Estatísticas do aborto no mundo



Estatísticas do aborto no mundo
 


Numero de abortos por ano: entre 46 a 55 milhões


Numero de abortos por dia: aproximadamente 126.000


  Onde ocorrem


78% de todos os abortos são realizados em países em desenvolvimento e os restantes 22% em países desenvolvidos.


  Legalidade dos abortos


Aproximadamente 97 países, com cerca de 66% da população mundial, têm leis que em essência permitem o aborto induzido. Noventa e três países, com cerca de 34% da população, proíbem o aborto ou permitem o aborto apenas em situações especiais como deformações do feto, violações ou risco de vida para a mãe. Todos os anos cerca de 26 milhões de mulheres realizam abortos legais, enquanto que 20 milhões de abortos são realizados em países onde esta prática é restringida ou proibida por lei.


 


Estatísticas do aborto nos Estados Unidos
 


Numero de abortos por ano: aproximadamente 1,313,300 no ano 2000 (1)


Numero de abortos por dia: aproximadamente 3.700


 


Quem realiza os abortos:


1. Idade


52% das mulheres tem idade inferior a 25 anos
mulheres com idades entre 20 e 24 contabilizam 32% da totalidade de abortos
20% são adolescentes sendo 1,2% raparigas com menos de 15 anos
 


2. Estado civil


64,4% de todos os abortos são atribuídos a mulheres que nunca se casaram
as mulheres casadas contabilizam 18,4% de todos os abortos e as divorciadas 9,4%
 


3. Rendimento familiar


Menor de 15.000 € – 28,7%
15.000 € – 29.999 – 19,5%
30.000 € – 59.999 – 38,0%
Acima dos 60,000 – 13,8%
 


4. Motivos


Violação ou incesto – 1%
Potenciais problemas de saúde (mãe ou feto) – 6%
Razões sociais (i.e. criança não desejada ou inconveniente) – 93%
 


5. Período de gestação em que o aborto é realizado


Antes da 9ª semana – 52%
9ª e 10º semanas – 25%
11ª e 12ª semanas – 12%
13ª à 15ª semana – 6%
16ª à 20ª semana – 4%
Após a 20ª semana – 1% (aproximadamente 16.450 por ano)
 


6. Probabilidade de aborto


Estima-se que 43% das mulheres irão realizar pelo menos um aborto antes de atingirem os 45 anos de idade
47% de todos os abortos são realizados em mulheres que já realizaram um aborto previamente
 


 
Estatísticas do aborto no Reino Unido
 


Fonte 1 – Fonte 2


A dura realidade


Mais do que uma em cada cinco gravidezes termina num aborto
36% das gravidezes em mulheres abaixo dos 20 foram interrompidas, número que continua a crescer apesar da disponibilidade de contraceptivos e da “pílula do dia seguinte.”
Durante o ano de 2000, 23% das gravidezes foram interrompidas entre mulheres de todas as idades.
São realizados diariamente cerca de 600 abortos.
Em 2003 atingiu-se um valor recorde com 37.043 abortos em adolescentes entre os 15 e os 19 anos, número superior aos 36.018 abortos realizados por mulheres entre os 25 e os 29 anos.
Faixas etárias: 1.171 abortos foram realizados por jovens com idades abaixo dos 15 anos, 2.796 por jovens de 15 anos, 5.768 por jovens de 16 anos, 8.387 por jovens de 17 anos, 9,765 por jovens de 18 anos e 10.327 por jovens de 19 anos.
Um total de 1.365 abortos foram realizados às 22 semanas de gestação ou após.
Um terço das mulheres que recorreram ao aborto tinham já realizado um previamente.
Oito em cada dez abortos são suportados pelos contribuintes.
De acordo com um movimento pró-vida, milhares de mulheres arrependeram-se da decisão de realizar um aborto.
 


A confusa realidade


Apesar de alguns defensores do direito à escolha (do aborto) referirem não existir provas reais de que as mulheres estão a utilizar o aborto como método de controlo de natalidade, referem também que muitas das que visitam os seus centros já se submeteram ao procedimento várias vezes. Nestes caos, a explicação baseia-se no fato do acto sexual que levou à gravidez ser fruto de uma situação não premeditada ou planeada, em que nenhum contraceptivo estava disponível. A contradição é tão óbvia que até parece confusa. A verdade parece ser que, nesta realidade específica, o aborto só não é uma alternativa a métodos contraceptivos quando não é necessário. Quando todos os outros falham, ou simplesmente não são utilizados (como em muitos casos), então o aborto entra como a escolha final, difícil é certo para as mulheres, mas ainda assim como substituto a métodos contraceptivos.


No meio deste aparente caos, algumas notícias recentes têm chocado a opinião pública ao referir que pelo menos uma dúzia de bebes foram abortados por terem palatos e/ou lábios leporinos. Este aborto “cosmético”, como é designado, representa uma provável violação à Lei Britânica [ler mais…].


Há também quem refira que o aborto é uma parte essencial do controlo de fertilidade, sem no entanto considerar necessário que as mulheres devam ser informadas sobre os perigos de adiarem a maternidade. Para alguns que acreditam nesta ocultação deliberada da informação, ou que apenas acreditam no direito da mulher à escolha mas não à informação, se a altura não é a indicada para ter um filho, não se pode ir com a gravidez para a frente apenas porque essa poderá ser a última oportunidade que a mulher tem de ser mãe.


Aparentemente, o direito à escolha de abortar em determinado momento, é um valor que deve estar acima de qualquer outro, nomeadamente o do direito à verdade (neste caso a simples informação), o da saúde da mulher e o direito de poder ser mãe.


 


Estatísticas do aborto na Rússia
 


Fonte


O legado


A prática comum do aborto induzido durante décadas deixou, neste país, um legado de problemas clínicos significativos. As complicações resultantes do aborto são a causa de morte maternal em mais de uma em cada quatro mulheres. De uma forma geral, 2 em cada 3 mulheres russas que se submetem a um aborto induzido sofrem complicações de saúde resultantes do procedimento em si, o que agrava ainda mais o estado do sistema de saúde deste país.


