Entenda qual é o verdadeiro papel da mulher na sociedade

A identidade e a força do papel e do ser mulher

revolução sexual trouxe um novo olhar sobre a mulher, mas está querendo tirar dela o seu verdadeiro papel, a sua verdadeira identidade.

Eu faço parte das mulheres do século XXI e tenho convivido com os inúmeros conflitos e questionamentos, que dizem respeito à mulher atualmente. Sinceramente, penso que nunca, em toda a história, nós tivemos tantas crises de identidade como hoje. Desde a revolução sexual, nos anos 60, a identidade e o lugar da mulher na sociedade são interrogados.

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Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Qual o valor da mulher? Ela nasceu apenas para ser mãe e dona de casa? Ela tem os mesmos direitos que o homem? A mulher é proprietária do seu corpo e, por isso, tem direito de fazer dele o que desejar?

Por outro lado, também são inquestionáveis as inúmeras conquistas femininas ao longo dos últimos séculos: o direito de votar, de participar ativamente na sociedade e no trabalho. É impossível não se lembrar da médica Zilda Arns, que trabalhou incansavelmente contra a mortalidade infantil, e fundou a Pastoral da Criança e do Idoso. Com certeza, você também deve lembrar-se de outras grandes mulheres que fizeram a diferença na história do mundo. Hoje, elas já têm um vasto espaço conquistado e consolidado.

Mas por que os conflitos continuam?

Em 1968, na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos da América, as mulheres queimaram seus sutiãs. Para elas, isso representou a “queima” da opressão feminina. Hoje, muitas continuam afirmando que o topless é uma maneira de serem livres e usarem do seu corpo como desejarem. Mas, eu lhe pergunto: para você, isso é liberdade?

Entre a liberdade e a libertinagem existe um abismo. Sim, a revolução sexual trouxe um novo olhar sobre a mulher, mas trouxe, também, dilemas que tocam a própria dignidade humana. Usar a liberdade é o maior desafio existencial. Direito de ser mulher? Sim, é nosso direito assumir nosso ser feminino. Contudo, só quem sabe seus direitos é capaz de usá-los com a devida liberdade sem partir para a libertinagem. Quando somos libertinos, não há limites, tudo é válido e, por isso, não há mais o conceito de certo ou errado; qualquer coisa é relativa ou “normal”.


Relembro outra grande mulher dos nossos tempos, Madre Teresa de Calcutá, ela ganhou o prêmio Nobel da Paz, teve reconhecidos seu valor e seu papel como mulher na sociedade, mas nunca precisou queimar o sutiã para mostrar sua dignidade.

Explico-lhe, agora, o significado da palavra “dignidade” e a coloco no feminino. Segundo o dicionário, digna é aquela merecedora de elogios; honesta; honrada. Sinônimos para “digna” são: casta; correta; íntegra; imaculada. Quando nós deixamos de exercer a liberdade e passamos à libertinagem, ouso dizer que começamos a ser o antônimo de digna, ou seja, passamos a ser indignas; vis; inadequadas; inconvenientes; obscenas; indecentes; escandalosas; imorais; menosprezíveis; vergonhosas; baixas; pornôs; (o dicionário relata 75 antônimos para digno). É o resultado do mau uso da dignidade, virtude a que somos chamadas a viver como mulheres.

A força da mulher

Lutamos tanto para sermos iguais aos homens, que esquecemos nossa feminilidade. Na Carta Apostólica Mulieris Dignitatem, João Paulo II escreve: “A mulher é forte pela consciência dessa missão, forte pelo fato de que Deus ‘lhe confia o homem’, sempre e em todos os casos, até nas condições de discriminação social em que ela se possa encontrar. Esta consciência e esta vocação fundamental falam à mulher da dignidade que ela recebe de Deus mesmo, e isto, a torna ‘forte’ e consolida a sua vocação. Deste modo, a ‘mulher perfeita’ (cf. Prov 31, 10) torna-se um amparo insubstituível, e uma fonte de força espiritual para os outros que percebem as grandes energias do seu espírito. A estas ‘mulheres perfeitas’ muito devem às suas famílias e, por vezes, inteiras nações”.

mulher tem o papel de gerar vida. Naturalmente, ela tem em si o dom da maternidade. Gerar vida e não morte; gerar alegria e não tristeza; gerar coragem e não medo; gerar união e não discórdia; gerar paz e não guerra; gerar amor e não o ódio.

