Origem da festa de Corpus Christi

A Igreja celebra a Festa de Corpus Christi  solenemente a instituição do Santíssimo Sacramento da Eucaristia


Podemos encontrar vários testemunhos da crença da real presença de Jesus no Pão e no Vinho consagrados na Santa Missa desde os primórdios da Igreja.


Origem da festa de Corpus Christi
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com 


Mas, certa vez, no século VIII, na freguesia de Lanciano (Itália), um dos monges de São Basílio foi tomado de grande descrença e duvidou da presença de Cristo na Eucaristia. Para seu espanto, e para benefício de toda a humanidade, na mesma hora a Hóstia consagrada transformou-se em Carne e o Vinho consagrado transformou-se em Sangue. Esse milagre tornou-se objeto de muitas pesquisas e estudos nos séculos seguintes, mas o estudo mais sério foi feito em nossa era, entre 1970/71, e revelou ao mundo resultados impressionantes:


A Carne e o Sangue continuam frescos e incorruptos, como se tivessem sido recolhidos no presente dia, apesar dos doze séculos transcorridos. O Sangue encontra-se coagulado externamente em cinco partes; internamente ele continua líquido. Cada porção coagulada de sangue possui tamanhos diferentes, mas todas possuem exatamente o mesmo peso, não importando se pesadas juntas, combinadas ou separadas. São Carne e Sangue humanos, ambos do grupo sanguíneo AB, raro na população do mundo, mas característico de 95% dos judeus. Todas as células e glóbulos continuam vivos. A Carne pertence ao miocárdio, que se encontra no coração (e este órgão sempre foi símbolo de amor!).


Mesmo com esse milagre, entre os séculos IX e XIII surgiram grandes controvérsias sobre a presença real de Cristo na Eucaristia. Alguns afirmavam que a ceia se tratava apenas de um memorial que simbolizava a presença de Cristo. Foi somente em junho de 1246 que a festa de Corpus Christi foi instituída, após vários apelos de Santa Juliana, cujas visões solicitavam a instituição de uma festa em honra ao Santíssimo Sacramento. Em outubro de 1264 o Papa Urbano IV estendeu a solenidade para toda a Igreja. Nessa celebração religiosa, o maior dos sacramentos deixados à Igreja mostra a sua realidade: a Redenção.


A Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo por nós. Mesmo separando Seu Corpo e Seu Sangue, Jesus se conserva por inteiro em cada uma das espécies. É pela Eucaristia, especialmente pelo Pão, sinal do alimento que fortifica a alma, que tomamos parte na vida divina, nos unindo a Cristo e, por Ele, ao Pai, no amor do Espírito Santo. Essa antecipação da vida divina aqui, na Terra, mostra-nos claramente a vida que receberemos no Céu, quando nos for apresentado, sem véus, o banquete da eternidade.


O centro da Celebração Eucarística será sempre a Eucaristia e, por ela, o melhor e o mais eficaz meio de participação no divino ofício. Aumentando a nossa devoção ao Corpo e Sangue de Jesus, como Ele próprio estabeleceu, alcançaremos mais facilmente os frutos da Redenção!



 



Felipe Aquino

Igreja não mudou posição sobre homossexuais, afirma cardeal

Cardeal Odilo Scherer diz que interpretação sobre mudança de postura da Igreja quanto aos homossexuais é errônea


Kelen Galvan
Da redação, com colaboração de Danusa Rego


A Igreja não mudou sua posição em relação às uniões de pessoas do mesmo sexo. Foi o que afirmou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, que participa dos trabalhos da 3º Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, sobre a Família, no Vaticano, em entrevista exclusiva à nossa correspondente em Roma, Danusa Rego.


O cardeal comentou a repercussão das mídias, que, em alguns casos, trouxeram interpretações equivocadas sobre o relatório da primeira semana do Sínodo, apresentado nesta segunda-feira.


