É possível comemorar o Natal mesmo com as famílias feridas

Hoje é um dia especial! É aniversário do Monsenhor Jonas Abib, Fundador da Comunidade Canção Nova e estamos na semana do Natal. Quantas alegrias!

E o #emfamília com Paula Guimarães da semana é especial de Natal e o programa é direto do Santuário do Pai das Misericórdias e eu conversei com o Padre João Marcos Polak que sempre está comigo no Sorrindo pra Vida!

E você? Está com o coração pronto para o Natal? Como você comemora esta data? Na entrevista o Padre João Marcos explicou que é possível comemorarmos o Natal mesmo se a nossa família não está completa e até mesmo se essa data é motivo de saudade ou tristeza! O nosso coração precisa estar preparado para o principal motivo deste dia: recebermos Jesus em nosso coração!

Durante a entrevista o Padre João também contou como foi sua infância e como comemoravam o Natal mesmo em meio às provações familiares, pois o seu pai era alcoólatra e mesmo assim, com muita alegria eles celebravam o Natal! E você? Como comemora o Natal em família?

Confira a entrevista e chame seus familiares e amigos para assistirem juntos!

E você? Tem acompanhando o #emfamília com Paula Guimarães?

Que tal você me enviar um pequeno vídeo de como foi o Natal em sua família ou como estão sendo os prepativos? Quem sabe serão vocês que estarão alegrando o próximo programa aqui no #em família! Para chegar até mim o vídeo é só enviar por mensagem na minha fanpage! Quero conhecer sua família!

 

Com carinho,
Paula Guimarães

O Salvador nasceu! Como devemos acolhê-lo em nossa vida?

A Vida e os sofrimentos de Jesus, sua dolorosa Paixão e morte de Cruz, nos leva a concluir que somente Ele poderia salvar a humanidade da perda eterna por causa do pecado original e de nossos pecados pessoais. Com certeza o Pai não permitira que seu Único Filho amado, voluntariamente se submetesse a tanta dor e sofrimento, se houvesse outro caminho melhor de salvação; se houvesse outro salvador que o pudesse isentar de tanto sofrimento.

Tudo isso nos faz entender com clareza meridiana aquilo que São Pedro disse aos judeus em Jerusalém depois de ter curado aquele aleijado na porta do Templo: “Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do Céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4,11-12).

Infelizmente Jesus continua sendo desprezado por muitos que, enganados, pensam que há salvação fora Dele. Só Cristo pode nos salvar porque somente Ele pode oferecer à Justiça divina uma reparação necessária e suficiente, de intensidade Infinita, em vista dos pecados da humanidade, que ferem a Majestade infinita de Deus. Santa Catarina de Sena, doutora da Igreja, disse que: “Sendo Deus um bem infinito, a ofensa cometida contra Ele pede satisfação infinita”. Só a Igreja fundada por Jesus tem o poder de através dos seus ministros, pelos Méritos de Sua Paixão, pode perdoar os pecados e dar a salvação. Ninguém mais. Os que buscam a salvação em outros caminhos estão profundamente enganados.

Então, devemos acolher esse Menino Deus que nasce no Natal, como nosso único Senhor e Salvador, Mestre divino e Redentor. Se entendemos o que Ele fez por nós, só nos resta uma alternativa: segui-lo como seguiram os seus Apóstolos até o fim. Só Ele é “o Caminho, a Verdade e a Vida”. Não há outro caminho de salvação; não há outra verdade que liberte e não há outra vida que perdure por toda a eternidade. Ele deixou tudo isso muito claro: “Eu Sou a Luz do mundo; aquele que Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (João 8,12).

E disse aos judeus que disputavam com Ele: “Por isso vos disse: morrereis no vosso pecado; porque se não crerdes que Eu Sou, morrereis no vosso pecado” (João 8,24). “Se permanecerdes na Minha Palavra, sereis meus discípulos; conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará” (João 8,31-32). “Se, portanto, o Filho vos libertar sereis verdadeiramente livres” (João 8,36). “Em verdade, em verdade vos digo, antes que Abraão existisse Eu Sou” (João 8,58); quer dizer Eu sou Deus, Eu existia.

