Mensagem de BENTO XVI


Mensagem do Papa


 




Dia de Natal, memorial do nascimento de N.S.J.C.!


Neste dia maravilhoso para todos os cristãos e para toda a humanidade, Bento XVI apareceu ao balcão central da Basílica Vaticana, para transmitir a sua Mensagem de Natal a todos os homens de boa vontade, seguida da sua Bênção “Urbi et Orbi” à Cidade de Roma e ao mundo inteiro.


A Praça São Pedro estava repleta de peregrinos, fiéis e turistas, provenientes de várias partes da Itália e do mundo, que acolheram com fé a mensagem do Santo Padre. Estavam presentes também, entre outros, as bandas musicais do Corpo da Guarda Suíça Pontifícia e dos Carabineiros da Itália, que executaram, respectivamente, o hino Pontifício e o hino Nacional da Itália.


O Santo Padre iniciou sua longa e densa Mensagem de Natal, com as seguintes palavras:
Amados irmãos e irmãs: ‘manifestou-se a todos os homens a graça de Deus, nosso Salvador’. Com estas palavras do apóstolo Paulo, eu renovo o jubiloso anúncio do Natal de Cristo! Ele se manifestou! Eis o que a Igreja celebra hoje. A graça de Deus, rica em bondade e ternura, não está mais oculta, mas se manifestou na carne, mostrou o seu rosto. 
E o Papa perguntou: “onde” isto aconteceu? Em Belém. “Quando”? Sob o império de César Augusto, durante o primeiro recenseamento. “Quem” revelou a graça de Deus? Um recém-nascido, o Filho da Virgem Maria. Nele manifestou-se a graça de Deus, nosso Salvador. Eis porque o recém-nascido se chama “Jehoshua” (“Jesus”), que significa “Deus salva”.


A graça de Deus manifestou-se! Eis o verdadeiro significado de Natal: festa de luz. Não uma luz total, como aquela que envolve todas as coisas em pleno dia, mas um clarão na noite, que se difunde de um ponto concreto do universo: a gruta de Belém, onde o Deus Menino veio à luz.


Na verdade, disse o Pontífice, Ele a luz que se propaga, que dissipa as trevas e nos permite compreender o sentido e o valor da nossa existência e da história.


Todo presépio é um convite simples e eloqüente a abrir o coração e a mente ao mistério da vida. É um encontro com a Vida imortal, que se fez mortal na mística cena do Natal: uma cena que podemos admirar também aqui, nesta Praça, como em inumeráveis igrejas e capelas do mundo inteiro e em toda a casa onde é adorado o nome de Jesus.
No casebre humilde e pobre de Belém, poucas pessoas encontraram o recém-nascido, mas ele veio para todos: judeus e pagãos, ricos e pobres, de perto e de longe, cristãos e não cristãos… Os que acolheram o Verbo encarnado, naquela noite fria de Belém foram Maria e José, que o esperavam com amor, e os pastores, que vigiavam durante a noite. Portanto, uma pequena comunidade acorreu para adorar o Menino Jesus; uma pequena comunidade que representa a Igreja e todos os homens de boa vontade.


Também hoje, aqueles que o esperam e procuram, encontram Deus, que por amor se fez nosso irmão: os pobres em espírito, os aflitos, os mansos, os famintos de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os artesãos da paz, os perseguidos por causa da justiça. Estes reconhecem em Jesus o rosto de Deus e, como os pastores de Belém, regressam às suas casas, renovados no coração pela alegria do seu amor.


Irmãos e irmãs que me escutam. A todos os homens se destina o anúncio de esperança que constitui o coração da mensagem de Natal. Jesus nasceu para todos. E, como em Belém, Maria o ofereceu aos pastores, neste dia também a Igreja o apresenta à humanidade inteira, para que possa transformar o mal em bem e mudar o coração do homem, tornando-o oásis de paz.
 
