Audiência pública revela indignação à prática abortiva

10/10/2007 – 17h04


Audiência pública revela indignação à prática abortiva
Redação 24HorasNews 
 
  
     “Qualquer artifício para evitar a vida é um crime. Sejamos nós promotores da vida e não da morte”. Este pronunciamento partiu do Padre Desdedith de Almeida, vigário-geral da Arquidiocese de Cuiabá, durante a audiência pública ocorrida nesta quarta-feira (10.10) no Plenarinho Ana Maria do Couto da Câmara de Vereadores de Cuiabá. A audiência foi requerida pelo vereador Levi Pires de Andrade (PP) criador da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e contou com as principais representações religiosas e classistas da capital.
     
     Reforçando o Movimento Nacional em Defesa da Vida – Brasil Sem Aborto e Comitê Mato-grossense em Defesa da Vida, que promovem nesta tarde a marcha Dia D em defesa da Vida às 16h00 com concentração na Praça Alencastro – Centro, a audiência objetivou expor a sociedade cuiabana a luta pela não legalização do aborto no Brasil por intermédio de projeto de lei tramitando no Congresso Nacional desde 1991.
     
     Representantes de vários segmentos expuseram seus posicionamentos sendo a maioria contrária à prática abortiva. Em data-show foi exibido um documentário detalhando os procedimentos criminosos realizados por profissionais não menos criminosos. “Chocante. É o que posso definir uma coisa desta. Dói até de ver”, resume emocionada a dona-de-casa e mãe, Cecília Cruz, 44.
     
     De acordo com o Pastor Sena, da Igreja Missão Evangélica, o Congresso deveria se posicionar favorável a derrubada da CPMF (contribuição provisória sobre emissão de cheques) e não tentar tirar a vida. “Acho que o Congresso perde muito tempo com assunto que a sociedade quer evitar. Eles deveriam é derrubar a CPMF”, disse e afirma:” Não é menos criminoso aquele que assina do que aquele que faz o aborto”.
     
     Atenta às discussões, a estudante E.C, 16 anos de idade, da Escola Presidente Médice, foi taxativa a favor da legalização do aborto. “Sou a favor”. Indagada porque, ela discorreu: “Sendo ou não sendo (legalização) vai continuar existindo”, disse relativo às inúmeras situações que ocorrem clandestinamente. Quando perguntando se ela conhece os métodos contraceptivos respondeu indagando: “Os ricos conhecem podem ter e aquelas meninas que não tem condições?”.
     
     Mãe de três filhos, voluntária do Grupo de Escoteiros Pascoal Moreira Cabral do Morada da Serra, Valéria Martinelli, foi enfática ao afirmar que no País faltam políticas públicas que possam subsidiar qualquer discussão em relação ao tema. “Sou absolutamente contra o aborto. Como querem legislar se não há política de planejamento familiar? O Congresso teria primeiro que criar algo nesse sentido”, disse.
     
     Contrário a tudo que desfavoreça a vida, o vereador Leve Levi disse que assegura que a prática abortiva fere os princípios bíblicos. “É uma desobediência à lei de Deus onde conclama: ‘Não matarás’, observa e finaliza: “Temos sempre que defender a vida em todos os seus estágios. Este é um momento de a sociedade buscar um Brasil sem aborto”.
     
     Desta audiência deve ser aditada emenda destinando recursos, na peça orçamentária a ser discutida ainda este mês, por sugestão do vereador Luiz Marinho (DEM), para subsidiar campanhas a favor da vida com a criação da Frente Parlamentar.
     
     Participaram da audiência alunos da rede pública de ensino; vereadores Leve Levi (presidiu a mesa),Luiz Marinho (DEM), Luiz Poção (PP); Doutores Marcio Monteiro, Aguiar Farina – presdiente do CRM Marta Rita de Campos Souza – coordenadora do comitê mato-grossense e instituto movimento Auta de Souza, Padre Deusdedith – arquidiocese de Cuiabá; Pastores Sena, Jackson, Roberto; missionário Jaime Cruz entre outros.  
  
 



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