Diante de tanta certeza da divindade de Jesus, e de ser Ele o nosso único Salvador, nossa imediata decisão deve ser a de segui-lo, amá-lo com amor puro e com reta intenção, vivendo segundo a Sua santa Vontade. Ele disse no Sermão da Montanha que quem o seguisse seria feliz, mas pereceria que o conhecesse e o abandonasse:

“Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína” (Mt 7,24-27).

Esta ruina a que Jesus se refere é a vida daquele que O conhece, conhece o Evangelho, mas lhes vira as costas, e prefere seguir outros mestres, outros pretensos doutores, e outras filosofias deste mundo.

Uma conclusão lógica é esta: Depois que o Verbo se fez carne, depois que Jesus sofreu tudo o que sofreu por nós, seria insensatez e falta de juízo não segui-lo. Diante da festa do Seu Nascimento, esta deve ser a nossa mais importante decisão: seguir Jesus. Há uma bela música que diz: “Seguir somente a Ti Senhor, seguir somente a Ti Senhor; seguir somente a Ti Senhor, e não olhar atras; seguir seu caminhar Senhor, seguir sem vacilar Senhor; prostrar-me em Teu altar Senhor, e não olhar pra trás…”

É isso ai, seguir Jesus com determinação; sem olhar para trás. Sem desanimar e sem desesperar nunca. Olhando para Ele sempre como diz a Carta aos Hebreus: “Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus” (Heb 12,1).

Sabemos que seguir Jesus não é fácil, mas é a única coisa sensata que podemos fazer nesta vida. O Santo João Paulo II nos disse: “Não tenham medo, o Senhor ressuscitado caminha conosco”. Nesta fé este Papa santo enfrentou inúmeras dificuldades em seus 25 anos de Pontificado, mas nunca desistiu; nunca se deixou vencer pelo medo. Muitas vezes Jesus disse a seus discípulos, e diz também a nós: “Não temais”. “Eu venci o mundo”.

Mas para viver assim, fortalecido pelo amor de Jesus, que nos dá a paz que supera todo entendimento, é preciso viver em comunhão com Ele, lutando constantemente contra o pecado, o maior mal do mundo. Para isso Jesus nos dá a sua graça, especialmente pelo sacramento da Confissão e da Eucaristia. Sua presença contínua e permanente em todos os Sacrários da Terra, é a garantia de Sua presença amiga a nos acompanhar e socorrer.

Jesus disse que sem Ele não podemos nada. Querer seguir Jesus sem a Sua graça é utopia. Sua exigência supera nossas forças humanas: “Quem quiser ser meu discípulo, tome a sua cruz a cada dia e me siga-me” (Lc 9,23). Só na companhia doce e agradável de Jesus será possível viver este projeto de salvação. Mas é possível. Por isso Ele exige: “Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto se não permanecerdes em Mim. Eu sou a videira e vós os ramos. Quem permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim, nada podeis fazer” (João 15,1-5).

Logo, contemplando o Nascimento de Jesus temos de pedir a graça de “permanecer Nele”, ouvindo-o em Suas Palavras, recebendo sempre o Seu perdão na Confissão, alimentando-nos sempre com o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade; levando-o aos que não o conhecem, edificando a Sua santa Igreja, orando sem cessar como disse São Paulo. Seguindo assim o Senhor seremos felizes, como garante o Apóstolo:

“Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos! Seja conhecida de todos os homens a vossa bondade. O Senhor está próximo. Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus” (Fil 4,4-7).

A melhor maneira de acolher Jesus que chega no Natal é tomar a decisão de segui-lo todos os dias da vida, buscando fazer Sua santa vontade.