Dom Odilo enfatizou que o relatório foi apenas um “apanhado” geral de tudo o que foi apresentado rapidamente em mais de 200 intervenções, e o texto ainda passará por discussões. Ele lembrou também que o documento final do Sínodo será concluído apenas em outubro de 2015.


Outro alerta do cardeal foi a respeito de decisões de Francisco. Segundo ele, “não houve nenhuma decisão do Papa”, pelo contrário, o Santo Padre está em atitude de escuta. “Ele está participando de quase tudo, quietinho, ouvindo, porque o Sínodo é chamado justamente a falar, e o Papa ouve”, explicou.


Leia a entrevista completa:


Canção Nova – Dom Odilo, na segunda-feira, o Cardeal Péter Erdõ, leu o chamado relatório pós-congregações, que sabemos não ser ainda o documento final do Sínodo, não é mesmo?


Dom Odilo – De fato, esse relatório, preparado pelo Cardeal Erdõ, de Budapeste, que é o relator geral do Sínodo, ajudado naturalmente pela equipe de secretaria, tentou trazer uma síntese de tudo o que foi apresentado durante a semana, por mais de 200 intervenções dos membros do Sínodo, que falaram por três ou quatro minutos.


Portanto, foram muitas intervenções e o relator fez um apanhado organizando essas sínteses com uma reflexão, títulos e assim por diante.


Então, esse relatório não é ainda uma decisão, não é um documento do Sínodo. É um relatório. E um relatório que, naturalmente, está sendo trabalhado ulteriormente pelo Sínodo, porque os grupos menores são parte da metodologia.


O Sínodo é maior que o trabalho do relator. Então, o Sínodo continua trabalhando sobre esse relatório agora para complementar, ampliar, aprofundar e cortar, se for o caso, alguma questão. E, naturalmente, isso parte da metodologia do Sínodo.


O que eu quero destacar é que, de fato, esse relatório apresentado é de síntese, não é nenhum documento aprovado.


Canção Nova – Ontem, um dos cardeais afirmou ter visto com surpresa a forma que algumas mídias noticiaram os fatos dessa semana, como se o Papa já tivesse decidido alguma coisa. Lemos em alguns jornais, por exemplo, que os bispos defendem mudanças profundas na relação do Vaticano com os homossexuais, e que bispos conservadores estariam reagindo à abertura da Igreja com relação aos gays. O senhor poderia também esclarecer essa questão?


Dom Odilo – Para começar, não houve nenhuma decisão do Papa. Ele está participando de quase tudo, quietinho, ouvindo, porque o Sínodo é chamado justamente a falar e o Papa a ouvir. O Papa não está intervindo constantemente. Ele ouve. E, portanto, não tomou nenhuma decisão.


Então, noticiar que o Sínodo tomou essa decisão, mudou isso ou aquilo, não é verdade. Isso ainda não aconteceu nem é parte da metodologia do Sínodo, mas o Papa incentivou que todos tivessem a coragem de falar, francamente e livremente.


Ele até disse: “Quem garante a unidade da Doutrina é o Papa; portanto, falem livremente, porque nós estamos num Sínodo”. Sínodo significa um caminho, a busca de um caminho comum.


As reflexões evidentemente não são todas iguais. Nos mais de 200 participantes desta Assembleia Sinodal, há muitas maneiras diferentes de ver as coisas. Isso tudo é apresentado; então, é claro que as posições não são iguais. Mas isso não significa que estão aí debatendo uns contra os outros, que está tendo partido aqui, bancada lá. Isso é uma fantasia que, talvez, caiba nos parlamentos políticos, mas não está acontecendo na Igreja.


O que está havendo é a livre manifestação das ideias, das reflexões que, agora, buscam chegar a um caminho comum. Sínodo é isso: um caminho comum, que, de toda maneira, ainda tem muitas etapas para fazer, para se chegar a um documento final. Inclusive, o caminho a fazer é a próxima Assembleia do Sínodo do ano que vem.


