Adoração



O que é Adoração?



Colocar-se em silêncio interior não é fácil


Antes de mais nada, trata-se de aprender a se colocar na presença de Deus, simplesmente, com regularidade. Mesmo que não seja por muito tempo, deve ser uma ação diária.
Por que procurar a presença de Deus no silencio interior? Porque primeiramente Ele esta presente em nós, mesmo se não sabemos, mesmo se não o sentimos.
Colocar-se em silencio interior não é fácil, e menos ainda permanecer ali por alguns instantes. Não estamos acostumados. Isso pode nos parecer uma perda de tempo. Preferimos preenche-lo com barulho, até mesmo um “bom barulho” como os cantos de louvor, com instrumentos musicais. Desse modo fugimos da Adoração, e da graça da cura que ela traz ao nosso coração doente.
Há um tempo para o “louvor ruidoso e feliz”, um tempo para a pregação ou o ensino (formação), um tempo para o terço ou outra devoção completamente respeitável. Mas esses momentos não são de Adoração…
Um louvor pode introduzir a Adoração num segundo momento, tornando-se progressivamente calmo ate chegar a um completo silêncio. O Evangelho de Mateus 26, 6-13, trata de uma mulher que derrama um perfume de grande valor aos pés de Jesus. Os discípulos, indignados, reagem: “Para que esse desperdiçio?” Naquele momento, eles não tinham compreendido… Como nós provavelmente não compreendemos, ainda, a verdadeira Adoração…
Jesus lhes explica: “é de fato uma boa obra que ela realizou para comigo… pobres, vocês sempre terão, mas quanto a mim, vocês não terão para sempre”.
Conhecida por todos como pecadora, essa mulher ousa manifestar seu reconhecimento a Jesus. Ela “aproveita a presença de Jesus” para honrá-lo, agradecer-lhe à sua maneira, para adorá-lo, mesmo que, sem dúvida, ela não perceba que o adora, porque não sabe ainda em verdade que Ele é Deus.
Essa mulher, espontânea, de modo livre, aproveita o momento na presença de Jesus, mesmo que Ele pareça ocupado com outra coisa, para lhe mostrar seu amor e, mais ainda, para dar, à sua maneira, um aprova definitiva. Consagrar tempo para a Adoração é como derramar um perfume precioso sobre Jesus para lhe manifestar nosso amor.

Artigo extraído do livro Orações de cura e adoração
Philippe Madre

Editora Canção Nova
05/10/2007 – 16h50

Momento com Maria e palavra de Deus


MOMENTO COM MARIA A PALAVRA DE DEUS


 


            Porque só o amor de Deus é fecundo, o Espírito Santo, o amor de Deus personificado, é o agente de toda a fecundidade maternal de Maria: “O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com sua sombra” (Lc. 1,35). Começa aqui o ritmo definitivo da salvação: o dom do Espírito Santo será, até ao fim, a manifestação definitiva do amor de Deus e a garantia da fecundidade salvífica da Igreja. Sempre que alguém acolhe a Palavra e acredita, sempre que um homem se converte e se abre ao amor, quando a vida é vivida com a novidade da Páscoa, tudo isso é manifestação da fecundidade do amor de Deus em nós, através da ação do Espírito. Se a encarnação do Verbo, fruto maravilhoso do seio fecundo de Maria, e a expressão máxima do amor de Deus por nós, a santidade cristã é a maior expressão do amor de Deus em nós. Se Jesus é o fruto bendito do ventre de Maria, a santidade da Igreja, que a une e identifica com Cristo, é o fruto maravilhoso da fecundidade da Igreja, cujo seio também é maternal, em Maria e como o de Maria.


            Assim o Evangelho finalmente nos introduz na hora que hoje estamos a viver. Conduz-nos rumo a Maria, que aqui honramos como a Mãe de Deus e Nossa. Na hora decisiva da história humana, Maria ofereceu-se inteiramente a Deus, o seu corpo e a sua alma, como morada. Nela e dela o Filho de Deus assumiu a carne. Por meio dela, a Palavra fez-se homem (cf. Jo 1,14). Desta forma, Maria diz-nos o que é o Advento: ir ao encontro do Senhor que vem em nossa direção. Esperá-lo, escutá-lo, contemplá-lo. Maria diz-nos por que motivos existem os edifícios das igrejas: eles existem para que, dentro de nós, se faça espaço à Palavra de Deus: para que, dentro de nós, a Palavra possa também nos dias de hoje fazer-se homem. E assim que a saudamos como Mãe, Discípula e Missionária: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, a fim de que vivamos o Evangelho do teu Filho.