Prof. Felipe Aquino

Papa recebe prêmio por seu empenho pela paz

Francisco foi o vencedor do prêmio “Carlos Magno”, um dos mais importantes da Europa, por seus esforços em favor da paz

Da Redação, com Agência Ecclesia

Papa recebeu prêmio “Carlos Magno”, um dos mais importantes da Europa / Foto: L’Osservatore Romano

O Papa Francisco foi anunciado nesta quarta-feira, 23, como o vencedor do prêmio internacional “Carlos Magno” pela paz de 2016, premiação que vem distinguir os seus esforços em favor das populações atingidas pela guerra e as injustiças sociais e econômicas.

O prêmio é considerado um dos mais importantes na Europa e já foi entregue ao Papa João Paulo II, em 2004. A premiação foi estabelecida em 1949, quando a cidade alemã de Aquisgranose, que confere o prêmio, estava em ruínas, após a II Guerra Mundial. O prêmio é destinado a pessoas e instituições que tenham um papel importante no processo de unificação da Europa.

O comitê elogia a figura de Francisco como uma “voz da consciência” e uma “autoridade moral extraordinária” para a Europa, com uma mensagem de esperança e encorajamento em tempos de crise. Em especial, recorda-se o discurso do Papa ao Parlamento Europeu, em 25 de novembro de 2014, em Estrasburgo, França.

Na ocasião, o Santo Padre disse: “a Europa tem uma necessidade imensa de redescobrir o seu rosto para crescer, segundo o espírito dos seus pais fundadores, na paz e na concórdia, já que ela mesma não está ainda isenta dos conflitos”.

Papa Francisco e a paz

Em pouco mais de mil dias de pontificado, o Papa Francisco já deixou vários gestos e mensagens de paz, como o inédito encontro de oração que reuniu os presidentes de Israel e da Palestina, em 8 de junho de 2014, marcada pela oração: “Nunca mais a guerra”.

Em setembro de 2013, Francisco assumiu a iniciativa de escrever ao presidente russo, Vladimir Putin, antes de uma cimeira do G20 em que se previa o envio de tropas para o conflito na Síria, algo que veio a não acontecer.

“A todos eles [líderes do G20], e a cada um deles, dirijo um sentido apelo para que ajudem a encontrar caminhos para superar as diversas contraposições e abandonem qualquer vã pretensão de uma solução militar”, escreveu.

A primeira viagem do pontificado teve como destino a ilha italiana de Lampedusa, onde deixou um apelo contra a ‘globalização da indiferença’, lembrando quem morre no Mediterrâneo.

Vários foram os apelos em defesa dos refugiados, em favor da paz na Ucrânia e os alertas para a situação dos cristãos no Médio Oriente. O pontificado contou também com várias mensagens condenando a ação da Mafia na Itália, o tráfico de seres humanos, a fome ou os crimes e abusos contra menores.

O pensamento de Francisco sobre todos estes temas está condensado nas suas mensagens para o Dia Mundial da Paz, que a Igreja celebra anualmente em 1º de janeiro.

No centenário da I Guerra Mundial, em 2014, Francisco esteve no maior cemitério militar da Itália para afirmar que “a guerra é uma loucura”. Já na sua mensagem para o 49º Dia Mundial da Paz (1 de janeiro de 2016), Francisco critica as consequências do esquecimento de Deus nas relações entre os seres humanos e a natureza.

O motivo que nos faz celebrar o Natal

Existe um motivo que nos faz celebrar o Natal

“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz” (Isaías 9,1). Esse fato narrado pela Palavra de Deus aconteceu há mais de dois mil anos, no entanto, atualiza-se todos os dias. É ele o motivo que nos faz celebrar o Natal, pois uma Luz brilhou em meio às trevas!

Foto: ginosphotos, 78889231, iStock by getty images

Há um clima diferente no ar, votos de felicidade, mãos estendidas, confraternizações e brilhos estão por todos os lados! Nas ruas, casas e lojas, por onde quer que andemos, as luzes piscam entre cores e formas, convidando-nos à celebração. Elas iluminam e encantam, trazem um colorido especial às realidades que, durante o ano, foram se tornando comuns e opacas pela rotina do dia a dia. As roupas e os adereços também ganham destaque nesta época; afinal, a moda no Natal é brilhar!

