Máquina de camisinha


Máquinas de camisinhas nas escolas
11/01/2007


“Um projeto pedagógico desenvolvido pelos ministérios da Educação e da Saúde levará preservativos ao ambiente escolar. As camisinhas, antes distribuídas em postos de saúde, estarão acessíveis aos adolescentes nas próprias escolas. A idéia é elaborar uma máquina, semelhante às de refrigerantes, da qual os alunos retirarão os preservativos”.


(http://educacao.terra.com.br/interna/0,,OI1340091-EI3588,00.html)



Comentário Prof. Felipe Aquino


Camisinha, um sinal da decadência moral de uma civilização


Nunca presenciei uma Campanha tão imoral e tão irresponsável como esta que as autoridades promovem para enfrentar a AIDS; com o incentivo ao uso dos preservativos, de maneira tão inconseqüente e imoral.


A virulência da AIDS pôs às claras a miséria moral de nossa civilização. Não tendo força e princípios morais para enfrentar este flagelo, nossa miserável sociedade, despudoradamente, cinicamente, tem apenas a oferecer aos jovens um “instrumento” que lhes permita viver uma vida sexual “livre e segura”, incentivando a vivência sexual, sem responsabilidade e compromisso. Trata-se o cidadão jovem como se fosse um animalzinho, sem alma, sem transcendência.


O Portal de “Educação” Terra, no dia 10 jan 07 (14h24) noticiou que as “Escolas terão “máquinas de camisinhas” em 2008”, como parte de um “projeto pedagógico” desenvolvido pelos Ministérios da Educação e da Saúde, que levará preservativos ao ambiente escolar. A coordenadora-geral de articulação da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Rosiléa Wille, disse que: “A intenção é associar a tecnologia do aparelho a uma tecnologia social capaz de desenvolver uma cultura de saúde e prevenção para esses jovens”.


Esta maneira imoral de enfrentar a AIDS expõe à luz, a decadência moral de nossa civilização. É nos momentos de crise que se conhece a fortaleza moral de um homem e de uma sociedade. Os valores cristãos já não são mais os que ditam as regras da sua conduta. Apenas a Igreja Católica ousa enfrentar o descalabro moral e vexaminoso que se assiste nas ruas, escolas, jornais, televisão, rádios, clubes, etc.


Quando se quer dar uma solução fácil, cômoda, rápida, para um problema grave, esta solução será um fracasso. Não se cura um câncer com uma simples aspirina! Para males graves, soluções graves. Se a AIDS é um flagelo, ela só poderá ser enfrentada com remédios amargos, e não com simples “camisinhas”. A solução fácil e irresponsável, além de não resolver o problema a que se propõe, ainda cria outros de fundo moral. A propaganda explícita do preservativo, tornou-se uma declaração de “liberdade sexual ”; isto é, uma vivência sexual sem compromisso, sem amor, sem fidelidade, totalmente fora dos planos de Deus. É a pior deseducação que os nossos jovens já receberam!


Além do mais, sabe-se que a camisinha não é 100% segura, e falha em 1/3 dos casos. Muitas pesquisas já mostraram isto.


A pesquisadora Dra. Susan C. Weller, no artigo “A Meta-analysis of condom Effectiveness in Reducing Sexually Transmitted HIV, publicado na revista Social Science and Medicine”, (1993, vol. 36, issue 12,pp.1635-1644), afirma :


“Presta desserviço à população quem estimula a crença de que o condom (camisinha) evitará a transmissão sexual do HIV. Quanto aos estudos da transmissão do HIV, indicam que o condom diminui o risco de infecção pelo HIV aproximadamente em 69%, o que é bem menos do que o que normalmente se supõe”(Revista Pergunte e Responderemos, n° 409/1996, pp 267-274).


O Dr. Leopoldo Salmaso, médico epidemiologista no Hospital de Pádua, na Itália, afirma que: “O preservativo pode retardar o contágio, mas não acabar com ele”(idem) .


A “Rubber Chemistry & Technology”, Washington, D.C., junho de 1992, afirma que: “Todos os preservativos têm poros 50 a 500 vezes maiores que o virus da AIDS”.


Portanto, é irresponsável dizer aos jovens que a camisinha garante o “sexo seguro”.


Por outro lado, a crise criada pela AIDS, resgata o valor e o brilho da virtude. Antes do advento da doença, a castidade cheirava “bolor”, infelizmente até para muitos cristãos. Hoje começa a retornar o seu brilho. Foi do “bolor” que Alexandre Fleming descobriu a penicilina, que salvou tantas vidas. É justamente dessa castidade, “embolorada” nas últimas décadas, que encontraremos a “única” saída eficaz, moral, segura, para enfrentar o temido flagelo. O Papa João Paulo II disse que as outras soluções caracterizam grave “desordem moral”.


Nós católicos temos que acolher com fé, carinho e gratidão este brado de alerta do Papa. É sabido, como dizia o grande pensador inglês John Spalding, que “as civilizações sucumbem, não por falta de cultura ou de ciência, mas pela falta de força e de princípios morais.” Na trilha irresponsável de que “os fins justificam os meios” nenhuma civilização se sustenta com dignidade.


Mais do que nunca é preciso resgatar a coragem, talvez heróica, de se propor aos jovens a castidade, como algo profundamente saudável e necessário. Se assim não o fosse, Deus não a teria mandado viver. Ao invés de ficarmos propondo o uso da “camisinha”, o que temos a fazer é eliminar todas as formas de incentivo ao sexo irresponsável, fomentado de mil maneiras pelos meios de comunicação. Incentiva-se de mil formas a prática sexual pela TV, e depois não se entende porque aumenta tanto a prática dos abortos, Aids, estupros, homossexualismo, crimes sexuais, adolescentes grávidas, etc. Sabemos muito bem que “quando se planta vento colhe-se tempestade”.


“Não pecar contra a castidade”. Cremos ou não na Lei de Deus? Eis a questão chave nesta hora excepcional! Muitos cristãos derramaram o seu sangue para não negar e não descumprir a lei de Deus. E nós? Teremos hoje, ao menos, a coragem de aceitar sermos chamados de ingênuos, moralistas, ou coisas piores, por amor a Deus e à sua Lei confiada à Igreja? A palavra de Deus continua a nos dizer hoje, mais do nunca:


“Não vos conformeis com este mundo! ” (Rm12,2).


Prof. Felipe Aquino