Canção Nova – Nós falamos dos homossexuais, talvez seja interessante esclarecer também que não é uma grande novidade a acolhida da Igreja para com essas pessoas, não é Dom Odilo?


Dom Odilo – De fato, às vezes, apresenta-se como grande novidade aquilo que já está, é parte da vida da Igreja, é parte das atitudes dela, da sua doutrina. Então, não houve também nada de mudança nesse sentido. É só olhar o que está nos documentos da Igreja a respeito dos homossexuais.


O que se disse erroneamente é que a Igreja mudou sua posição em relação à união de pessoas do mesmo sexo. Isso não aconteceu. Não houve uma mudança de posição.


O que houve no Sínodo foram várias considerações, porque isso também está na pauta, no Instrumento de Trabalho, a respeito das uniões de pessoas do mesmo sexo. Como encarar isso? Como encarar a presença dos homossexuais na Igreja? Como encarar a adoção de filhos e a educação deles? Como encarar duas pessoas do mesmo sexo que adotaram uma criança e querem batizá-la? Tudo isso foi refletido. Mas não houve mudança de posição na Igreja em relação àquilo que já se fazia.


Canção Nova – Para que as pessoas compreendam melhor, qual o clima desses trabalhos sinodais entre os cardeais, os bispos e até mesmo os leigos que participam dessas discussões?


Dom Odilo – O clima é muito bom, sereno e fraterno, de grande liberdade e de grande caridade também no escutar. Basta pensar que, na semana passada, ficamos a semana inteirinha, manhã e tarde, escutando os outros que falavam, e ficávamos quietinho. Eu falei duas vezes durante a semana e o resto foi escutar.


Então, a gente faz a caridade da escuta, da paciência, do discernimento, da acolhida de quem pensa diferente para chegar justamente a uma maior luz sobre a verdade que tem de ser acolhida e seguida.


O clima é muito fraterno, portanto, entre todos os participantes do Sínodo, isso não impede que cada um expresse livremente, com toda a sua convicção, aquilo que pensa; e isso é necessário, porque se todo mundo pensa a mesma coisa, nós não vamos para a frente nem seria necessário fazer um Sínodo.


Canção Nova – Como caminham os trabalhos dos círculos menores, em especial do grupo do qual o senhor participa?


Dom Odilo – Eu estou num grupo de língua espanhola. Infelizmente, não temos um grupo de língua portuguesa. Esse grupo é formado sobretudo de latino-americanos, de bispos de toda a América Latina e um ou outro da Espanha, portanto, bastante diversificado.


O grupo é muito vivo, muito interessado nas questões, com muitas sugestões, muita criatividade que está sendo manifestada. Nós estamos fazendo muitas propostas, emendas para enriquecer o texto e, depois, reapresentá-las no plenário, para que elas possam ser integradas ao texto global.

Por que dedicar um mês à Bíblia?

Por que dedicar um mês à Bíblia?


No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos estabeleceu setembro como o “mês da Bíblia” por várias razões importantes.


Este mês foi escolhido, porque o grande São Jerônimo, que traduziu a Bíblia do hebraico e grego para o latim, tem sua memória litúrgica celebrada no dia 30 de setembro. Ele foi secretário do grande Papa São Dâmaso (366-384), que o incumbiu dessa grande obra chamada “Vulgata”, por ser usada em toda a parte.


São Jerônimo levou cerca de trinta e cinco anos fazendo essa tradução nas grutas de Belém, vivendo a oração e a penitência ao lado da gruta onde Jesus nasceu. O santo disse que “desconhecer as Escrituras é desconhecer o próprio Cristo”. Ele nos deixou um legado de grande amor às Sagradas Escrituras. E possuía grande cultura literária e bíblica, sabia grego, latim e hebraico.