O que celebramos no Natal

Somos envolvidos pela correria do comércio. Os presentes, as viagens e tantas outras realidades próprias do fim de ano fazem-nos viver um tempo diferente. Mas será que estamos mesmo celebrando o Natal? Ou seja, será que estamos celebrando o nascimento de Jesus, o Deus que se fez Menino, nascido da Virgem Maria, que veio habitar em meio a nós?

Ele é a verdadeira Luz que brilhou para o povo que andava nas trevas. Ele veio para nos salvar e nos fazer participantes da Sua vida divina. Trouxe-nos a grande e esperada libertação; por isso celebramos Seu nascimento! Mas será que em nossos dias, tão agitados e interativos, temos tido tempo para tomarmos consciência desta verdade?

Penso que celebrar o Natal sem nos deixar envolver pela ternura do amor de Deus, expresso no nascimento de Cristo, é como participar de uma festa sem conhecer os anfitriões nem o motivo da comemoração. Você está presente, come, bebe, admira a decoração, observa os convidados, mas não tem porque se alegrar, vive tudo de maneira superficial, indiferente. E tenho certeza que não é isso que Deus espera de nós justo na festa do Seu nascimento.

Lugar que Deus escolheu para nascer

Precisamos recordar com urgência o motivo da celebração do Natal e nos prepararmos com dignidade para esta festa sem nos deixarmos levar pelo clima externo do consumismo.

Mesmo que isso seja um grande desafio em nossos dias, é preciso fazermos nossa parte como cristãos! Aquela Luz que brilhou na Terra, há mais dois mil anos, é Jesus, a mesma Luz que deseja, hoje, iluminar nossa vida, dissipando toda espécie de trevas que o pecado nos incutiu.

Lembremo-nos de que nosso coração é o lugar que Deus escolheu para nascer, pois somos únicos diante d’Ele. No entanto, como Pai amoroso que é, o Senhor continua a respeitar nossa liberdade e espera darmos o primeiro passo na direção certa, para que Sua luz entre em nossa vida.

 

É preciso abrir o coração para Cristo iluminar

Sem abertura de coração, a luz de Cristo não pode iluminar nossa vida! Ou seja: sem nos decidirmos a amar, perdoar, a sermos justos e dedicados, bondosos, alegres e pacíficos não há como celebrarmos o nascimento de Deus em nós. Sendo assim, o Natal passa a ser mais uma festa sem sentido. Não basta presépios, Missa do galo, troca de presentes e ceias fartas para o Natal acontecer, é preciso tomar a decisão de uma vida nova, pautada nos ensinamentos de Cristo, que nos conduzem às atitudes concretas e coerentes, à vivência da fé durante todos os dias do ano.

“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz” (Isaías 9,1). Ainda hoje existem muitos que caminham nas trevas do pecado, e Jesus deseja iluminá-los por meio de nós. Tenhamos a coragem de testemunhar o amor de Deus a partir dos pequenos acontecimentos e das escolhas do nosso dia a dia. É este o tempo favorável para uma vida nova! A luz brilhou em meio às trevas, veio reacender a esperança e nos dar a certeza de que já não estamos sozinhos. Deus está conosco, Ele é o Emanuel! Sua luz nos contagia e aquece, por isso, abramos nosso coração e tenhamos a coragem de ser faróis no mundo, levando, com a nossa vida, a luz que é Cristo aos corações sedentos de amor e paz.

Assim, celebraremos o Natal, a festa verdadeira da Luz!

 

Dijanira Silva

O SIM que mudou a história da humanidade

 

O SIM de Maria dito ao Arcanjo Gabriel foi determinante para dar início à História da nossa Salvação…

Santo Agostinho disse que: “Adão, sendo homem, quis tornar-se Deus e perdeu-se. Cristo, sendo Deus, quis fazer-se homem para a salvação do homem. Por seu orgulho o homem caiu tão baixo que só podia ser levantado pelo abaixar-se de Deus”.

