Por que falamos que a fé é um pulo no escuro?

Por que falamos que a fé é um pulo no escuro?

 

            Esta
explicação da fé como um salto no escuro não corresponde ao ensinamento da
Sagrada Escritura. Fé é um salto sim, mas um salto no seguro. São Paulo diz:
“Sei em quem acreditei”. O seguro não significa absoluta clareza, pois a fé
está ligada à esperança, uma vez que a carta aos Hebreus confirma: “fé é o modo
de já possuir o que se espera, a convicção acerca de realidade que não se vêem”
(Heb 1,1).

             A própria carta aos Hebreus no
capítulo 11 diz-nos que esta fé foi a vida e o caminho dos patriarcas e, assim,
é o nosso caminho. Ela tem as características de ser estímulo a caminhar, de
ser meta a se atingir e meio de viver. “Sem ela é impossível ser agradável a
Deus, pois aquele que se aproxima de Deus deve crer que Ele existe e que
recompensa os que o procuram. Foi nela que Abel ofereceu os frutos foi morto e
nela seu sangue ainda fala. Por ela Abraão partiu para uma terra, sem saber
para onde ia. Sara teve um filho na sua velhice. Nesta fé Abraão oferece seu
filho Isaac em sacrifício. Nesta fé Moisés foi oculto pelos pais para
não ser morto. Por ela Moisés tira o povo do Egito e resiste como se visse o
invisível. Foi por ela que os líderes do povo, perseguidos, lutando pela
libertação, levaram vida errante vestidos de peles, oprimidos e maltratados.
Eles, de quem a terra não era digna, vagavam pelos desertos e pelas montanhas,
pelas grutas e cavernas da terra”.

             A fé, mesmo na maior escuridão a fé é
visível e dá a direção e segurança no caminho, mesmo doloroso. Nesta caminhada
ela se torna uma obra concreta. São Tiago diz que a fé tem que ser acompanhada
das obras. Não basta dizer sou católico ou crente, se minhas obras não mostram
isso. Ela empenha a vida. Só a fé salva, diz Paulo. Tiago explica que fé
significa agir pelas obras. Foi por isso que certos grupos tiraram a carta de
Tiago da Bíblia. Entenderam que isso significaria dizer: fé na igreja e fora
por minha conta, como eu quero. Ela interfere diretamente na vida através do
Evangelho de Jesus. Vencer as tentações da fé é difícil, pois a tentação é
suave e gostosa. E pelo fato de ser boa e suave, muitos caem quando chega o
momento da crise.

 

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

 

Como devemos entender a vida cristã? Uns falam da prática do bem, outros de evitar o mal. Onde estão os fundamentos?

Como devemos entender avida cristã? Uns falam da prática do bem, outros de evitar o mal. Onde estão osfundamentos?

 

De fato há muitadificuldade de entender onde se localiza a vida cristã. Já nascemos dentro deuma comunidade cristã, muito definida, com uma tradição que é passadanaturalmente. Há vantagens, mas alguns noções essenciais acabam por serprejudicados ou pelo esquecimento, ou porque nos envolvemos com outros dados eobscurecemos partes importantes da Palavra de Deus. Um destes perigos sereferem justamente aos fundamentos da vida cristã.

            No evangelho do domingo passado (Lucas12,13-21), Jesus fala do perigo das riquezas. E explica que o perigo é ajuntartesouros para si e não ser rico diante de Deus. Falamos do perigo e nãoapresentamos a solução fundamental da vida cristã que é ser rico para Deus. Nãoqueremos com isso criar uma mentalidade consumista da vida cristã: vou fazercoisas boas, amontoar rezas, orações e atividades e assim estou bem. Certo quedevemos fazer isso também, mas o fundamento está naquela grande riqueza que diza segunda leitura: (Col 3,3): “Vossa vida está escondida com Cristo em Deus”. Ofundamento da vida cristã é estarmos emDeus. Nisto está a riqueza quedevemos fazer crescer em tudo o que fizermos. Assim o bem que fazemos não éamontoar produtos espirituais, mas estar ligado à fonte da vida porque estamosunidos à seiva de vida que é Cristo escondido em Deus.

