Apelo da Mãe

Filhinhos amados, Paz! Muita Paz!”

“Agradeço-vos por este amor acima de tudo, o vosso amor maravilhoso,
comoveu a Deus e comoveu todo o céu!
Há muitos que não vos entendem e vos criticam, mas posso vos dizer,
filhinhos amados: “Eles não sabem o que fazem.” E chegará o dia em que
verão as luzes: Para alguns será um pouco tarde, porque então sua missão
terá terminado, para outros, o arrependimento também os atingirá e os
fará sofrer muito!
Deus precisa agora das pessoas! Precisa agora! Este é o tempo. Já não
há mais tempo de esperar! Tudo se consome, tudo acontece conforme os
planos e já os sinais acontecem. Muitos há que não vêem e não querem ver
os sinais! Deveis rezar por tais pessoas que vivem de costas para a
realidade! Na verdade, a realidade deles é outra e como eles mesmos dizem:
Devemos estar com os pés no chão!
Eu, porém vos digo filhinhos: Deveis estar com os olhos fixos no alto,
em Deus, porque vossos pés, em determinados momentos, nem a terra os
segurará!
Olhos nos alto! Corações em Deus e assim recebereis a sabedoria que
ajudará a melhorar o mundo: A sabedoria que mudará o mundo!
E é isto que Deus quer fazer convosco: Dar sabedoria para que sejais
instrumentos de paz no mundo e instrumentos para a mudança dele.
Continuai firmes, filhinhos. Sabeis que são poucos os que aceitam os
convites de Deus. São poucos os que têm coragem de viver e pregar sua
palavra. São poucos os suas testemunhas.
Deus vos faz este convite: Operários do reino para um Novo Reino de Paz
e Amor!
Hoje, e nestes últimos dias, muitas almas se perderam imersas que foram
nos barris de álcool, nas casas de meretrício, nas drogas, nos
salões…
E muitas famílias ficaram à mercê dos inimigos, porque membros delas,
se entregaram à orgias desenfreadas…
Pobre mundo! Por isso, filhinhos amados é necessário mudar! E Deus quer
contar convosco para esta mudança.
Assim, filhinhos, cruzes ainda virão: Perseguições, ódio,
incompreensões… Mas no final, Deus será o vencedor, pois o inimigo será banido
para sempre!
Vale a pena então, filhinhos amados, estes sacrifícios! Vale a pena
aceitar o convite do Pai: O Pai que vos ama e que fará tudo para a vossa
felicidade plena e  (para que) vossa vida (seja) cheia de sol! Cheia de
amor e paz!
Hoje o céu rezou convosco, pois em outros lugares os santos não vão:
Não freqüentam salões nem bebedeiras.
Filhinhos amados: O mundo está bêbado… e está ficando louco!
Rezai para o mundo: Para os filhos de Deus. Rezai pela Igreja: Há
perigo ali! Rezai pelo Santo Papa e rezai por vossos filhos.
Os santos rezam por todos vós, pois almejam abraçar-vos um dia… e
para sempre!
Obrigada, filhinhos! Eu vos abençôo e a toda vossa casa, em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Abençôo a todas as vossas crianças e as tenho em Meu Coração! Amém!”
“Maria, .Mãe do Universo!”

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Catolico não pode ser espírita !

CATÓLICO NÃO PODE SER ESPÍRITA! POR QUÊ?


