Como cristãos, somos chamados a viver a ética em tudo

Os desafios de viver a ética na sociedade de hoje

Dentre as características que nos identificam como seres humanos, destaca-se a necessidade de estarmos em sociedade, em grupos que se assemelham e diferenciam de modo a promover o enriquecimento das percepções de mundo e da existência. Essas relações possibilitam encontros e desencontros, semelhanças e diferenças, evidenciam a necessidade de desenvolvermos habilidades para esse coexistir, ou seja, um padrão comportamental, uma postura moral e ética.

Enquanto a moral vincula-se ao conjunto de normatizações e regras propostas por uma sociedade, dentro de uma cultura, e portanto situada em um recorte histórico, a ética diz respeito a como cada indivíduo, dentro de sua liberdade interior, decidirá pelo rumo de suas ações.

Foto: olaser

Nesta conjuntura, há ainda um terceiro aspecto que devemos trazer ao centro de nossa reflexão, devido à sua importância e relevância, no labor da compreensão que nos propomos fazer: o senso comum. É ele o responsável pela justificação pública ou interior de deliberações amorais ou antiéticas. Ele está presente quando a fim de justificar um ato ilícito, o indivíduo arroga: “Mas todo mundo faz”; ou ainda “se não for eu será outro”; e a mais nociva de todas: “é meu direito”.

Desafio diário e contínuo

Assim é notória a percepção de como o comportamento ético é exigente, pois se dá por meio de um contínuo e diário “remar contra a maré”. Ele consiste em uma firmeza de posição, em uma fidelidade aos princípios assumidos como basilares, por maior que possam vir a ser as circunstâncias e adversidades do momento.

A ação ética se evidencia sempre em relação ao outro. Nesse sentido, é possível compreender o quão desafiante essa postura pode ser no nosso tempo, tão fortemente marcado pelo individualismo, pelo egoísmo e hedonismo.

Quando sou capaz, em detrimento de possíveis vantagens pessoais de agir em prol do outro, levando o seu bem-estar em consideração, há uma manifestação de um comportamento ético, que se estabelece para além das conveniências.

Ser ético nas pequenas coisas

Desejamos ver o nascer do sol, mas queremos evitar a noite. Ansiamos pelo cume da montanha, mas rejeitamos a subida. Queremos subir ao pódio, mas sem enfrentar as agruras dos treinamentos. Desejamos uma vida cheia de sentido e significado sem, no entanto, estarmos dispostos às renúncias e superações que são próprias.

Um viver ético nos viabiliza uma coerência no existir. Aos olhos dos demais, o comportamento regido pela ética parece carecer de liberdade, mas isso é um grande engano, pois a liberdade sem a ética é falsa e parcial, na medida em que é danosa à liberdade dos outros.

Como cristãos, somos chamados a viver a ética em tudo, principalmente nas pequenas coisas. A partir desses pequenos passos, seremos capazes de trilharmos longos caminhos. Não que atingiremos a perfeição, mas, se assim procedermos, seguiremos os passos do Senhor, e com cada gota de nossas ações, a água viva da bondade, da justiça, do bem poderá chegar a mais e mais pessoas, tão ressequidas bela brutalidade de nosso tempo.
Christian Moreira

Christian Moreira é missionário da Comunidade Canção Nova, no modo segundo elo em em Fortaleza (CE). Graduado em História, Mestre em Ciências da Educação e Especialista em Ensino Superior de História e Especialista em Gestão Escolar.

Masculinidade. As consequências do sexo fácil

    Masculinidade. As consequências do sexo fácil

Sexo fácil nos relacionamentos tendem a desvalorizá-los

É claro para todos nós que homens e mulheres têm papéis distintos na procriação, também é sabido que por essa desigualdade, eles percebem o sexo de forma diferente. Para demonstrar isso, faço alusão a obra literária: “Homens fazem sexo, mulheres fazem amor”, pois, se nos aprofundarmos no assunto, veremos que sexualidade é um conjunto muito mais complexo que envolve todo o ser.

Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Ao contrário do que muita gente imagina, a sexualidade não está só nos impulsos e órgãos reprodutores, mas também na forma como nos expressamos, como entendemos e olhamos o mundo, os nossos afetos, interesses e nossas inclinações, a construção de nossa personalidade, até no modo de nos locomovermos; tudo isso é perpassado pela nossa sexualidade.

“A sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana em sua unidade de corpo e alma. Ou seja, diz respeito à afetividade, à capacidade de amar e de procriar e, de uma maneira mais geral, à aptidão a criar vínculos de comunhão com os outros” (Catecismo da Igreja Católica, art. nº 2332).

Por que o homem é mais inclinado ao sexo?

Percebemos nossa sexualidade no corpo, em nossos impulsos, mas também como uma capacidade psíquica (fantasias, pensamentos), social (atitudes, criação de vínculos) e espiritual (vocação esponsal, paternal ou maternal). O homem é mais inclinado ao ato sexual por um motivo bem simples de entender. A natureza deu ao homem o material genético responsável por fecundar, então o fez com características psicológicas, sociais e espirituais para tal. Para o homem o sexo é algo importantíssimo, latente em seus sentidos quase que todo o tempo.

Existe um vídeo com o título “Masculinidade: o que está acontecendo com os homens”, de autoria do Padre Paulo Ricardo, no qual ele cita que “o substrato básico do ser humano está na feminilidade e que o sexo masculino para se desenvolver precisa surgir de um esforço”.

Em resumo, o homem precisa lutar por algo em que acredita para encontrar sentido na sua existência. Ele necessita esforçar-se para autenticar sua masculinidade. Por isso digo que, mesmo com instintos voltados para tanto interesse sexual, o melhor para o homem é guardar-se, de forma a lutar por aquela que será sua mulher.

 

O que acontece quando a mulher se entrega fácil?

Quando a mulher se entrega “facilmente” ao homem pelo sexo, ela o está condicionando a encarar esse relacionamento como algo não essencial para a vida dele. Ele pensa: “Está lá, fácil e disponível quando quero, não preciso me preocupar em manter”. E entendamos “entregar-se facilmente” como “sexo antes do casamento”, porque nisso não há comprometimento verdadeiro nem esforço da parte dele. Basta ver o quanto os homens de hoje não querem muito saber de envolvimento afetivo, isso lhes parece prisão. Pois, se eles podem lutar por suas outras preocupações adiante e ainda ter companhia com sexo, para que se amarrarem?

 

Mas quando um homem luta por uma mulher, quando ele tem registrado em suas memórias o quanto se esforçou para se comprometer definitivamente com ela pelo sacramento do matrimônio, o ato conjugal terá para ele um valor amplamente significativo, uma parte integrante da validação da sua masculinidade. Além do prazer, será uma gratificante sensação na alma de perceber-se bondoso o suficiente para ela, e o que atesta tudo isto será  perceber sua esposa desejosa de você, e isso será o mesmo que ela lhe dizer: “Valeu a pena tudo o que você fez por mim, então me doo a você”.

O ato sexual tem de ser a celebração de tudo o que eles viveram em suas histórias e que se entrelaçou, e do que construíram juntos naquele dia, e não somente o prazer pelo prazer. O gozo, portanto, sem levar em conta as outras condições que o envolvem, pode gerar várias impressões negativas nas pessoas, como pensar que estão sendo usadas, que o gozo é apenas uma forma de descontar uma raiva ou uma recompensa.

Como o mundo mede a masculinidade

O mundo mede a masculinidade de um homem por suas conquistas efêmeras e, quem sabe, pela quantidade de relações sexuais. Mas Deus tem projetos muito maiores para você. O Senhor quer lhe proporcionar o máximo que você pode ser, e levá-lo à plenitude de corpo e alma por meio da sua vocação ao matrimônio. Alcançar essa bênção é o esforço que vale a pena!

 

Sandro Arquejada

 

Os mendigos de amor

“O amor é muito nobre para ser pedido, cobrado ou implorado”


 


A Palavra de Deus nos ensina, na primeira Carta aos Coríntios, capítulo 13, a plenitude e a beleza do amor. Pela preciosidade das palavras, essa passagem, vez ou outra, é usada como declaração de casais apaixonados. Mas poucas são as vezes em que verdadeiramente encaramos aquilo que deve ser mudado em nós quando lemos esse trecho bíblico. Já reparou nisso? Uma das partes mais partilhadas da Sagrada Escritura está distante do real sentido. 


