Minha força, a graça de Deus. Tudo posso unido à Vida.

Minha
força, a graça de Deus. Tudo posso unido à Vida.

 

“Sem Deus
o homem não sabe aonde ir nem tampouco consegue entender quem é. Ante os
grandes problemas que nos levam ao abatimento, vem em nosso auxílio a palavra
de Jesus Cristo que nos faz saber: “Eu sou a videira, vós os ramos. Aquele que
permanece em mim, e eu nele produz muito fruto; 
porque, sem mim, nada podeis fazer”
(Jo 15,5), e nos anima: “E
eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”
(Mt
28,20). Ante o ingente trabalho que resta a fazer, a fé na presença de Deus nos
sustenta.”       

– cf. Caritas in Veritate-78, Bento XVI. 

             Ao
tentar viver com coerência nossa fé corremos o risco de desanimarmos
rapidamente. O inimigo nos trapaceia de dentro e de fora.  Temos nossas próprias dificuldades pessoais,
nosso mau caráter, nossa preguiça e desejo de uma vida acomodada; como se isso
não bastasse, o mundo também nos coloca numerosos obstáculos de todo tipo:
outras prioridades ou urgências, dificuldades econômicas, profissionais, etc.,
tentações… e inclusive dentro de nosso próprio apostolado podemos constatar um
lento progresso.

             Mediante estas constatações,
gostaríamos de nos unir aos apóstolos que um dia disseram a Nosso Senhor
“Seguir-te é tarefa dura, é melhor nem começar. Quem nos dará a força?” Esta
foi uma pergunta constante em seus corações e Jesus Cristo respondeu-lhes
claramente na última ceia: “Aquele que permanece em mim e eu nele dará muitos
frutos, porque sem mim, nada podeis fazer”. Esta é a mesma experiência que São
Paulo compartilhou com os efésios “Tudo posso naquele que me conforta”. 

             Jesus Cristo não nos pede nem por um
momento para nos apoiarmos em nossas próprias forças, recursos ou talentos; se
assim fosse, Ele mesmo sabe que sua causa estaria perdida. Jesus quis precisar
de nós, não é por “tudo aquilo” que possamos fazer por Ele, mas porque não
podemos fazer nada por nós mesmos e assim Ele pode agir por meio de nós.

             O apóstolo é essencialmente um
instrumento, que se abandona com confiança nas mãos do artista sabendo que Ele
fará a obra. O apóstolo não confia em suas próprias forças,

 mas
na graça de Deus que é onipotente e onipresente. E Deus, querendo cada vez uma
amizade mais íntima e pura com cada um de seus eleitos, muitas vezes purifica
nossos esforços deixando-nos experimentar que nada podemos sem Ele.

             Quando ficamos sem recursos humanos
e colocamos em Deus nossa confiança absoluta, então tudo podemos porque Ele
atuará por meio de nós. 

 

 

·       
Entendo
que minha vocação como apóstolo é essencialmente a de ser instrumento nas mãos
de Deus?

·       
Confio
em sua onipotência e bondade?

·       
Recorro
a Ele em todos os momentos ou unicamente quando já não tenho outra opção?