O pecado original nos fez perder a filiação divina; a humanidade foi expulsa do paraíso; e só poderia se reconciliar com Deus se houvesse a salvação por meio de Deus mesmo.

Mas, para que o Filho de Deus pudesse se tornar também homem, e nosso Salvador, sem deixar de ser Deus, era preciso que fosse concebido por uma mulher. Desde a queda de Adão e Eva Deus já tinha prometido que a salvação da humanidade viria por meio de uma Mulher, já que o demônio seduziu a primeira mulher para injetar seu veneno na sua descendência. Deus disse à Serpente maligna: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gen 3,15). Esta Mulher prometida no Protoevangelho era Maria.

Este projeto de Deus para a nossa salvação se realizou como São Paulo explicou: “Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção. A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” (Gal 4,4). Por meio da Virgem Maria veio o Salvador, que nos reconciliou com Deus por Sua morte e ressurreição. Nele nos tornamos novamente filhos de Deus por adoção, pelo Batismo, e Deus enviou o Espirito Santo aos nossos corações.

Diz o nosso Catecismo que: “A Anunciação a Maria inaugura a “plenitude dos tempos” (Gl 4,4), isto é, o cumprimento das promessas e das preparações. Maria é convidada a conceber aquele em quem habitará “corporalmente a plenitude da divindade” (Cl 2,9).

Deus anunciou muitas vezes pela boca dos seus profetas como isso aconteceria. O Salvador viria da tribo de Davi, filho de Jessé: “Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes ”(Is 11,1). “O próprio Senhor vos dará um sinal: uma Virgem conceberá e dará à luz um Filho, e o chamará Deus Conosco” (Is 7, 14). “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma Luz… um Menino nos nasceu, um filho nos foi dado, a soberania repousa sobre os seus ombros, e ele se chama: Conselheiro Admirável, Deus Forte, Príncipe da Paz” (Is 9,1-7). Quando Ele vier e estabelecer Seu Reino entre nós, haverá paz e bem estar:

“Então o lobo será hospede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá; a vaca e o urso se fraternizarão, suas crias repousarão juntas, e o leão comerá palha com o boi. A criança de peito brincará junto à toca da víbora, e o menino desmamado meterá a mão na caverna da serpente. Não se fará mal nem dano em todo o meu Santo Monte.” (Is 11, 1-9). Virá Aquele que “ilumina todo homem que vem a este mundo” (João 1, 9).

Ele será o Messias, o esperado pelas nações, “o mais belo dos filhos dos homens”. Sem a sua luz o homem vive nas trevas; “permanece para si mesmo um desconhecido, um enigma indecifrável, um mistério insondável”, como disse São João Paulo II; sem Ele ninguém sabe quem é, e não sabe para onde vai.

Mas para que tudo isso acontecesse, Deus tinha de escolher uma Mulher, a melhor Mulher, e escolheu. A tradição judaica diz que todas as mulheres judias acalentavam o sonho de ser a Mãe do Messias, menos a pequena Maria, escondida na pequenina e desprezada Nazaré. Mas Deus precisava da mulher mais humilde para esta missão, porque a primeira mulher foi soberba, pecou porque “quis ser como Deus”. Santo Irineu de Lião (†200) disse que pela obediência de Maria foi desatado o nó da desobediência de Eva. E Jesus pela radical humilhação anulou a soberba de Adão.

A Igreja nos ensina que: “Deus enviou Seu Filho” (Gl 4,4), mas, para “formar-lhe um corpo” quis a livre cooperação de uma criatura. Por isso, desde toda a eternidade, Deus escolheu, para ser a Mãe de Seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré na Galileia, “uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria” (Lc 1,26-27): “Quis o Pai das misericórdias que a Encarnação fosse precedida pela aceitação daquela que era predestinada a ser Mãe de seu Filho, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, uma mulher também contribuísse para a vida”. (Cat. n. 488; LG, 56).