Magda Ishikawa
Missionária da Comunidade Canção Nova

O direito à paternidade de Deus sobre nós

Deus sempre sabe o que é melhor para nós

A história de Jesus representa até onde Ele vai por você. Deus sabe o que faz com o seu pior. Sua tristeza cabe n’Ele, tem valor para Ele. É assim que Ele o quer assumindo as culpas, reconhecendo quem é, permitindo-se ser aquilo que Ele quer e, diante disso, ficar um minuto, um instante, um momento qualquer diante d’Ele.

Se você entregar sua fraqueza, sua incapacidade, seu choro, seu riso, sua força, seu corpo, sua mente e solidão para Deus, Ele saberá o que fazer. Ele lidará com suas fraquezas não como um emaranhado de coisas, mas com todo esse conjunto que faz parte de você: fraqueza e força, medo e coragem, antagonismos presentes na alma humana.

Provavelmente, Deus não transformará seu choro em riso nem sua fraqueza em força, mas Ele saberá o que fazer com tudo isso. É no processo de rendição do homem que Deus tem enorme interesse. Não lhe cabe meias medidas. Deus não quer o que você tem de melhor para colocar a Seu serviço, Ele não quer sua oração de 12 minutos antes de dormir, não quer sua alegria, não quer só fraqueza, dor nem solidão. Ele quer você e todo o “pacote” que você carrega.

O que percebo é que Ele tem grande interesse no que temos de pior, pois Ele sabe usar, acolher esse nosso lado. Como disse, Ele não transformará uma coisa em outra, o milagre na verdade não é fazer de um fraco forte, isso ocorre nas academias. O milagre consiste em usar de um fraco para conceder força para os que precisam, é, diante de uma cruz, de um homem chagado, pregado, que muitos se entregam, pedem forças para alguém desfigurado. No nosso caso, diferente de Jesus, que surge fraco pelo que fizeram com ele, é o pecado que no desfigura; a raiva, o ódio e o orgulho são sinais de fraqueza. O perdão de Deus, sua ação em um homem orgulhoso e prepotente é sinal de força em nós.

Deus não nos abandona

A rendição acontece quando o homem entrega aquilo que tem de miséria para Deus e sabe reconhecer que ninguém é bom o suficiente para impressioná-Lo. Deus se interessa por nossa dor, Ele é o único presente na solidão. Ele coleciona nossas lágrimas e as devolve para podermos contar a nossa vitória. Ele se interessa pelo mais fraco, Ele volta para buscar aquele que se desgarra.

Sabemos que não nascemos com vocação para ser infeliz. Quando o filho pródigo decide voltar, ele reconhece que precisa do pai. Ele retorna para o coração do pai, demonstra fraqueza, apresenta arrependimento e o pai o acolhe com felicidade. Quando o filho se rende, o Pai exerce sua paternidade sobre nós sem barreiras, permitindo a Deus que exerça isso sobre nós, enquanto acreditamos que conseguimos sozinhos. Ele fica de braços em posição como o de um pai quando está ensinando o filho a andar.

Dar a Deus o direito a paternidade sobre nós consiste em nos rendermos, aceitando quem somos e deixando Deus usar daquilo que em mais nenhum outro lugar teria sentido.

Enviado por Gabriel Antunes, de Montes Claros (MG)

As dificuldades da vida cristã e a fidelidade a Jesus

A fé nos ensina que Deus transforma o pior de nossa vida em obras maravilhosas

Nos dias de hoje, é comum vermos as pessoas ansiosas e sempre à procura de resultados instantâneos; além disso, há a procura de uma vida “perfeita”, sem problemas, sem doenças, desemprego nem tribulações.

Como nós cristãos lidamos ou devemos lidar com essas situações e intempéries da vida?

As-dificuldades-da-vida-cristã-e-a-fidelidade-no-seguir-a-Jesus-Foto: Arquivo CN/cancaonova.com

Primeiramente, Jesus não nos prometeu uma vida sem lutas nem dificuldades: “Se alguém quiser vir após mim a si mesmo se negue dia a dia, tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9,23).

Na vida existem diversos obstáculos a serem superados; na vida cristã não é diferente, pois enfrentamos as lutas interiores, na qual lutamos contra nós mesmos todos os dias, a fim de que se cumpra o que diz a palavra: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3,30); e um dos desafios que nós cristãos enfrentamos são aqueles que estão relacionados aos nossos sentimentos.