A prática do aborto induzido tem sido também responsável pelas elevadas taxas de infertilidade secundária, estimando-se que uma em cada dez mulheres fica estéril depois de se submeter a um aborto. Estes números apenas têm diminuído porque a prática do aborto também tem diminuído como conseqüência de uma maior informação e disponibilidade de contraceptivos nos anos mais recentes.


 


O enquadramento


A Rússia sempre apresentou uma elevada taxa de abortos induzidos, cerca de 3 vezes superior à dos Estados Unidos. A sua taxa é uma das mais elevadas em todo o mundo. Esta tendência elevada de abortos é comum em muitos países comunistas ou pós-comunistas. Estima-se que o Vietname, a Roménia e Cuba tenham taxas de aborto ainda mais elevadas que a Rússia, e a China provavelmente o maior número total de abortos. A prática do aborto foi re-legalizada na Rússia na década de 50 e o desejo de ter famílias pequenas, devido em parte à crescente urbanização, contribuiu para que as taxas de aborto se tornassem muito elevadas. Em 1965 as taxas de aborto tinham já subido para mais de 16 abortos por cada 100 mulheres com idade de ter filhos. Apesar dos esforços de implementação de práticas de contracepção (algumas delas desastrosas), a preferência do aborto face à contracepção chegou até à década de 90.


A agravar esta situação, alguns incentivos ajudaram a manter as taxas de aborto elevadas. Até ao final da década de 80, um aborto legal implicava uma hospitalização de três dias. Para o hospital que recebia do estado em função do número de camas ocupadas, esta prática tornava-se rentável. Ainda hoje, os lucros desta prática são um incentivo para alguns médicos realizarem o aborto em lugar de incentivar a contracepção. (1)


  O futuro?


Num livro publicado em 2001 com os resultados de um estudo sobre a tendência da demografia na Rússia, os autores referem que os registros russos indicam que um acesso melhor aos contraceptivos podem ajudar a reduzir as altas taxas de abortos. Esta estratégia irá também levar, segundo o estudo, a uma vida reprodutiva mais estável para as mulheres na Rússia e evitar problemas de morbilidade maternal, mortalidade, e esterilidade secundária resultantes do aborto.


Será a Rússia o único pais onde o aborto tem efeitos nefastos? Serão as conseqüências piores para as mulheres que se submetem ao aborto induzido na Rússia do que o são nos Estados Unidos ou Europa? Ou serão os registros russos mais completos e coretos? (2)


 

Estudos sobre as seqüelas físicas do aborto na mulher


Estudos sobre as seqüelas físicas do aborto na mulher



• Visão geral
• Morte
• Infecções
• Hemorragias
• Coágulos de sangue
• Cancro da mama
• Cancro cervical, dos ovários e do fígado
• Perfurações uterinas
• Lacerações cervicais
• Placenta prévia
• Complicações na gravidez
• Gravidez ectópica
• Incompetência cervical
• Doença pélvica inflamatória
• Endometrite


  Estudos: aborto e morte
 


Estudos recentes têm demonstrado que a prática do aborto induzido não é segura sob nenhumas circunstâncias e que, ao contrário do argumento popular, não é mais seguro que o parto. À luz de estudos recentes, o mito do “aborto seguro” está finalmente arrumado.


Um estudo sobre as taxas de mortalidade após a gravidez e aborto, realizado na Finlândia em 1997 e financiado pelo governo, revelou que as mulheres que abortam tem quatro vezes maior probabilidades de morrer no ano seguinte do que as mulheres que levam a gravidez até ao fim (1). Este estudo é apontado como o mais exaustivo até ao momento sobre o assunto. O mesmo estudo refere que após realizarem o aborto as mulheres aumentavam em 60% as probabilidades de morrer de morte natural, têm sete vezes maior probabilidade de morrer por suicídio, quatro vezes maior probabilidade de morrer de danos causados por acidentes e catorze vezes maior probabilidade de morrer de homicídio (2). Os investigadores concluíram que as taxas de mortalidade mais elevadas relacionadas com acidentes e homicídios podem estar ligadas às taxas de suicídio e de comportamentos de risco mais elevadas entre estas mulheres.


As principais causas de morte materna relacionadas com o aborto ocorridas num período de até uma semana após o procedimento são: hemorragias, infecção, embolia, anestesia, e gravidez ectópica [ gravidez na qual o feto se desenvolve fora da cavidade uterina; frequentemente nas trompas e raramente nos óvulos ou zona abdominal ] não diagnosticada.


Um estudo realizado em 1985 nos Estados Unidos aponta o aborto legal como a quinta causa principal de morte materna, mesmo sendo conhecido que uma grande parte das mortes como resultado do aborto não é oficialmente participada como tal. (3)


Um outro estudo publicado em 2002 refere que as mulheres que já se submeteram a um aborto têm um risco significativamente mais elevado de morte a curto e longo prazo do que as mulheres que dão à luz (4). Este estudo baseou-se em 173.000 registros médicos de mulheres com baixo rendimento na Califórnia, para os quais os investigadores estudaram as participações de mortes. Entre as várias descobertas que fizeram, constataram que as mulheres que tinham realizado abortos apresentavam o dobro da probabilidade de morrer nos dois anos subseqüentes. Também verificaram uma elevada taxa de mortalidade por um período de oito anos nas mulheres submetidas a abortos. Neste período estudado, as mulheres que abortaram apresentavam mais 154% de risco de morte por suicídio, mais 82% de risco de morte por acidente e mais 44% de risco de morte por causas naturais.