            Aqui temos que mudar muito nosso modode conceber a vida cristã. Há muita leviandade em se compreender a vida cristã:ou nos satisfazemos com três ou quatro quireras, ou comprendemos esta vida apartir do lado negativo, isto é do pecado, do mal e do tentador. A leviandade énão se importar com o profundo da vida espiritual. O negativo é só pensar nopecado, no demônio e em sua ação em nós.

            Temos que fugir dos dois males. E omodo de superar estes perigos é o conhecimento de quem somos nós: pelaencarnação e redenção, estamos “misturados” com Deus. Mesmo que eu esteja foraDele, Ele está dentro em mim. A vida deve ser a partir dele. Daí surgea necessidade de procurar as coisas boas que Deus realiza em mim. E estas logicamente são um tesouroimenso. À medida em que vou me abrindo à esta vida de Deus em mim minhas açõestomam sentido e o mal que há em mim se dilui automaticamente. Cura-se umaplanta murcha com a água viva.

 

Pe. LuizCarlos de Oliveira, C.Ss.R.

 

A escada da vida

A escada da vida

A cura
interior flui não só através dos sacramentos, do louvor e do perdão, mas
também, acredito, quando levamos Jesus conosco pela escada da nossa vida. Todos
os dias peço ao senhor que percorra comigo toda a minha vida passada, desde o
primeiro ano até o presente, e supra o amor de que eu precisava e que não
recebi. Muita gente conhece a historia da filha de Ruth Carter Stapleton  que era emocionalmente perturbada. Durante
dois anos Ruth impunha as mãos sobre a filha e dizia: “Senhor, coloca uma ponte
sobre o vão que existe entre o amor que ela precisava, o amor que ela precisa e
o amor que ela recebeu.” Em dois anos, quando a levaram de volta a clinica em
que estava sendo tratada, a menina estava perfeitamente normal.

Cada um de
nós pode efetivamente orar dessa mesma maneira, de modo especial se conseguir
visualizar o Senhor ou Maria carregando-o como uma criança ou subindo com você
uma escada, da qual cada degrau representa um ano de sua vida. Maria, nossa Mãe
Santíssima, pode suprir o amor materno e Jesus pode suprir o amor paterno de
que precisamos e não tivemos. Ninguém recebeu o amor que se precisou em
determinada época e nem na proporção certa. Nenhum de nós teve pais perfeitos e
nenhum de nós é emocionalmente perfeito. Meu ministério de cura interior
confirma isso. Nunca encontrei uma pessoa que tenha tido todo o amor de que
precisava e na exata proporção, em termos diários. Eu exorto vocês a
ministrarem a si próprios cura interior e a convidarem Jesus a percorrer desde
o inicio a escada de suas vidas. Com poucas palavras poderíamos pedir ao Senhor
Jesus que nos acompanhe pela escada de nossa vida e cure as magoas e dores que
marcaram nossa existência, pois nos reunimos em nome de Jesus e o Espírito esta
sempre conosco.

Reunimo-nos
com fé e amor, louvor e desejo de perdoar e agora podemos esperar que algo
aconteça.  Enquanto vocês lêem, o
espírito poderá interrompe-los em determinado ano e então vocês recordarão um
incidente especifico. Se isso acontecer e for verdade, haverá provavelmente uma
cura correspondente àquele ano. Se vocês fizerem isto todos os dias receberão
uma fantástica soma de curas no decorrer de um ano.

