Os mendigos de amor

“O amor é muito nobre para ser pedido, cobrado ou implorado”


 


A Palavra de Deus nos ensina, na primeira Carta aos Coríntios, capítulo 13, a plenitude e a beleza do amor. Pela preciosidade das palavras, essa passagem, vez ou outra, é usada como declaração de casais apaixonados. Mas poucas são as vezes em que verdadeiramente encaramos aquilo que deve ser mudado em nós quando lemos esse trecho bíblico. Já reparou nisso? Uma das partes mais partilhadas da Sagrada Escritura está distante do real sentido. 


 


Existe uma confusa camada dentro de nós que separa o amor do apego.


 


Tenha certeza, meu irmão, que o amor não se transforma em apego, pois ele jamais passará. Já o apego, bastam algumas decepções para que ele se transforme em repúdio. Vejamos se em nossos relacionamentos pode estar acontecendo o mesmo.



Conhecemos uma pessoa e ela nos atrai por suas qualidades externas ou internas. Então, criamos sobre essa admiração uma idealização e, muitas vezes, chegamos ao extremo da idolatria. Começamos a achar louvável todas as ações dessa pessoa, não deixamos, de forma alguma, de lhe dar títulos de honra como “melhor amiga (o)”, “amor maior” etc.


 



“Deus nos deu autonomia para que buscássemos a felicidade sem que ela dependesse da ação de outro”


Criamos, assim, uma prisão afetiva, que nada mais é do que um falso amor. Passamos a não enxergar mais o outro como uma pessoa, mas como um objeto, que deve


 


 


Estar de prontidão para nos demonstrar carinho constantemente da forma e na hora que quisermos. Nossa imaturidade é tanta, que nos passamos por “pedintes de amor”. Da mesma forma que se cobra uma dívida, passamos a cobrar atenção. Com o passar do tempo, a convivência vai nos mostrando que esse alguém tão maravilhoso é passível de falhas e pecados, por isso não consegue ”cumprir os deveres” que colocamos sobre ele de nos fazer feliz.


 


Perceba a reação em cadeia que ocorre: impusemos ao outro, de forma errada, a missão de nos fazer feliz, o que é extremamente autodestrutivo, pois Deus nos deu autonomia para que buscássemos a felicidade sem que ela dependesse da ação de outro.


 


O amor é muito nobre para ser pedido, cobrado ou implorado. Se você já passou ou está passando por uma situação humilhante, saiba que somente o amor de Deus é capaz de preencher esse vazio.


 


Santa Teresa de Ávila dizia: “A quem tem Deus nada falta, só Deus basta!”. Portanto, tire as vendas dos seus olhos e veja que o Senhor não pediu para que você dependesse afetivamente dos outros. Ele pediu para que você os amasse da mesma forma como Ele ama você. E a fórmula para sair dessa prisão é simples: imitar Cristo. O processo pode ser longo, mas a cura e a maturidade que se instalará em seu coração será tão grandiosa que, finalmente, você vai ter a coragem de olhar os outros como Jesus olhou.

PORNOGRAFIA: A “NOVA” DROGA

PORNOGRAFIA: A “NOVA” DROGA


Há uma diversidade de drogas que prejudicam a vida de um ser humano em seus diversos aspectos. Contudo, existem estudos, como o da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, que apontam a pornografia como impactante na atividade cerebral de modo semelhante ao de alcoólicos e drogados. Por outro lado, mesmo sem embasamento científico, é possível diagnosticar a escravidão que ela causa em uma pessoa.


A pornografia retira de nós a caridade de um modo muito mais amplo do que se pode imaginar. Para efeito de conscientização, vou citar algumas consequências de seu uso:


– Constrói um ato egoísta ao ser consumida;
– É capaz de levar ao isolamento;
– Promove, como um todo, a indústria pornográfica “por meio de cliques”;
– Torna o outro um objeto de prazer;
– Instiga a iniciação sexual antes do tempo;
– Dificulta a escolha de um parceiro para se relacionar;
– Tende a mudar os conceitos de beleza física;
– Adquire-se lembranças indesejáveis que, por muito tempo, ficarão na mente do indivíduo;
– Ofusca o verdadeiro sentido do ato conjugal;
– Pode destruir casamentos;
– Há situações em que é acompanhada da masturbação;
– Desperta curiosidades indevidas.


Enfim, dá à vida própria um sofrimento silencioso e extremamente doloroso, pois o viciado em pornografia esconde seu problema por muito tempo.