Você está magoado, solitário, cheio de sentimentos de culpa?

Precisamos entender que falhamos, mas tendo falhado, Deus diz que o aceita e ama. Antes de a graça de Deus transformar nossos erros em forças, é preciso que respondamos por meio do arrependimento e a fé, pois o arrependimento é simplesmente a mudança de nossa mente a nosso respeito, e de nossas ações. Significa que admitimos a Deus que estamos errados, e voltamo-nos a ele. Se escolhermos o caminho do pecado, recusando-nos a reconhecer o pecado, não podemos esperar a redenção dos nossos fracassos, mas apenas uma composição de desespero.

A fé reage ao amor de Deus e seu perdão, que nos pertencem, na obra redentora de Jesus, quando ele morreu e ressuscitou. Fora de Cristo só existe desespero por causa do fracasso.

O cristão contempla suas derrotas e erros, e volta-se para o perdão total de Deus e para a obra redentora de Cristo, que agora mora dentro dele. A fé ousa afirmar que Deus transforma os buracos negros de nossa vida nos alicerces de seu edifício mais lindo.

É preciso que sejamos fortes nas tentações, pelo fato de satanás estar sempre querendo que voltemos à prática das coisas antigas, ou que caiamos em algum pecado, para tal devemos resistir ao diabo (Tg 4,7) e se até Jesus foi tentado ele vai tentar a nós também; portanto devemo procurar forças em Deus como nos diz São Paulo “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4,13).

Sofrimentos e problemas

Quando aderimos ao projeto de Jesus, tudo é alegria, mas os sofrimentos vêm e, nessas ocasiões, satanás cochichará em seus ouvidos, dizendo mentiras, para que, se o seu sentimento não estiver bom, você volte atrás. Diante de alguns, ele põe a dúvida e as pessoas começam a pensar que não são realmente salvas, que não foram aceitas por Deus. Não dê ouvidos. Você precisa viver pela fé e não pelo sentimento (2Cor 5,17).

O segredo da fidelidade está em seguirmos com alegria e perseverança o caminho que nos está posto a percorrer (Hb 12,12), além disso busque forças em Jesus para prosseguir, aprenda na sua Palavra, a vencer o inimigo, a edificar a sua mente e ter os ouvidos sempre atento ao que Deus lhe fala. E assim, você será um vencedor.

“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (Jo 16,33)

Paz e bem!

Enviado por Ildeu Iussef Garcia Felipe, de Goiânia, GO

Quais são os compromissos com a nossa sociedade?

A sociedade sofre com as consequências das mentalidades equivocadas de seus cidadãos, particularmente dos atores políticos, formadores de opinião e líderes diversos. Incontestavelmente, as percepções, interpretações e juízos definem dinâmicas e rumos, determinam avanços e retrocessos. E as perdas não são poucas, pesam sobre a vida de todos. Esse passivo relaciona-se com graves problemas na articulação entre conhecimentos, informações, interesses, sentido social e político, exercício da cidadania. Por subjugar-se a mentalidades questionáveis, a sociedade brasileira não aproveita todo o seu potencial, considerando o privilégio das riquezas naturais que integram o tesouro do Brasil. Perde-se a chance de edificar uma nação mais solidária, fraterna, com apreço à justiça e à cultura da paz.

Na contramão dessas possibilidades todas, a sociedade brasileira desconsidera suas riquezas naturais, culturais, artísticas e relacionadas à religiosidade, que poderiam qualificar sua identidade. Com isso, naufraga no lamaçal da corrupção, da indiferença com os mais pobres, dos interesses que favorecem oligarquias. As mentalidades oligárquicas – um sentido falso de cidadania – impedem o surgimento de novos cenários no contexto nacional. Não há compromisso com a igualdade e, desse modo, convive-se passivamente com situações de miséria. A doença da ganância limita entendimentos, impede que demandas urgentes sejam consideradas, gerando, assim, incompetência para que se dê um passo novo no caminho que leva ao bem de todos.

A sociedade precisa descobrir seus valores e privilégios -

Foto Ilustrativa: Creativeye99 / by Getty Images

Os avanços sociais

A falta de dinâmicas capazes de imprimir velocidade no desenvolvimento integral do conjunto da sociedade a não se deve à carência de referências tecnológicas ou de
recursos intelectuais. Um percurso acadêmico, a conquista de conhecimentos técnicos, pouco valem para promover avanços sociais se não houver também qualificada mentalidade, pois se torna inviável o lúcido entendimento do contexto atual, da cultura e das oportunidades para que o bem de todos seja alcançado. Se o conhecimento técnico não se alicerça em valores, princípios e inventividades que configurem o compromisso com o bem comum, os retrocessos são inevitáveis. Esse conhecimento permanece enjaulado nos interesses mesquinhos ou na leitura equivocada da realidade.