Em países onde a prática do aborto é legal, as taxas de mortalidade resultantes desta prática são geralmente muito baixas. A justificar os números baixos podem, no entanto, estar outras causas que não a segurança do procedimento. Um dos motivos é a simples omissão da palavra aborto na causa de morte. Mas existem outros fatores que mascaram a verdadeira dimensão dos números. Ficam apenas alguns exemplos de como o aborto pode resultar na morte da mulher sem necessariamente ser esta a causa “oficial” de morte:


Um útero perfurado durante o processo de aborto induzido dá origem a um abscesso [acumulação de pus resultante de uma infecção por microrganismos, geralmente bactérias] pélvico, sepsia (infecção generalizada do sangue) e morte.


Depressão profunda e sentimento de culpa após um aborto conduzem ao suicídio. Causa oficial: suicídio. Causa real: aborto.


Um estudo publicado em 1990 mostra as principais causas de morte resultante do procedimento do aborto legal entre 1979 e 1985 nos EUA (5) :


 


22,2% por hemorragia
13,9% por infecção
15,3% por embolia
29,2% da anestesia
19,4% de outras causas
Estudos mais recentes não parecem indicar um cenário diferente. Num destes estudos a comparar as taxas de mortalidade das mulheres resultantes de abortos e nascimentos, os autores comentam: “Ainda que alguns especialistas médicos continuem certamente a defender a opinião que o aborto é uma alternativa segura a dar à luz, isto não pode ser mais caracterizado como um ‘fato estabelecido.’ É na melhor das hipóteses uma opinião não substanciada, mais provavelmente uma esperança, e na pior das hipóteses, um mantra ideológico.” (Reardon, D. C., T. W. Strahan, J. M. Thorp and M. W. Shuping (2004). Deaths associated with abortion compared to childbirth: a review of new and old data and the medical and legal implications. The Journal of Contemporary Health Law & Policy 20(2): 279-327.)


 


A infecção do trato genital é uma complicação que surge com freqüência após um aborto induzido. Uma outra complicação que pode levar à morte da mulher é a formação de um abcesso pélvico, que resulta quase sempre de uma perfuração do útero ou, em alguns casos, também dos intestinos.


A infecção do ventre e das trompas resulta algumas das vezes em danos permanentes. As trompas de Falópio [ cada um dos dois canais, à esquerda e à direita, que se prolongam até aos ovários e que terminam por uma região em forma de funil ], sendo um órgão frágil e extremamente fino, podem sofrer aderências [ união de dois órgãos ou de duas superfícies contíguas normalmente separadas ] em resultado de uma infecção. A infecção típica que envolve estes órgãos é conhecida como a doença pélvica inflamatória (PID) A febre que se poderá seguir após um aborto induzido pode indicar esta condição clínica.


Mulheres com uma infecção provocada pela bactéria Chlamydia trachomatis submetidas a um aborto induzido correm o risco de desenvolver PID. Para além de ser difícil de tratar, esta situação pode levar à infertilidade mesmo com tratamento adequado e a possíveis gravidezes ectópicas no futuro.


Também têm sido reportadas outras infecções pós-aborto, como a pancreatite [ inflamação do pâncreas ] com necrose [ Processo de degeneração que termina na destruição de células e/ou tecidos ]possivelmente induzida pelas drogas administradas no decorrer do aborto clínico para minimizar as dores ou pare induzir o aborto. (1)


 


Em pelo menos 1% dos abortos realizados durante o primeiro trimestre de gestação ocorrem lacerações [ lesão resultante de um rasgamento de pele até ao tecido subcutâneo ] cervicais significantes que necessitam ser suturadas. O risco de danos cervicais é maior em adolescentes, em abortos durante o segundo trimestre, e quando quem os realiza utiliza inadequadamente a laminaria durante o processo de dilatação do colo do útero. (1)


Danos físicos e psicológicos resultantes do aborto são mais frequentes em jovens e adolescentes. Ao contrário das mulheres mais velhas, nestas idades o colo do útero ainda está imaturo, havendo por isso o risco de uma dilatação difícil e potencialmente traumática. Nestes casos o colo do útero é pequeno e apertado, especialmente em casos da primeira gravidez, e especialmente susceptível a danos durante a dilatação. Os problemas da prática do aborto nestas condições levam a outros problemas em gravidezes no futuro. Algumas das complicações mais graves ocorrem em adolescentes/jovens.


A DPI é uma doença infecciosa do trato genital superior que pode afectar o útero, ovários, trompas de Falópio e outras estruturas relacionadas. Quando não tratada, esta condição pode causar infertilidade, dores pélvicas crónicas, e aumentar o risco de gravidez ectópica que pode colocar a vida da mulher em perigo. Das pacientes com uma infecção de clamídia [ género de microrganismos patogénicos para diversos animais e para o homem ] na altura do aborto (cerca de 20 a 27% das pacientes que se submetem a um aborto), 23% desenvolve a DPI dentro de quatro semanas. Aproximadamente 5% das pacientes não infectadas com clamídia desenvolvem DPI nas quatro semanas após um aborto no primeiro trimestre. (1)


O mínimo a esperar de quem executa abortos é um exame para determinar se a mulher tem clamídia e, caso tenha, tratar esta infecção antes do aborto. Claro que este procedimento só atrasa o aborto. E no caso das clínicas de aborto, tempo é dinheiro.


 

Estudos sobre as seqüelas psicológicas do aborto



Estudos sobre as seqüelas psicológicas do aborto


 


  


Medo, ansiedade, dor e culpa são apenas alguns dos sentimentos que muitas mulheres que já se submeteram à violenta prática do aborto referem ter com freqüência. Em muitos casos torna-se necessário recorrer a tratamento psiquiátrico para fazer em face de estes sentimentos. E esta realidade está documentada em inúmeros artigos científicos.


 


Um estudo retrospectivo com cinco anos de duração realizado em duas províncias canadianas expôs uma utilização de serviços médicos e psiquiátricos significativamente mais elevados por parte de mulheres que já tinham sido sujeitas ao aborto. Ainda mais significativo foi o fato de 25% das mulheres sujeitas ao aborto freqüentarem consultas de psiquiatria, comparadas com 3% das mulheres do grupo de controlo. (1)


 


Os investigadores que estudam as reações pós-aborto nas mulheres referem apenas um sentimento positivo: alívio. Este sentimento é compreensível uma vez que uma grande percentagem de mulheres referem estar sob grande pressão para realizar o aborto. Este sentimento momentâneo de alívio é frequentemente seguido por um período que os psiquiatras designam de “paralisia” ou “dormência” pós-aborto.