Lembremo-nos daquele momento em que Jesus falou com a Samaritana perto da fonte (Jo 4, 5-30). Ele sabia da história dela, assim como conhece a nossa. Ela queria água, e o Senhor tinha a Água Viva, que jorra para a vida eterna, para lhe dar.


Temos um Deus que caminha conosco. N’Ele encontramos a vitória para essa ferida da sociedade! Ele deseja que todos sejam jovens sarados, que homens e mulheres estejam em sintonia e que todas as famílias sejam novas! Por isso, a todos aqueles que buscam a castidade enquanto solteiros ou casados, digo-lhes que os sacramentos fazem parte dessa água que nos limpa e nos leva à santidade. Não esqueçamos também da vida de oração, do santo rosário, da Palavra de Deus, das mortificações e do jejum. Nossa Senhora é a mãe da pureza, e ela pode nos ensinar a chegar ao coração límpido de Jesus.


Diante disso, exortemo-nos a buscar o “amor livre, total, fiel e fecundo” (encíclica Humanae Vitae) em Deus, que é a própria fonte (1 Jo 4, 8).
Mostremos a todos que é possível, sim, viver a castidade e o amor verdadeiro! Assim seja!


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Valorize-se! Você é pedra preciosa

Valorize-se! Você é pedra preciosa


 


A cada dia, fica mais claro o quanto o mundo está sedento de amor. Vemos pessoas mendigando por amor nas ruas, nas redes sociais, na televisão.


A ausência de amor faz com que muitos se submetam a tudo para serem vistos e, quem sabe, se sentirem importantes. Usa-se o que a moda diz para usar (roupas, cortes de cabelo, tatuagens e estilos musicais), mas isso parece não preencher, parece não ser suficiente. As pessoas investem pesado na aparência, gastam o que têm e o que não têm para parecerem belos e se expõem, como nunca, para conquistar alguns elogios e algumas curtidas no Facebook.


O que há de errado? Somos nós que não somos valorizados e amados ou não nos valorizamos nem nos amamos? Existe um abismo muito grande entre essas duas realidades. Precisamos rever essa história!


Muitas vezes, as feridas do passado, algumas palavras que ouvimos e rejeições que sofremos geram em nós essa sensação de que “não valemos nada”! Quantos não conseguem se olhar no espelho e se ver, porque não se encaixam no perfil de perfeição ditado pela mídia, pelas revistas e afins!


Fomos criados a partir de um sonho de Deus, fomos gerado com carinho, e Ele nos ama e quer nos ver felizes. Não é preciso convencer os outros de que somos especial, nós é que precisa olhar para si e se amar. Cuide-se! Arrume o cabelo, faça a barba, compre roupas novas… Isso tudo é muito bom! Mas, acima de tudo, cuide do seu coração, deixe que ele faça a experiência do amor de Deus, de se sentir cuidado por Ele, pois é desse amor que ele precisa.



“A ausência de amor faz com que muitos se submetam a tudo para serem vistos e, quem sabe, se sentirem importantes”


Se pegarmos uma pedra preciosa e a jogarmos na lama, ela, certamente, se sujará; talvez, até desapareça em meio à sujeira, mas ainda será uma pedra preciosa. Se a tomarmos nas mãos e a colocarmos na água corrente, ela, enfim, será lavada e revelará toda a sua beleza.


Talvez, hoje, nós nos sintamos mergulhados na lama, no pecado, sintamo-nos mal por nossos erros, por aquilo que as pessoas nos disseram, por julgamentos e uma centena de razões que podem fazer com que nos sintamos desvalorizados, mas somos pedra preciosa! Façamos a experiência de nos encontrar com Deus e, por meio do derramamento de Seu amor, sejamos lavado (a) de tudo aquilo que faz com que nos sintamos desvalorizados, feios e sujos.


A beleza que nós revelaremos, depois dessa experiência, iluminará nossa vida e nos trará muita felicidade, pois o amor que vem de Deus é tudo o que precisamos para ser livres.


“Só em Deus repousa a minha alma, d’Ele vem o que eu espero.” (Salmo 61, 6)



 


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A JORNADA APÓS A JORNADA: O QUE NOS RESTOU DA FÉ?

A jornada após a Jornada: o que nos restou da fé?