Fenômeno estarrecedor é a distorcida visão de indivíduos que não conseguem enxergar “para além de um palmo adiante do nariz”, conforme o dito popular. Essa cegueira causa impactos não apenas no âmbito pessoal, mas também no contexto familiar, na comunidade religiosa, nas dinâmicas de uma cidade – grande ou pequena. Sem enxergar o que está para além dos próprios interesses, todos permanecem na mediocridade e sacrificam o bem comum. E diante dessa situação, a sociedade continua a conviver de forma apática com os retrocessos.

Compromisso

A falta de lucidez tem sérias consequências que requerem muito tempo e esforço para serem reparadas. Urge um tratamento sistêmico da mentalidade vigente, sobretudo
no mundo da política e em todos os outros segmentos que deveriam ser construtores de uma sociedade pluralista. Trata-se de caminho que leva à clarividência necessária para compreender o verdadeiro sentido de desenvolvimento integral. Trilhá-lo permitirá conquistar práticas e legislações que poderão tirar o Brasil da obscuridade.

Muitas situações devem ser ponto de partida para romper com a mediocridade, que se manifesta, claramente, nas dificuldades que a representação política tem para elaborar as reformas, a exemplo da trabalhista, para que sejam vetores de avanços, e nunca de retrocessos, no respeito à dignidade humana. Entre muitos parâmetros e princípios, a mentalidade contemporânea precisa orientar-se pela busca do bem comum. Esse é o fundamento da ética social, que possibilita o respeito à vida humana, o reconhecimento de sua sacralidade. A ética social, quando assumida como princípio, resulta no desabrochar da competência para a criatividade e o discernimento, permitindo o aproveitamento das oportunidades que levam a novas e esperadas respostas. Por isso, desafiadora e muito necessária é a tarefa de retrabalhar mentalidades para que, em lugar de retrocessos, a sociedade deslize sobre os trilhos dos avanços.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

O Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Atual membro da Congregação para a Doutrina da Fé e da Congregação para as Igrejas Orientais. No Brasil, é bispo referencial para os fiéis católicos de Rito Oriental. http://www.arquidiocesebh.org.br

Conheça a cristandade, humildade e fé da Virgem Maria

Na Virgem Maria, toda a cristandade tem uma poderosa advogada e um magnífico modelo

A cada ano, a Igreja celebra a festa da Glorificação ou Assunção de Maria, a mãe de Jesus e nossa mãe.

“Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste”(LG 59).

Conheça a cristandade, humildade e fé da Virgem Maria
No dia 01 de novembro de 1950, o saudoso Papa Pio XII declarou o dogma da Assunção de Maria nossa mãe.

A glória de Maria vem pelo seu “sim” definitivo ao projeto de Deus. Ela faz justamente o contrário de Eva: não quer ser autônoma diante do Criador. Aceita plenamente o que Deus lhe propõe em relação a salvação de toda a humanidade. No Evangelho (cf. Lc 1, 39-56), temos a visita de Maria à sua prima Isabel.

Nesta ocasião, Maria pronuncia o seu hino (Magnificat), que é um concerto gozoso de Deus, ponto de encontro da revelação bíblica. Maria é a primeira cristã da história da humanidade, pois aceita Deus em sua totalidade.

“Bendita és tu entre as mulheres”

Como cristãos, que desejamos seguir a Cristo de verdade, não podemos esquecer a importância da devoção a Nossa Senhora e os elementos essenciais da intercessão desta mulher que é cheia de graça. Toda devoção a Maria, começou pela aceitação que Ela fez em ser a mãe do Messias. Ela mesma foi saudada pelo anjo Gabriel como sendo “cheia de graça”, isto significa que Maria, durante toda a sua existência, foi livre da culpa original que todos os seres humanos herdaram devido ao egoísmo.

Deus ama a todos os seres humanos, nós somos privilegiados em relação ao amor que Deus tem por nós. Maria entrou diretamente no plano de amor de Deus por cada pessoa humana, aceitando ser a mãe de Jesus. Todas as mulheres judias, gostariam de ser a mãe do Messias, Esse esperado durante séculos, pelo povo de Israel.