Vamos analisar algumas das coisas que existem em comum entre Católicos
e espíritas e que podem confundir e levar muitos Católicos a procurarem
centros espíritas. Ei-las:
1º Ambos, Católicos e espíritas concordam que o mundo não é só matéria.
2º Que Deus existe, que é eterno, único, onipotente, justo e bom.
3º Que os valores do espírito são superiores aos da matéria.
4º Que temos uma alma de natureza espiritual.
5º Que, depois da morte, nossa alma continua viva e consciente.
6º Que a vida depois da morte depende de como a aproveitamos agora no
corpo.
7º Que há espíritos perfeitos que vivem com Deus.
8º Que esses espíritos podem nos socorrer e ajudar.
9º Que há espíritos maus que podem nos perturbar e prejudicar.
10º Ambos, Catolicismo e espiritismo, proclamam a extraordinária figura
de Jesus e que Jesus insistiu principalmente na Caridade.
11º Que fora da Caridade não há salvação.
12º Que devemos fazer o bem e fugir do mal etc…
       Por causa dessas coisas em comum, muitos Católicos, alguns até
bem intencionados, começam a freqüentar centros espíritas e, com isso,
ficam contaminados.
Agora, vejamos por quê os Católicos não podem e não devem freqüentar
centros espíritas:
       a) No espiritismo existe a prática da evocação dos espíritos,
condenada pela Bíblia Sagrada diversas vezes (Por ex: em Deut.18). Essa
Prática da evocação dos mortos para deles receber conhecimento é antiga.
Chama-se necromância e vem do grego (necrós = falecido e manteia =
adivinhação). No entanto, o espiritismo só começou no século passado.
       b) Para os Católicos, os livros da Bíblia Sagrada são
Divinamente inspirados. Isso é dogma. Para os espíritas, não. Os espíritas
aceitam só uns dez por cento da Bíblia. O Evangelho deles não é segundo Nosso
Senhor Jesus Cristo e, sim, segundo o espiritismo e a seu bel-prazer.
       c) Alan Kardec (O codificador do espiritismo) ignora a
Santíssima Trindade. Os espíritas não aceitam Jesus como Deus. Dizem que é
invenção da Igreja. Chegam até a dizer que Jesus não era nem Deus e nem
homem.
       d) Os espíritas também não aceitam a Doutrina da Redenção e
Santificação dos homens, por isso, contestam os meios instituídos por Jesus
Cristo para a salvação e santificação. São eles:
1º BATISMO – Jesus manda os Apóstolos irem por todo o mundo, batizar em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Para os espíritas, isso não
tem sentido.
2º EUCARISTIA – Na última Ceia, Jesus instituiu a Eucaristia e disse
aos Apóstolos que o fizessem em “Minha Memória”. E foi bem claro, quando
disse “Isto é o Meu Corpo” e não “isto representa o Meu Corpo. Mas,
para os espíritas, o Mistério Pascal não tem  valor de sacrifício pelos
pecados dos homens.
       e) SACRAMENTOS – Para os espíritas, os Sacramentos não existem,
pois o espiritismo não tem culto, nem ritos e nem templos.
       f) Dizem, também, que não existem demônios e ridicularizam o
inferno. Os Evangelhos citam os demônios em diversas passagens. Até Jesus,
que é Deus, foi tentado pelo demônio três vezes.
       g) Eles, os espíritas, repudiam os privilégios de Maria, Mãe do
Filho de Deus e, por isso, Filha Predileta do Pai e Sacrário do
Espírito Santo. Ora, por esses privilégios, Ela supera de muito, todas as
outras criaturas celestes e terrestres.
    h) Os espíritas não admitem o pecado original e não aceitam o
purgatório. Reprovam a Ressurreição da carne e desdenham o Juízo Final.
Negam a existência do pecado. Então Deus deu os Dez Mandamentos para
quê?… Enfim, os espíritas negam todo o Credo Cristão. Por conseguinte, o
espírita não é cristão. A única religião cristã, fundada por Nosso Senhor
Jesus Cristo e não por homens é a Católica Apostólica Romana, quando
ele disse a São Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a Minha
Igreja (ou edificarei Minha Igreja) e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela.
       Portanto, a primeira Religião Cristã é a Católica; as outras
religiões cristãs vieram depois, fundadas por contestadores da Católica.
Aí surgiu uma infinidade de seitas. São Pedro foi o Primeiro Papa da
Igreja Católica Apostólica Romana. Os Católicos têm unidade por terem um
único chefe. Os espíritas não dão nenhum valor a Pedro e seus sucessores
e nem à Igreja. A CNBB (Conselho Nacional dos Bispos do Brasil), em
1955, disse que o espiritismo no Brasil é o desvio doutrinário mais
perigoso, pois nega todas as verdades da nossa fé. Não é possível conciliar
Catolicismo com espiritismo. O espírita é considerado herege.
       Olhe bem o que você é ou deseja ser. Católico ou espírita?
Pertencer a duas religiões antagônicas não é possível. Veja bem: Deus proíbe
a evocação dos mortos desde o Antigo Testamento. Não confundir evocação
com Invocação. Invocação é chamar por Deus, por Nossa Senhora, pelos
Santos. Evocação é chamar pelos mortos ou até maus espíritos. E os mortos
não vêm e não voltam. Há um abismo intransponível entre o Céu, a Terra
e o inferno. Para constatar, leia a Parábola do rico e do Lázaro.
Também não confundir reencarnação com Ressurreição. Reencarnação = nascer
varias vezes; Ressurreição = ressurgir dos mortos, ressuscitar no Juízo
Final com o Corpo Glorioso. O vocábulo reencarnação não aparece nos
Evangelhos.
Os espíritas não são admitidos na recepção dos Sacramentos desde 1915.
Se tomarem a Sagrada Comunhão será Comunhão sacrílega; estarão comendo
e bebendo a própria condenação.
       Para conservarem a aparência de cristãos, os espíritas repetem
as palavras de Jesus sobre a Caridade e proclamam o principio de que
“fora da caridade não há salvação.” Isto é certo.
A Igreja não condena o espiritismo por causa desse principio. Aliás, a
Igreja Católica é a pregoeira máxima da Caridade Cristã.
Há muitas instituições mantidas, dirigidas ou inspiradas pela Igreja
que se dedicam à Caridade. O erro dos espíritas não é pregar a Caridade.
Mas, veja bem, Jesus que foi o Evangelista da Caridade, também foi o da
Fé. Espírita tem Caridade, mas não tem Fé nas verdades do Evangelho.
Jesus disse aos Apóstolos: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a
toda criatura. Aquele que crer e for batizado será salvo, o que não
crer será condenado.” Concluindo, a Caridade é necessária, mas a Fé deve
existir. Sem Fé é impossível agradar a Deus. Mas só a Fé não basta, pois
os Evangelhos dizem que os demônios crêem e tremem, mas não obedecem a
Deus.
       O verdadeiro Cristão Católico deve ter Fé e Caridade e nunca
freqüentar sessões espíritas, nem mesmo por curiosidade, para não se
contaminar. Fé é a qualidade de crer além da razão e Caridade é amor, é
obra, é doação.
Para a cura dos nossos males físicos e espirituais, temos Jesus Vivo,
Deus Verdadeiro, Presente na Eucaristia. BUSQUEMOS SEMPRE A AJUDA DE
MARIA, QUE FOI, E É O SACRÁRIO VIVO DE JESUS E É NOSSA MÃEZINHA, solícita
em nos ajudar e é a Onipotência Suplicante junto ao Pai.
“Nas horas de incerteza, vem, ó Mãe, nos ajudar. Que eu sinta confiança
na paz do teu olhar.”
Louvado seja Jesus!