 


Um estudo realizado em 1980 em pacientes submetidas a aborto mostrou que, durante há primeira semana após o aborto, entre 40 a 60% das mulheres questionadas referiram reações negativas. Dentro de um prazo de oito semanas após o aborto, 55% expressou culpa, 44% queixaram-se de distúrbios nervosas, 36% de distúrbios no sono, 31% tinham remorsos em relação à decisão de abortar e 11% tinha sido prescrita com medicamentos psicotrópicos pelo médico de família. (2)


 


Com especial risco de vir a sofrer problemas do foro psiquiátrico estão às adolescentes, mulheres separadas ou divorciadas, e mulheres com um editorial de mais de um aborto. Como muitas mulheres acabam por utilizar a repressão como meio de lidar com o que sente, a procura de ajuda psiquiátrica pode ocorrer muito depois do aborto ter sido realizado. Estes sentimentos reprimidos, no entanto, podem induzir doenças psicossomáticas ou psiquiátricas noutras áreas da sua vida.


 


Uma sondagem realizada a 260 mulheres (3), muitas das quais procuravam informação sobre aconselhamento pós-aborto e que já se tinham submetido à pelo menos um aborto enquanto adolescentes mostrou que de uma forma geral estas mencionaram ter:


 


“flashbacks” relativos ao momento do aborto


Crises de histeria


Sentimento de culpa


Medo do castigo de Deus


Receio pelas suas próprias crianças


Agravamento de sentimentos negativos no aniversário da data do aborto ou quando exposta a propaganda a favor da liberdade de escolha (do aborto)


Interesse excessivo em mulheres grávidas e em bebês


Visões ou sonhos com a criança abortada


Consciência de terem falado com a criança abortada antes do aborto.


 


 


Mulheres que tinham um historia de mais de um aborto induzido referiram com mais freqüência:


 


Um período de forte alívio após o aborto


Uma história de abuso sexual enquanto crianças


Ódio aos homens que as engravidaram


Ter terminado o relacionamento com o seu parceiro após o aborto


Dificuldade em manter e desenvolver relacionamentos pessoais


Ter adotado um comportamento promíscuo


Ter-se tornado auto-destrutiva


Começar ou aumentar a utilização de drogas depois do aborto


Sentimentos de ansiedade


Medo de Deus


Medo de outra gravidez


Medo de ter de recorrer a outro aborto


Efeitos emocionais tão severos impeditivos de qualquer atividade em casa, no trabalho ou de qualquer relacionamento pessoal


Ter experimentado um esgotamento nervoso algum tempo após o aborto induzido.


    
1. Report of the Committee on the Operation of the Abortion Law (1977). Ottawa: Supply and Services, pp.313-321.


2. Ashton, J.R. (1980). The Psychosocial Outcome of Induced-Abortion. British Journal of Obstetrics and Gynaecology 87(12):1115-1122.


3. Reardon, D. (1994). Psychological Reactions Reported After Abortion. The Post-Abortion Review 2(3):4-8.


Stresse Pós-aborto


 


 


Os danos psicológicos mais sérios que as mulheres que se submetem a um aborto induzido experimentam podem ser englobados numa condição designada de Síndrome Pós-Aborto (SPA). Esta condição faz parte da classe mais abrangente de desordens designadas de Desordens de Stress Pós-Traumático. O SPA pode ser descrito nos seguintes componentes básicos (1) :


 


Exposição ou participação numa experiência de aborto, que é compreendida como a destruição traumática e intencional da sua própria criança não nascida


Reviver de uma forma negativa e não controlada o momento do aborto (“flashback”)


Tentativas mal sucedidas de evitar ou negar recordações dolorosas do aborto, resultando na perda de reação


Experiências de sintomas associados que não estavam presentes antes do aborto, incluindo culpa


Através de um processo de negação, as vítimas do SPA inibem o processo natural de mágoa e desgosto pela morte de um filho e frequentemente negam a sua responsabilidade no aborto. A negação ou supressão bloqueia, por sua vez, o processo e cura e a possibilidade de perdão a si mesma e outros envolvidos na sua decisão e no seu aborto.


 O trauma manifesta-se geralmente numa disfunção na área psicológica, física ou espiritual.


 


 


O stress psicológico como conseqüência de um aborto parece ser maior do que antes se pensava. Um estudo recente que incluiu 331 mulheres russas e 217 mulheres americanas que se submeteram a um aborto parece demonstrar essa realidade (2). Entre outras coisas, este estudo revelou que:


 


65% das mulheres americanas sondadas experimentou múltiplos sintomas de desordem de stress pós-traumático, os quais atribuíam ao seu aborto.


64% das mulheres americanas sentiram-se pressionadas por outros a escolher o aborto, em comparação com 37% das mulheres russas.


De um modo geral, as mulheres referiram mais reações negativas do que positivas.


A reação positiva mais mencionada foi o alívio, mas apenas 7% das mulheres russas e 14% das americanas a mencionaram.


As mulheres americanas eram mais propensas a atribuir aos seus abortos pensamentos subseqüentes de suicídio (36%), um aumento de consumo de drogas e álcool (27%) problemas sexuais (24%), problemas relacionais (27%), sentimento de culpa (78%) e incapacidade de auto-perdão (24%).


Aproximadamente 2% das mulheres americanas atribuíram ao seu aborto uma hospitalização psiquiátrica subseqüente.


 


 


Aborto e trauma


 


 


A experiência do aborto pode ser traumática para as mulheres por variadas razões. Muitas são forçadas a fazê-lo pelos maridos, namorados, pais ou outros (casos recentes reportados nas notícias mostram que muitas prostitutas são obrigadas pela “entidade empregadora” a submeter-se a abortos sempre que engravidam). Se a vida destas mulheres é caracterizada pelo abuso resultante do domínio forçado por parte de outra pessoa (o marido será um exemplo freqüente em Portugal), a sujeição a um aborto não desejado pode ser encarada como a humilhação ou violação final.