Que todos possam experimentar a força da graça salvadora de Deus, sobretudo as numerosas populações que vivem ainda nas trevas e nas sombras da morte. E o Papa acrescentou:


Que a Luz divina de Belém se difunda na Terra Santa, onde o horizonte parece tornar-se obscuro para israelenses e palestinos; difunda-se no Líbano, no Iraque e todo o Oriente Médio; torne fecundos os esforços dos que não se resignam com a lógica perversa do conflito e da violência; pelo contrário, privilegiam o caminho do diálogo e das negociações para se harmonizar as tensões internas nos diversos países e encontrar soluções justas e duradouras para os conflitos que atormentam a região. 
Por esta Luz, que transforma e renova, continuou o Papa, anelam os habitantes do Zimbábue, na África, oprimidos há tanto tempo por uma crise política e social, que, infelizmente, continua a agravar-se; como também os homens e as mulheres da República Democrática do Congo, especialmente na martirizada região do Kivu, do Darfour, no Sudão, e da Somália, cujos infinitos sofrimentos são uma trágica conseqüência da falta de estabilidade e de paz.


Por esta Luz, enfim, esperam, sobretudo, as crianças destes países e de tantos outros em dificuldade, a fim de que lhes seja restituída a esperança de um futuro melhor:


Que a Luz do Natal resplandeça e encoraje todos a agirem com espírito de autêntica solidariedade, especialmente onde a dignidade e os direitos da pessoa humana são espezinhados; onde os egoísmos pessoais ou de grupo prevalecem sobre o bem comum; onde se corre o risco de se acostumar ao ódio fratricida a à exploração do homem pelo homem; onde as lutas internas dividem grupos e etnias e dilaceram a convivência; onde o terrorismo continua a atacar; onde falta o necessário para a sobrevivência; onde se olha com apreensão para um futuro que se vai tornando cada vez mais incerto, mesmo nas nações do bem-estar”.


Enfim, hoje “se manifestou a graça de Deus Salvador” neste nosso mundo, com as suas potencialidades e as suas fragilidades, com os seus progressos e as suas crises, com as suas esperanças e as suas angústias. Por isso, o Pontífice exortou os fiéis a adorar o filho de Maria em cada ângulo da terra. Ele veio mostrar-nos o caminho da paz.


E o Papa concluiu: Deus veio ao nosso encontro e mostrou-nos o seu rosto, rico em misericórdia! Que a sua graça não seja vã para nós! Procuremos Jesus, deixemo-nos atrair pela sua luz, que dissipa a tristeza e o medo do coração do homem. Aproximemo-nos dele com confiança e humildade, e prostrados, o adoremos.


Após esta sua Mensagem natalina, Bento XVI passou a expressar seus votos de Feliz Natal, aos milhares de presentes na Praça São Pedro e ao mundo inteiro, em 64 línguas.


Iniciando com a língua italiana e concluindo com o latim, o Santo Padre fez as suas felicitações natalinas em português. Ao término concedeu a todos a sua Bênção “Urbi et Orbi” à Cidade de Roma e a ao mundo inteiro.
“Feliz Natal para todos! O nascimento do Menino Jesus ilumine de alegria e paz vossos lares e nações”!


Fonte: Radio Vaticano


 

Advento


Dez dicas para o Advento
Escolhamos, pois, a vida
!



Advento quer dizer vinda, chegada, visita. É o tempo de quatro semanas que antecede o Natal. Portanto, é um tempo santo de preparação para o nascimento de Jesus.



Como viver este tempo?



1. Participar das Novenas de Natal nas casas e transformá-las em Grupos de Reflexão. O melhor presépio é um grupo de pessoas reunidas nas casas em nome de Jesus.


2. Meditar a Bíblia. O profeta Isaias agora nos fala de esperança: As espadas se transformem em enxadas, o luto em alegria, o deserto em Jardim. Sejamos testemunhas da esperança. O leão e o cordeiro, o urso e o cabrito, o lobo e o boi estarão juntos. Eis o tempo de paz.