Fonte: www.movimentosalvaialmas.com.br

Não olhe pra trás


Não olhe para trás


 


“Deus, por que ainda não consigo ser feliz, ser esse homem livre que eu quero ser?”


   


É impressionante que Deus só pôde realizar seu plano na vida das pessoas que tiveram a coragem de acreditar no novo d’Ele. Abraão, no capítulo doze de Gêneses, é um velhinho que esperava a morte em Ur da Caldéia, um homem que já estava com noventa anos de idade. Sabemos que os velhos gostam do lugar deles. Aliás, nós vamos descobrindo que estamos ficando velhos quando começamos a nos acostumar: sentamos no mesmo lugar da sala, temos um lugar fixo à mesa, não conseguimos dormir fora do colchão, para viajar tem que levar o travesseiro, vamos nos acomodando, enfim, isso é ser velho. Além de ser velho, ainda fica pensando: “no meu tempo é que era bom”.


 


Abraão era velhinho, e Deus lhe disse: “Sai da tua terra e vai para onde eu te mostrarei”. Ele acreditou e saiu. Quando Deus viu que ele acreditou, disse: “Você vai ser pai”. Sara começou a rir e disse: “Eu já estou com noventa anos, quarenta e seis na menopausa”.


 


(…) O que o “encardido” mais sabe e gosta de ver é o ser humano ficar preso ao passado. Por isso, as pessoas que se deixam conduzir por ele vivem olhando para trás, sempre com saudade do que já foi, e – o pior – não conseguem esquecer o passado. Elas têm uma memória impressionante, e aquele dom de ficar remoendo o passado. Gostam de tratar o passado com carinho, e chegam a ensaiar discurso para falar a uma pessoa que as magoou. A esposa questiona quando o marido chega atrasado em casa. Ela pergunta o porquê do atraso, mas não o escuta, pois já fica pensando no que dizer em seguida, e marca tudo no calendário.


