe. Ela, que cuidou de Jesus, passa agora a cuidar da Igreja, o Corpo Místico do Seu Filho. Desde o começo a Virgem Maria exerce o seu papel de “Mãe da Igreja”.



Com essas palavras pronunciadas na Cruz: “Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19, 26), Cristo lhe dá a função de Mãe universal dos crentes. Entregando-a ao discípulo amado como Mãe, Nosso Senhor Jesus Cristo quis também indicar-nos o exemplo de vida cristã a ser imitado. Se Cristo no-la deu aos pés da Cruz, é porque precisamos dela para a nossa salvação. Não foi à toa que o Resssuscitado nos deu a Sua Mãe…



Esta missão materna e universal da Santíssima Virgem Maria aparece na sua preocupação para com todos os cristãos, de todos os tempos. Sem cessar ela socorre a Igreja e os seus filhos. Os cristãos a invocam como “Auxiliadora”, reconhecendo-lhe o amor materno que socorre os seus filhos, sobretudo quando está em jogo a salvação eterna. A convicção de que Nossa Senhora está próxima dos que sofrem ou se encontram em perigo levou os fiéis a invocá-la como “Socorro”. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro!



A mesma confiante certeza é expressa pela mais antiga oração mariana, do século II, na época das perseguições romanas, com as palavras: “Sob a vossa proteção recorremos a vós, Santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós que estamos na prova, e livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!” (Do Breviário Romano).



Na sua peregrinação terrena, a Igreja experimenta continuamente a eficácia da ação da “Mãe na ordem da graça”. Ela tem um lugar especial no coração de cada filho. Não é um sentimento superficial, mas afetivo, real, consciente, vivo, arraigado e que impele os cristãos de ontem e de hoje a recorrerem sempre a ela, para entrarem em comunhão mais íntima com Cristo.



Nossa Senhora une não só os cristãos atuantes, mas também o povo simples e até os que estão afastados. Para esses, muitas vezes, a Virgem Maria é o único vínculo com a vida da Igreja. Ela nos educa a viver na fé em todas as situações da vida, com audácia e perseverança constante. A sua maternal presença na Igreja ensina os cristãos a se colocarem na escuta da Palavra do Senhor. O exemplo da Virgem Maria faz com que a Igreja aprenda o valor do silêncio. O silêncio de Maria é, sobretudo, sabedoria e acolhimento da Palavra.



A Igreja aprende a imitá-la no seu caminho cotidiano. E assim, unida com a Mãe, conforma-se cada vez mais com seu Esposo.


Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com