            É bom tomarmos a consciência de que a fecundidade da Palavra de Deus em Maria, não é um caso inaudito e único. Nela acontece o que Deus deseja desde a criação do mundo: que a Sua Palavra seja acolhida e seja fecunda no coração dos crentes e no seio do seu Povo. Revelou-o continuamente o Senhor, pregaram-no os Profetas, desejaram-no os justos, e rejeitou-o, tantas vezes, um povo infiel, de coração duro, ferindo, com essa recusa, o coração de Deus.


            O que é único no acolhimento que Maria faz da Palavra é o fruto do seu ventre, a encarnação da Palavra eterna de Deus. No seu Verbo, Deus diz a Palavra decisiva aos homens, e porque decisiva, definitiva. Mas fá-lo respeitando o ritmo da fecundidade da Sua Palavra naqueles que a acolhem. A fecundidade de Deus, no seio de Maria é o clímax, o ponto de chegada do desejo de Deus gerar a vida naqueles que O acolhem.


 


Ajuda-nos a não ocultar a luz do Evangelho debaixo do alqueire da nossa pouca fé. Ajuda-nos a ser, em virtude do Evangelho, luz para o mundo, a fim de que os homens possam ver o bem e dar glória ao Pai que está nos céus (cf. Mt 5,14 ss.) Amém!


 


Pd. Francisco Pontarolo


Paróquia Nossa Senhora Aparecida


Fone: 3624-1991


 


 

A Palavra de Deus




PALAVRA DE DEUS AO NOSSO ALCANCE


 Hoje em dia são mais comum, as pessoas cristâs, cada uma ter sua própria bíblia. Que conquista positiva! Hoje em dia é comum falarmos de Lectio Divina; quer dizer, lições da Palavra de Deus; A PALAVRA DE DEUS, de fato merece respeito, amor, leitura, meditação, reflexão, contemplação, merece ser vivida, para que produza vida em abundância. Ela merece atenção.
 Que riqueza nos trás a PALAVRA DE DEUS! Quanta luz, sabedoria, entusiasmo e alegria. Oh! Como é necessário beber desta fonte. Beber com a água da fé e de oração. Quanta luz nos transmite! Ela clareia os nossos caminhos humanos, e ao mesmo tempo nos eleva e leva a Deus,aos céus.Ela nos transforma em sábios, retos, santos. Homens da terra, mas cidadãos do infinito. Oh! Como é preciso beber desta fonte para sermos sábios conforme Deus. (Filipenses 3, 17-21). É uma fonte inesgotável de lições de vida e de esclarecimentos.
 A Igreja de Cristo busca na bíblia suas raízes, razão de serem inspirações para se conduzir no Senhor.
 O Evangelho é à força de Deus, de todo aquele que crê (Rom. 1,16s). Portanto, tenhamos sempre em nossa frente, que precisamos da força de Deus. E essa força vem pela nossa adesão a Deus e pelo conhecimento da PALAVRA DE DEUS.
 Gente boa vai ler, meditar e procurar viver o que Deus nos revelou; viu, vai ser bem melhor para você. Você vai ser mais feliz com Deus. Sem Ele somos infelizes. O pássaro não voa sem asas. O homem não se realiza sem Deus. Ele é o essencial. Procuraremos a essência de nossa existência na prática da leitura, meditação e vivência da PALAVRA DE DEUS. Deus é o segredo da vida plena. Enfim, quando você lê, medita e vive a bíblia, você é um espetáculo de pessoa humana.
         



