O valor do Rosário



O VALOR DO ROSÁRIO


 


“Deus juntou as águas e chamou MAR, juntou as graças e chamou MARIA”.


 


A Igreja sempre procurou frisar o valor Teológico do culto à Santíssima Virgem e relembrar a eficácia pastoral para a renovação dos costumes cristãos. Vemos a singular dignidade de Maria; a sua cooperação nos momentos decisivos da obra da salvação; sua santidade já plena na Conceição Imaculada; sua incessante e eficaz intercessão; sua glória, que enobrece todo o gênero humano.


Muitos são os argumentos para rezar o rosário. Dentre tantos podemos evidenciar:


ORAÇÃO SIMPLES: é a oração dos pobres e humildes; ter um coração humilde é reconhecer a dependência de Deus, é colocar Deus em primeiro lugar em nossas vidas.


ORAÇÃO CONTEMPLATIVA: as Ave-Marias são como fundo musical nas quais meditamos a vida de Jesus. O rosário é uma oração Cristológica. É um olhar para Cristo com os olhos de Maria.


ORAÇÃO CATEQUÉTICA: quando percorremos a vida de Jesus, desde o momento da Encarnação até o momento da sua Ascensão, vivenciamos uma verdadeira catequese, aprendemos a ser cristãos.


ORAÇÃO VIVENCIAL: rezar com Maria para estar mais próximo de seu Filho nos ajuda a vivenciarmos todos os momentos de nossa vida: momentos gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos. Cada momento de nossas vidas está ligado a um Mistério da Salvação.


ORAÇÃO PRÉ-LITÚRGICA: o rosário nos introduz a liturgia. Ele nos encaminha à presença de Cristo, por isso, quando nos colocamos nesta atitude orante sentimos a necessidade e a importância da vida comunitária. E é na liturgia que nos encontramos como família de Deus, somos iluminados pela Palavra, e fortalecidos na Eucaristia. A participação motiva à pessoa à missão.


O cristão que vive na graça de Deus é um “Cristó-foro” (termo utilizado por Santo Inácio de Antioquia para dizer aquele que carrega o Cristo em si. Quando a pessoa sente a graça vivificante de Cristo, sente a necessidade de compartilhar.


O rosário de fato, considera, numa sucessão harmoniosa os principais eventos salvíficos da mesma redenção, que se realizaram em Cristo: desde a concepção virginal, passando pelos mistérios de seu nascimento e infância, sua vida pública (anúncio do Reino), a bendita paixão, até aos momentos culminantes da Páscoa – Sua gloriosa Ressurreição; e aos efeitos da mesma sobre a Igreja nascente, no dia de Pentecostes, e sobre a Virgem Maria.


 


 


 


Pe. Carlos O. Egler


Paróquia São Pedro

Continuo com Bento


CONTINUO COM BENTO



por Dartagnan da Silva Zanela


“Tem ânimo, pois, e sê corajoso para cuidadosamente observares toda a lei que Moisés”. (Josué, I: VII)



Só pra variar um pouco, mais uma vez temos a imprensa em sua idiotia a atormentar a figura do Sumo Pontífice. Desta vez, a bola cantada seria o texto da Exortação Apostólica SACRAMENTUM CARITATIS. O pomo da discórdia seria o fato de termos presente nas linhas deste documento a condenação à dissolução do casamento e bem como o uso da alcunha para as sucessivas separações de casais de “praga” dos dias hodiernos.


Mas espera aí: a que o Vigário de Cristo está se referindo como sendo uma praga neste texto? Não é com relação aos casais que se separam por razões plausíveis (como o fim do amor que dá lugar a um clima de discórdia), mas sim, com relação a esta descomunal onda de casamentos que se dissolvem literalmente da noite para o dia, como se o casamento fosse similar a brincar de papai e mamãe.


Casos patéticos que ilustram bem esta situação são as uniões conjugais de algumas celebridades da grande mídia. Ora, que eu saiba, casamento não é espetáculo nem brincadeira. É coisa séria. É o prelúdio para a formação de uma família e, a desestruturação das famílias modernas seria, esta sim, a grande chaga aberta por esta praga, segundo as palavras do Papa e não a dissolução em si mesma.


