Santa Clara

 


 Santa Clara – 11 de agosto


 


    Nascida em Assis, no ano de 1193, a belíssima menina de família muito rica conterrânea de São Francisco de Assis. Aos 18 anos de idade, com rara audácia Clara juntamente com Inês, sua irmã mais jovem e outras companheiras apresentaram-se em dezoito de março de 1212 na humilde Igrejinha de Santa Maria dos Anjos, aos pés do Monte sobre o qual surge Assis, onde aguardavam Francisco e seus Frades. O Santo cortou seus longos cabelos e lhe deu para vestir o grosseiro hábito de lã crua, fazendo-a pronunciar os votos de pobreza, castidade e obediência.


Mais tarde, Clara foi levada ao paupérrimo convento de São Damião, destinado as monjas da Ordem Segunda Franciscana. Era o início das Clarissas que procuravam em tudo viver o ideal franciscano da pobreza e sua dedicação foi total. Mais tarde sua mãe e suas irmãs Ortolana e Beatriz abandonaram a rica morada para ingressarem no austero convento. Para estar em consonância com o mestre pediu e obteve o “privilégio da pobreza” que a privava também da possibilidade de ter qualquer coisa de seu.
 


Quando da morte de Francisco em 1226, Clara obteve permissão que seu corpo fosse levado até a clausula para que as monjas pudessem contemplar-lhe o rosto. Mais Clara teve o privilégio de ver projetadas nas paredes da pequena cela as imagens do Santo. Por estas visões, Clara teve o título de Protetora da Televisão. Ela viveu 27 anos após a morte de São Francisco. Um enviado do Papa Inocêncio IV levou a demorada e aguardada bula de aprovação do privilégio da pobreza a Clara na manhã de 11 de agosto de 1253, poucos minutos antes da morte da Santa.
    Oremos: Pela intercessão de Santa Clara, o Senhor todo poderoso me abençoe e proteja; volte para mim seus olhos misericordiosos, me dê a paz e a tranqüilidade, derrame sobre mim as suas copiosas graças e, depois desta vida, me aceite no céu em companhia de Santa Clara e de todos os Santos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
 

Tenho medo do casamento


Tenho medo do casamento
Um sacramento que une sentimentos



Haverá momentos em que precisaremos assumir um compromisso mais sério com alguém, e o nosso dilema será saber se estamos fazendo a melhor escolha. Certamente, essa hesitação seria menor se fosse possível adivinhar as conseqüências de nossas opções; o que é praticamente impossível. Fica a nosso critério apenas tentar descobrir os procedimentos para melhor alcançar nossos propósitos.



Os bons resultados de um trabalho são alcançados por meio de boas ferramentas e de um plano de ação. Para alguém que deseja roçar um campo, mesmo possuindo os equipamentos necessários, ainda assim, poderá ser surpreendido com chuvas ou outras interferências, as quais não dependem de sua vontade. Da mesma maneira, na vida conjugal, por melhor que sejam os nossos projetos, precisamos estar cientes de que também estaremos sujeitos a certas situações que não foram previstas, mas que poderão ser solucionadas com o empenho de ambos.



Para quem vive o namoro há algum tempo, por vários momentos já deve ter conversado sobre o futuro do relacionamento. É no amadurecimento e no tempo de convívio que os casais obterão subsídios suficientes para acolher a proposta de uma vida matrimonial. Assumir a vida conjugal será sempre uma tarefa desafiadora, pois independentemente do estado social ou financeiro, este compromisso une as pessoas num único sentimento. É pensando nisso que, talvez, a maioria das pessoas hesite diante de uma proposta de firmarem para sempre seu relacionamento.



O medo de enfrentar o “desconhecido”, as histórias de crises conjugais e o peso das responsabilidades somados às estatísticas, que apontam o crescimento de casais divorciados, podem realmente intimidar os nubentes. Isso não significa que as causas que justificaram os insucessos do casamento de outras pessoas estarão também condenando à falência o propósito do casal de enamorados.



O amor exige, de todos, disposição e coragem para romper com suas próprias limitações. Acreditar que o casal está isento de imperfeições ou que por toda a vida conjugal viverá, a cada segundo, em perfeita harmonia sem empreender esforço algum, pode ser um grande engano. Sabemos que, ao longo do convívio, nem sempre os elaborados planos vão dar certo; mas a decisão comum do casal em viver seus propósitos, a fim de alcançar seus objetivos, os fará assumir uma nova atitude diante de cada novo problema.



Decidir-se pelo casamento, entendendo que o relacionamento pode ser diferente, é o que diferenciará nossas opções e nos dará forças para lutar pela felicidade conjugal ao lado da pessoa que escolhemos para partilhar nossa vida.



Um abraço, sem medo de ser feliz.