         Frei João Brolini
                                                                                              Comunidade Bom Jesus



A mania de grandeza é a pior das calamidades



A mania de grandeza é a pior das calamidades
Ao invés de olhar para si o cristão deve se lançar em Deus



Para quem busca conservar pura a alma e reta a intenção, o coração estará sempre livre para amar. E, vivendo no amor, passará a olhar as coisas a partir do alto e – isto é o mais importante – permitirá a Deus completar a obra-prima que Ele deseja ver em todos os seus filhos. É o que aconteceu com Maria, o exemplo mais belo e eloqüente do que Deus pode fazer em quantos se deixam modelar por seu carinho. A grandeza de Maria é a sua pequenez. Para agir, o “tudo” de Deus precisa encontrar um “nada” de amor. É o nada que atrai e preenche o tudo: «Deus olhou para a pequenez de sua serva» (Lc 1, 48).


Um nada de amor, porque, na maior parte das vezes, ele pode ser fruto da timidez e do medo, e até mesmo da arrogância e do orgulho. É desse nada que nascem os complexos de superioridade e de inferioridade que, no fundo, são a mesma coisa. Desconfiemos de uma humildade que, ao invés de se abrir à confiança, se fecha sobre si mesma!


Foi a descoberta que fez a grandeza de São Paulo: «A força se realiza na fraqueza. Quando sou fraco, então é que sou forte» (2Cor 12, 9.10). Para quem descobre o amor de Deus e nele acredita cegamente, o negativo pode se tornar mais precioso do que o próprio positivo. É a arte de aproveitar das próprias culpas, como se intitulava um velho livro de espiritualidade.



Ao invés de olhar para si mesmo e contar com seus talentos e dons, o cristão se joga em Deus. E Deus sempre «faz grandes coisas» (Lc 1, 49), como reconhecia Maria.



Esta é a única maneira de agir de Deus. Gedeão só conseguiu vencer os madianitas quando reduziu seus 32.000 soldados para 300 (Cf. Jz 7), O motivo é simples e evidente: como ser limitado e contingente que é, o homem realiza obras que perecem, ao passo que as obras de Deus permanecem para sempre.



Quem é o maior no reino de Deus? Quem se faz pequeno. E quem é pequeno? Quem se coloca a serviço por amor (Cf. Mt 18, 2-3). Deus nunca se encontra entre os que buscam os primeiros lugares…



É por isso que Maria agradece a Deus por ser pequena. E, por ser pequena, ela se sente à vontade entre os que a ela se assemelham. É o que nos ensina história de Nossa Senhora Aparecida. Ela não apareceu com as vestes suntuosas de uma dama poderosa, mas na pele de uma raça humilhada, desprezada e escravizada. Não se identificou com os grandes, habituados a estar por cima. A sua estátua pequena, pobre, decepada e negra foi a maneira que Maria encontrou para demonstrar seu amor e sua opção preferencial pelos últimos.



Como verdadeira discípula de Jesus, ela também sabe que «não são os sadios que precisam de médico, mas os doentes» (Mt 9, 12). E, em 1717, os doentes eram os negros (pelo menos aparentemente, por que quem mais doente do que os que escravizam os irmãos?). Se só se salva o que se assume, então Maria, de acordo com as circunstâncias e as necessidades, passa a ser Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora de Caacupé ou Nossa Senhora de Guadalupe.



Em 1531, no México, ela se fez índia com os índios ao aparecer a Juan Diego, a quem se dirige como «ao menor dos meus filhos». E Juan responde com a mesma familiaridade e… humildade «Minha menina, rogo-te que encarregues alguém mais importante».


Mas, Juan Diego, quem são os mais importantes diante de Deus? Os grandes aos olhos do mundo não precisam de Deus. Não foi por nada que Jesus garantiu que somente os pequenos têm lugar garantido no reino dos céus (Cf. Mt 18,3).


A mania de grandeza é a pior das calamidades. Deixando de ser crianças e tornando-nos adultos, julgamo-nos auto-suficientes. O passo seguinte é inevitável: deixamos a casa paterna e, como quaisquer outros filhos pródigos da vida, saímos pelo mundo à procura do que não encontramos.


Somente as crianças ficam em casa e ocupam o colo dos pais!



Dom Redovino Rizzardo, cs
domredovino@terra.com.br