 


Outras mulheres, independentemente das razões que as levam a sujeitar-se a um aborto, podem ainda encarar esta prática como a morte violenta do seu próprio filho. Algumas mulheres chegam mesmo a referir que a dor provocada pelo procedimento do aborto, aliada ao fato de ser infligida por um estranho de mascara, poder ser comparada a uma violação ou invasão do seu corpo. (1)


 


Alguns sintomas referidos por mulheres sujeitas a um ou mais abortos são: pensamentos recorrentes sobre o aborto ou a criança abortada, sensações momentâneas em que a mulher relembra ou sente algum aspecto relacionado com a sua experiência do aborto, pesadelos sobre o aborto ou a uma criança abortada, reações de angústia intensa ou depressão no aniversário da data do aborto.


 


Para além das muitas formas da reação de trauma conseqüentes de um aborto induzido, estas variam também no tempo. Muitas mulheres experimentam um período inicial de remorsos e mais tarde encontram algum alívio emocional, enquanto que outras mulheres lidam bem com a situação após o aborto e só mais tarde experimentam problemas emocionais. Num estudo realizado entre 260 mulheres que experimentaram reações negativas pós-aborto, entre 63 a 76% referiram a existência de um período em que negaram quaisquer sentimentos negativos relacionados com o aborto. O período médio de negação apresentado como conclusão deste estudo foi de 63 meses. (2)


 


Muitas mulheres que se submetem a um aborto chegam a sofrer daquilo que se designa desordem de stress pós-traumático. Um estudo realizado mostrou que 1,4% das mulheres que se sujeitam a um aborto nos EUA sofrem desta desordem como resultado do seu aborto e que, de um modo geral, os sentimentos negativos aumentavam e a satisfação com a escolha diminuía com o passar do tempo. (3) No entanto, este estudo também demonstrou que grande parte das mulheres não experimenta problemas psicológicos ou arrependimento em relação ao seu aborto num período de dois anos pós-aborto. Apesar da percentagem de mulheres afetadas por esta desordem ser baixa, só nos EUA este número abrange cerca de 18.200 novos casos anualmente, o que implica mais de meio milhão desde que o aborto foi legalizado em 1973.


 


Outro estudo realizado na Suécia a partir de entrevistas feitas a mulheres no período de um ano após se terem submetido a um aborto, revelou que cerca de 60% das mulheres (de uma amostra de 854) experimentaram stress emocional após o aborto. (4) Em 16% das mulheres este stress foi classificado como “severo”, tornando necessários cuidados psiquiátricos. Cerca de 70% das mulheres também referiram não voltar a considerar o aborto induzido como opção se fossem novamente confrontadas com uma gravidez não desejada.


 


 


 


Aborto e depressão


 


 


Um estudo recente sugere que as mulheres que abortam na sua primeira gravidez não desejada têm maior propensão para o suicídio, aumento do abuso de drogas e para a depressão clínica, do que mulheres que levam a sua gravidez não intencional até ao fim. Este estudo publicado num prestigiado jornal científico de medicina, foi levado a cabo por uma organização Norte Americana de investigação e educação que estuda as complicações pós-aborto e fornece programas de aconselhamento para as mulheres. Os dados deste estudo foram retirados de um estudo nacional sobre os jovens americanos que teve início em 1979. Um subconjunto de 4.463 mulheres foi sondado em 1992 sobre assuntos como a depressão, intenção de gravidez e resultado da mesma. (1)


 


Uma das conclusões do estudo foi que oito anos após o aborto induzido, as mulheres casadas tinham 138% mais probabilidades de estar em elevado risco de depressão clínica do que as mulheres que levaram a sua gravidez não planeada/intencional até ao fim.


 


Outro estudo recentemente publicado revela o risco significativo de episódios psiquiátricos associados ao aborto induzido (2). A equipa de investigadores que efetuou este estudo comparou os tratamentos psiquiátricos entre mulheres que se tinham submetido um aborto induzido e mulheres que tinham levado a gravidez até ao fim. Esta informação foi obtida através do exame de registros médicos de cerca de 173.000 mulheres da Califórnia de estratos econômicos baixos. De modo a excluir diferenças induzidas pela saúde psicológica das mulheres antes destes episódios, não foram consideradas todas as mulheres que se tinham submetido a qualquer tratamento psiquiátrico no ano anterior ao resultado da gravidez. O estudo revelou que cerca de 63% das mulheres tinham maior probabilidade de receber tratamento psiquiátrico num período de 90 dias após um aborto do que numa gravidez levada até ao fim. Para além disso, taxas significativamente mais elevadas de tratamentos de saúde mental subseqüentes persistem ao longo dos quatro anos de dados examinados para as mulheres que se submeteram a um aborto. O aborto estava mais fortemente associado com tratamentos subseqüentes para depressão neurótica, desordem bipolar e desordens esquizofrênicas.


 


A mesma equipa de cientistas publicou outro estudo baseado em 56.741 pacientes que mostrou que as mulheres que se submeteram a um aborto têm 2,6 vezes mais probabilidades de serem hospitalizadas para tratamento psiquiátrico no período de 90 dias após o aborto ou nascimento (em relação a mulheres que dão à luz). Neste estudo o diagnóstico mais comum foi à psicose depressiva. (3)


 


Um estudo comparativo realizado entre aproximadamente 1.900 mulheres que na sua primeira gravidez se submeteram a um aborto induzido ou levaram a gravidez até ao fim, revelou que aquelas que decidiram terminar a gravidez com um aborto, tinham 65% mais de probabilidade de estar no risco elevado de depressão clínica. (4)


 


Na WWW: (CNSNews)


 


Aborto e ansiedade


 


 


Quando comparadas com mulheres que levam a sua gravidez não intencional até ao fim, as que abortam uma gravidez não intencional têm maior probabilidade de experimentar problemas subseqüentes de ansiedade. Esta constatação é o resultado de um estudo recente (1) publicado num jornal científico dedicado a desordens ligadas com a ansiedade, realizado entre 10,847 mulheres com idades entre os 15 e os 34 anos que experimentaram uma primeira gravidez não intencional e sem qualquer historia de ansiedade. Os investigadores que realizaram este estudo descobriram que as mulheres que decidiram abortar tinham 30% maior probabilidade de mencionar sintomas subseqüentes associados a um diagnostico de desordem generalizada de ansiedade.