A Jornada Mundial da Juventude terminou com uma missão aos jovens: “Ide e fazei discípulos entre as nações!” (Mt 28, 19). Esta missão, que também foi o lema da Jornada, está contida na própria essência da fé da Igreja. Quem descobre Cristo e a grandeza de seu amor não pode ficar indiferente ou esconder esta dádiva. Faz como aquele homem que achou um tesouro escondido no campo: “cheio de alegria”, ele “vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo” (Mt 13, 44). Em sua encíclica Lumen Fidei, o Papa Francisco escreveu que “quem se abriu ao amor de Deus, acolheu a sua voz e recebeu a sua luz não pode guardar esse dom para si mesmo”.

Foi muito bom ver mais de 3 milhões de jovens reunidos em Copacabana. Era praticamente impossível não encher os olhos diante de um testemunho tão belo da vivacidade da Igreja. No entanto, como já dito, a peregrinação ao Rio é só o começo. Se os mesmos jovens que gritavam ser a juventude do Papa não fizerem um encontro real com nosso Senhor Jesus Cristo e não lutarem para manter acesa em seus corações a luz da fé, por meio da oração, dos Sacramentos e do estudo, então, toda esta bela festa terá sido em vão.

Na mesma semana da Jornada, por exemplo, a mídia fez alarde com uma pesquisa que demonstrava que, supostamente, os jovens “católicos” teriam visões opostas às da Igreja em temas cruciais, como a contracepção ou o “casamento” gay01. Pondo de lado a confiabilidade desta pesquisa – encomendada por um grupo abortista –, não é preciso procurar muito para ver que, infelizmente, muitos de nossos católicos não assumem para si os ensinamentos de sua Igreja. De fato, ainda não entenderam que certos temas, especialmente no campo moral, não são opináveis, mas, por fazerem parte do patrimônio de nossa fé ou – para utilizar uma expressão da Lumen Fidei – do “corpo da verdade”, são irrenunciáveis. “Precisamente porque todos os artigos de fé estão unitariamente ligados, ensina o Papa Francisco, negar um deles – mesmo dos que possam parecer menos importantes – equivale a danificar o todo”.

Daqui surge a importância, especialmente em nossos tempos, do estudo. Afinal, como podemos amar aquilo que não conhecemos? Bento XVI, ao pedir aos jovens que lessem e estudassem o Catecismo, alertou:

“Tendes de conhecer a vossa fé como um especialista em informática domina o sistema operacional de um computador. Tendes de compreendê-la como um bom músico entende uma partitura. Sim, tendes de estar enraizados na fé ainda mais profundamente que a geração dos vossos pais, para enfrentar os desafios e as tentações deste tempo com força e determinação”.

A Jornada foi um grande êxito, mas toda aquela multidão que seguia o Papa está realmente disposta a assumir a missão dada por Cristo de ir ao mundo e anunciar o Evangelho a toda criatura? Todas essas pessoas estão realmente dispostas a remar contra a maré e dizer “não” ao pecado e ao mundo? Ou tudo foi só oba-oba, para encenar uma grande coreografia?

Não podemos simplesmente enfiar a cabeça na areia e fingir que está tudo bem… 3,5 milhões de jovens na praia de Copacabana não dizem nada, se esses jovens não estiverem “enraizados em Cristo e firmes na fé”, como dizia o tema da Jornada de Madri. O Reino de Deus começa como um grão de mostarda, não como uma árvore frondosa.

Se quisermos verdadeiramente nos salvar e ajudar nosso Senhor a salvar almas, precisamos entender que toda conversão passa pelo caminho da Cruz. Foi a mensagem de Bento XVI aos jovens em Madri: “Fora de Cristo morto e ressuscitado, não há salvação! Só Ele pode libertar o mundo do mal e fazer crescer o Reino de justiça, de paz e de amor pelo qual todos aspiram”; foi a mensagem de Francisco aos jovens no Rio: “A Cruz continua a escandalizar; mas é o único caminho seguro: o da Cruz, o de Jesus, o da Encarnação de Jesus.”; e é a mensagem perene da Igreja para todos os homens. Não deixemos que a graça divina emanada do sucessor de São Pedro passe por nós sem fruto.

O mundo que aguarda o retorno desses jovens que foram à Jornada não é amigável, muito menos cordial. Pelo contrário, como o lobo que espreita o rebanho de ovelhas, também eles – os inimigos da Cruz – farão qualquer coisa para dissipar a fé e desencorajar a missionaridade cristã, seja com heresias, seja com perseguições. Assim, cabe ao jovem, seguindo os passos do Opúsculo de Hugo de São Vitor sobre o estudo, ser “defensor da reta fé, debelador do erro, e ensinar o bem”. E isso requer uma grande humildade, uma entrega total a Deus e à sua vontade, uma vez que, como ensinava Pio XII, “o preceito da hora presente não é lamento, mas ação (…). Pertence aos membros melhores e mais escolhidos da cristandade, penetrados por um entusiasmo de cruzados, reunirem-se em espírito de verdade, de justiça e de amor, ao grito de “Deus o quer”, prontos a servir, a sacrificar-se, como os antigos cruzados”. Não, jovens, não tenhais medo de abrir as portas para o Senhor. Soldados de Cristo, levantai-vos!

