Fraternidade e defesa da vida



Fraternidade e defesa da vida


 


A Campanha da Fraternidade de 2008 tem como tema: “Fraternidade e defesa da vida”; e o lema: “escolhe, pois, a vida”. Este tema assume importância sempre maior no Brasil e no mundo em vista das ameaças e agressões constantes à vida. É uma proposta evangelizadora, voltada para uma conversão pessoal e comunitária. Visa despertar e nutrir o espírito comunitário e a verdadeira solidariedade na busca do bem comum, educando para a vida fraterna, a justiça e a caridade, que são exigências centrais do Evangelho.


                 Somos convidados a refletir sobre a Vida nas suas múltiplas formas e manifestações. A vida é um bem impagável e indisponível; cada ser vivo manifesta, à sua maneira, a sabedoria e a insondável providência de Deus Criador. Não criamos a vida, mas temos o tremendo poder de destruí-la; e a destruição da vida pelo descuido e a imprudência humanas, ou pela ganância sistemática e cega, é ofensa ao Criador.


                Tratando-se da vida humana, as questões tornam-se ainda mais preocupantes. A pobreza extrema e a falta de políticas sociais adequadas deixam a vida humana exposta a situações de risco e precariedade. A violência e o crime organizado ceifam numerosas vidas humanas, lamentavelmente, muitas delas, em plena flor da juventude! Submetida à lógica do mercado e da vantagem econômica, a vida humana acaba valendo muito pouco. A degradação ambiental, a contaminação e poluição das águas e do ar, em conseqüência de políticas econômicas irresponsáveis, desencadeiam mecanismos que põem em risco a própria sobrevivência da vida no nosso planeta.


                É impressionante o número de abortos. São seres humanos inocentes e indefesos rejeitados, aos quais é negada a participação no banquete da vida.


                O lema – “escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19b) – é tomado do livro do Deuteronômio. O povo hebreu, beneficiado pela ação libertadora e salvadora do Deus da vida, é colocado por Moisés diante da grave alternativa: escolher a vida e um futuro esperançoso para si e seus descendentes, permanecendo fiel aos mandamentos de Deus, ou escolher a morte, andando por caminhos de idolatria e servindo a “deuses” fabricados para a própria conveniência. Isso vale para a globalidade das decisões humanas: nossas escolhas têm conseqüências sobre a vida e o futuro. A escolha livre e responsável do respeito aos mandamentos de Deus e do seu desígnio de vida significa bênção, esperança, futuro. O desprezo ao desígnio do Deus da vida e seus mandamentos traz a desgraça, a morte.


                Esta é a grande questão ocasião para refletir sobre a complexa problemática que atinge a vida sobre a terra, em especial, a vida humana. Está em jogo o futuro da vida na Terra, nossa casa comum, e de todos os seus habitantes. Uma solução responsável só poderá ser solidária e fraterna, no pleno respeito ao desígnio de Deus Criador e Senhor da vida.


E como nossa missão é gerar vida, defender a vida, precisamos conhecer para amar, amar para cuidar.


Eis o motivo de estarmos esperando por você nos dias, 18, 19 e 20 de abril, para o Retiro: “Escolhe, Pois a Vida”.


Nós cristãos devemos nos identificar com Jesus, Ele é o “Caminho a Verdade e a Vida”. Ele veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância (Cf. Jo 10, 10). Jesus, no Sermão da montanha, vai além da proibição da morte física, nos mostra que não se deve matar moralmente (Cf. Mt 5, 21-22). Mostra também que a justiça de igual para igual não muda a situação de ódio (Cf. Mt 5, 38-42) e que devemos fazer tudo para superar as situações de inimizade (Cf. Mt 5, 43-48). Por fim nos coloca o critério para a defesa e valorização da vida: “Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles” (Mt 7, 12).


Nós cristãos devemos lutar para que a cultura de morte seja substituída pela civilização do amor, que globalize a solidariedade e, assim, a vida humana aconteça cada vez mais de acordo com os princípios daquele que a doou. A vitória de Jesus é a garantia da nossa vitória porque, na verdade, estaremos participando da vitória dele, e esta garantia deve ser a força que nos impulsiona para a certeza da vitória sobre o pecado, a grande causa da morte no mundo.

Pe. Carlos de Oliveira Egler

Paróquia São Pedro Apóstolo

Crer no poder da misericórdia


Crer no poder da misericórdia


Reunidos aqui queremos dá a Deus a mais profunda adoração, esperamos a misericórdia d’Ele sobre nós, sobre todas as pessoas que nos acompanham pelo Sistema de Comunicação Canção Nova.