 


Esta ligação não deve ser ignorada no tratamento de mulheres com problemas de ansiedade. O principal autor deste estudo refere que “o nosso estudo sugere que os profissionais de saúde que tratam de mulheres com problemas de ansiedade poderão achar útil inquirir acerca da história reprodutiva das suas clientes (…) As mulheres que lutam com questões por resolver relacionadas com um aborto no passado poderão beneficiar significativamente de aconselhamento que foque este problema.”


 


 


 


Aborto e tentativas de suicídio


 


 


Uma investigação levada a cabo na Finlândia identificou uma forte associação estatística entre o aborto e o suicídio. A taxa de suicídio num período de um ano após o aborto era três vezes superior a todas as mulheres de uma forma geral, sete vezes superior à taxa verificada entre mulheres que tinham levado a gravidez até ao fim, e quase duas vezes superior à taxa entre mulheres cuja gravidez tinha sido interrompida por causas naturais. As tentativas de suicídio pareceram ter particular incidência entre adolescentes sujeitas a um aborto. (1)


 


Outro estudo recente realizado por investigadores ingleses em mulheres entre os 15 e os 49 anos refere que “o aumento do risco de suicídio após um aborto induzido pode ser uma conseqüência de próprio procedimento (…) e os dados sugerem que uma deterioração na saúde mental pode ser um aspecto conseqüente do aborto induzido”. (2)


 


Em muitos casos, a tentativa de suicídio ou o ato consumado é intencionalmente ou subconscientemente planeado para coincidir com o aniversário da data do aborto ou da data em que supostamente o bebê deveria nascer (3). Também têm sido registradas tentativas de suicídio entre os parceiros masculinos após a realização do aborto das suas parceiras.


 


 


 


Aborto e disfunção sexual


 


 


Um estudo mostra que entre 30% a 50% das mulheres que abortam referem experiências de disfunção sexual, tanto de curta ou longa duração, com início imediato após o aborto (1). Estes problemas podem incluir: perda de prazer durante o ato sexual, aumento de dor, aversão ao sexo ou ao homem de uma forma geral ou desenvolvimento de um estilo de vida promíscuo.


 


 


 


 


 


 Aborto e desordens alimentares


 


 


Pelo menos para algumas mulheres, o stress pós-aborto está associado a desordens alimentares como a bulimia e a anorexia nervosa. (1)


 


 


 


 


 


BULIMIA: desordem alimentar caracterizada pela ingestão de alimentos geralmente seguida pela auto-indução do vomito.  


 


 


 


ANOREXIA: perda de apetite que resulta na incapacidade do paciente se alimentar; a anorexia nervosa é uma condição psicológica na qual se verifica uma recusa prolongada de alimentos.  


 


 


Aborto, divórcios e problemas crônicos de relacionamento


 


 


Mulheres que se submeteram a um aborto demonstram maior propensão para relacionamentos mais curtos e para o divórcio (1). Este fato pode dever-se a baixa auto-estima, menor confiança nos homens, disfunções sexuais, abuso de drogas ou álcool, incidência elevada de depressões, ansiedade, e temperamento instável. Mulheres que se submeteram a mais de um aborto (cerca de 45% nos EUA- Facts in Brief: Induced Abortion. The Alan Guttmacher Institute, 1996.) têm maior probabilidade de se tornarem mães solteiras e de necessitar de assistência social.


 


Um estudo francês realizado em 1996 entre mulheres que se submeteram a mais de um aborto revelou que este grupo tinha sido caracterizado por parceiros instáveis e por um sentimento de ambivalência entre o desejo de engravidar e o não querer ter filhos (2). Os autores deste estudo concluíram que existe uma precariedade psico-social real entre a população estudada e que esta tinha bom conhecimento dos métodos contraceptivos.


 


O aborto induzido parece deteriorar de um modo geral o relacionamento homem/mulher. Relacionamentos conflituosos, causais ou sem compromisso são particularmente susceptíveis de quebrar após um aborto. Em casos que os casais não se separam são geralmente referidos problemas de comunicação, disfunções sexuais e isolamento. (3)


 


 


 


