Uma mulher não precisa pedir para ser amada

Você não precisa pedir nem mendigar para ser amada, você merece ser amada pelo que é.


Todos nós, seres humanos, almejamos amar, ser amados e temos também a necessidade de ser aceitos. É intrínseco ao ser humano desejar a aprovação do outro, por isso a desaprovação e a rejeição nos causam tanto sofrimento. No entanto, é preciso que entendamos que as pessoas pensam de forma diferente e podem ter desejos opostos aos nossos, portanto, nem sempre seremos prioridade para aqueles que o são para nós. 
A luta de uma mulher sábia, virtuosa e consciente deve ser a de saber lidar com suas frustrações e, por mais doloroso que isso seja, aprender a superá-las.


Quando uma relação a dois chega ao fim, e isso pode acontecer por inúmeros motivos, sem dúvida, o mais difícil é aceitar que a outra parte já não nutre por nós o mesmo sentimento de antes e, por inúmeras razões de foro íntimo, chega a conclusão de que não é mais ao nosso lado que deseja estar. Assim sendo, escolhe seguir sua vida por um outro caminho ou ainda ao lado de uma outra pessoa.



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A decisão está nas mãos de nossa liberdade!

Decisões guiadas pela fé

Muitas pessoas foram convocadas por Deus para participar da construção de uma história de salvação. Noé encontrou graça aos olhos do Senhor (cf. Gn 6,8) quando a Terra estava cheia de violência (cf. Gn 6,13). Abraão foi escolhido e chamado por Deus (cf. Gn 12), também Moisés (cf. Ex 3), Samuel (cf. I Sm 3), Isaías (cf. Is 6) e Jeremias (cf. Jr 1), ao lado de tantas outras pessoas que aprenderam, em meio às luzes e sombras, a discernir a voz do Senhor. E ainda foram muitas as histórias de infidelidades, pecados, traições, nas quais um povo de cabeça dura (cf. Ex 32,7-14; Atos 7, 51) voltou atrás, depois de decidir-se pelo seguimento da Palavra do Senhor. E Deus, em Sua misericórdia, sempre estava aberto para o perdão.

Na plenitude dos tempos (cf. Gl 4,4), foi chamada uma jovem, quem sabe, apenas adolescente, a Virgem Maria, na qual o Céu encontrou a mais transparente de todas as respostas (cf. Lc 1–2). Nela, a Palavra Eterna de Deus se fez Carne. Em nome da humanidade, foi o ‘sim’ que a Deus agradou, a contrapartida da humanidade para se realizar a salvação, mãe que fez a vontade de Deus (cf. Mc 3,34). E veio Jesus Cristo!

Depois dos anos vividos em Nazaré, Jesus vai ao Jordão, acolhe a voz do Pai e a manifestação do Espírito Santo, e inicia a pregação do Reino. Jesus chamou os primeiros apóstolos, abriu o leque para convocar os que foram chamados de discípulos, envolveu famílias amigas, como vemos nas visitas a Marta, Maria e Lázaro. O Senhor teve colóquios de amizade e confidência com Pedro, Tiago e João; olhou com amor provocante e desafiador para muitas pessoas, suscitando nelas a decisão pelo Seu seguimento, dirigiu-se às multidões, consolou, curou e  perdoou! Ninguém passou em vão ao lado de Cristo!

No correr do caminho, conquistou discípulos e amigos, mas também granjeou reações ferrenhas de Seus opositores e esteve com grupos que Lhe prepararam verdadeiras armadilhas verbais (cf. Mc 11–12). Para estupor de todos os que n’Ele depositam a segurança de sua vida, foi até considerado um homem possuído por Belzebu (cf. Mc 3,20-35). Sabemos que muitas ciladas foram preparadas para prendê-Lo, o que só aconteceu quando chegou a hora de passar deste mundo para o Pai (cf. Jo 13,1). 

Nosso Senhor Jesus Cristo é Senhor da História, mas se submeteu ao julgamento da própria história, deixando aberta a margem da maravilhosa e terrível realidade da liberdade humana, para que todos os seres humanos possam se decidir diante d’Ele. Os que se decidem pelo Seu seguimento participarão de Suas alegrias e também de Suas provações ou privações. A eles caberá usar o precioso dom da liberdade, para tomar decisões acertadas, para se erguerem das próprias quedas e assumirem o norte de suas vidas, iluminados que foram pela bússola da fé.