 


Existe uma confusa camada dentro de nós que separa o amor do apego.


 


Tenha certeza, meu irmão, que o amor não se transforma em apego, pois ele jamais passará. Já o apego, bastam algumas decepções para que ele se transforme em repúdio. Vejamos se em nossos relacionamentos pode estar acontecendo o mesmo.



Conhecemos uma pessoa e ela nos atrai por suas qualidades externas ou internas. Então, criamos sobre essa admiração uma idealização e, muitas vezes, chegamos ao extremo da idolatria. Começamos a achar louvável todas as ações dessa pessoa, não deixamos, de forma alguma, de lhe dar títulos de honra como “melhor amiga (o)”, “amor maior” etc.


 



“Deus nos deu autonomia para que buscássemos a felicidade sem que ela dependesse da ação de outro”


Criamos, assim, uma prisão afetiva, que nada mais é do que um falso amor. Passamos a não enxergar mais o outro como uma pessoa, mas como um objeto, que deve


 


 


Estar de prontidão para nos demonstrar carinho constantemente da forma e na hora que quisermos. Nossa imaturidade é tanta, que nos passamos por “pedintes de amor”. Da mesma forma que se cobra uma dívida, passamos a cobrar atenção. Com o passar do tempo, a convivência vai nos mostrando que esse alguém tão maravilhoso é passível de falhas e pecados, por isso não consegue ”cumprir os deveres” que colocamos sobre ele de nos fazer feliz.


 


Perceba a reação em cadeia que ocorre: impusemos ao outro, de forma errada, a missão de nos fazer feliz, o que é extremamente autodestrutivo, pois Deus nos deu autonomia para que buscássemos a felicidade sem que ela dependesse da ação de outro.


 


O amor é muito nobre para ser pedido, cobrado ou implorado. Se você já passou ou está passando por uma situação humilhante, saiba que somente o amor de Deus é capaz de preencher esse vazio.


 


Santa Teresa de Ávila dizia: “A quem tem Deus nada falta, só Deus basta!”. Portanto, tire as vendas dos seus olhos e veja que o Senhor não pediu para que você dependesse afetivamente dos outros. Ele pediu para que você os amasse da mesma forma como Ele ama você. E a fórmula para sair dessa prisão é simples: imitar Cristo. O processo pode ser longo, mas a cura e a maturidade que se instalará em seu coração será tão grandiosa que, finalmente, você vai ter a coragem de olhar os outros como Jesus olhou.

PORNOGRAFIA: A “NOVA” DROGA

PORNOGRAFIA: A “NOVA” DROGA


Há uma diversidade de drogas que prejudicam a vida de um ser humano em seus diversos aspectos. Contudo, existem estudos, como o da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, que apontam a pornografia como impactante na atividade cerebral de modo semelhante ao de alcoólicos e drogados. Por outro lado, mesmo sem embasamento científico, é possível diagnosticar a escravidão que ela causa em uma pessoa.


A pornografia retira de nós a caridade de um modo muito mais amplo do que se pode imaginar. Para efeito de conscientização, vou citar algumas consequências de seu uso:


– Constrói um ato egoísta ao ser consumida;
– É capaz de levar ao isolamento;
– Promove, como um todo, a indústria pornográfica “por meio de cliques”;
– Torna o outro um objeto de prazer;
– Instiga a iniciação sexual antes do tempo;
– Dificulta a escolha de um parceiro para se relacionar;
– Tende a mudar os conceitos de beleza física;
– Adquire-se lembranças indesejáveis que, por muito tempo, ficarão na mente do indivíduo;
– Ofusca o verdadeiro sentido do ato conjugal;
– Pode destruir casamentos;
– Há situações em que é acompanhada da masturbação;
– Desperta curiosidades indevidas.


Enfim, dá à vida própria um sofrimento silencioso e extremamente doloroso, pois o viciado em pornografia esconde seu problema por muito tempo.