Efeito cascata


Reação em cadeia
 


Na base da bomba atômica está uma reação em cadeia que leva à libertação de grandes quantidades de energia. A grande questão que se colocava aos cientistas era saber como parar reação de forma a que o seu efeito fosse local. Como é obvio, fazer uma bomba que vai matar longe pareceu aceitável; agora, fazer uma bomba que entrava numa reação em cadeia, interminável, e que acabava por matar os próprios americanos, já lhes pareceu completamente inaceitável. 
Portanto, os arquitetos da bomba tiveram de garantir uma bomba que matava aquelas pessoas, MAS só aquelas pessoas. A descoberta que permitiu controlar a reação ficou a dever-se ao físico italiano Enrico Fermi. O resto da história toda a gente conhece. 
Naturalmente, os cientistas poderiam ter começado por discutir se uma bomba atômica é aceitável. Mas agora isso não interessa. Deste episódio tristíssimo, o que nos interessa reter agora é que os cientistas só deram a bomba por pronta quando descobriram a forma de travar o processo.
Da mesma forma se pode questionar a legitimidade de entrar no útero da mãe e trucidar a frio um ser humano que já lá está a crescer e desenvolver-se. Isto se pode questionar e é a isso que estas páginas estão dedicadas. Mas por momentos vamos colocar-nos na posição dos defensores do aborto e dos cientistas que fizeram a bomba. Vamos assumir que abortar e riscar uma cidade do mapa é atos aceitáveis em certas circunstâncias. 
Tal como no caso da bomba, para aceitar legalizar o aborto é preciso começar por garantir que o processo vai matar aqueles seres humanos, mas só aqueles. Como é obvio se dissessem ao pró-aborto ANTÓNIO que -sem margem para erro- legalizar o aborto é o início de uma reação em cadeia que levará ao assassínio legal do próprio ANTÓNIO, este rejeitaria o aborto do mesmo modo que os cientistas rejeitaram a bomba descontrolada.
Assim, a si que tem idéias sobre a legalização do aborto, convidamo-lo a ser outro Fermi.
Tome algum tempo para refletir sobre os seus próprios argumentos: usando-os repetidamente, poderíamos legalizar o aborto até quando? Tente provar que a legalização do aborto não é o inicio de uma reação em cadeia, completamente descontrolada, e que vai acabar por nos matar a todos… Dentro da maior legalidade. 
Para que todas as pessoas percebam que isto não é um questão fútil, seguem-se alguns exemplos. 


1. Em 1984 a Zita Seabra liderou o processo de legalização do aborto. Este foi legalizado em certos casos até as 12 semanas. Mais tarde, sem ninguém dar conta e sem qualquer contestação social, o aborto foi legalizado até as 16 semanas (é o processo descontrolado!). Em 1997 a Zita Seabra declarou-se contra os projetos de lei, mas, naturalmente, ninguém quis saber da sua opinião. Sem a legalização de 84 não haveria os projetos de 97. Portanto, a Zita Seabra iniciou uma reação em cadeia que a ultrapassou completamente e que ela, embora tentasse, não conseguiu travar. 


2. Nos perto de 60 países do mundo que neste momento têm aborto a pedido (i.e., basta que a mãe peça o aborto para que lhe seja feito), a legalização começou pelo aborto em caso de violação e deficiências graves. Ou seja, aceitou-se o aborto nos chamados Hard Cases como primeiro passo para aborto em All Cases. Mais uma vez tivemos um processo que não se conseguiu travar… A menos que a idéia fosse mesmo essa… 


3. Em 1973 os EUA legalizaram o aborto a pedido até aos nove meses. Depois foram feitas mais e mais legalizações intermédias até que em 1986 legalizaram a morte de bebês recém-nascidos, a pedido dos pais, no caso de terem alguma deficiência. Portanto, os Estados Unidos da América, a maior potência científica, econômica e militar de todos os tempos, no apogeu do seu poderio, legalizaram o infanticídio. 


4. Em 1997 foi usada a seguinte argumentação em Portugal: “há certas deficiências que só podem ser detectadas depois das 16 semanas. Se a lei não permite abortar depois das 16 semanas é o fim do diagnóstico pré-natal em Portugal porque não se pode dizer ao casal que o filho é deficiente, mas que já não o pode abortar”. 
Qualquer pessoa observa facilmente que este argumento pode ser usado até aos nove meses e mesmo depois disso: “há deficiências que só podem ser detectadas às 30 (ou 40, 41, 42, 50) semanas. Impedir o aborto (infanticídio) antes das 30 (ou 40, 41, 42, 50) semanas é o fim do diagnostico pré-natal em Portugal porque não se pode dizer ao casal que o filho é deficiente, mas que já não pode abortar”.
Em boa verdade este argumento é o fim do diagnóstico post-natal. Proibir o infanticídio acaba com a pediatria porque nenhum médico pode dizer ao casal que o seu filho é deficiente, mas já não o podem matar. Mais uma vez temos o processo desenfreado. 


5. A reação em cadeia leva a seguinte trajetória de legalizações:
(a) Aborto cada vez em mais casos por razões econômicas será o próximo passo e até mais tarde a meta, para já, são os cinco meses;
(b) Infanticídio de deficientes como nos EUA;
(c) Eutanásia inicialmente será voluntária, mas tendencialmente passará a obrigatória pela aplicação de leis indiretas: supressão total ou parcial de benefícios da Segurança Social ou a possibilidade legal da família poder decidir pelo parente;
(d) Esterilização forcada dos deficientes, dos criminosos e dos idiotas que já começou na China, já foi feita na Suécia, etc.;
(e) Eliminação sumária dos deficientes profundos;
(f) Eliminação de deficientes e idiotas (QI<30,40); 
(g) Eutanásia cada vez em mais casos: dos loucos, dos “homeless”, dos deficientes de trabalho a mais de 90%, etc. 
(h) Aborto semi-forçado de bebês com deficiências menores. O Governo recusar-se-á a pagar o tratamento, por exemplo, de bebês que vão precisar de hemodiálise e os pais, não tendo como pagar, vêem-se forcados a abortar;
(i) Aborto semi-forçado de pessoas com deficiências genéticas que só se manifestarão aos cinco (10, 15, 20, 30, 50 ou 60) anos.
(z) O último a morrer apague a luz. 


6. Os cientistas aceitaram riscar duas cidades japonesas do mapa. O problema era evitar que a reação em cadeia não riscasse todos os homens da Terra. Fermi descobriu como fazê-lo. Os pró-aborto aceita (em certos casos) matar bebês dentro da mãe. O problema é evitar que a reação em cadeia (de legalizações sucessivas) não chegue a matar todos os homens da Terra.
Alguém consegue explicar como se pára o processo?