Depois dos 12 anos de idade, Maria já estava prometida a José que seria o seu legítimo esposo. Foi a essa menina simples que o anjo apareceu e ofereceu a proposta mais nobre que uma mulher poderia receber nesta vida. A redenção da humanidade só seria possível, com a vinda do próprio Deus, para restituir ao homem os elementos essenciais de sua existência.

Maria concebeu pela ação do Espírito Santo. Para Deus tudo é possível, pois a nossa existência já é um grande milagre inexplicável, pelo olhar puramente humano. Pelo SIM de Maria, nós recebemos de Deus uma nova chance de sermos glorificados em Cristo.

“Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra”

No meio do mistério, Maria se joga ao lado de Deus; quer fazer a vontade d’Ele; mesmo sabendo que teria que renunciar a muitas coisas, inclusive ao risco de ser considerada adúltera. Todos os cristãos são chamados à santidade. Ser santo é dizer “sim” ao projeto de Deus, mesmo que ele nos custe caro. Ter fé significa estar disponível à vontade de Deus.

Maria, por ser cheia de graça, pode nos auxiliar, interceder a Deus por nós. Pode nos auxiliar no caminho de resposta ao plano de Deus. Maria é a mãe de Deus e nossa mãe, nos foi dada pelo próprio Jesus, quando Esse dava a sua vida por todos nós (cf. Jo 19, 27).

A Igreja definiu quatro verdades de fé sobre Maria: O Concílio de Éfeso (431), Maternidade; o Concílio Lateranense (649), a Virgindade; Pio IX, ex cathedra, 8 de dezembro 1854, a Imaculada Conceição; Pio XII, 1 de novembro 1950, a Assunção ao Céu.

Maria continua intercedendo por nós, Ela nos ajuda a seguir seu filho Jesus Cristo. O verdadeiro devoto de Maria, jamais se perderá nos enganos solicitados pelo relativismo reinante na sociedade. A grande lição que fica de Maria, é viver na humildade aquilo que Deus quer de nós. Hoje, queremos fazer a nossa vontade e por isso nos perdemos nos tornando pessoas tristes, sem objetivo.

Rezar o rosário

Devemos rezar sempre o santo Rosário que Maria nos recomendou em muitas aparições, para melhorarmos o nosso sentimento em relação ao amor concreto que Deus tem por cada ser humano.

Todos nós fomos criados conforme a imagem de Deus (cf. Gn 1, 26). Maria Santíssima é a única pessoa que nunca ofuscou esta imagem. Ela foi preservada de toda a falsa liberdade que o mundo prega, Ela é a obra intacta da Santíssima Trindade, Ela sempre soube responder ao Amor com amor.

Em Nossa Senhora da Assunção, toda a cristandade tem uma poderosa advogada e um magnífico modelo. Dela aprendemos que só seremos felizes realizando a vontade de Deus em nossas vidas.

Maria, por ser cheia de graça, pode nos auxiliar, interceder a Deus por nós no caminho de resposta ao plano de Deus. Por essa razão, Ela é modelo de todos os consagrados que procuram oferecer sua vida, seu “sim” a Deus em favor de seus irmãos. Rezemos por eles para que vivam cada vez mais com intensidade a sua entrega, a exemplo de Maria.

Termino esta pequena reflexão com esta oração:

“Ó Virgem Imaculada, Mãe de Deus e Mãe dos homens! Com todo o fervor de nossa fé cremos em vossa Assunção triunfal em corpo e alma ao céu onde sois aclamada Rainha de todos os coros angélicos e de toda a assembleia dos santos! A eles nos unimos para louvar e bendizer o Senhor que vos exaltou acima de todas as simples criaturas, e para oferecer-vos o fervor de nossa devoção e de nosso amor. Estremece vosso coração de beatificante ternura, e vossa alma de alegria, ao contemplar face a face a adorável Trindade! Nós, pobres pecadores, a quem o peso do corpo impede o voo da alma, suplicamo-vos purifiqueis nossos sentidos para que aprendamos, desde este mundo, a saborear Deus, só Deus, no encanto das criaturas. Nós que vos invocamos como nossa Mãe, vos tomamos, como João, por guia, força e consolação de nossa vida mortal”.

(Pio XII, Orações, p. 57)

Por Frei Giribone – Fundador da Obra Missionária Virgem do Carmo Peregrina