3. Não falar nem propagar o papai-noel, mas o Menino Jesus. Papai-noel é sedutor do mercado. Com abraços, risos, beijos seduz as crianças a serem consumistas. O velho matou o Menino. “Um Menino nos foi dado” (Is 9,5).


4. O Advento pede mais oração, meditação e silêncio. Nada de correria e menos televisão. Tenhamos tempo para os filhos, para o casal e os vizinhos. Voltemos a participar da Igreja, da religião. Eis o tempo de conversão e salvação.



5. Uma boa confissão é o melhor presente que podemos dar a Jesus. “Nasceu para vós um Salvador” (Lc 2, 11). Ele quer nossos pecados. Advento com um perdão a quem nos ofendeu é recuperar a alegria, a saúde e a paz.


6. Neste Advento de 2007, lembrando a Fraternidade e Amazônia, vamos cuidar da mãe terra, das águas, do verde, com reciclagem do lixo, plantação de árvores, não lavar a calçada com água. Jesus é a árvore da vida.


7. Um pouco de penitência é saudável. Não dirigir embriagado. Não transmitir doenças contagiosas. Não justificar o mal. Pelo contrário, doar órgãos, doar sangue, adotar uma criança e evitar a dengue. Ser mais generoso na Campanha de Evangelização. Eis o verdadeiro Advento.


8. Os pobres, doentes, as crianças, pecadores são o centro do Natal. Daí que um gesto de acolhimento, de hospedagem, de visitação, de reconciliação pode marcar este tempo. Não economizar elogios, perdão, acolhimento, abraço, amizade e compaixão.


9. Ser positivo, alegre, principalmente ter os olhos fixos em Jesus, Maria e José. As mães gestantes têm – em Maria grávida de Jesus por meio do Espírito Santo – a proteção, a ternura, a paz. Os maridos como José, voltem para casa, a família. O bem primário e fundamental da vida é a família.


10. As crianças não só recebam presentes, mas aprendam a partilhar. Que se encantem por Jesus. Amemos as crianças desde o ventre materno. Não percam elas a inocência. Cresçam em idade, sabedoria e graça.



Neste Advento: “Escolhamos, pois, a vida!” (Deut 30, 15).


 


Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina


 

Uma mensagem de Natal


Natal é a presença de Jesus em nossos corações,

não só representa a fé, mas a vida,

O nascimento do Filho de Deus!


A consciência de família, amor, paz, felicidade!


Que o sentido do Natal esteja sempre presente em nosso dia a dia e que a esperança seja um objetivo concretizado.


Que a luz do Menino Jesus percorra cada lar
trazendo alegria aos nossos corações.


Que a Fraternidade Universal seja nossa meta e
que haja somente amor em meio a tempos difíceis,

assim encontraremos a Paz tão almejada!


O Natal do Amor é a fé e esperança renascida
 nos olhos de uma criança!