“Jesus
Cristo é o mesmo hoje como foi ontem e será para sempre.”(Hbr 13,8)

“Senhor nós
te pedimos que leve cada um de nós pela escada de nossas vidas. Sabemos que
estiveste lá; não sentimos tua presença e talvez não a percebêssemos, mas
sabemos que estavas lá a cada instante de nossas vidas e te pedimos que voltes
no tempo, agora, e supras todo o amor que não tivemos e não recebemos ou não
pudemos receber naquela determinada época. Pai, permite que Jesus nos leve através
de nossos primeiros anos, permite que o amor paterno se derrame em nós no
primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono e
décimo ano de nossas vidas. Supre o que nos faltou de amor, Pai, em nossos
primeiros anos e nos anos críticos da adolescência quando, através de mudanças,
buscávamos nossa própria identidade; rebelávamo-nos  então 
contra nossa família, mas positivamente precisávamos da ajuda dela. No
décimo primeiro ano, décimo segundo, décimo terceiro, décimo quarto, décimo
quinto, décimo sexto, décimo sétimo, décimo oitavo, décimo nono e vigésimo,
Senhor estamos pedindo amor e acredito que estamos recebendo. No vigésimo
primeiro ano, vigésimo segundo, vigésimo terceiro, vigésimo quarto, vigésimo
quinto, vigésimo sexto, vigésimo sétimo, vigésimo oitavo, vigésimo nono,
trigésimo- os anos do casamento e vocação, quando a vida estava difícil e
tínhamos que agir a um nível totalmente novo de relacionamentos aos quais não
estávamos habituados- cura, senhor, aquelas magoas, dores e sentimentos de
solidão e tristeza.

Liberta-nos,
Jesus, nos trinta anos, quando tivemos problemas com a educação  dos filhos e preocupações com a saúde deles,
com o que lhes ia na alma, com sua educação e suas aflições. Cura essas áreas
que estiveram feridas. Senhor. Cura-as no trigésimo primeiro, trigésimo
segundo, trigésimo terceiro, trigésimo quarto, trigésimo quinto, trigésimo
sexto, trigésimo sétimo, trigésimo oitavo, trigésimo nono e quadragésimo.

Agora,
Senhor, cura as inseguranças que tivemos nos anos da nossa meia idade, quando
começamos a experimentar mudanças drásticas. Aos quarenta e um, quarenta e
dois, quarenta e três, quarenta e quatro, quarenta e cinco, quarenta e seis,
quarenta e sete, quarenta e oito, quarenta e nove e cinqüenta.

Senhor,
focaliza os anos que começamos a ver a morte nos rondando, a doença, o
sofrimento e os filhos tendo problemas familiares. Pedimos-te que derrames teu
amor que cura na medida em que nos levas através de todos esses anos. Nos
nossos cinqüenta e um anos, cinqüenta e dois, cinqüenta e três, cinqüenta e
quatro, cinqüenta e cinco, cinqüenta e seis, cinqüenta e sete, cinqüenta e
oito, cinqüenta e nove e sessenta. Cremos que alguma coisa esta acontecendo,
Senhor, porque, mais do que nós mesmos, Tu desejas libertar-nos. Tu nos amas
mais do que nos amamos a nós mesmos e desejas curar-nos mais do que nós mesmos
o desejamos.

Senhor,
cura-nos a partir dos nossos sessenta e um anos-anos de insegurança, temos da
morte, temor de doenças, temor da solidão, temor pelos nossos  familiares que estão desaparecendo. Cura-nos,
Jesus, nos nossos sessenta e um anos, sessenta e dois, sessenta e três,
sessenta e quatro, sessenta e cinco, sessenta e seis, sessenta e sete, sessenta
e oito, sessenta e nove e setenta anos.

Continua
caminhando conosco através de todos esses anos, anos crepusculares, anos em que
nos sentimos tão felizes e ao mesmo tempo tão angustiados. Aos setenta e um,
setenta e dois, setenta e três, setenta e quatro, setenta e cinco, setenta e
seis, setenta e sete, setenta e oito, setenta e nove e oitenta anos. Obrigado,
Senhor Jesus. Nós te agradecemos porque neste instante a tua cura está sendo
derramada. Nós acreditamos nisso.