São Paulo, um dos chamados na undécima hora (cf. Gl 1,11-24), fez a experiência da fé em Jesus Cristo (II Cor 4,13–5,1). Nele é possível encontrar alguns critérios para as decisões a serem tomadas, pois todos nós somos igualmente chamados ao seguimento de Cristo, aprendendo a pensar o que é certo e realizá-lo (Oração do dia do IX Domingo do Tempo Comum).

A luz da fé, suscitada pelo seguimento de Jesus, provocado pelo anúncio da salvação, é o horizonte para as decisões. O cristão não é indiferente diante dos cruzamentos das estradas de sua vida. Ele escolhe o que é conforme Cristo e Seu Evangelho, sem medo de nadar contra a correnteza. Por causa de sua fé, fala e dá testemunho corajoso (cf. II Cor 4,13), superando a pusilanimidade que conduz à omissão vergonhosa. Para tanto, sua força está na oração, com a qual experimenta a presença certa daquele Senhor que escolheu para seguir (cf. I Ts 5,17; 2 Ts 1,11.3,1).

Diante das dificuldades, é sua tarefa vencer o desânimo (cf. II Cor 16-17) e erguer os que estão caídos. Cabe-lhe sempre tomar a iniciativa! Sabe que os sofrimentos, as dores e a própria morte não têm a última palavra, pelo que se renova dia a dia (cf. II Cor 4,16) e aposta sua vida no que é invisível e eterno (cf. II Cor 4,18).

Decisões guiadas pela fé, oração, iniciativa, coragem diante dos obstáculos, capacidade de olhar para o alto! Nada menos do que a proposta da Igreja para todos e não para um grupo de privilegiados. A decisão está nas mãos de nossa liberdade!

 

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Dom Alberto Taveira Corrêa

Caminhar na luz

Trata-se de uma revolução na escala de valores que orienta a vida

“Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá” (Ef 5,14). A luz e o dia, que vencem a escuridão, são imagens que perpassam as culturas e as épocas, presentes também em várias concepções da vida humana em diversas religiões. Também a Sagrada Escritura recorre com frequência a essa polarização entre a luz e as trevas, como apresenta a Igreja durante estes dias de Quaresma. 

A Igreja vive uma estação claramente catecumenal, proporcionando aos que já são batizados a oportunidade de acompanhar os irmãos e as irmãs que serão batizados na Vigília Pascal e também renovar seus compromissos. Neste percurso formativo, todos os cristãos são convidados a se confrontarem com Cristo, Água Viva que sacia a humanidade, Luz do Mundo, vencedor das trevas do pecado, Cristo, Ressurreição e Vida. Na presente etapa, o convite é dirigido a todas as pessoas que querem se deixar tocar por Jesus, acompanhados por um certo cego de nascença, na narrativa esplendorosa do Evangelho de São João (Jo 9, 1-38). Jesus realiza uma obra nova, recria o cego, que alcança o ponto mais alto de sua existência: “Quando Jesus o encontrou, perguntou-lhe: ‘Tu crês no Filho do Homem?’ Ele respondeu: ‘Quem é, Senhor, para que eu creia nele?’ Jesus disse: ‘Tu o estás vendo; é aquele que está falando contigo. Ele exclamou: ‘Eu creio, Senhor!’ E ajoelhou-se diante de Jesus” (Jo 9,35-38).

Ouvi de uma mulher, cega de nascença, na autoridade de seus mais de oitenta anos, uma afirmação desconcertante: “Agradeço a Deus por ser cega, pois a maior parte dos pecados começa com a vista! Não enxergando, posso pecar menos, dizia magistralmente esta senhora que nunca leu uma letra, diante de alguém que se tinha debruçado várias vezes diante da Palavra do Evangelho: “Se teu olho direito te leva à queda, arranca-o e joga para longe de ti! De fato, é melhor perderes um de teus membros do que todo o corpo ser lançado ao inferno” (Mt 5,29). Trata-se uma revolução na escala de valores que pode orientar a vida, na qual importa efetivamente uma vida distante do pecado! É que Deus não nos fez para o egoísmo e a maldade, mas para a virtude e para o bem! 