Entreguemos a Deus a juventude que neste momento precisa encontrar a misericórdia do Senhor. Que a misericórdia seja derramada na vida dos jovens que já perderam o sentido da vida.


Salva ó Senhor aqueles que estão nas trevas, em uma vida de prostituição, nas drogas, em tantas situações. Vem libertando, dando o arrependimento aos corações, que todos se sintam resgatados e acolhidos pelo teu amor.



Padre Roberto Lettieri preside Santa Missa na Canção Nova


Suplique misericórdia para sua casa, para sua família, sobre os teus pecados, sobre os pecados dos seus filhos, esposas, esposos.


Que o Sangue de Jesus vá entrando nas feridas mais dolorosas do nosso coração, que o Sangue de Jesus penetre as vossas casas, as vossas famílias. Apresente ao Senhor todas as situações da sua casa, da sua família.


Misericórdia significa o Senhor que entra na pobreza do seu coração. O Senhor recebe os teus pecados para te dá uma vida nova. Fale para o Senhor que você crê que Jesus tem o poder de mudar a sua vida, tem o poder de curar porque Ele está vivo.


Clamo a Deus por todas famílias que sofre o mal do alcoolismo, que seja derramado sobre você homem ou mulher alcoólatra o Espírito Santo. Jesus deseja te libertar, fale para Jesus que você confia em Deus – “Eu confio em ti Senhor, confio em vossa misericórdia“.


O Senhor realiza maravilhas neste momento, o que o Espírito Santo quer de nós é simplesmente a nossa fé. Renove a sua fé no mais profundo da sua alma, porque o Senhor em sua misericórdia está agindo na nossa vida, realizando maravilhas de acordo com a nossa fé, tudo é possível àquele que crê.


Abandone-se em Deus e experimente a sua misericórdia. Entregue a Deus a sua vida, o motivo maior que te trouxe aqui.


Que os jovens sejam agora mergulhados na misericórdia do Senhor, jovens que vivem a escravidão dos traficantes, jovens que estavam prontos para cometer o suicídio, mas a misericórdia do Senhor os encontrou neste momento.



Padre Roberto reza pela juventude


 nosso sacrifício de está aqui nesta Santa Missa, o Senhor está modificando a vida de muitos jovens. Deus está realizando milagres.


Gratidão ao Deus Pai das Misericórdias, por tudo que está acontecendo em muitos lares, em muitas famílias. Louve a Deus por muitos que se converteram, louve também por aqueles que não estão aqui.


É preciso que você creia o valor da Santa Missa, o valor da oração, pois aí Deus pode mudar a vida de uma pessoa e de uma multidão, pode curar e libertar.


Não duvide nunca da misericórdia do Senhor, por pior que seja a situação que encontre um ser humano, acredite que aí Deus pode agi. Não queira enquadrar a misericórdia de Deus a vossa inteligência, pois a misericórdia do Senhor é infinita.


É um pecado contra a misericórdia abandonar aqueles que você pensa não ter solução, se você acredita na misericórdia, nunca diga para uma pessoa que ela não tem jeito, Deus é misericórdia.


Em muitas situações somos maus não temos misericórdia. Misericórdia não tem cálculo, ela não pode ser preenchida com matemáticas humanas, 80% dos católicos não vivem a misericórdia, é olho por olho e dente por dente.


Satanás odeia a misericórdia. A misericórdia retira todo o poder do mal, a misericórdia salva vidas. Misericórdia é muito mais que um preceito, é a vida de um Cristo. Misericórdia não se calcula, se vive. A misericórdia é uma pessoa, a misericórdia é Jesus. A misericórdia não é preceito, não é norma, é vida. Você precisa perdoar as pessoas enquanto elas estão vivas, não perca tempo! Assim como Jesus lhe dá do seu Sangue e Seu Corpo, você precisa dá o perdão as pessoas.


Misericórdia é um mistério. Deseje viver mesmo sofrendo muito, queira viver a misericórdia, porque é um mistério lindo do amor de Deus.

Aprendamos a dialogar com o Senhor após meditar sua Palavra



Meditação
Aprendamos a dialogar com o Senhor após meditar sua Palavra


A palavra meditar, que parece estar na “onda”, mas com significados bem diferentes dos que a tradução católica lhe deu ao longo dos séculos, quer dizer: acolher a Palavra, confrontar-se com a Palavra. É um encontro sereno e tranqüilo, com o Deus da vida que entra e começa a fazer parte da nossa história. Como digo sempre, “não podemos ser só ouvintes da Palavra, mas praticantes”. Só ao praticar o que cremos é que mostramos a nossa fé e autenticidade e nos tornamos testemunhas qualificadas diante de Deus.