(Robert  DeGrandis SSJ)

 

 

Jejuar do mundo

Jejuar do mundo

 

É
possível jejuar das notícias inúteis e das imagens do mundo
 

A
Quaresma é um tempo no qual vivemos a tensão para encontrarmos o equilíbrio
certo, o momento exato, a fórmula ‘mágica’ para vivermos a tríplice ordem –
jejum, esmola e oração. Sabemos que a Igreja nos ensina várias modalidades para
mergulharmos nesta intimidade com Jesus por meio desses atos. Porém, ela
não fecha em uma forma exata, dogmatizada, sobre como devemos praticar o
jejum, a esmola e a oração. 

Assim, para encontramos a medida certa precisamos ser criativos, sobretudo no
que diz respeito ao jejum. Clemente de Alexandria, em sua criatividade, nos
ensinou a “Jejuar do Mundo”, ou seja, a nos afastarmos das situações rotineiras
que não nos colocam em comunhão com Jesus. Essas modalidades são chamadas
extracanônicas (cf., Estromatas, II, 15: GCS 15,242).

Para explicarmos isso melhor recorremos à proposta de “Jejum do
Mundo” ensinada pelo Frei Ranieiro Cantalamessa – pregador da Casa
Pontifícia, no livro “Preparai os Caminhos do Senhor”.

Segundo ele existe um tipo de mortificação possível a todos e, acima de tudo,
benéfica, que é o jejum das notícias inúteis e das imagens do mundo. O
religioso afirma que vivemos em um mundo no qual a comunicação em massa nos
bombardeia com notícias, informações, propagandas, imagens que corroem a nossa
vida espiritual. 

Essas informações e imagens, presentes na televisão, na publicidade, nos
espetáculos, nos jornais, nas revistas, na internet tornaram-se o veículo
privilegiado para a expansão da ideologia mundana, consequentemente nos afastam
da união com o Senhor. Podemos constatar isso na nossa vida, sabemos o quão
difícil é nos recolhermos para rezar em meio a tanto “barulho”. Um
exemplo claro disso é quando acabamos de nos “encher” de algumas
informações e vamos rezar, parece que não “desligamos”, ficamos
pensando no celular que poderá tocar, na notícia que acabamos de receber, na
fofoca que ouvimos ou falamos, daquela bendita música – secular, que não sai da
nossa cabeça –, enfim, levamos em nosso coração todos aqueles emaranhados de
notícias que acabamos de ouvir e ver. 

Portanto, não é possível encher os olhos, a mente e o coração com essas imagens
e informações e depois querer rezar.

Frei Raniero afirma ainda que “o
Reino de Deus tem as suas notícias eternas, sempre novas, a serem ouvidas, e,
pelo fato de estarmos tomados pela paixão das notícias do mundo, não mais as
compreendemos. Parecem-nos apenas coisas velhas superadas, não a proclamaremos
com força, pois elas não vivem com força dentro de nós
“.

Podemos, dessa forma, em meio à rapidez das informações, dedicar nosso
tempo gasto com a procura destas informações inúteis à oração, por intermédio
do Jejum do Mundo, pois todo pequeno esforço pode se transformar em uma ocasião
de encontro com Deus. Assim, desviando o nosso olhar da ilusão (cf. Sl 119,37),
teremos acesso às notícias eternas, as quais somente os corações íntimos do
Senhor podem ver.

Ricardo Gaiotti Silva
ricardo@geracaophn.com

 

Eucaristia e confissão, armas contra a tentação

Eucaristia e
confissão, armas contra a tentação

 

Uma
grande tentação é não fazer a vontade de Deus
 

Tua Palavra, Senhor, é
mais penetrante que uma espada de dois gumes. Toca-nos, agora, Senhor, para que
Tua Palavra possa trazer a vitória sobre qualquer espírito mau que queira nos
enganar.

Eu acho que todos devem saber o que os romanos faziam quando derrotavam um
império ou um general. O vencedor entrava de forma triunfante em Roma. E em
meio àquela entrada triunfal, o general era aplaudido e louvado. E o general
derrotado era amarrado à carruagem do vencedor. E isso era o máximo de
humilhação para quem que havia sido derrotado.