Por: Equipe Christo Nihil Praeponere

pe Christo Nihil Praeponere

Gravidez no namoro

Gravidez no namoro

O relacionamento
vai exigir do casal o desprendimento para o novo

A vivência da
intimidade sexual passou a ser normal para muitos casais de namorados. Talvez,
por não entenderem a transcendência do ato sexual, muitas vezes, o sexo é
nivelado por baixo. Uma vez minimizado na sua grandeza, erroneamente, este é
também colocado como meio de sustentação do namoro. Para a maioria dos jovens
casais, tal intimidade é justificada como sendo também uma fase do conhecimento
daquele (a) a quem dizem amar.

A experiência
sexual nesse período ganha força quando o casal percebe que essa é uma prática
comum também no relacionamento dos colegas. Na roda de amigos, muitos pensam
que seria bobeira não aproveitar a situação, sendo que o (a) namorado (a)
deseja o mesmo. Julgando-se conhecedores de todas as coisas e muito seguros de
si, acreditam que a possibilidade de uma gravidez só acontece para quem não
souber evitá-la; até o momento em que a namorada traz a notícia de que está
grávida. (Dessa vez, a tônica das conversas na roda de amigos será o “vacilo
que fulano deu”!)

É sabido que
algumas jovens têm más experiências ao comunicarem ao namorado a “consequência”
ocorrida pela referida intimidade. Nesse momento, alguns simplesmente
desaparecem ou as culpam, como se elas fossem as únicas responsáveis pela
gravidez. Os namorados se esquecem de que a responsabilidade que hoje está
sobre elas é também resultado do compromisso que, indiretamente, assumiram ao
desejar viver a intimidade no namoro. As jovens mães percebem, então, a duras
penas, que fizeram uma má escolha, reconhecendo que aqueles que, antes, lhes
fizeram tantas promessas, foram apenas capazes de engravidá-las. Mesmo sem
querer, agora, o casal de namorados se torna pais.

Para outros casais,
ainda que a notícia da gravidez venha a abalar o dia, eles sabem que não
poderão ocultar a situação por muito tempo. Em breve começarão a acontecer as
mudanças no corpo da mulher. Então, a ela caberá a responsabilidade de
enfrentar os pais e tentar justificar o óbvio; enquanto que a ele caberá a
iniciativa de preparar condições de promover o conforto básico, tanto emocional
como de bem-estar, que toda mulher grávida necessita.

Se uma gravidez
para uma pessoa casada já causa grandes mudanças e exige muitas adaptações,
imaginemos para aqueles que ainda estão no começo da realização de seus sonhos
e planos… Para estes, a situação se torna ainda mais exigente, pois, vivendo o
novo papel, surgem – nas vidas dos então namorados – as dificuldades
pertinentes ao convívio contínuo. O relacionamento vai exigir do casal o
compromisso e o desprendimento de se moldar ao inusitado apresentado pela
situação. Tudo será vivido de maneira intensa, em meio às preocupações, aos
choros do bebê, às dificuldades para continuar os estudos, à busca de trabalho,
à aceitação dos familiares, entre outros.

O tempo propiciado
ao casal, durante o namoro, para avaliar o perfil do pretendente e se conhecer
mutuamente é abreviado com a gestação da namorada. Com tantos desafios, os
namorados perceberão que pouco conheciam o temperamento do outro e, muitas
vezes, se veem despreparados para assumir as consequências do ato que os levaria
para muito mais além do prazer experimentado.

Para não viver os
mesmos atropelos de outros namorados que tiveram de provar das
responsabilidades paternas antecipadamente, melhor será para os jovens casais
aplicarem-se no crescimento, nas adaptações e no amadurecimento do namoro.
Dessa maneira, quando se decidirem pelo casamento, nenhum dos dois poderá
alegar que não conheceu suficientemente a pessoa escolhida para compartilhar
com ele (a) a vocação do matrimônio.

A prova de amor se
confirma no compromisso mútuo de fazer o outro feliz por aquilo que ele é e não
por aquilo que ele faz.

Um abraço

Dado Moura
contato@dadomoura.com