Tal é que, se volvermos nossas vistas para o referido documento, perceberemos que Bento XVI chama a atenção para que todas as Dioceses tenha sempre um Tribunal Eclesiástico preparado para apreciar os pedidos de dissolução de matrimônios, quando permeados pelos problemas que acabam tolhendo o sentido mesmo de uma Família.


Aos casais que estão a viver em uma segunda união (como é o caso de muitos) é apenas vetado o acesso à comunhão, sendo permitido a participação de todas as outras atividades da Igreja Católica Apostólica Romana, reforçando apenas o que até então era vigente.


Mas, o que a mídia chique desejava que o Papa declare-se na referida Exortação Apostólica? Que relaxasse esses preceitos milenares só por quê nos dias atuais estamos mais e mais com a presença de casamentos relâmpagos? Com certeza esta seria a resposta desejada. Todavia, lembramos aqui alguns pequenos detalhes um tanto impertinentes. Em primeiro lugar, a Igreja Católica, enquanto uma Tradição Religiosa milenar, não é de modo algum similar a um programa de auditório que tem a sua forma e conteúdo mudados o tempo todo conforme as flutuações do índice de audiência. Se assim fosse, a Igreja não teria dois milênios.


Em segundo lugar, a Igreja não surgiu para se adaptar ao mundo e as suas exigências mundanas, mas sim, para fazer o contrário. Ela surgiu fundada na Verdade Revelada pelo Verbo Divino encarnado para anunciá-la através dos tempos para converter o mundo, não se curva diante dele. E, defender a Verdade Eterna da “verdade” de todos os tempos é a sua grande missão.


Alguns podem perguntar-se sobre as inúmeras mudanças sofridas no correr destes vinte séculos de história e com razão. Entretanto, lembramos aqui que tais mudanças não foram fruto de uma atitude intempestiva e impensada, mas sim, algo devidamente amadurecido através de um longo período de reflexão.


Ao contrário do que muitos pensam, o papel do Sumo Pontífice não é o de mandar e desmandar dentro da Igreja, mas sim, antes de tudo, de preservar a Tradição e não de mudá-la de acordo com os seus interesses como deseja o mundo moderno.


Alias, todos nós, Cristãos Católicos, de maneira diminuta, também devem lutar a BONNA PUGNA de preservar esta tradição, visto que, não devemos esquecer nunca que nós somos anões sobre os ombros de gigantes, como ponderava no século XII Bernardo de Chartres.


Nunca devemos nos esquecer que os porta-vozes da mídia atual entendem bagatela alguma sobre questões desta seara. Prova disso seria uma outra celeuma gerada em torno de uma declaração realizada pelo Papa por ocasião da rememoração do fim da Segunda Guerra Mundial, quando este indagava: “Senhor! Onde estavas que permitiu que isso ocorresse?”, se referindo aos Campos de Concentração. Logo vieram inúmeras especulações sobre a suposta declaração ateia feita pelo Bispo de Roma.


Ora, então pergunto aos “entendidos” do assunto: o que foi que Cristo Jesus declarou pouco antes de vir a morrer na Cruz? Ele suplicou: “Senhor! Por que me abandonas-te?” Bem, obviamente que nossa casta de jornalistas e (de)formadores de opinião são autoridades maiores e mais confiáveis que a Sagra Escritura, que sempre se sente totalmente autorizados a opinarem sobre assuntos que não compreendem, não é mesmo?

Jejum


 Por que jejuar na Quaresma?


O homem só será livre quando seu corpo estiver submetido à alma
 



O jejum nos proporciona a renovação da fé, dá forças a nossa alma e nosso corpo. Isto para vencermos os inimigos em nós mesmos e contermos os apelos da gula. Só assim podemos vencer os adversários e os combates usando o remédio do jejum.
A prática deste concede de Deus os auxílios divinos para derrotarmos os adversários carnais e, principalmente, os espirituais.