Lembremo-nos daquele momento em que Jesus falou com a Samaritana perto da fonte (Jo 4, 5-30). Ele sabia da história dela, assim como conhece a nossa. Ela queria água, e o Senhor tinha a Água Viva, que jorra para a vida eterna, para lhe dar.


Temos um Deus que caminha conosco. N’Ele encontramos a vitória para essa ferida da sociedade! Ele deseja que todos sejam jovens sarados, que homens e mulheres estejam em sintonia e que todas as famílias sejam novas! Por isso, a todos aqueles que buscam a castidade enquanto solteiros ou casados, digo-lhes que os sacramentos fazem parte dessa água que nos limpa e nos leva à santidade. Não esqueçamos também da vida de oração, do santo rosário, da Palavra de Deus, das mortificações e do jejum. Nossa Senhora é a mãe da pureza, e ela pode nos ensinar a chegar ao coração límpido de Jesus.


Diante disso, exortemo-nos a buscar o “amor livre, total, fiel e fecundo” (encíclica Humanae Vitae) em Deus, que é a própria fonte (1 Jo 4, 8).
Mostremos a todos que é possível, sim, viver a castidade e o amor verdadeiro! Assim seja!


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Valorize-se! Você é pedra preciosa

Valorize-se! Você é pedra preciosa


 


A cada dia, fica mais claro o quanto o mundo está sedento de amor. Vemos pessoas mendigando por amor nas ruas, nas redes sociais, na televisão.


A ausência de amor faz com que muitos se submetam a tudo para serem vistos e, quem sabe, se sentirem importantes. Usa-se o que a moda diz para usar (roupas, cortes de cabelo, tatuagens e estilos musicais), mas isso parece não preencher, parece não ser suficiente. As pessoas investem pesado na aparência, gastam o que têm e o que não têm para parecerem belos e se expõem, como nunca, para conquistar alguns elogios e algumas curtidas no Facebook.


O que há de errado? Somos nós que não somos valorizados e amados ou não nos valorizamos nem nos amamos? Existe um abismo muito grande entre essas duas realidades. Precisamos rever essa história!


Muitas vezes, as feridas do passado, algumas palavras que ouvimos e rejeições que sofremos geram em nós essa sensação de que “não valemos nada”! Quantos não conseguem se olhar no espelho e se ver, porque não se encaixam no perfil de perfeição ditado pela mídia, pelas revistas e afins!


Fomos criados a partir de um sonho de Deus, fomos gerado com carinho, e Ele nos ama e quer nos ver felizes. Não é preciso convencer os outros de que somos especial, nós é que precisa olhar para si e se amar. Cuide-se! Arrume o cabelo, faça a barba, compre roupas novas… Isso tudo é muito bom! Mas, acima de tudo, cuide do seu coração, deixe que ele faça a experiência do amor de Deus, de se sentir cuidado por Ele, pois é desse amor que ele precisa.



“A ausência de amor faz com que muitos se submetam a tudo para serem vistos e, quem sabe, se sentirem importantes”


Se pegarmos uma pedra preciosa e a jogarmos na lama, ela, certamente, se sujará; talvez, até desapareça em meio à sujeira, mas ainda será uma pedra preciosa. Se a tomarmos nas mãos e a colocarmos na água corrente, ela, enfim, será lavada e revelará toda a sua beleza.


Talvez, hoje, nós nos sintamos mergulhados na lama, no pecado, sintamo-nos mal por nossos erros, por aquilo que as pessoas nos disseram, por julgamentos e uma centena de razões que podem fazer com que nos sintamos desvalorizados, mas somos pedra preciosa! Façamos a experiência de nos encontrar com Deus e, por meio do derramamento de Seu amor, sejamos lavado (a) de tudo aquilo que faz com que nos sintamos desvalorizados, feios e sujos.


A beleza que nós revelaremos, depois dessa experiência, iluminará nossa vida e nos trará muita felicidade, pois o amor que vem de Deus é tudo o que precisamos para ser livres.


“Só em Deus repousa a minha alma, d’Ele vem o que eu espero.” (Salmo 61, 6)



 


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