7. Uma resposta possível será confiar no bom-senso dos homens. Mas esse tem falhado completamente. Os prazos e casos em que é permitido o aborto não param de aumentar; a eutanásia já está aí: discutida seriamente em muitos países, legalizada em alguns; o infanticídio é abertamente defendido por filósofos pró-aborto e já está legalizado nos EUA; experiências científicas com babes vivos foram feitas nos anos 70 e 80 Não! Não foi na China! Foi na América e na Europa de Leste e Oeste e os resultados foram publicados em revistas cientifica; a esterilização de sub-pessoas como os deficientes mentais é discutida frequentemente. Tudo coisas que há trinta anos seriam consideradas perfeitas aberrações. 
Segundo estudos realizados nos países onde há eutanásia legal, nota-se uma ansiedade anormal entre os idosos, revelando estes um pânico de ficarem doentes e recusando-se a serem vistos por médicos, a receberem a família e, acima de tudo, a levarem injeções. Tudo isto porque temem que todos -médicos, família, assistente social- estejam combinados para lhes dar uma “morte digna”. Longe dos estudos acadêmicos, causou impressão a carta do escritor Morris West. Sofrendo de doença terminal foi um dia convidado pela assistente social a aceitar uma “morte digna”, convite a que ele reagiu com a máxima violência e verbal, mas que dá uma idéia de quão voluntária é a “eutanásia legal”. Também num país onde a eutanásia é permitida dentro de condições “muito restritas” um estudo concluiu que mais de 50% dos “eutanasiados” não deram o seu consentimento pessoal ao ato… O leitor quer passar a sua velhice nesta angústia? 


(Juntos pela Vida)
 

O aborto apresenta uma nova questão jurídica


O aborto apresenta uma nova questão jurídica

Publicada em 25/10/2007 às 14h55m

Por Sueli Meirelles
Permanece em tramitação na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília, o “Projeto Matar”, substitutivo ao projeto de lei nº 1135/91, de autoria da deputada federal pelo RJ, Jandira Feghali (médica), que pretende descriminalizar o aborto no Brasil. Dividindo a opinião pública brasileira, o projeto gera acirrados debates entre os defensores e opositores da proposta, sem que se analise, a fundo, este tema tão complexo do direito à vida, e de todas as implicações dele decorrentes.


Procurando nos situar em relação a tão relevante tema, como de hábito, recorremos ao dicionário, para algumas definições preliminares. Pesquisando em www.priberam.pt (dicionário online), encontramos, entre muitas outras, as seguintes definições para o termo “Lei”: “Norma de caráter imperativo, imposta ao homem, que governa a sua ação e que implica obrigação de obediência e sanção da transgressão; preceito ou conjunto de preceitos obrigatórios que emanam da autoridade soberana de uma sociedade, do poder legislativo; preceito ou norma de direito moral; normal social; preceito que exprime a vontade de Deus, da divindade; princípio essencial e constante, decorrente da natureza das coisas, que se impõe aos homens pelo seu caráter de necessidade (lei natural)”.



Dividindo a opinião pública brasileira, o projeto gera acirrados debates entre os defensores e opositores da proposta

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Em relação ao termo “mãe”, encontramos: “mulher que dispensa cuidados maternais; mulher caridosa e desvelada; origem. Fonte, causa”, situando a função materna como função de doação de amor e cuidados com a vida.


Para o termo “aborto”, encontramos: “ato ou efeito de abortar; expulsão do feto antes do fim da gestação”. No sentido figurado o termo é sinônimo de “monstruosidade”. Aprofundando um pouco mais estes significados, buscamos o significado de “expulsão”. Considerando seu sentido de ato de rejeição, ele está assim definido: “ação de expulsar; evacuação”, dessa forma atribuindo ao feto o caráter de simples dejeto, passível de ser eliminado.


Em meio aos debates, enquanto os defensores da vida alegam motivos éticos, morais e religiosos, os defensores do “Projeto Matar” argumentam a favor do direito da mulher em relação ao seu próprio corpo, o que é um aspecto legal quando se refere a qualquer parte que integre o seu ser, mas que perde sentido quando aplicado a outro ser, mesmo que ainda se encontre dentro do seu próprio ventre.


Outro aspecto importante a ser considerado é o desconhecimento da ciência quanto ao momento em que a vida se inicia. Desde 1827 Karl Ernest von Baer, pai da embriologia moderna, conceituou que “a vida tem início com a concepção”. Modernamente, as pesquisas pioneiras da Física Quântica sobre a consciência humana apontam para a possibilidade de uma consciência pré-existente à concepção, também encontrada em milhares de pacientes submetidos à hipnose regressiva, por profissionais legalmente habilitados em saúde mental.



Quais os interesses econômicos mundiais que dão sustentação a essa proposta? Estaremos a caminho de um novo ‘holocausto’?

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Tão delicado tema nos exige, ainda, uma reflexão sobre os aspectos políticos e econômicos decorrentes da descriminalização do aborto: será ele um primeiro passo para a eliminação das minorias desprivilegiadas (que na verdade constituem a maior parte da população mundial), para a proteção dos privilégios dos detentores do poder? Quais os interesses econômicos mundiais que dão sustentação a essa proposta? Estaremos a caminho de um novo “holocausto”? Não estará todo esse lobby a serviço de interesses escusos, que se aproveitam da desinformação e da baixa escolaridade de uma população com um alto percentual de analfabetismo funcional, e que desconhece seus direitos e deveres de cidadania?


Um aspecto ainda mais polêmico decorre da eleição daquele que irá praticar tal ato. Neste caso específico, o médico. Em pesquisa realizada no site www.gineco.com.br encontramos, no Juramento de Hipócrates, a que os médicos são subordinados, os seguintes termos: “Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva”.


Pelos aspectos aqui sinalizados e, considerando tudo aquilo que ainda não sabemos sobre a origem da vida, indagamos: estamos diante de uma nova questão jurídica? A quem o médico irá obedecer, à nova lei ou ao seu juramento ético? Poderá ele ser denunciado ao seu Conselho por infringi-lo? Poderá ele recusar-se a fazer o aborto, por contrariar suas convicções morais, ou será preso por infringir a nova lei? Diante de tudo isto, deverá ele manter-se fiel ao Juramento de Hipócrates ou adotará o “Juramento dos Hipócritas”, cujas belas palavras tornar-se-ão vãs, transformadas em mero discurso, para conferir imponência ao solene momento da formatura?