O presente de Deus, que nos foi confiado no batismo, a iluminação da fé, abre horizontes diferentes para a vida inteira. O próprio batismo já foi chamado “iluminação”. Os cristãos hão de aproveitar a graça da purificação quaresmal, lavar seus olhos ou, quem sabe, passar um bom colírio (Cf. Ap 3,18) para enxergar de novo e de forma renovada a vida e os acontecimentos. Cabe-lhes mudar o rumo da vida e contribuir para que o mundo se conforme aos valores do Reino de Deus. Ora, trata-se de fazer opções diferentes, afastando-se da escuridão do pecado, buscando lá dentro, no batismo recebido, as forças para lutar contra a correnteza. 

A Igreja nos oferece, por meio das leituras da Escritura escolhidas para o Tempo Quaresmal, indicações precisas para que a luz de Deus, que um dia brilhou em nós pelo batismo, jamais se esconda e não se apague em nós o seu fulgor, como muitas vezes cantamos num hino de renovação do sacramento da iluminação! Sim, queremos que o amor plantado em nosso coração ajude os irmãos a caminharem, guiados pelas mãos de Deus, na nova Lei do Evangelho. É na escola de São Paulo (Ef 5, 8-14) que encontramos os frutos da luz! 

A luz de Deus resplandece na bondade com que os cristãos são chamados a agir. Pequenos gestos de atenção, olhares feitos de simplicidade, iniciativas comunitárias, compromisso com o bem. Mesmo quando nos sentimos limitados ou quando efetivamente pecamos pela fraqueza que nos acompanha, ser filhos da luz significa não compactuar com as más intenções, mas nos purificarmos decididamente, comprometendo-nos com o bem.

Os homens e as mulheres marcados pela graça batismal se comprometem com a justiça e não aceitam qualquer vínculo com meios ilícitos em vista de objetivos como o lucro, a projeção social ou qualquer outro proveito a ser alcançado indignamente. Consequências? Palavra dada, lisura nos negócios, retidão na administração dos bens, irrepreensibilidade no comportamento social.

Mais ainda, no programa de vida decorrente do batismo: a opção pela verdade. A história da Igreja e da humanidade está repleta de exemplos de homens e mulheres retilíneos em seu comportamento, capazes de suscitar santa inveja em gerações que os sucedem. É claro que tal escolha tem consequências, inclusive sofrimento ou derramamento do próprio sangue para serem coerentes com a verdade. São pessoas das quais “o mundo não era digno” (Hb 11,38), que enfrentaram todos os desafios, sem jamais ceder no compromisso assumido. E escolheram a Verdade, que é Jesus Cristo, sem inventar suas próprias verdades ou meias-verdades.

Para alcançar tais alturas, às quais todos somos destinados, quem se descobre filho da luz, no sentido que São Paulo, na Carta aos Efésios (5, 8-14) e a Igreja entendem, busca o discernimento do que agrada ao Senhor. Um dos pontos de referência se encontra nos mandamentos, resumidos no amor a Deus e ao próximo. Outra ajuda preciosa no discernimento é a chamada “regra de ouro” (Cf. Mt 7,12), que propõe fazer aos outros aquilo que desejamos seja feito a nós mesmos. Vale também escutar as outras pessoas, conselheiros e conselheiras que nos ajudam a ver ângulos diferentes quando se trata de tomar decisões. Mais ainda, é na escuta da Palavra de Deus e na oração que se identifica cada passo a ser dado na vida.

A seriedade com que o cristão assume sua vida exige ainda que ele não se associe com as obras das trevas. De fato, tudo o que precisa ficar escondido, resistindo à luz da verdade, traz consigo suspeita e desconfiança, pelo que a prática das virtudes evangélicas acrescenta ainda a exigência de radicalidade. Não dá para ser meio cristão e meio pagão. Se quisermos ser honestos com a própria consciência e com a verdade, não será possível manter conceitos como “não praticante”, referindo-se a cristãos que entenderam a beleza da graça recebida no batismo.