Sabendo que com a graça de Deus não vão prevalecer sobre nós os inimigos e nem podem permanecer em nós.
Precisamos combater com o jejum os desejos da carne que são contrários do espírito. (cf. Gl 5, 17).


Ao jejuar, o espírito é submetido ao seu Senhor, ao Soberano que o remete para os prazeres e dons espirituais (celestes), assim sendo capazes de desprezar as provocações terrenas juntamente com seus desejos. Não permitindo que o pecado reine em seu corpo mortal.


Pois o homem só será livre quando seu corpo estiver submetido à alma, como seu juiz e a alma governada por Deus como seu superior.


“Não existe nenhuma obra de virtude sem a experiência da tentação, nenhuma fé sem provação, nenhum combate sem inimigos, nenhuma vitória sem compromisso” (São Leão Magno).


A nossa vida sempre passará por esta via, a via da provação e do combate.


Mortifiquemos o homem exterior para que o interior seja restaurado. Precisamos buscar grandes progressos espirituais. Devemos sair da superficialidade de nossa vida espiritual e crescermos espiritualmente. Sair do “alimento líquido” para o “sólido”. É hora de fechar as brechas de nossas almas para que o mal não faça parte de nossa vida. E de redobrarmos a prudência e a cautela.


Pe. Reinaldo Cazumba
Com. Canção Nova
 

Dia internacional da mulher !


Dia Internacional da Mulher – ‘Maria, Maria…’
08/03/2007


“Maria, Maria…” São tantas ‘Marias’. De modo especial, no Dia Internacional da Mulher, não podemos deixar de mencionar um fenômeno curioso: são tantas as ‘Marias’ que migram. Segundo dados ONU (Organização das Nações Unidas), mais de 90 milhões de mulheres residem fora de seu país de origem. Dados do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) apontam ainda que 75% das pessoas refugiadas no mundo são mulheres e crianças.


No mundo que se move em busca de melhores alternativas de vida, são as mulheres as protagonistas. Isso em meio a muitas dificuldades: discriminação, xenofobia, racismo, exploração sexual, violência, etc.


A luta por dignidade ultrapassa fronteiras. Se é preocupante esse quadro e urgente que os governos se empenhem na implementação de políticas públicas para os migrantes, também é indispensável que essa peculiaridade do fenômeno migratório seja considerada.


Se existe empenho e disposição da Igreja em sua ação pastoral em prestar apoio aos migrantes e refugiados para que sejam acolhidos e integrados às sociedades locais, é imprescindível atentar para as singularidades, não só de gênero, mas de etnia, cultura e religião.


Nesse dia em que o mundo volta seu olhar mais atentamente às históricas bandeiras de luta das mulheres, rendendo-se à necessidade de reconhecer a força criativa e geradora de vida da mulher no processo de construção da vida em sociedade (político, econômico, social, cultural, religioso), rendemos especial homenagem às migrantes e refugiadas.


Essas ‘Marias’ que andam, andam, e andam pelo mundo, rompem fronteiras não só geográficas e no seu peregrinar, em meio às “dores do parto” de uma nova configuração social mundial, anunciam a nós e aos filhos que muitas vezes carregam nos braços que estamos diante de uma nova perspectiva de pertença a essa ‘terra’. Ou no dizer do poeta, “é preciso ter força, é preciso ter graça, é preciso ter gana sempre. Quem traz no corpo essa marca, possui a estranha mania de ter FÉ NA VIDA!”(Milton Nascimento)



Ir. Maria do Carmo Dos Santos Gonçalves, mscs – Missionária de São Carlos – scalabriniana. Secretária Executiva do Setor Pastorais da Mobilidade Humana/CNBB


Ir. Rosita Milesi, mscs – Missionária de São Carlos – Scalabriniana. Assessora CNBB. Diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH)


Fonte: CNBB



 

Conhecendo a nossa fé

 


 


Se professamos uma religião, devemos conhecê-la
 



Um católico, que se preze, precisa conhecer bem a sua fé. Precisa saber no que acredita. Precisa saber no que pode e no que não pode viver. Isso é coerência. Se professamos uma religião, devemos conhecê-la.