A Sagrada Escritura é alimento para a nossa alma e fonte de vida. Jesus conhecia profundamente a Bíblia. Mais do que isso: Ele a amava e se guiava por suas palavras. Isso é o suficiente para que todos nós façamos o mesmo. Na tentação do deserto, quando o demônio investiu contra o Senhor, Ele o rebateu com as palavras da Escritura. Quando o tentador pediu que Ele transformasse as pedras em pães para provar Sua filiação divina, Jesus lhe disse: “O homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor” (Dt 8,3c).


Quando o tentador exigiu que Ele se jogasse do alto do templo, Jesus lhe respondeu: “Não provocareis o Senhor vosso Deus” (Dt 6,16a). E quando satanás tentou fazer com que Cristo o adorasse, ouviu mais uma vez a Palavra de Deus: “Temerás o Senhor, teu Deus, prestar-lhe-ás o teu culto e só jurarás pelo seu nome” (Dt 6,13). O demônio foi vencido e se afastou, porque não tem poder diante da Palavra de Deus.


Não é sem razão que São Pedro disse: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus” (2 Pd 1,20-21).


A importância do mês da Bíblia é que o povo brasileiro a conheça melhor e seja motivado a estudá-la com mais profundidade, uma vez que não é fácil compreendê-la, especialmente o Antigo Testamento. A Bíblia não é um livro de ciência, mas sim de fé. Utilizando os mais diversos gêneros literários, ela narra acontecimentos da vida de um povo guiado por Deus, quatro mil anos atrás, atravessando os mais variados contextos sociais, políticos, culturais, econômicos, entre outros. Por isso, a Palavra de Deus não pode sempre ser tomada ao “pé da letra”, literalmente, embora muitas vezes o deva ser. “Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Cor 3,6c), disse São Paulo.


Portanto, para ler a Bíblia de maneira adequada, exige-se, antes de tudo, o pré-requisito da fé e da inspiração do Espírito Santo na mente, sem o que a interpretação da Escritura pode ser comprometida. Mas é preciso também estudá-la, fazer um curso bíblico, entre outros.


A Carta aos Hebreus diz que “a Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma A carta aos hebreus diz que “a Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e atinge até à divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12).


“Vossos preceitos são minhas delícias.
Meus conselheiros são as vossas leis.” (v. 24)
“O único consolo em minha aflição
É que vossa palavra me dá vida.” (v. 50)
“Quão saborosas são para mim vossas palavras,
mais doces que o mel à minha boca.” (v. 103)
“Vossa palavra é um facho que ilumina meus passos. E uma luz em meu caminho.” (v. 105)
“Encontro minha alegria na vossa palavra,
Como a de quem encontra um imenso tesouro.” (v.162)espada de dois gumes, e atinge até à divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12).


Para que a Palavra de Deus seja eficaz em nossa vida, precisamos, pela fé, acreditar nela e colocá-la em prática objetivamente. Em outras palavras, precisamos obedecê-la, pois, ao fazer isso, estaremos obedecendo ao próprio Senhor.


Mas nem sempre a Bíblia é fácil de ser interpretada pelas razões já expostas. É por isso que Jesus confiou a interpretação dela à Igreja Católica, que o faz por meio do Sagrado Magistério, dirigido pela cátedra de Pedro (o Papa) e da Sagrada Tradição Apostólica, que constitui o acervo sagrado de todo o passado da Igreja e de tudo quanto o Espírito Santo lhe revelou e continua a fazê-lo no presente. (cf. Jo 14, 15.25; 16, 12-13).


A alma da Igreja é o Espírito Santo dado em Pentecostes; por isso a Igreja não erra na interpretação da Bíblia, e isso é dogma de fé. Jesus mesmo lhe garantiu isso: “Quando vier o Paráclito, o Espírito da verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16,13a).


Embora seja feita de homens, santos e também pecadores, a Igreja Católica tem a garantia de não errar na interpretação dos assuntos da fé. Entretanto, ela não despreza a ciência; muito pelo contrário, a valoriza tremendamente para iluminar a fé e entender a revelação.