Se olharmos Colossenses, veremos que São Paulo usa esse mesmo fato para falar
da derrota do inimigo de Deus. Já foi dito várias vezes que o demônio já foi
derrotado. Não precisamos temer nada. É verdade que o maligno é como um leão
que ruge à nossa volta, tentando achar uma brecha e nos devorar. Mas por que
ele continua a entrar nesse campo de batalha, uma vez que já foi derrotado? A
intenção dele é diminuir a força do reinado de Jesus. Satanás continua a tentar
enfraquecer aqueles filhos e filhas de Deus que fazem parte do Reino de Deus. E
a experiência de muitos é esta: “Por que depois que comecei a seguir Jesus
tenho mais tentações, me sinto mais oprimido que antes e tenho mais
crises?”

Muitas pessoas, muitos cristãos, uma vez que tomam a decisão de seguir ao Senhor
pensam que vão ter uma vida mais tranquila. Mas a verdade é o contrário, pois o
demônio não tem interesse em atacar os que não são seguidores de Jesus. O
interesse dele é colocar obstáculos na vida daqueles que decidiram seguir o
Senhor. Os cristãos são as pessoas mais atacadas. Até os santos foram
perseguidos.

Seguir Jesus, num momento de entusiasmo, é
fácil, mas continuar O seguindo nos momentos de sofrimento é difícil. Mas
existe uma coisa, uma técnica que frequentemente o demônio usa para nos atacar:
o desânimo, o desencorajamento
. O inimigo de Deus virá tentá-lo quando você
estiver se sentindo fraco, cheio de medos, com raiva, ansioso e triste. Ele é
como um rato dentro em um duto. Você não o vê. Ele age durante à noite,
esconde-se sem que ninguém o veja. Mas se você derramar uma chaleira de água
quente lá onde ele está, ele vai ter de sair do buraco. Quanto mais louvamos a
Deus, tanto mais o maligno não consegue suportar isso e foge.

O desânimo não vem de Deus, sempre vem do inimigo, daquele que nos faz desistir
de seguir em frente.

Não temos por que temer o diabo, pois
ele já foi derrotado. Ele é que tem de ter medo de você e de mim!
 A razão para isso é simples:
nós somos filhos e filhas de Deus, herdeiros do Reino de Altíssimo. O maligno
tem muita raiva, porque aquilo que foi dado a ele uma vez, agora é dado para
nós. Ele tem raiva e ódio de nós por causa disso. Ele odeia a cada um de nós. E
faz tudo para nos enganar, para que voltemos desencorajados e desanimados. Ele
tenta nos enganar de várias maneiras.

É nosso papel lutar contra essas táticas que inimigo de Deus utiliza para nos
desanimar. Outra tática usada por ele é nos apresentar meias verdades, porque o
demônio é um mentiroso, enganador, trapaceiro. Ele nos apresenta algo que
parece muito bom, quando, na verdade, é muito ruim.

O maligno diz que, por causa dos seus pecados, você não consegue fazer nenhuma
tentativa para ser mais santo. E faz de tudo para que nós saiamos do caminho da
vontade do Senhor. Muitas vezes, nós pensamos que tentações são apenas
relacionadas ao sexo, à raiva, a sentimentos de ódio e vingança. Essas são
grandes tentações. Mas temos de estar atentos a uma grande tentação que é não
fazer a vontade de Deus. Ele ousou tentar Jesus a desobedecer ao Pai, quando O
levou ao alto do monte e mostrou-Lhe as cidades, dizendo-Lhe que elas
pertenciam a Ele.

Irmãos e irmãs, será uma luta até o fim de nossa vida, mas se nós usarmos as
armas certas não precisaremos ter medo nenhum. A primeira arma é a Eucaristia.
O inimigo treme diante do Corpo de Cristo, porque é sinal de humildade,
enquanto ele luta para ter poder. Jesus Cristo quis, por um momento, aniquilar
a Si mesmo, entrando nas espécies do pão e do vinho para ficar perto de nós.
Uma outra arma forte contra o maligno é o sacramento da confissão, que é mais
poderoso do que a própria oração do exorcismo.

Frei Elias Vella