 


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(…) São Jerônimo, o homem que traduziu a Bíblia, viveu vinte e sete anos na gruta de Santa Catarina, embaixo da gruta de Belém onde Jesus nasceu. Jerônimo era um homem rico, bonito, deixou tudo por Deus. Era muito inteligente, de uma cultura fabulosa. Todos os dias, ele rezava, porque queria ser feliz, mas não conseguia, não tinha paz interior. Perguntou, então, para Deus: “Deus, por que ainda não consigo ser feliz, ser esse homem livre que eu quero ser?” Deus disse: “Jerônimo, você precisa me entregar a coisa que você mais ama”. Jerônimo ficava pensando: “Minhas roupas eu não amo mais, eu uso este hábito simples, minha inteligência eu também não amo mais, tanto que eu não leio mais nenhum livro, só livros que me ajudem em minha missão de evangelizar. Eu já entreguei meu corpo, procuro viver no jejum, consagrei-me inteiro na sexualidade, na castidade. O que eu preciso entregar para Deus?” Vinte e sete anos depois ele descobriu, quando o Espírito Santo falou ao coração dele: “Jerônimo, entrega-me os teus pecados”.


 


Você já observou como é absurdo o que o “encardido” faz conosco? Ele é tão terrível que nos faz amar o pecado como a coisa mais importante do mundo. Tanto que você protege mais o pecado do que a sua vida. Há pessoas que guardam seus pecados por anos, elas têm um cofre no coração e arrumam serviço de segurança e monitores para ficarem os vigiando, fazendo de tudo para que eles não fujam. Pessoas com quarenta, sessenta anos de idade e que ainda estão guardando algum pecado da infância, os quais, muitas vezes, nem pecado era, mas acabou se tornando um, pois se tornou um vício.


 


Amamos nossos pecados, amamos o vício. Como os dois compadres que combinaram uma pescaria. Decidiram não beber, por causa da reclamação de suas esposas. Quando se encontraram de manhã, um estava com dois pacotes. O outro falou:


– O que você traz aí?


– Cachaça.


– Mas combinamos que não beberíamos.


– Mas não é para beber mesmo. Se aparecer uma cobra e nos morder, já temos a cachaça para desinfetar.


– E o outro pacote?


– Estou levando a cobra, vai que não aparece nenhuma…


 


Fazemos assim com o pecado: “Quero parar de fumar, mas compro o cigarro”. Tentar diminuir é pior, porque sabemos qual mato é ruim: quanto mais você o corta, mais forte ele vem. Será que não amamos demais o pecado? Não olhe para trás. Quer salvar sua vida? Não olhe para trás.


 


(…) Não adianta só dizer adeus Ano Velho e feliz Ano Novo e levantar com a cara amarrotada, azeda, estátua de sal, desanimada e reclamando. Levanta e a primeira coisa que faz é abrir a página do diário e ficar relembrando tudo de ruim que aconteceu. Nós atualizamos todos os dias nosso coração com o passado e o pecado. Não olhe para trás.


 


Para que tenhamos certeza absoluta de que é possível viver o novo de Deus, Jesus se fez gente em nosso meio. Que maravilha a leitura tirada do profeta Isaías: “Aqueles que andavam nas trevas viram uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu a luz” (Isaías 9,1). Todos nós já andamos nas trevas, pelo pecado que cometemos, ou um erro. Porém, aqueles que habitam as trevas são os que vivem no escuro do pecado. Perceba que o lugar do pecado é escuro: aquela rua escura onde se vende droga, onde as pessoas se prostituem.


 


Jesus veio inaugurar uma era nova, não essa era de que o povo tanto fala. A única era que começa é Jesus: aquele que era e que sempre será. Em João, capítulo um, versículo quatorze: “O Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós”.


 


 


Pe. Léo 
Livro Buscai as coisas do alto

Caridade, humildade e discernimento




A humildade, a caridade e o discernimento



“Qual árvore de muitos galhos, a caridade possui numerosos filhos. Como as árvores recebem a vida de suas raízes enterradas no solo, assim a caridade se nutre na humildade, e o discernimento é um dos filhos ou rebentos da caridade”. (Sta. Catarina de Sena)


Como filhos de Deus, hoje, somos chamados a colher os frutos da caridade em nosso dia-a-dia, que só poderão amadurecer, se nossos atos forem fincados no solo da verdadeira humildade. Se eu cultivar a caridade em minha vida, com o conhecimento de minhas próprias limitações e fraquezas, eu poderei discernir entre o bem e o mal, o fazer e o não fazer, o falar e o não falar, o agir contra ou a favor do bem.