Infelizmente vemos por aí, católicos, batizados, que não conhecem a sua fé. São batizados, mas não são evangelizados. São batizados, mas desconhecem a sua fé. Alguns acabam assumindo o Catolicismo como se assume um time de futebol ou uma comida preferida. Apenas para ter assunto. Para conversar nas rodinhas de amigos.


É triste ver pessoas se dizendo ser católicas mas…


… acreditarem na reencarnação;
… serem a favor do aborto;
… serem a favor do sexo livre;
… viverem o sincretismo religioso e tantas outras coisas.


Nós sempre partilhamos aquilo que nos é precioso, que nos é caro, valioso. Hoje, partilho a descoberta das riquezas contidas no Catecismo da Igreja Católica (CIC), e convido você – nesse tempo de Quaresma – a se dedicar ao conhecimento dessas riquezas que a Igreja tem, e que por causa de tantas coisas, nós não as conhecemos.


Ultimamente, tenho vivido a experiência de reler essa obra [Catecismo]. Tenho me debruçado sobre ele porque cheguei à conclusão de que ainda não conhecia suficientemente bem aquilo que professo. Lê-lo tem me feito entender e viver com mais entusiasmo o que a Igreja ensina. E como tem sido bom mergulhar na beleza da doutrina da santa Igreja. Precisamos abraçar com firmeza nossa fé. A doutrina católica é maravilhosa! E a leitura do catecismo me levou a redescobrir outras preciosidades: Os Santos Padres da Igreja, os santos doutores da Igreja, os documentos papais, entre tantas outras.


Tem sido um tempo precioso para mim. Rico. E quanto mais faço isso, tanto mas tenho desejo de fazê-lo. E sabe de uma coisa: quando descobrimos algo bom, o desejo do nosso coração é fazer com que as pessoas, – que amamos e queremos bem –, compartilhem dessa descoberta.


Embora eu não conheça você pessoalmente, quero compartilhar dessa minha descoberta. A cada vez que eu termino de ler um trecho desse livro, logo me vem à mente a seguinte indagação: Como seria bom se todos os católicos descobrissem essa maravilha! Como seria bom se os meus amigos católicos descobrissem a beleza do Catecismo… Como seria importante para a evangelização no Brasil, se cada pessoa, que serve nas paróquias, independentemente do que faça nelas, conhecesse os ensinamentos da Igreja…


O avanço no conhecimento da lei de Deus vai gerar em você um novo homem, uma nova mulher, conforme diz o Salmo primeiro:


“Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite. Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera” (Sl 1, 2-3)


Saia da superficialidade da sua fé. Mergulhe nos ensinamentos da santa Igreja. Seja você adolescente, jovem ou adulto, homem ou mulher… Não importa. Você só ganha fazendo isso!


Talvez você possa dizer (como muitos dizem) que esse tipo de leitura é difícil. De imediato, eu digo a você: Não, não é difícil. É apenas uma questão de prática. Andar de bicicleta era difícil quando você não sabia. Depois que aprendeu, ficou fácil. Comer com o garfo e a faca era difícil, mas depois que você aprendeu, também ficou fácil. É tudo uma questão de iniciar. Então inicie. Logo você verá a diferença.


A Comunidade Canção Nova, no início deste ano, por intermédio do Departamento de Informática, me deu um blog. E me pediu que escolhesse um tema, que tivesse uma identidade. Uma cara. E não poderia falar de outra coisa senão dessa riqueza que estou mergulhando nesses tempos. E isso veio bem a calhar porque percebo nisso um meio de transmitir, aos irmãos que desejem, o fruto dessa descoberta.


O nome do blog é: Dominus Vobiscum. É uma expressão em latim que significa “Deus esteja convosco”. Nele, eu estou colocando – por meio de um arquivo de áudio – as descobertas que tenho feito com a referida leitura. E tenho inserido, com o uso de links, textos interessantes que tenho encontrado sobre o tema tratado, de outros sites sérios que abordam o assunto.



Deus o abençoe!



Cadú – Comunidade Canção Nova