Hoje em dia, fala-se muito da “lectio divina”, que não é outra coisa senão a escuta da Palavra, que deve ser meditada, rezada, contemplada e vivida..



São cinco palavras-chave que não podemos esquecer:


Ler a Palavra;


Meditar a Palavra;


Rezar a Palavra;


Contemplar a Palavra;


Viver a Palavra.



Sem interiorização da Palavra de Deus, não há vida espiritual.



Nada há de melhor depois de termos lido, meditado a Palavra do Senhor, do que dialogar com Ele, abrindo nosso coração para lhe dizer tudo o que se passa em nós. É no diálogo amoroso, onde amamos e nos sentimos amados que todos os traumas são superados e vencidos para sempre. Deus, na verdade, é o melhor psicólogo, aquele que nos cura em profundidade. Ele nos conhece e sabe de que e como somos feitos.



A leitura ou a escuta da Palavra de Deus nos provoca e nos leva necessariamente a falar com Deus, ou melhor, a abrir-lhe o nosso coração com toda simplicidade. Estamos “de coração nas mãos”, como diz o povo, e colocamos no coração de Deus tudo o que se passa dentro de nós. Toda cura e toda terapia se realizam pelo diálogo, por meio do qual assumimos a nossa realidade de pecadores. Todo trauma colocado diante de Deus – com confiança – se torna “mosquito”, perturba mas não atrapalha, porque o amor de Deus é maior do que nós. Ele vai queimando tudo no fogo de seu amor e nos libertando para que possamos viver na dignidade de filhos e filhos muito amados.



Mas tudo começa pelo diálogo. Sem este seremos incompletos, fugitivos e a nossa vida não terá sentido. É o amor que flui em nós e canta como água cristalina que borbulha na sua nascente. Não tenhamos medo de Deus, Ele nos ama e o seu amor nos “restaura”!



(Artigo extraído do livro “Como rezar”)


Frei Patrício Sciadini



31/03/2008 – 07h00


 


 

A Páscoa



A Páscoa no nosso mundo particular


As grandes celebrações cristãs geram grandes mobilizações do comércio


A Páscoa é o dia mais importante para os cristãos, pois, comemora-se a Ressurreição de Jesus Cristo, a passagem da morte para a vida. A Igreja celebra a morte redentora de Jesus e a Ressurreição d’Ele, por meio da qual a esperança de uma vida nova foi resgatada. Pensar em morte e ressurreição, quando gozamos de plena saúde, pode parecer viver alguma coisa que está muito além do nosso tempo. Afinal, espera-se por algo que somente deverá acontecer após a nossa morte… O tempo – que antecede a Páscoa – é chamado de Quaresma, período de especial preparação, no qual a Igreja caminha com os fiéis para a prática da conversão cotidiana e mudança de vida. Pode-se pensar que o tempo quaresmal é para ser vivido apenas por aqueles que estão na Igreja, para os “carolas”, chamados por alguns de radicalistas ou retrógrados. Mas esse tempo de “retiro” nos ajuda a ler as páginas de nossa vida sob a luz d’Aquele, que nos chama a nos aproximarmos d’Ele. Além da nossa alma, muitas outras coisas precisam ganhar vida nova em nós, tanto no convívio, como nas responsabilidades e procedimentos. No decorrer de nossas vidas percebemos que, muitas vezes, somos influenciados por situações ou pessoas. Algumas influências são positivas; outras, nem tanto. Sem muito esforço, notamos que aquilo que antes era importante, hoje deixou de sê-lo; que o que era tido como falta grave, com o tempo, passou a ser tido como natural para muitos, mesmo que isso implique no prejuízo de outrem; não importa, desde que se obtenha algum lucro. Da mesma forma, o que era defendido com ardor – como, por exemplo, a vida – passou a ser considerada, muitas vezes, como estratégia de marketing sócio-político. Às vezes, aceita-se com tranqüilidade algumas questões polêmicas, as quais sutilmente minimizam o peso de um compromisso. Se houver repulsa quanto a esses conceitos, não se hesitará em condenar a Igreja como aquela que atravanca o “progresso”. Assim, a vida vem sendo mergulhada num mundo cinzento, com a falta de esperança e de valores. É interessante notar que nas grandes celebrações cristãs acontece também uma grande mobilização do comércio. Para a indústria e o comércio, os quarenta dias, que antecedem a Páscoa, significam preparar-se para uma maior produção de chocolate. Para a imprensa, significa noticiar o crescimento das vendas – comparadas ao ano anterior – e o corre-corre nos supermercados e lojas. E o comércio se transforma em grandes estandes ofertando uma imensa variedade de ovos de chocolate, que seduzem crianças e os preços assustam aos pais. Sedadas pelas doces abordagens, promovidas pelo comércio, muitas pessoas se limitam a se recordar das festas cristãs somente como tempo para se presentear. Não se pode negar que somos também envolvidos por toda essa articulação vinculada pela mídia – associada às estratégias do comércio. Neste ano, podemos mudar este cenário buscando viver essas celebrações de forma diferente, mudando nossas vidas e atitudes. Muitos fiéis aguardam, em vigília, a Ressurreição de Cristo. Nós também devemos esperar por isso e nos abrir para que essa ressurreição também aconteça em cada um de nós, em cada mundo particular, em nossa maneira de pensar e de agir. De forma a permitir que esta mesma ressurreição brilhe em nossos olhos para que percebamos nossa própria realidade. Dessa maneira, pouco a pouco, percebemos que o que deve nos animar não é somente o instinto de sobrevivência, mas o Espírito Santo de Deus, que nos sustenta e nos estimula a crescer na graça de sermos filhos do Altíssimo. Um abraço,


