Papa alerta sobre perigo do “turismo existencial

Francisco destacou que quem tem fé caminha rumo às promessas de Deus; se não, é um “turista existencial”

Da Redação, com Rádio Vaticano

Papa alerta sobre perigo do “turismo existencial”Não vagar pela vida, mas seguir corretamente a meta que para um cristão quer dizer as promessas de Deus, que nunca decepcionam. Este foi o ensinamento que o Papa Francisco deixou a partir das leituras do dia, na Missa, nesta segunda-feira, 31, na Casa Santa Marta.

Francisco citou três tipos de crentes: os que confiam nas promessas de Deus e as seguem, os que têm uma fé estagnada e os que estão convencidos de progredir, mas, em vez disso, fazem apenas “turismo existencial”. Trata-se de pessoas que sabem que a vida cristã é um itinerário, mas que há diversos modos de o percorrer ou, então, não o percorrem de fato.

Referindo-se ao trecho do livro do profeta Isaías, na Primeira Leitura, o Papa lembrou que, antes de pedir qualquer coisa, Deus promete e Sua promessa é aquela de uma vida nova, de uma vida alegre. Aqui está, segundo ele, o fundamento principal da virtude da esperança: confiar nas promessas de Deus sabendo que Ele nunca decepciona. Mas há cristãos que sofrem a “tentação de parar”.

“Tantos cristãos parados! Temos tantos cuja esperança é frágil. Sim, acreditam que haverá o Céu e tudo ficará bem. Tudo bem que acreditam nisso, mas não buscam isso! Cumprem os mandamentos, os preceitos, tudo tudo… Mas estão parados. O Senhor não pode fazer deles fermento no seu povo, porque não caminham. Depois, há outros entre eles e nós, que também erramos o caminho: todos nós, algumas vezes, erramos o caminho. O problema não é errar, mas é não voltar quando percebe que errou”, disse.

O modelo de quem acredita e segue aquilo que a fé lhe indica é o funcionário do rei descrito no Evangelho. O homem pediu a Jesus a cura do filho doente e não duvidou um instante de se colocar a caminho de casa quando o Mestre lhe assegurou ter obtido a cura. No extremo oposto, afirmou o Papa, está talvez o grupo mais perigoso, no qual estão aqueles que enganam a si mesmos: aqueles que caminham, mas não fazem caminho.

“São cristãos errantes: vagam, vagam como se a vida fosse um turismo existencial, sem meta, sem levar as promessas a sério. Aqueles que vagam e se enganam, porque dizem: ‘Eu caminho!’. Não, você não caminha, você vaga. Em vez disso, o Senhor pede para nós não pararmos, para não errarmos o caminho e não vagarmos pela vida. Pede-nos para olharmos para as promessas e seguir adiante com elas, como aquele homem que acreditou na palavra de Jesus! A fé nos coloca em caminho rumo às promessas de Deus”.

O Santo Padre reconheceu que os homens, em sua condição de pecadores, podem errar o caminho, mas Deus sempre lhes dará a graça de voltar. Ele destacou que a Quaresma é um bom tempo para cada um pensar se está, realmente, em caminho ou se está parado.

“Se errar o caminho, deverá confessar-se e retomá-lo. Peça ao Senhor a graça de retomar o caminho, de colocar-se a caminho, rumo às promessas”.

2014 Papa pede aos migrantes para que não percam a esperança

Papa pede aos migrantes para que não percam a esperança

No dia Mundial do Migrante e do Refugiado, celebrado ontem, 19, o papa Francisco pediu, ao final da Oração do Ângelus, para que os migrantes não percam a esperança de um mundo melhor. “Desejo que vivais em paz nos países que os acolhem, guardando os valores de vossas culturas de origem”, disse Francisco aos peregrinos presentes na Praça de São Pedro.

 

O papa também agradeceu às pessoas que trabalham com os migrantes, “acolhendo-os e acompanhando-os em seus momentos difíceis, para defende-los daqueles que o beato Scalabrini definia como ‘os mercadores de carne humana’, que querem escraviza-los”.

O papa agradeceu, em particular, à Congregação dos Missionários de São Carlos, aos padres e religiosas scalabrinianos, “que tanto bem fazem à Igreja e se ‘fazem migrantes entre os migrantes’”.

“Neste momento, pensemos em tantos migrantes e refugiados, em seus sofrimentos, em sua vida muitas vezes sem trabalho, sem documentos… em tanta dor”, disse o papa ao convidar os fiéis para rezar uma Ave Maria.

Todos os Santos

Combateram é um bom combate





Hoje, a Igreja não celebra a santidade de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de todos. Isto, para mostrar concretamente, a vocação universal de todos para a felicidade eterna.


 


“Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito “(Mt 5,48) (CIC 2013).


 


Sendo assim, nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São Bernardo: “Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles”.


 


Sabemos que desde os primeiros séculos os cristãos praticam o culto dos santos, a começar pelos mártires, por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual nossa Mãe Igreja convida-nos a contemplarmos os nossos “heróis” da fé, esperança e caridade. Na verdade é um convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma “constelação”, já que São João viu: “Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9).


 


Todos estes combatentes de Deus, merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens, homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões, sacerdotes, pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a viver o Evangelho que atua na Igreja e na sociedade. Portanto, a vida destes acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças; tudo isto, e mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois “não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus” (Ef 2,19).


 


Neste dia a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: “O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos.” “A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada” (CIC 2028).


 


Todos os santos de Deus, rogai por nós!


 


 


Fonte: santo.cancaonova.com