O apelo feito pela Igreja é, sim, pela seriedade na vivência cristã. E este é o tempo oportuno, a hora da graça e da salvação. Cresça em número e qualidade o povo amado por Deus. E, como graças a Deus, a maioria das pessoas que se envolvem conosco recebeu o batismo, é hora de dizer: ninguém fique de fora!

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Dom Alberto Taveira Corrêa

O amor nos leva a perdoar e o perdão nos faz crescer

Amor e perdão, uma feliz combinação

Todos nós, combatentes, deveríamos trazer sobre a nossa farda esta frase: ‘Amor e Perdão’. Não pode faltar amor nem perdão na vida do combatente do Senhor. O amor e o perdão caminham lado a lado. A natureza humana e a nossa tendência para o pecado nos levam a agir de forma contrária à vontade de Deus. Muitas vezes, não conseguimos encarar os acontecimentos na visão do amor. O joio que o inimigo semeia, no meio dos filhos de Deus, é o desamor e a recusa em dar o primeiro passo para perdoar. 

O perdão é um ato de vontade e, se não lutarmos para sair de nós mesmos, se não deixarmos de lado o nosso orgulho para ir ao encontro dos nossos irmãos, perderemos tudo e todos. A lei do amor precisa triunfar em nossa vida, em nossa casa, em nossa família. Quantas famílias, casamentos e comunidades cristãs estão sendo destruídos pela falta de perdão! Precisamos entender: o perdão é a chave que nos devolve a unidade e que nos conduz a uma vida no amor. 

Não podemos nos deixar levar pelos sentimentos. Os nossos sentimentos nos arrastam e nos levam a fazer o que não devíamos. A nossa luta é espiritual, há em nós forças que nos levam ao perdão; mas existem também forças nos segurando, nos prendendo, nos amarrando e escravizando, dizendo ‘não’, impedindo-nos de perdoar. Jesus, no entanto, quer nos dar a vitória do perdão. Perdoar é um presente de Deus, é uma porta de graças. Sempre teremos necessidade de perdoar. Quantas vezes devemos perdoar? É preciso perdoar sempre! Assim como temos dificuldade em perdoar as pessoas, elas também sentem a mesma dificuldade em perdoar as nossas faltas.

A partir do momento em que decidimos perdoar, somos curados e restaurados no amor, recuperamos a alegria e a paz. Quando perdoamos, não estamos fazendo papel de bobo, não estamos compactuando com o erro dos outros. Ao contrário: perdoar é algo muito concreto. É como quando se perdoa uma dívida. Você sabe que a dívida existe, que determinada pessoa deve para você tal quantia; você não é nenhum cego, nenhum “trouxa”. Você sabe de tudo, mas, de olhos abertos para a realidade, você perdoa aquela dívida. Veja: a dívida existe, mas você perdoa.

Perdoar é algo nobre. Não se prenda a coisinhas: salve sua vida. Procure vencer o seu orgulho. Perdoe a todos, perdoe por tudo, perdoe sempre. O perdão faz crescer o amor entre as pessoas, e todo o corpo de Cristo, que é a Igreja, ganha com isso. Muitas vezes, não recebemos as bênçãos do Céu, porque não perdoamos. Deus quer nos abençoar, mas, se estivermos fechados ao perdão, a graça não acontecerá. O nosso coração precisa estar aberto ao perdão para que a graça de Deus seja abundante em nossa vida.

Façamos a oração de São Francisco pedindo a Deus a graça de perdoar sempre: “Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz! Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve a perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvida, que eu leve a fé. Onde houver erros, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz! Ó Mestre, fazei com que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado, pois é dando que se recebe, é perdoando, que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna! 

Não se sinta humilhado ao dar o primeiro passo para o perdão. Muito pelo contrário: você é vencedor, porque teve a coragem de perdoar primeiro. Nunca espere que os outros deem o primeiro passo. Dê você e verá a grande libertação que Deus fará em sua vida. Quando nos humilhamos diante dos homens, crescemos diante de Deus e Sua graça é superabundante em nossas vidas! Esta é a vitória do combatente: amar e perdoar, uma feliz combinação. O amor nos leva a perdoar, e o perdão nos faz crescer no amor. 

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Monsenhor Jonas Abib