José Eduardo Moura
webenglish@cancaonova.com

Como lidar com as diferenças de temperamento no relacionamento



Como lidar com as diferenças de temperamento no relacionamento


No nosso dia-a-dia, interagimos com pessoas diferentes, e cada uma exerce impacto sobre a forma como agimos e tomamos decisões. É difícil nos comunicarmos bem com pessoas que não compreendemos, porque freqüentemente interpretamos de forma incorreta ações ou palavras do outro e, muitas vezes, nos sentimos frustrados ao nos relacionar com quem age e pensa de forma oposta à nossa. Ter consciência das motivações subjacentes do outro pode permitir que resolvamos os conflitos antes mesmo que estes aconteçam.



Quando compreendemos as razões de alguém sobre aquilo que fez ou disse, é menos provável que reajamos negativamente.


Como afirma diácono Nelsinho Corrêa: “As diferenças não são barreiras, e sim, riquezas”. É assim que precisamos ver as diferenças de temperamentos: como riquezas. E elas só podem se tornar riquezas se sairmos de nós mesmos para nos colocar no lugar do outro, procurando entender suas motivações.



A questão é que criamos um modelo coletivo de pessoa para nos relacionar, especialmente quando se refere a um relacionamento amoroso. Trazemos em nossa mente certo “tipo” de pessoa idealizada, tanto no aspecto físico quanto em características comportamentais. Isso faz com que nos relacionemos apenas com as aparências e não com a pessoa em si. Assim, as nossas relações correm o risco de se tornar cada vez mais superficiais. Dessa forma, as frustrações vão acontecendo, pois, como não conhecemos as riquezas e o valor do outro, julgamos pelas aparências.


Na verdade, as diferenças nos complementam. Enquanto encontramos pessoas que são calorosas, amáveis, simpáticas, com capacidade de atrair os outros como se fossem um imã; por outro lado, também encontramos outras que são práticas e possuem firmeza inabalável, são líderes natas. Essas pessoas obtêm sucesso onde os outros fracassaram. Aquele que é muito prático pode ter certa dificuldade em se relacionar, em conquistar a simpatia dos outros, e esta sua “deficiência” pode ser complementada se tem ao seu lado uma pessoa calorosa, simpática, que tem como ponto forte a capacidade de se relacionar.



Precisamos entender que ninguém é perfeito, que todos nós temos limitações e fraquezas. Precisamos caminhar num processo de aceitação de nós mesmos, de nossas limitações e fraquezas, assim como necessitamos aceitar o outro como ele é. A chave de bons relacionamentos está na aceitação do outro como ele realmente é, sem exigir dele uma mudança, a qual, muitas vezes, não conseguimos em nós mesmos.



Victor Frankl afirma que “o amor faz-nos contemplar a imagem de valor de um ser humano”. Para ele, o amor autêntico capta o que a pessoa “é” no seu caráter de algo único e na irrepetibilidade e simultaneamente ajuda o outro a se conhecer melhor, alargando os horizontes. O amor autêntico traz em si reciprocidade, por meio do qual cada um se esforça para ser digno do outro e busca vir a ser tal como o outro o vê.



O segredo, portanto, está em procurar pelas riquezas que a pessoa traz em si; aceitar sem exigir mudança do outro, buscando enxergar os acontecimentos por meio do ponto de vista do outro, saindo de si mesmo. É necessário que abramos mão do que trazemos de figura idealizada para que possamos nos encontrar com a riqueza que é o outro.


Manuela Melo
psicologia@cancaonova.com


 

Como posso amar o próximo se ainda não me amo?



Amar tem poder de renovação


Como posso amar o próximo se ainda não me amo?


Se quiser ser de Deus, terá que viver as duas vias do Senhor: ‘Amarás ao Senhor teu Deus e ao próximo como a ti mesmo’.


O que você entende por esta palavra ‘amor’?



É impressionante o quanto o amor de Deus nos toca. Os poetas sempre tentaram decifrar esse sentimento, mas nunca conseguiram. Assim como Luiz de Camões em seu célebre poema: ‘O amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer’.


O amor não se poetiza. Quantas vezes o sentimos e não sabemos onde realmente dói. O amor é revelação, inauguração, tem o poder de ser novo com aquilo que estava velho.



Jesus sabe da capacidade de olhar as coisas miúdas da vida, as que não damos valor e aquelas que ninguém havia visto antes. Colocando os pés no seguimento de Cristo, ouvimos a Palavra para olhar a vida diferente: ‘Amar a Deus sobre todas as coisas’. E o que significa amar o meu próximo? O que significa olhar para o meu irmão e saber que nele tem uma sacralidade que não posso violar?


Como posso descobrir esse convite de Deus de abrir os olhos às pessoas? No dia de hoje, eu lhe proponho que acabe com os ‘achismos’ do amor. A primeira coisa que Deus precisa curar é o que nós achamos do amor. Pois, muitas vezes, em nome dele [amor], nós fazemos absurdos: seqüestramos, matamos, fazemos guerra, criamos divisões.



