Começam os preparativos para a JMJ 2019 no Panamá

No dia 12 de janeiro será o primeiro encontro com representantes das paróquias sobre a acolhida dos peregrinos

Gaudium Press

 

Ainda que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Panamá esteja agendada para o ano de 2019, os preparativos não se fazem esperar. E um dos temas que requerem maior atenção é a acolhida dos milhares de peregrinos de todo o mundo que se encontrarão no evento da juventude católica.

Por esta razão, centenas de famílias já se aproximaram das paróquias panamenhas para oferecer suas casas e receber aos jovens que chegarão à Cidade do Panamá para a JMJ, que contará com a presença do Sumo Pontífice.

Os detalhes sobre a acolhida dos peregrinos foram dados por Víctor Chang, secretário-executivo da JMJ Panamá 2019, junto com Luis Ponce, a cargo da logística, durante um encontro natalino com os sacerdotes, religiosos e religiosas da Arquidiocese do Panamá.

De acordo com Chang, é necessário que as famílias que acolham aos jovens cumpram com alguns requisitos, entre eles um espaço seguro e limpo, adequado para seu descanso, acesso aos serviços higiênicos, cuidar de sua saúde e compartilhar com eles tempo de família durante o período que permaneçam alojados. 

O secretário-executivo da JMJ também adiantou que no próximo dia 12 de janeiro ocorrerá o primeiro encontro com representantes das paróquias que animarão o tema da acolhida dos peregrinos. “São leigos que terão a tarefa de realizar uma sondagem nas paróquias (…) com essa informação saberemos com quem contamos”, precisou.

Por sua parte, Ponce assinalou que além das famílias, também se adequarão lugares de hospedagem para os peregrinos em escolas, salões paroquiais, espaços para acampamentos, ginásios, entre outros, como ocorreu nas outras Jornadas Mundiais da Juventude.

O próprio prefeito do recém-criado dicastério vaticano para os Leigos, a Família e a Vida -a cargo da organização do evento mundial-, o Cardeal Kevin Farrell, visitou em dezembro a capital panamenha para acompanhar os preparativos da Jornada.

O objetivo de sua visita foi conhecer o país, sua realidade social e eclesial, além de avaliar os lugares onde se levarão a cabo os atos centrais da JMJ, assim como estreitar laços com o Comitê Organizador Local.

Em julho, o Papa Francisco anunciou durante a JMJ de Cracóvia que a próxima sede do encontro mundial seria no Panamá cujo tema é “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo tua palavra”, o qual é de grande significado para a Arquidiocese panamenha pelo papel protagonístico de Maria, na invocação de Nossa Senhora la Antiga, na fundação da cidade; já que -como destacou a Arquidiocese do Panamá em nota de imprensa-, “através dEla entrou o Evangelho a terra istmeña e se irradiou por todo o continente”.

Dormitórios do Vaticano ficarão abertos 24h para acolher os sem-teto

Para aqueles que não querem ir aos dormitórios colocados à disposição, a Esmolaria do Vaticano está distribuindo sacos térmicos de dormir

Rádio Vaticano

As baixas temperaturas que tem se verificado na Itália em decorrência de uma massa de ar polar, levaram o Papa Francisco a tomar uma série de medidas para oferecer ajuda e um abrigo aos sem-teto que vivem nas cercanias do Vaticano.

Em declarações à Agência Ansa, o Arcebispo Konrad Krajewski,  responsável pela Esmolaria Pontifícia, informou que os dormitórios permanecerão abertos 24 horas, e a qualquer pessoa que bater à porta, será oferecido um lugar aquecido e alimento, mesmo que todas as camas estejam ocupadas.

Desta forma, permanecerão abertos o dormitório “Dom de Maria”, gerido pelas Irmãs da Caridade, o dormitório da Via Ratazzi e o dormitório “Dom de Misericórdia”, localizado na Via dei Penitenzieri, que desde sexta-feira, 6, já acolhe 20 pessoas além de sua capacidade.

Para aqueles que não querem ir a um dos dormitórios colocados à disposição, a Esmolaria está distribuindo sacos térmicos de dormir – com capacidade para resistir a temperaturas de até – 20°C – assim como automóveis da instituição.

“O carro, naturalmente, não pode ficar ligado durante toda a noite, porque é perigoso – explica Dom Krajewski – mas como um abrigo já é alguma coisa”.

Um dos beneficiados, por exemplo, foi um morador de rua de 85 anos, que dormiu em um Fiat Qubo, colocado à disposição pela Esmolaria Pontifícia.

“Fazemos todo o possível”. Aos sem-teto “são levadas também sopas quentes, sanduíches e chocolate quente para fornecer calorias”, explicou o Esmoleiro, cuja obra – em concordância com o Pontífice – é totalmente financiada com os recursos provenientes dos pergaminhos papais (“Bênção Apostólica”).

Também os militares do Exército colaboram com a Esmolaria, assim como uma equipe da Guarda Suíça que auxilia Dom Krajewski nos giros noturnos que faz pela cidade de Roma em busca de pessoas necessitadas.

“Isto sempre acontece – ressaltou o arcebispo polonês – mas agora multiplicamos estes serviços

Zika: risco de microcefalia em fetos varia entre 1% e 13%

Estudo sobre a relação entre o vírus e a microcefalia foi publicado em revista

Da redação, com Agência Brasil

Um feto infetado com o vírus Zika corre um risco de desenvolver microcefalia entre 1% e 13% durante o primeiro trimestre de gravidez, segundo um estudo publicado nessa quarta-feira, 25, na revista New England Journal of Medicine.

Os investigadores dos centros norte-americanos de Controle de Doenças chegaram a esta estimativa criando um modelo matemático baseado em estatísticas de infeções pelo vírus Zika e de casos de microcefalia na Polinésia francesa, que sofreu um surto em 2013, bem como no estado da Bahia no Brasil.

Esta malformação congênita irreversível, habitualmente rara, resulta em bebês que nascem com o crânio anormalmente pequeno e apresentam desenvolvimento cerebral incompleto.

Normalmente, a microcefalia é rara, verificando-se em 0,02% a 0,12% dos nascimentos nos Estados Unidos. A frequência de outras malformações de nascença mais habituais, como a trissomia 21, é inferior a 1%.

Essa é a primeira estimativa de risco de microcefalia em fetos de mulheres que foram infetadas durante a atual epidemia. Os investigadores dos centros de controlo de doenças e da Universidade de Harvard determinaram que há uma relação muito forte de causa-efeito entre uma infecção pelo vírus Zika durante o primeiro trimestre da gravidez e o risco de microcefalia no feto, que se torna irrelevante no segundo e terceiro trimestres de gestação.

O Brasil, onde o Zika é majoritariamente transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, é o país, até o momento, mais afetado pelos casos de microcefalia, mas o cenário poderá repetir-se em outros locais.

“Se o risco de infeção pelo Zika nas mulheres grávidas e de microcefalia nos fetos que carregam é semelhante noutras zonas geográficas onde o vírus ainda não está propagado, podemos esperar muitos casos de microcefalia e outros efeitos cerebrais nefastos”, afirma o estudo.

No Brasil, há registo de cerca de 3,6 mil grávidas infectadas pelo Zika desde janeiro. Desde o início da epidemia, em 2015, contam-se mais de 1,4 mil casos de microcefalia e de outros problemas neurológicos confirmados.