O discernimento só pode fluir do verdadeiro conhecimento de si próprio. Sendo assim, ele brota da humildade. Se eu for humilde, serei uma pessoa de discernimento muito claro, sobre mim mesmo(a), bem como sobre as pessoas e as situações que me cercam. ‘Homem sem humildade é homem sem discernimento. Seu agir baseia-se no orgulho, da mesma forma como todo discernimento vem da humildade’ (Sta. Catarina de Sena)


Portanto, meu irmão, minha irmã, façamos desse dia um treinamento, um exercício da humildade, com inteiro empenho e disposição, para que assim, possamos agir com discernimento em todos os momentos que este nos for necessário.


Jesus, eu confio em Vós!


 Luzia Santiago
 

Que seja eterno



O rapaz falava-me com sinceridade. Acreditava que a mulher descrita por ele existia em algum canto da terra e que, um dia, ele a encontraria, para juntos viverem felizes para sempre. Ela seria bonita, rica, inteligente, carinhosa, emancipada, atenciosa e estaria pronta para satisfazer os seus desejos. Não seria ciumenta, porque o ciúme “desgasta a relação”, dizia ele.
Ele me fez pensar nessas coisas que parecem contos de fadas, desejos que se posicionam na diagonal da existência humana e que por isso não entram no curso natural dos acontecimentos. Não é horizonte, nem vértice. Sonhos que não se concretizam, porque na verdade não são sonhos, são meras ilusões.
Acredito que a origem das frustrações humanas está justamente na inadequação entre a ilusão e o real. Está no ato de desejar o que não existe, o que não se configura nem mesmo como possibilidade que possa ser construída aos poucos.
Incomoda-me essa desilusão amorosa que tem marcado os nossos dias. Não raras vezes, deparo-me com corações que se desprenderam de suas antigas seguranças, de lugares que representavam o amparo de uma vida toda e do sonho de serem felizes para sempre. À medida que a vida começou a ser real, descobriram que não amavam a realidade, e sim a ilusão. O amor deixou de ser eterno, porque a brutalidade da realidade desmoronou a ilusão. Passou-se a perceber o antes oculto, o pouco mostrado, o omitido. Com isso, foram por terra as máscaras e os papéis. Sobraram os atores sem o auxílio das maquiagens e refletores, e, nesse momento, eles se olharam e reconheceram: “Somos só isso, nada mais!”. Eu ser só isso não lhe basta, eu sei. Perdoe-me por não corresponder à ilusão que tinha a meu respeito. Não era amor o que sentíamos, porque é impossível amar aquilo que não se conhece.


O mito do amor
Ao final de tudo, o perdão e a despedida. Procurarão outros lugares para acomodarem suas bagagens, outros portos para que possam ancorar suas expectativas, palcos onde representarão o duro papel de amar o que não existe, cultivar o que não é real.
Encontros e despedidas. Um eterno e temporário chegar e partir, um constante sentir-se apaixonado que sempre se esvai com o final da tarde.
Há que se refazer os conceitos que temos acerca do amor e das paixões temporárias. Não é possível continuar sob a prisão que o mito do amor, medieval e amórfico, não faz amadurecer o coração humano, ao contrário, ele o aprisiona na imaturidade relacional que exige que o outro seja a satisfação dos seus anseios e desejos mais profundos. Esse modelo de amor, tão proclamado pelas produções hollywoodianas, que na verdade é a atualização dos contos de fadas para os dias de hoje, não compreende o amor como instância aberta para as precariedades da existência humana, e, por isso, o condiciona a uma realidade utópica e sem aplicação prática, concreta. Distancia o amor de tudo o que é precário, quando fora do precário, do falível e do imperfeito o ser humano deixa de ser real e torna-se ilusório.
Uma pessoa só pode se sentir verdadeiramente amada depois de ter sido conhecida e acolhida, a partir daquilo que tem de melhor e também daquilo que tem de pior. Só assim o coração descansa, porque já não precisa representar mais nada. Ele apenas é o que pode. Nada mais. Todo e qualquer aperfeiçoamento brotará desse acolhimento que o coração amante lhe proporcionou.
É por isso que
 o amor de Deus é redentor. Nele não existem expectativas, mas prevalece a serena espera, própria de quem sabe amar.


PE FABIO DE MELO