O amor nos dá uma força que nem nós mesmos sabíamos que tínhamos. É a capacidade que ele tem de nos costurar. Quantas vezes olhamos para a objetividade do outro que nos motiva a ser melhores. É o amor com suas clarezas e suas confusões…



Muitas vezes, em nome do amor tratamos as pessoas como ‘coisas’.



Quando Deus entra em nossa vida e entramos na vida de outras pessoas, temos de entrar como Ele: agregando valores. Caso contrário é melhor que fiquemos de fora, porque você é um território que merece respeito.



Na passagem da sarça ardente (cf. Ex 3,2ss ) Deus se manifesta em uma árvore que pega fogo, mas não é consumida. Esse é o amor de Deus: Quanto mais nós amamos, mais somos consumimos; e se estamos esgotados é porque amamos ‘de menos’. Vamos ficando sem o vigor; mas a sarça queima sem se consumir. O fogo do amor não queima, pois é um fogo que faz outro fogo, e a experiência do amor de Deus é feita pelo amor de um para o outro. Quantas vezes você passou noites inteiras acordado pelo seu filho? Quanto sono perdido? Isso é por amor… Amar o outro é levar prejuízo.



Você vai saber o que é o verdadeiro amor quando você se consome, mas não se esgota. Você nunca vai dizer que está cansado de amar o seu filho. Você está cansada dos problemas causados por ele, mas não de amá-lo.



Quantas pessoas que procuram e estão necessitadas do amor, mas em sua busca correm atrás das micaretas e baladas? A busca do amor está aguçada. Todos estão querendo saber o que é o amor e todos estão precisando de cura. Quantas pessoas foram amadas erroneamente, trazendo as marcas de um amor estragado.



Tenha coragem de tirar as histórias do passado que doem e que você as carrega até o dia de hoje. Nenhuma pessoa pode amar a Deus se não se ama. Nenhuma pessoa pode ter uma experiência com Deus se não for pelo amor a si própria, pelo respeito por si mesma. O amor a Deus passa o tempo todo pelo cuidado que eu tenho com a minha vida, com a minha história. Como sou capaz de amar o próximo como a mim mesmo se ainda não me amo?



Faça caridade a você primeiro. Os seus amigos irão agradecer por você se amar. Quando o amor nos atinge, somos mais felizes. Um povo que se ama é um povo que sabe aonde vai. Eu ainda acredito no que Deus pode em mim. Volte a gostar de você!


Padre Fábio de Melo



 

Somos diferentes…

 

Somos tão diferentes… Será que pode dar certo?


A diferença entre nós nos leva a viver a complementaridade


O que você entende por diferente? Tratando-se de um relacionamento, qual é o melhor: Ser igual ou diferente? A meu ver, diferente é melhor.



Pois a própria definição da palavra “diferente” nos mostra a necessidade de sermos “diferentes” para criar um relacionamento, principalmente, a dois. Em um relacionamento precisamos dessa distinção, sermos dois em busca do um, sem nos confundirmos.



O ser desigual, irregular, nos permite viver a complementaridade tão necessária para que o relacionamento aconteça. Por isso costumamos dizer que as coisas casam: a tampa com a panela; o pé com o sapato; a porca e o parafuso, entre outros. Com o ser humano também acontece isso. Precisamos ser diferentes para casar.



É para isso que namoramos e noivamos – a fim de descobrirmos a alegria das diferenças que nos casam e, conseqüentemente, nos levarão ao matrimônio. Portanto, precisamos viver bem cada etapa, valorizando cada descoberta, pois elas serão o sustento contra a monotonia causada pela igualdade. Para nós, tem sido uma descoberta diária de que a diferença entre nós nos leva a viver a complementaridade e nos impulsiona a vivermos melhor.


Percebemos que o próprio Deus, em Seu ato criador, nos criou diferentes: homem e mulher. Cada qual com suas características físicas e psíquicas, as quais precisam ser descobertas e respeitadas para que a cumplicidade aconteça e desmascaremos o egoísmo, o orgulho, a acomodação, a preguiça, a auto-suficiência, etc.


Como vimos, a diferença nos faz variáveis, por isso somos capazes de nos render nas mais diversas situações de acordo com a necessidade do outro. Na verdade, não existe uma fórmula para a felicidade em um relacionamento, o que sabemos é que todo homem e mulher vocacionados ao matrimônio encontrarão a pessoa criada por Deus que “case” com ele e com ela. Afinal, cada ser humano é único e, portanto, somos todos diferentes.



Por isso, dizemos: a cabeça pode pensar diferente, mas o coração deve bater junto. Bater junto naquilo que nos sustenta e dá base para o dia-a-dia: os ensinamentos da Palavra de Deus. “O Senhor Deus disse: Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada.



E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gn 2,18;22;24)



Acredite: o ser diferente é que faz a diferença! Não desanime! Com Jesus, tem jeito!



Cleto e Carla