04/03/2008 – 07h20 – José Eduardo Moura


Missionário da Comunidade Canção Nova, trabalhando atualmente na na Fundação João Paulo II no Portal Canção Nova.

Qual a lei que rege sua vida?


Qual a lei que rege sua vida?



Jesus tem o poder de quebrar todas as cadeias que nos prendem


Jesus disse: “Tirai a pedra!” Marta, a irmã do morto, disse-lhe: “Senhor, já cheira mal, pois é o quarto dia”. Jesus respondeu: ”Não te disse eu: Se creres, verás a glória de Deus?” (Jo 11,39-40).



Quando justificamos nossa vida pelos acontecimentos do passado ou por aquilo que trazemos no nosso inconsciente, estamos deixando de lado a realidade de que Jesus é o Senhor da nossa vida. Ele é Senhor de tudo, é Senhor também do nosso inconsciente e, portanto, tem o poder de ordená-lo para o amor e de nos libertar de tudo o que nos acusa e nos prende, e acima de tudo, daquilo que estabelecemos como lei em nossa vida.



Quantas vezes, vivemos escravizados por condicionamentos do nosso passado em situações vividas, as quais não foram curadas, ou melhor, não a colocamos sob os cuidados do Ressuscitado para que as ordenasse em nós. Dessa forma, vivemos anos e anos arrastando essas lembranças de nossas vidas.



Jesus, uma vez ressuscitado, tendo vencido a cruz, Ele tem o poder de quebrar todas as cadeias – que estabelecemos em nossas vidas – como lei que nos regem, nos prendem e escravizam. E, com isso, também escravizam aqueles que convivem conosco, não nos permitindo viver para o amor perfeito.



Se você é uma pessoa que traz em si conceitos preestabelecidos e os traz para sua vida como verdades absolutas, deixando seu passado reger sua vida e ser o sinalizador do seu presente – vivendo um eterno sentimento de coitadinho e de vítima de tudo o que já aconteceu – saiba que você precisa passar por uma experiência da ressurreição na sua vida.



Jesus tem poder de ordenar tudo em nós para o amor em nosso passado e presente fazendo-nos viver uma liberdade interior, nos quais o próprio Cristo passar a ser o Centro e Senhor de todas as coisas em nossa vida, de forma que o passado e as lembranças, que nos escravizavam, começam a perder forças, dando lugar à força do Ressuscitado agir e nos levar a ser aquilo que o próprio Deus nos criou no seu desígnio de amor.



Para isso é necessário ter a coragem de nos abrir a essa busca de tocar em nossa história e querer passá-la pela luz da ressurreição de Jesus. Será necessária também a coragem de deixar Jesus entrar no “túmulo” do nosso passado, por mais fedido que esteja e por mais que já tenham passado muitos anos… De forma a deixar nosso passado se encontrar com a Luz do Ressuscitado e, assim como Lázaro, vir para fora e viver uma vida nova.



Deus abençoe sua decisão de provar a força do Ressuscitado em sua vida.



Com carinhos e orações,


Cícera Gonçalves
Canção Nova – São José do Rio Preto/SP


19/02/2008 –