” Feliz Natal “

Natal sem Papai Noel


UM NATAL SEM O PAPAI NOEL…


Estou preparando a minha árvore de Natal. Quero que ela seja viva, mas não quero que seja exterior. Eu a quero dentro de mim. Tenho medo das exterioridades. Elas nos condenam. Ando pensando que o silêncio do interior é mais convincente que o argumento da palavra. Quero que minha árvore seja feita de silêncios. Silêncios que façam intuir felicidade, contentamento, sorrisos sinceros.
Neste Natal não quero mandar cartões. Tenho medo de frases prontas. Elas representam obrigação sendo cumprida. Prefiro a gratuidade do gesto, o improviso do texto, o erro de grafia e o acerto do sentimento. A vida é mais bonita no improviso, no encontro inesperado, quando os olhares se cruzam e se encontram.
Quero que minha árvore seja feita de realidades. Neste Natal quero descansar de meus inúmeros planos. Quero a simplicidade que me faça voltar às minhas origens. Não quero muitas luzes. Quero apenas o direito de encontrar o caminho do presépio para que eu não perca o menino Jesus de vista. Tenho medo de que as árvores muito iluminadas me façam esquecer o dono da festa.
Não quero Papai Noel por perto. Aliás, acho essa figura totalmente dispensável! Pode ficar no Polo Norte desfrutando do seu inverno. Suas roupas vermelhas e suas barbas longas não combinam com o calor que enfrentamos nessa época do ano. Prefiro a presença dos pastores com seus presentes sinceros. Papai Noel faz muito barulho quando chega. Ele acorda o menino Jesus, o faz chorar assustado. Os pastores não. Eles chegam silenciosos. São discretos e não incomodam. Os presentes que trazem nos recordam a divindade do menino que nasceu. São presentes que nos reúnem em torno de uma felicidade única. O ouro que brilha, o incenso que perfuma o ambiente e a mirra com suas composições miraculosas. O papai Noel chega derrubando tudo. Suas renas indisciplinadas dispersam as crianças, reinam a paz dos adultos. Os brinquedos tão espalhafatosos retiram a tranqüilidade da noite que deveria ser silenciosa e feliz. O grande problema é que não sabemos que a felicidade mais fecunda é aquela que acontece no silêncio.
É por isso que neste Natal eu não quero muita coisa. Quero apenas o direito de recolher o pequenino menino na manjedoura… Quero acolhê-lo nos braços, cantar-lhe canções de ninar, afagar-lhe os cabelos, apertar-lhe as bochechas, trocar-lhe as fraldas para que não tenha assaduras e dizer nos seus ouvidos que ele é a razão que me faz acreditar que a noite poderá ser verdadeiramente feliz. Neste Natal eu não quero muito. Quero apenas dividir com Maria os cuidados com o pequeno menino. Quero cuidar dele por ela. Enquanto eu cuido dele ela pode descansar um pouquinho ao lado de José.
Ando desfrutando nos últimos dias o desejo mais intenso de que a vida vença a morte. Talvez seja por isso que ando desejando uma árvore invisível. O único jeito que temos de vencer a morte é descobrindo a vida nos pequenos espaços. Assim vamos fazendo a substituição. Onde existe o desespero da morte eu coloco o sorriso da vida.
Faça o mesmo. Descubra a beleza que as dispersões deste tempo insistem em esconder. Fecha a sua chaminé. Visita que verdadeiramente vale à pena chega é pela porta da frente. Na noite de Natal fuja dos tumultos e dos barulhos. Descubra a felicidade silenciosa. Ela é discreta, mas existe! Eu lhe garanto! Não tenha a ilusão de que seu Natal será triste porque será pobre. Há mais beleza na pobreza verdadeira e assumida que na riqueza disfarçada e incoerente. O que alegra um coração humano é tão pouco que parece ser quase nada. Ouse dar o quase nada. Não dá trabalho, nem custa muito…
E não se surpreenda, se com isso, a sua noite de Natal tornar-se inesquecível.
 
 Fábio de Melo, scj.   


 


 

Oração


” Oração de Natal “

 


Senhor, nesta Noite Santa, depositamos diante de Tua manjedoura todos os sonhos, todas as lágrimas e esperanças contidos em nossos corações.


Pedimos por aqueles que choram sem ter quem lhes enxugue uma lágrima.
Por aqueles que gemem sem ter quem escute seu clamor.
Suplicamos por aqueles que Te buscam sem saber ao certo onde Te encontrar.
Para tantos que gritam paz, quando nada mais podem gritar.


Abençoa, Jesus-Menino, cada pessoa do planeta Terra, colocando em seu coração um pouco da luz eterna que vieste acender na noite escura de nossa fé.


Fica conosco, Senhor!
Assim seja!