O Vaticano possui a “Pontifícia Academia de Ciências”; em Jerusalém está a Escola Bíblica que se dedica a estudar exegese, hermenêutica, línguas antigas, geologia, história antiga, paleontologia, arqueologia e tantas outras ciências, a fim de que cada palavra, cada versículo e cada texto da Bíblia sejam interpretados corretamente. É a fé caminhando junto com a ciência. Tudo isso para que possamos dizer como o salmista, no Salmo 118:


“Vossos preceitos são minhas delícias.
Meus conselheiros são as vossas leis.” (v. 24)
“O único consolo em minha aflição
É que vossa palavra me dá vida.” (v. 50)
“Quão saborosas são para mim vossas palavras,
mais doces que o mel à minha boca.” (v. 103)
“Vossa palavra é um facho que ilumina meus passos. E uma luz em meu caminho.” (v. 105)
“Encontro minha alegria na vossa palavra,
Como a de quem encontra um imenso tesouro.” (v.162)




Felipe Aquino

João Paulo II e João XXIII se tornam santos

João Paulo II e João XXIII se tornam santos

Canonização foi celebrada pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro.
Papa Bento XVI também participou da cerimônia presenciada por milhares.

Uma cerimônia inédita realizada neste domingo (27) na Praça de São Pedro, no Vaticano, e acompanhada por milhares de fiéis católicos, canonizou dois Papas: o polonês João Paulo II e o italiano João XXIII.

“Declaramos e definimos como santos os beatos João XXIII e João Paulo II e os inscrevemos no Catálogo dos Santos, e estabelecemos que em toda a Igreja sejam devotamente honrados entre os Santos”, foi a fórmula pronunciada em latim pelo Papa Francisco, após a qual a multidão na praça rompeu em aplausos.

A canonização dupla reuniu, em um único evento, o atual Papa Francisco e o Papa Emérito Bento XVI, que renunciou no ano passado em uma situação inédita na história moderna da Igreja Católica.

Francisco concelebrou missa solene com cinco prelados, entre eles o bispo de Bergamo (cidade natal do italiano João XXIII), Francesco Beschi, e o ex-secretário particular do Papa João Paulo II e arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz.

O Papa Francisco, à direita, cumprimenta seu predecessor, o Papa Emérito Bento XVI, durante a cerimônia de canonização de João XXIII e João Paulo II, neste domino (27), no Vaticano (Foto: L'Osservatore Romano/AP)O Papa Francisco, à direita, cumprimenta seu predecessor, o Papa Emérito Bento XVI, durante a cerimônia de canonização de João XXIII e João Paulo II, neste domino (27), no Vaticano (Foto: L’Osservatore Romano/AP)

“Estes foram dois homens de coragem … e deram testemunho diante da Igreja e do mundo da bondade e misericórdia de Deus”, disse Francisco. “Eles viveram os trágicos acontecimentos do século XX, mas não foram oprimidos por eles. Para eles, Deus era mais poderoso, a fé era mais poderosa.”

As relíquias dos dois novos santos, uma ampola de sangue de João Paulo II e um pedaço de pele de João XXIII extraída durante sua exumação no ano 2000, foram colocadas ao lado do altar.

A costarriquenha Floribeth Mora, cuja cura inexplicável permitiu elevar aos altares João Paulo II, levou a relíquia do Papa polonês, enquanto a de João XXIII foi entregue por seu sobrinho.

A cerimônia de canonização teve os mesmos moldes de uma missa e foi simples, sóbria e sem extravagâncias, segundo o Vaticano.

Bento XVI seguiu a cerimônia no setor esquerdo do altar, junto com os cardeais e os 1.000 bispos que concelebraram sucessivamente a missa.

Em 2011, a beatificação de João Paulo II, feita por Bento XVI, durou três dias e custou cerca de US$ 1,65 milhão, reunindo 1,5 milhão de fiéis na praça e nos seus arredores, segundo a polícia de Roma.

O Vaticano, citando fontes da polícia italiana, estimou que cerca de 800 mil pessoas participaram da celebração.