O SIM de Maria dito ao Arcanjo Gabriel foi determinante para dar início à História da Salvação. “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua palavra” (Lc 1,38). Não colocou qualquer obstáculo e nem a menor exigência ao plano e à vontade de Deus. Então Nela o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Foi inaugurada a História da nossa salvação. Deus se fez homem no sei da Virgem preparada por Deus, concebida sem pecado original, virgem como Eva, mas Imaculada. Deus a escolheu por ser a mais humilde de todas as mulheres. Ela canta em seu Magnificat: “Ele olhou para a humildade de Sua serva”.

O Espírito Santo foi enviado para santificar o seio da Virgem Maria e fecundá-la divinamente, ele que é “o Senhor que da a Vida”, fazendo com que ela concebesse o Filho Eterno do Pai em uma humanidade proveniente da sua. Quando ela foi servir a Sua prima Santa Isabel, logo foi saudada por Isabel, cheia do Espírito Santo, como “a Mãe do meu Senhor”.

Santo Agostinho exclama: “És Maria, a beleza e o esplendor da terra, és para sempre o protótipo da santa Igreja. Por uma mulher, a morte, por outra mulher a vida: por ti, Mãe de Deus. Eva foi a causadora do pecado; Maria, causadora do merecimento. Aquela feriu, esta curou.

Maria é mais bem-aventurada recebendo a fé de Cristo do que concebendo a carne de Cristo. Maria permaneceu Virgem concebendo seu Filho, Virgem ao dá-lo a luz, Virgem ao carregá-lo, Virgem ao alimentá-lo do seu seio, Virgem sempre. Jesus tomou carne da carne de Maria. Na Eucaristia Maria perpetua e estende a sua Divina Maternidade”.

O SIM de Maria fez dela a Mãe do Senhor, a Mãe da Igreja e a Mãe de cada irmão de Jesus resgatado pelo Seu Sangue. Diz ainda Santo Agostinho: “Maria é chamada nossa Mãe porque cooperou com sua caridade para que, nós, fiéis, nascêssemos para a vida da graça, como membros da nossa cabeça, Jesus Cristo”. São Tomás de Aquino disse que: “Maria pronunciou o seu “fiat” (faça-se) em representação de toda a natureza humana”. “Por ser Mãe de Deus, Maria, tem uma dignidade quase infinita”. Em nome de cada um de nós Nossa Senhora disse Sim a Deus, e a salvação chegou até nós. Por isso Deus fez dela a medianeira de todas as graças.

São Francisco de Sales, o grande doutor inspirador de Dom Bosco disse que: “As crianças, vendo o lobo, correm logo para os braços do pai ou da mãe, pois ali se sentem seguras. Assim devemos fazer: recorrer imediatamente a Jesus e a Maria”.

“Recorre a Maria! Sem a menor dúvida eu digo, certamente o Filho atenderá sua Mãe. Tal é a vontade de Deus, que quis que tenhamos tudo por Maria”, disse o doutor São Bernardo. Ele garante que “Maria recebeu de Deus uma dupla plenitude de graça. A primeira foi o Verbo eterno feito homem em suas puríssimas entranhas. A segunda é a plenitude das graças que, por intermédio desta divina Mãe, recebemos de Deus. Deus depositou em Maria a plenitude de todo o bem”. Por isso, o grande doutor dizia:

“O servo de Maria não pode perecer. Se se levantam os ventos das tentações, se cais nos escolhos dos grandes sofrimentos, olha para a Estrela, chama por Maria! Se as iras, ou a avareza, ou os prazeres carnais se abaterem sobre a tua barca, olha para Maria. Se, perturbado pelas barbaridades dos teus crimes, se amedrontado pelo horror do julgamento, começas a ser sorvido em abismos de tristeza e desespero, olha para a Estrela, chama por Maria. Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Que ela não se afaste dos teus lábios, não se afaste de teu coração. Maria é a onipotência suplicante”.

Prof. Felipe Aquino